... este blog (pode) terminar aqui.
Eu não irei realizar mais nenhuma actualização, contudo se alguém estiver interessado pode ficar com o blog, basta para tal colocar tal desejo na caixa comentários com o seu email e a password que deseje. Eu adicionarei-o aos editores.
Até sempre.
I will not be back!!!!
sexta-feira, dezembro 22, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Má ideia dar incentivos para empregar estudantes...
... basicamente porque introduz mais uma distorção no mercado e prolongará o tempo que as pessoas ficam nas Universidades.
Assim quando faltarem uma ou duas cadeiras de cursos em que não seja precisa ordem para a profissão em causa e temos exemplos em Economia, Gestão, Engenharia, ... estes alunos terão um incentivo fiscal se trabalharem.
Na prática as suas qualificações não são muito diferentes daqueles que já acabaram os cursos, logo o salário deve ser igual, contudo como os primeiros têm um incentivo fiscal as empresas vão dispender menos dinheiro com eles, logo têm preferência por quase graduados, mantendo assim os licenciados à parte ou com um salário menor.
No final o resultado é sim senhor a integração dos estudantes univ. no mundo do trabalho, mas desta forma à custa de manter no desemprego ou diminuindo os saláriosos dos que acabaram o curso.
A prazo os alunos percebem isto e irão todos adiar até ao máximo a finalização do curso superior (até ao momento em que terão de pagar as propinas por inteiro ou seja 3 anos) e assim cursos de 3 demorarão 6 anos a tirar.
Poderão pensar que não tem grandes problemas, de facto a maioria está mesmo no fim fazendo esta "jogada".
Contudo na transição como as Univ. vão ser financiadas tendo como base tb o sucessp de alunos que finalizam o curso vai haver um diminuição nestas taxas, logo menos financiamento e mais alunos inscritos e consequentemente menor qualidade.
Assim sendo dou os parabéns ao ministro da ciência pelo incentivo, pq de facto vai conseguir:
- integrar os estudantes universitários no mundo de trabalho enquanto estudantes
- até vai aumentá-los
- vai diminuir os salários aos recém-licenciados
- vai diminuir as txs de sucesso nas universidades e consequentemente o financiamento e a qualidade
- Assim diminuindo a qualidade de ensino vai tornar todos menos produtivos e Portugal crescerá menos.
PARABÉNS.
Assim quando faltarem uma ou duas cadeiras de cursos em que não seja precisa ordem para a profissão em causa e temos exemplos em Economia, Gestão, Engenharia, ... estes alunos terão um incentivo fiscal se trabalharem.
Na prática as suas qualificações não são muito diferentes daqueles que já acabaram os cursos, logo o salário deve ser igual, contudo como os primeiros têm um incentivo fiscal as empresas vão dispender menos dinheiro com eles, logo têm preferência por quase graduados, mantendo assim os licenciados à parte ou com um salário menor.
No final o resultado é sim senhor a integração dos estudantes univ. no mundo do trabalho, mas desta forma à custa de manter no desemprego ou diminuindo os saláriosos dos que acabaram o curso.
A prazo os alunos percebem isto e irão todos adiar até ao máximo a finalização do curso superior (até ao momento em que terão de pagar as propinas por inteiro ou seja 3 anos) e assim cursos de 3 demorarão 6 anos a tirar.
Poderão pensar que não tem grandes problemas, de facto a maioria está mesmo no fim fazendo esta "jogada".
Contudo na transição como as Univ. vão ser financiadas tendo como base tb o sucessp de alunos que finalizam o curso vai haver um diminuição nestas taxas, logo menos financiamento e mais alunos inscritos e consequentemente menor qualidade.
Assim sendo dou os parabéns ao ministro da ciência pelo incentivo, pq de facto vai conseguir:
- integrar os estudantes universitários no mundo de trabalho enquanto estudantes
- até vai aumentá-los
- vai diminuir os salários aos recém-licenciados
- vai diminuir as txs de sucesso nas universidades e consequentemente o financiamento e a qualidade
- Assim diminuindo a qualidade de ensino vai tornar todos menos produtivos e Portugal crescerá menos.
PARABÉNS.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Sobre o Chile e Pinochet
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Equilíbrio parcial vs. Equilíbrio geral
Muitos dos bloguistas da nossa blogo-esfera tentam fazer e analisar propostas fora de uma teoria de equilíbrio geral, e pior, muitas das propostas que provêm dos nossos governantes enfermam do mesmo mal.
Aqui vai um exemplo adaptado livremente do "Microeconmic Theory" do Prof. Mas-Colell (livro amplamente utilizado em doutoramentos em Economia aquém e além fronteiras).
Considere uma economia onde existem N cidades.
Todas as cidades produzem o mesmo bem, com a mesma tecnologia que apresenta rendimentos decrescentes à escala, e este pode ser trocado livremente entre elas - exitem aqui umas especificações técnicas necessárias para alguns resultados, mas para simplificar a necessidade matemática omiti-os.
As N cidades têm no total M trabalhadores, que se podem mover livrememte.
Uma vez que os trabalhadores podem mover-se livremente então os salários em todas as cidades serão iguais (se não eles iriam para a cidade que pagava mais e portanto faria descer aí os salários).
Assim todas as cidades terão a mesma quantidade de trabalhadores M/N - se tal não fosse a cidade com mais trabalhadores teria uma produtividade menor (rend. decrescentes à escala) e portanto os salários seriam menores o que levaria os trab. a emigrar dessa cidade para outro.
Vejamos agora:
A cidade 1 impõe um imposto de quantidade t.
Eq. parcial:
Podemos argumentar que como N é grande então o efeito será nulo nas outras cidades e na cidade 1 o que se passará é que como nas outras cidades o salário se mantém então os trabalhadores em 1 terão de manter os salários. As empresas da cidade 1 são quem paga o imposto.
Eq. Geral:
Mas: Na verdade as empresas na cidade 1 irão empregar menos gente pq o custo é maior e isso levará a que o excesso de trablhadores emigre para outras cidades levando a uma diminuição geral dos salários devido ao aumento de oferta de trabalho (de trabalhadores). Este movimento manter-se-á até que os salários sejam iguais em todo o lado. Assim no final o número da trabalhadores nas cidades 2 a N será igual.
Assim no geral os salários diminuem em 1/N unidades e Verdade se N tender para inf. então o resultado das duas é quase igual, até agora é justo fazer o eq. geral.
Mas na verdade se agregarmos a soma de salários (W) vemos que no toal estes diminuem em 1/N*M. Ou seja quem paga o imposto são os trabalhadores TODOS e não só os da cidade 1.
A agregação dos lucros mostra que a soma dos lucros de 1 a N é igual nos dois casos, pq os lucros na cidade 1 são função dos salários (e este do imposto) e do imposto em 1.
Assim a função dos lucros na cidade 1 é L(W(t)+t).
A variação é a sua derivada em rel a t que dá L'(W)*(W'(t)+1)=L´(W)*((N-1)/N), que é negativa pq L´(W)<0.
Nas outras cidades a função lucro é L(W(t)) e a variação é em L´(W)*((1-N)/N)>0.
Note-se que N>1 e que L'(W), a variação dos lucros devido a uma var. dos salários é negativa. Isto é se os salários aumentam os lucros diminuem.
A soma dará:
L´(W)*((N-1)/N)+L´(W)*((1-N)/N)=0
Quem paga o imposto são os trabalhadores TODOS.
Assim resumindo.
Eq parcial:
Cidade 1:
Empresa tem uma redução de t unidades nos lucros
Trab. ganham o mesmo
Cidade 2 a N:
Empresas e trab. não sofrem alt.
Agregado:
As empresas pagam o imposto através da emp. 1.
Eq geral:
Cidade 1:
Empresa tem uma redução nos lucros proporcional ao número de trab. que emigram para fora da cidade 1.
Trab. ganham menos 1/N.
Cidade 2 a N:
Empresas têm um aumento nos lucros proporcional ao número de trab. que emigram para a cidade em questão
Trab. ganham todos menos 1/N
Agregado:
Os trab. como um todo pagam o imposto.
As empresas no todo mantêm os lucros mas há transferência de lucros da cidade 1 para as outras cidades.
NOTA: Se o capital se mover livremente os agentes que investem repartirão igualmente o portfolio por todas as cidades e não serão afectados.
Assim vemos que ao fazer uma análise parcial, localizada e perdendo os efeitos gerais de vista poderemos fazer grandes erros sobre quem é afectado.
Aqui vai um exemplo adaptado livremente do "Microeconmic Theory" do Prof. Mas-Colell (livro amplamente utilizado em doutoramentos em Economia aquém e além fronteiras).
Considere uma economia onde existem N cidades.
Todas as cidades produzem o mesmo bem, com a mesma tecnologia que apresenta rendimentos decrescentes à escala, e este pode ser trocado livremente entre elas - exitem aqui umas especificações técnicas necessárias para alguns resultados, mas para simplificar a necessidade matemática omiti-os.
As N cidades têm no total M trabalhadores, que se podem mover livrememte.
Uma vez que os trabalhadores podem mover-se livremente então os salários em todas as cidades serão iguais (se não eles iriam para a cidade que pagava mais e portanto faria descer aí os salários).
Assim todas as cidades terão a mesma quantidade de trabalhadores M/N - se tal não fosse a cidade com mais trabalhadores teria uma produtividade menor (rend. decrescentes à escala) e portanto os salários seriam menores o que levaria os trab. a emigrar dessa cidade para outro.
Vejamos agora:
A cidade 1 impõe um imposto de quantidade t.
Eq. parcial:
Podemos argumentar que como N é grande então o efeito será nulo nas outras cidades e na cidade 1 o que se passará é que como nas outras cidades o salário se mantém então os trabalhadores em 1 terão de manter os salários. As empresas da cidade 1 são quem paga o imposto.
Eq. Geral:
Mas: Na verdade as empresas na cidade 1 irão empregar menos gente pq o custo é maior e isso levará a que o excesso de trablhadores emigre para outras cidades levando a uma diminuição geral dos salários devido ao aumento de oferta de trabalho (de trabalhadores). Este movimento manter-se-á até que os salários sejam iguais em todo o lado. Assim no final o número da trabalhadores nas cidades 2 a N será igual.
Assim no geral os salários diminuem em 1/N unidades e Verdade se N tender para inf. então o resultado das duas é quase igual, até agora é justo fazer o eq. geral.
Mas na verdade se agregarmos a soma de salários (W) vemos que no toal estes diminuem em 1/N*M. Ou seja quem paga o imposto são os trabalhadores TODOS e não só os da cidade 1.
A agregação dos lucros mostra que a soma dos lucros de 1 a N é igual nos dois casos, pq os lucros na cidade 1 são função dos salários (e este do imposto) e do imposto em 1.
Assim a função dos lucros na cidade 1 é L(W(t)+t).
A variação é a sua derivada em rel a t que dá L'(W)*(W'(t)+1)=L´(W)*((N-1)/N), que é negativa pq L´(W)<0.
Nas outras cidades a função lucro é L(W(t)) e a variação é em L´(W)*((1-N)/N)>0.
Note-se que N>1 e que L'(W), a variação dos lucros devido a uma var. dos salários é negativa. Isto é se os salários aumentam os lucros diminuem.
A soma dará:
L´(W)*((N-1)/N)+L´(W)*((1-N)/N)=0
Quem paga o imposto são os trabalhadores TODOS.
Assim resumindo.
Eq parcial:
Cidade 1:
Empresa tem uma redução de t unidades nos lucros
Trab. ganham o mesmo
Cidade 2 a N:
Empresas e trab. não sofrem alt.
Agregado:
As empresas pagam o imposto através da emp. 1.
Eq geral:
Cidade 1:
Empresa tem uma redução nos lucros proporcional ao número de trab. que emigram para fora da cidade 1.
Trab. ganham menos 1/N.
Cidade 2 a N:
Empresas têm um aumento nos lucros proporcional ao número de trab. que emigram para a cidade em questão
Trab. ganham todos menos 1/N
Agregado:
Os trab. como um todo pagam o imposto.
As empresas no todo mantêm os lucros mas há transferência de lucros da cidade 1 para as outras cidades.
NOTA: Se o capital se mover livremente os agentes que investem repartirão igualmente o portfolio por todas as cidades e não serão afectados.
Assim vemos que ao fazer uma análise parcial, localizada e perdendo os efeitos gerais de vista poderemos fazer grandes erros sobre quem é afectado.
Tiro ao Pedro Rolo Duarte
devido ao que escreveu aqui..
Para este senhor escreve:
"...dois patamares de blogues: os que, por serem assinados por personalidades mais ou menos conhecidas (jornalistas, políticos, intelectuais, escritores), gozam de uma relevância que lhes garante alguma influência na rede, e obedecem até a uma espécie de "livro de estilo" que os inscreve numa normalidade próxima dos media clássicos; e os outros, dos anónimos cidadãos, criados muitas vezes ao sabor de uma paixão ou de um ataque de raiva, e que obedecem somente aos "ventos" dos seus autores. Os primeiros são extensões de pessoas, causas, jornais, grupos de cidadãos. Os segundos são, na realidade, a vox populi que habitualmente se encontra nos cafés, nos barbeiros, nos cabeleireiros - e que agora está ali, também, ao alcance de um clique..."
É a visão daqueles que se acham a elite pensante do país. Eles pensam e julgam que têm um estilo, uma motivação e são coerentes enquanto que a populaça ignória escreve blogues ao sabor do vento, sem ideias e de forma incoerente.
Enfim, ... ..., sempre a mesma visão de que a populaça é ignorante e tem a sorte de ter blogues para exprimir as suas opiniões sem validade, quais usurpadores do espaço dos media.
Nada disso é mais errado, muitos blogues de anónimos são mais coerentes e obedecem a visões críticas da sociedade do que outros de personalidades que escrevem ao sabor dos títulos dos jornais. Ele espanta-se com:
"...Observando os dois patamares da blogosfera, o que se verifica é que o livro de Carolina Salgado desestabilizou de tal forma a comunidade que encontro reacções cruzadas: há gente circunspecta e de "referência" a brincar com o tema, e há pura vox populi a descobrir motivos de séria apreensão.
A experiência ensinou-me, nestes tempos incertos, que quando a blogosfera se baralha desta forma, Portugal não está muito diferente...."
...parece que não percebe a realidade, e que este facto de que essa gente de "referência" brinca com o tema e a populaça é mais séria é apenas um epifenómeno, ... ..., enfim este senhor não aprende nada com a blogosfera, pos na verdade essa gente de referência não são mais do que pessoas com a mania de que são grandes pensadores a quem um amigo, conhecido lhes deu um espaço num jornal para expressarem as suas ideias, não muito diferentes do resto da população, mas com a diferença que se acham superiores.
Na verdade, a primeira premissa de quem quer ser um pensador sobre a sociedade que o rodeia é não achar-se superior a esta mas igual quando o não fazem tornam-se apenas replicadores de interesses e escritores de filosofia de vão de escada.
Para este senhor escreve:
"...dois patamares de blogues: os que, por serem assinados por personalidades mais ou menos conhecidas (jornalistas, políticos, intelectuais, escritores), gozam de uma relevância que lhes garante alguma influência na rede, e obedecem até a uma espécie de "livro de estilo" que os inscreve numa normalidade próxima dos media clássicos; e os outros, dos anónimos cidadãos, criados muitas vezes ao sabor de uma paixão ou de um ataque de raiva, e que obedecem somente aos "ventos" dos seus autores. Os primeiros são extensões de pessoas, causas, jornais, grupos de cidadãos. Os segundos são, na realidade, a vox populi que habitualmente se encontra nos cafés, nos barbeiros, nos cabeleireiros - e que agora está ali, também, ao alcance de um clique..."
É a visão daqueles que se acham a elite pensante do país. Eles pensam e julgam que têm um estilo, uma motivação e são coerentes enquanto que a populaça ignória escreve blogues ao sabor do vento, sem ideias e de forma incoerente.
Enfim, ... ..., sempre a mesma visão de que a populaça é ignorante e tem a sorte de ter blogues para exprimir as suas opiniões sem validade, quais usurpadores do espaço dos media.
Nada disso é mais errado, muitos blogues de anónimos são mais coerentes e obedecem a visões críticas da sociedade do que outros de personalidades que escrevem ao sabor dos títulos dos jornais. Ele espanta-se com:
"...Observando os dois patamares da blogosfera, o que se verifica é que o livro de Carolina Salgado desestabilizou de tal forma a comunidade que encontro reacções cruzadas: há gente circunspecta e de "referência" a brincar com o tema, e há pura vox populi a descobrir motivos de séria apreensão.
A experiência ensinou-me, nestes tempos incertos, que quando a blogosfera se baralha desta forma, Portugal não está muito diferente...."
...parece que não percebe a realidade, e que este facto de que essa gente de "referência" brinca com o tema e a populaça é mais séria é apenas um epifenómeno, ... ..., enfim este senhor não aprende nada com a blogosfera, pos na verdade essa gente de referência não são mais do que pessoas com a mania de que são grandes pensadores a quem um amigo, conhecido lhes deu um espaço num jornal para expressarem as suas ideias, não muito diferentes do resto da população, mas com a diferença que se acham superiores.
Na verdade, a primeira premissa de quem quer ser um pensador sobre a sociedade que o rodeia é não achar-se superior a esta mas igual quando o não fazem tornam-se apenas replicadores de interesses e escritores de filosofia de vão de escada.
sábado, dezembro 09, 2006
Eu também quero ganhar dinheiro fácil...
... João Carlos Espada escreve esta semana no Expresso sobre Oxford e a oposição que os professores estão a fazer à reforma desta instituição. fala também sobre a Universidades no top 20 e sobre os recursos que estas têm devido a doações estando Harvard emprimeiro lugar.
Curioso, todo o texto é parecido com este:
"WHEN John Hood became vice-chancellor of Oxford University in October 2004, it was a sign that at least some of the institution's senior staff recognised that wisdom might occasionally be found beyond its walls.
....
The old guard soon went head to head with their new boss, and they won the first round. Just eight months into Mr Hood's tenure, a row over performance reviews for academics led to his defeat in Congregation, the 3,773-strong “dons’ parliament” that is the university's highest authority.
Two years into the job, Mr Hood is still struggling, and this time the stakes are higher. On November 14th Congregation will consider his plans to replace the university's council—a single body of dons with responsibility for matters both learned and financial—with separate academic and financial boards, the second of which will have a slim majority drawn from outside the university. The debate in the Sheldonian Theatre will be rancorous, though the plans have been watered down in response to earlier criticism. A postal vote may follow and, if Mr Hood is defeated, he may well resign.
...
Supporters argue that the proposals will simplify decision-making. This should make academics' lives easier, as well as persuade potential donors that the university is properly run. Liora Lazarus, a fellow of St Anne's College, was involved in drafting the plans. At the moment, she says, no one knows whether a discussion has been finished and a decision reached.
...
Oxford's difficulties are unique. At Cambridge, the only other university with a similarly complicated collegiate structure, the emollient vice-chancellor, Alison Richard, has persuaded colleges, departments and the central administration to work together reasonably amicably. But if Mr Hood is willing to risk his job it is because he thinks reform is essential if Oxford is to attract the cash to compete internationally for the brightest students and best researchers. And this is a problem that faces each of Britain's better universities.
British academics are, to an extent that those who work in mere private enterprise cannot imagine, obsessed with money. Partly this is because there is never enough: a huge government-mandated expansion in student numbers since the 1960s has not seen a matching rise in funding. It is also because university finances are fiendishly complicated. Cross-subsidies are common: research grants don't cover overheads and can require matching funding to trigger them; overseas students are charged more to make good losses on teaching Britons; pricey masters' degrees pay for undercharged undergraduates.
Leading British academics earn around half of what their counterparts in America get. Their teaching loads are heavier and their administrative tasks more arduous. The £3,000 ($5,710) a year cap on tuition fees for home students does not begin to cover costs: Oxford reckons it spends £13,000 a year teaching each undergraduate, leaving a shortfall of £5,000 even after government subsidies. The cap is due for review in 2008, but universities are unlikely to get a big increase unless they offer poorer undergraduates large bursaries.
So it is astounding that Cambridge and Oxford are still ranked among the world's best universities, at least according to the Times Higher Education Supplement, which puts them just behind Harvard. But high-flying British students are beginning to look across the Atlantic.
On November 7th Wellington, a leading private school, held a conference on getting into American universities. The dean of admissions at Princeton, Janet Rapelye, told the conference that a year ago Princeton had had 61 applications from British students and had accepted three; this year those figures were 100 and 11. “American universities look attractive in comparison with Oxbridge, especially their means-tested bursaries,” says Anthony Seldon, Wellington's headmaster.
Filthy lucre
Those bursaries are possible only because many American universities have big endowments (see table)—which also allow them to lure the world's best academics. Sir Peter Lampl, founder of an educational charity, points out that fewer than 10% of Oxford's alumni contribute to their university or college, compared with 61% of Princeton's and 45% of Harvard's. Most British universities do no fundraising at all.
Britons will probably never be as generous as Americans; they are too used to the idea that higher education is the responsibility of government and they do not get the tax write-off for charitable giving that Americans do. But Cambridge and Oxford, at least, are trying. Last year Cambridge launched an appeal to raise £1 billion by 2012; donations have already reached £300m. Last autumn Oxford recruited Jon Dellandrea, a Canadian fundraiser with a prodigious reputation. It is expected to launch its own appeal soon.
Oxford also wants to earn better returns on the money it already has. In 2005 a group led by Sir Alan Budd, provost of Queen's College, prepared a report on investment strategies, in response to which the university's investment committee is being reformed. Inevitably, the details of this reform are still under discussion."
Economist, 9 Nov.
The Economist
Claro que este senhor embelezou a notícia do The Economist com dois factos: o resultado da eleição (que já seria de esperar) e os números da I&D no PIB fáceis de obter na Net. Mas o "sumo" é este artigo do The Economist.
Já agora convinha a este senhor ler o reslutado da votação: aqui
Excerto:
"...After two hours, academics voted by 652 to 507 in favour of amending the proposals of John Hood, the Vice-Chancellor and in effect allowing the possibility of them reasserting control over Oxford’s executive five years after the reforms were introduced.
Dr Hood had recommended creating a board of directors with a majority of externally appointed members, to approve the budget and oversee the running of the university.
..."
in Times Online
Mas a 26 Nov:
"...Oxford dons have voted down plans to hand over power on the way the university is run to outsiders from the world of business and politics.
Plans for lay members to form the majority on a proposed new university council - in effect a board of governors to oversee the running of Oxford - were rejected at a crucial meeting of academics last night.
At a meeting of the university's 3,700-strong Congregation and after nearly three hours of debate, academics voted by 730 to 456 against the proposals.
..."
Finalmente, refira-se que agora tudo será resolvido pelo tal postal voting pq são apenas necessários 30 requerentes.
Assim, sendo, além de se basear quase inteiramente numa notícia do The Economist, não faz referências aos processo de votação que se seguiu... ...nem o porquê do voto postal, enfimm...
Nota: É plágio quando se reproduz as fontes sem se dar o crédito a estas.
Curioso, todo o texto é parecido com este:
"WHEN John Hood became vice-chancellor of Oxford University in October 2004, it was a sign that at least some of the institution's senior staff recognised that wisdom might occasionally be found beyond its walls.
....
The old guard soon went head to head with their new boss, and they won the first round. Just eight months into Mr Hood's tenure, a row over performance reviews for academics led to his defeat in Congregation, the 3,773-strong “dons’ parliament” that is the university's highest authority.
Two years into the job, Mr Hood is still struggling, and this time the stakes are higher. On November 14th Congregation will consider his plans to replace the university's council—a single body of dons with responsibility for matters both learned and financial—with separate academic and financial boards, the second of which will have a slim majority drawn from outside the university. The debate in the Sheldonian Theatre will be rancorous, though the plans have been watered down in response to earlier criticism. A postal vote may follow and, if Mr Hood is defeated, he may well resign.
...
Supporters argue that the proposals will simplify decision-making. This should make academics' lives easier, as well as persuade potential donors that the university is properly run. Liora Lazarus, a fellow of St Anne's College, was involved in drafting the plans. At the moment, she says, no one knows whether a discussion has been finished and a decision reached.
...
Oxford's difficulties are unique. At Cambridge, the only other university with a similarly complicated collegiate structure, the emollient vice-chancellor, Alison Richard, has persuaded colleges, departments and the central administration to work together reasonably amicably. But if Mr Hood is willing to risk his job it is because he thinks reform is essential if Oxford is to attract the cash to compete internationally for the brightest students and best researchers. And this is a problem that faces each of Britain's better universities.
British academics are, to an extent that those who work in mere private enterprise cannot imagine, obsessed with money. Partly this is because there is never enough: a huge government-mandated expansion in student numbers since the 1960s has not seen a matching rise in funding. It is also because university finances are fiendishly complicated. Cross-subsidies are common: research grants don't cover overheads and can require matching funding to trigger them; overseas students are charged more to make good losses on teaching Britons; pricey masters' degrees pay for undercharged undergraduates.
Leading British academics earn around half of what their counterparts in America get. Their teaching loads are heavier and their administrative tasks more arduous. The £3,000 ($5,710) a year cap on tuition fees for home students does not begin to cover costs: Oxford reckons it spends £13,000 a year teaching each undergraduate, leaving a shortfall of £5,000 even after government subsidies. The cap is due for review in 2008, but universities are unlikely to get a big increase unless they offer poorer undergraduates large bursaries.
So it is astounding that Cambridge and Oxford are still ranked among the world's best universities, at least according to the Times Higher Education Supplement, which puts them just behind Harvard. But high-flying British students are beginning to look across the Atlantic.
On November 7th Wellington, a leading private school, held a conference on getting into American universities. The dean of admissions at Princeton, Janet Rapelye, told the conference that a year ago Princeton had had 61 applications from British students and had accepted three; this year those figures were 100 and 11. “American universities look attractive in comparison with Oxbridge, especially their means-tested bursaries,” says Anthony Seldon, Wellington's headmaster.
Filthy lucre
Those bursaries are possible only because many American universities have big endowments (see table)—which also allow them to lure the world's best academics. Sir Peter Lampl, founder of an educational charity, points out that fewer than 10% of Oxford's alumni contribute to their university or college, compared with 61% of Princeton's and 45% of Harvard's. Most British universities do no fundraising at all.
Britons will probably never be as generous as Americans; they are too used to the idea that higher education is the responsibility of government and they do not get the tax write-off for charitable giving that Americans do. But Cambridge and Oxford, at least, are trying. Last year Cambridge launched an appeal to raise £1 billion by 2012; donations have already reached £300m. Last autumn Oxford recruited Jon Dellandrea, a Canadian fundraiser with a prodigious reputation. It is expected to launch its own appeal soon.
Oxford also wants to earn better returns on the money it already has. In 2005 a group led by Sir Alan Budd, provost of Queen's College, prepared a report on investment strategies, in response to which the university's investment committee is being reformed. Inevitably, the details of this reform are still under discussion."
Economist, 9 Nov.
The Economist
Claro que este senhor embelezou a notícia do The Economist com dois factos: o resultado da eleição (que já seria de esperar) e os números da I&D no PIB fáceis de obter na Net. Mas o "sumo" é este artigo do The Economist.
Já agora convinha a este senhor ler o reslutado da votação: aqui
Excerto:
"...After two hours, academics voted by 652 to 507 in favour of amending the proposals of John Hood, the Vice-Chancellor and in effect allowing the possibility of them reasserting control over Oxford’s executive five years after the reforms were introduced.
Dr Hood had recommended creating a board of directors with a majority of externally appointed members, to approve the budget and oversee the running of the university.
..."
in Times Online
Mas a 26 Nov:
"...Oxford dons have voted down plans to hand over power on the way the university is run to outsiders from the world of business and politics.
Plans for lay members to form the majority on a proposed new university council - in effect a board of governors to oversee the running of Oxford - were rejected at a crucial meeting of academics last night.
At a meeting of the university's 3,700-strong Congregation and after nearly three hours of debate, academics voted by 730 to 456 against the proposals.
..."
Finalmente, refira-se que agora tudo será resolvido pelo tal postal voting pq são apenas necessários 30 requerentes.
Assim, sendo, além de se basear quase inteiramente numa notícia do The Economist, não faz referências aos processo de votação que se seguiu... ...nem o porquê do voto postal, enfimm...
Nota: É plágio quando se reproduz as fontes sem se dar o crédito a estas.
Então estamos na época da ideia mais estúpida?
Quase de certeza que esta ganharia: A eleição das sete maravilhas do mundo.
Não pela eleição, numa época em que se elege tudo por netvoto não seria de estranhar o aparecimento desta ideia, o que relamente espanta é o objectivo: "A reconstrução do Buda Gigante de Bamiyan, no Afeganistão".
Bem sei que foi uma obra de arte imemorial destruída por fanáticos islâmicos, contudo será boa ideia reconstruir a estátua a uma dividande não adorada num país muçulmano, onde existe uma guerra civil entre fundamentalistas e moderados? De certez que não será, os moderados já têm o problema de serem apoiados por forças não ocidentais para explicar a uma população desconfiada de tudo o que não porvém do Corão. Agora reconstruir o Budo é dar mais munições aos talibans, já estou a ver nas aldeias os caudilhos taliban a dizerem à população porque é que esta deve combater o governo:
"Estão a ver, esses vendidos ao Ocidente estão a construir estátuas pag~s no nosso território em clara contradição aos ensinamentos do profeta. Se não nos apoiarem amanhã vão-vos negar o direito à nossa religião e obrigar-nos a curvar perante Deuses falsos"
É isto que aquela reconstrução irá originar, mais apoio aos radicais.
E a deculpa de que era um património da humanidade a preservar, porque não vamos repôr na sua originalidade as inúmeras mesquitas convertidas em Igrejas no Sul das penínsulas ibérica e itálica? Ou será chocante repôr esses mesquitas em vez das igrejas que destruiram parte da arte original?
Com ideias destas a ideia de um "double standard" por nossa parte venderá bem no mundo islâmico e, consequentemente, abrirá mais o fosso entre nós e esseas sociedades que se radicalizam mais e mais devido a ideias estúpidas como esta.
Não pela eleição, numa época em que se elege tudo por netvoto não seria de estranhar o aparecimento desta ideia, o que relamente espanta é o objectivo: "A reconstrução do Buda Gigante de Bamiyan, no Afeganistão".
Bem sei que foi uma obra de arte imemorial destruída por fanáticos islâmicos, contudo será boa ideia reconstruir a estátua a uma dividande não adorada num país muçulmano, onde existe uma guerra civil entre fundamentalistas e moderados? De certez que não será, os moderados já têm o problema de serem apoiados por forças não ocidentais para explicar a uma população desconfiada de tudo o que não porvém do Corão. Agora reconstruir o Budo é dar mais munições aos talibans, já estou a ver nas aldeias os caudilhos taliban a dizerem à população porque é que esta deve combater o governo:
"Estão a ver, esses vendidos ao Ocidente estão a construir estátuas pag~s no nosso território em clara contradição aos ensinamentos do profeta. Se não nos apoiarem amanhã vão-vos negar o direito à nossa religião e obrigar-nos a curvar perante Deuses falsos"
É isto que aquela reconstrução irá originar, mais apoio aos radicais.
E a deculpa de que era um património da humanidade a preservar, porque não vamos repôr na sua originalidade as inúmeras mesquitas convertidas em Igrejas no Sul das penínsulas ibérica e itálica? Ou será chocante repôr esses mesquitas em vez das igrejas que destruiram parte da arte original?
Com ideias destas a ideia de um "double standard" por nossa parte venderá bem no mundo islâmico e, consequentemente, abrirá mais o fosso entre nós e esseas sociedades que se radicalizam mais e mais devido a ideias estúpidas como esta.
sábado, dezembro 02, 2006
Então quem são estes técnicos?
Esta notícia põe em dúvida a qualidade dos técnicos da CMCoimbra:
"Dois dias depois de os técnicos camarários terem garantido que o edifício de cinco andares naquela artéria, junto ao Largo da Portagem, não corria risco de derrocada, aconteceu o que muitos moradores há muito temiam. Pouco depois das 16h00, além do prédio que se encontrava em obras desde o início da semana, desabou também o edifício do lado, danificando vários estabelecimentos comerciais daquela área."
DC
Na verdade quando o partidocunhismo preenche os lugares na adm. pública (e não estou a falar de entradas ilegais, mas escolhas através de concursos em que se escolhe os amiguinhos...) é nisto que dá: incompetentes.
Por sorte não morreu ninguém, mas e se morresse, os técnicos camarários seriam responsabilizados?
"Dois dias depois de os técnicos camarários terem garantido que o edifício de cinco andares naquela artéria, junto ao Largo da Portagem, não corria risco de derrocada, aconteceu o que muitos moradores há muito temiam. Pouco depois das 16h00, além do prédio que se encontrava em obras desde o início da semana, desabou também o edifício do lado, danificando vários estabelecimentos comerciais daquela área."
DC
Na verdade quando o partidocunhismo preenche os lugares na adm. pública (e não estou a falar de entradas ilegais, mas escolhas através de concursos em que se escolhe os amiguinhos...) é nisto que dá: incompetentes.
Por sorte não morreu ninguém, mas e se morresse, os técnicos camarários seriam responsabilizados?
quinta-feira, novembro 23, 2006
Sinais de atraso
Como se pode ver Portugal é um dos países com mais população no sector primário, sendo só superado por Romania, Poland, Croatia, Lithuania, Greece e Latvia.
Já agora é um dos países com menos população a trabalhar nos serviços: menos do que nós sómente Romania, Poland, Slovenia, Croatia, Slovakia, Czech Republic, Bulgaria* e Lithuania.
Assim se pode ver que só dois países são mais ricos do que nós (Grécia e Eslovénia) e estão pior colocados do que nós em um dos rankings. Todos os outros são países mais pobres. Assim , é necessário uma reforma fundamental na estrutura produtiva do país com mais pessoas nos sectores mais produtivos: Indústra e Serviços.
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Violência no médio oriente...
... mais um exemplo de violência por parte de fanáticos e fundamentalistas no médio oriente.
Ver aqui
Ver aqui
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quarta-feira, novembro 22, 2006
Gas, big business ahead?
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As Imagens anteriores mostram a evolução do preço do petróleo por barril e da gasolina nos EUA.
Pois bem, vê-se que uma acompanha a outra.
A pergunta que se fará é se o preço do barril do petróleo ajustará à volta dos 60$ ou descerá até aos $50?
De qualquer maneira se ficar nis $60 a inflação devido aos custos energéticos que foi uma constante durante o corrente ano (comparar preços deste ano com os do ano passado) vai desaparecer (e se descer até aos 50$ poderá ter um contributo negativo para a mesma).
Assim sendo com o BCE a subir as taxas de juro devido à inflação e a conseguir manter esta nos 2%, será que poderemos pensar que em meados de Abril do ano que vem teremos redução das taxas de juro????
Se assim for a Europa poderá manter um ritmo de crescimento acentuado (que em termos de PIB per capita será superior ao dos EUA, recorde-se que se o PIB da UE crescer menos 0.5/0.7% do que o dos EUA em termos per capita o crescimento será igual - é essa a diferença nos crescimentos populacionais).
domingo, novembro 19, 2006
Carga fiscal que as empresas portuguesas enfrentam...
Do quadro acima vemos que a carga fiscal das empresas portuguesas (o que inclui tb as contribuições para a segurança social) estão ao nível de países como a Holanda, a Noroega, a tão publicitada Finlandia e os liberais EUA.
De facto abaixo de Portugal só países como o Canadá, Suiça, Dinamarca e Islândia cujos estados têm uma vertente social forte e cujas contribuições vêm directamente dos salários ou um Reino Unido e Iralnda onde tudo foi privatizado.
Assim o nosso não crescimento não pode ser devido aos impostos pq se assim fosse a Grécia estaria amplamente estagnada.´
É em termos burocráticos que temos de agir, o número de horas "perdidas", só somos ultrapassados por Japão, Espanha e Itália (embora pertos dos tão liberais EUA). É aí que teremos de agir, reduzir e simplificar os processos de pagamento de impostos, embora a Espanha que pelos vistos tem um número monstruoso não pareça ser muito afectada por isso.
Figura: fonte The Economist
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quarta-feira, novembro 08, 2006
Realidades em várias tonalidades...
... a Fox News e a CNN apresentam a mesma notícia sobre as eleições Norte-Americanas, mas a primeira tenta disfarçar a derrota dando a atribuição do Senado às 23:17 da seguinte forma:
Rep - 49
Dem - 49
Ind - 1
Enquanto a CNN:
Rep - 49
Dem - 50
Ind - 0
Até há poucas horas a Fox News considerava inclusivé a exitência de dois independentes, mas que independentes são estes:
Um é o de Vermont que foi reeleito e sempre alinhou pelas teses democratas o outro é o de Connecticut e este chama-se Joe Lieberman (lembram-se dele: candidato a candidato democrata às eleições presidenciais - portanto...)
A CNN não se prende tanto à designação de jure mas considera a afiliação de facto destes dois independentes. A Fox (próxima do presidente Bush) trabalha a diferentes velocidades: já considerou os dois independentes, agoa considera um, e mais tarde o que considerará... ...entretanto tenta mascarar o mais possível a derrota esperando que os Republicanos ganhem na Virginia, só que isso parece não ir acontecer...
A Fox é o exemplo de como esta direita trabalha, distorcendo a realidade, escondendo-se muitas vezes em situações de forma para esconder o conteúdo da realidade.
Rep - 49
Dem - 49
Ind - 1
Enquanto a CNN:
Rep - 49
Dem - 50
Ind - 0
Até há poucas horas a Fox News considerava inclusivé a exitência de dois independentes, mas que independentes são estes:
Um é o de Vermont que foi reeleito e sempre alinhou pelas teses democratas o outro é o de Connecticut e este chama-se Joe Lieberman (lembram-se dele: candidato a candidato democrata às eleições presidenciais - portanto...)
A CNN não se prende tanto à designação de jure mas considera a afiliação de facto destes dois independentes. A Fox (próxima do presidente Bush) trabalha a diferentes velocidades: já considerou os dois independentes, agoa considera um, e mais tarde o que considerará... ...entretanto tenta mascarar o mais possível a derrota esperando que os Republicanos ganhem na Virginia, só que isso parece não ir acontecer...
A Fox é o exemplo de como esta direita trabalha, distorcendo a realidade, escondendo-se muitas vezes em situações de forma para esconder o conteúdo da realidade.
O que se incentivou em portugal foi a existência...
... deste tipo de trabalhadores:
Gold-collar worker (GCW) is rarely used compared to its blue-collar and white-collar counterparts. It is used as a marketing term more often than referring to a class of society.
A typical demographic of the gold-collar worker is a person who has attended vocational school, community college or other post-high school education, but didn't graduate or has a high school diploma or less, 18 to 25 years old and employed either full time or part time. This group tends to have more disposable income than college students, who pay high tuitions and manage loans and other debt. The big drawback is however that the income of college graduates by far exceeds that of these typical "gold collar" workers.
"These people are going to be cash-rich 19-year-olds and cash-poor 30-year-olds... If you're making 22 grand a year and not paying for college, you can earn enough disposable income to have an apartment and a car. But it tops out there. Job security is not good, and you end up in the lower middle class and working poor."
-Anthony Carnevale, National Center on Education and the Economy
Because gold-collar workers have more disposable income, their spending can be dictated more by taste and preference rather than utility.
A concern for gold-collar workers is poor job security and the lack of job advancement opportunities due to less education
Desitiram de estudar, ganham um ordenado razoável aos 19/20 anos, não têm obrigações familiares e podem comprar quase tudo o que querem, mas aos 30 anos com essas obrigações familiares passam de dourados a pobres. Portugal com a ideia de que as licenciaturas não serviam para arranjar emprego fez com que se produzisse uma % destes trabalhadores e agora 20 anos depois de entrarmos na UE, já existe uma faixa larga desses trabalhadores entre os 30 a 40 anos que são efectivamente pobres e culpam os "ricos" e os que estudaram, e o governo vai na cantiga decretando aumentos maiores para estes "dourados" dos que efectivamente fizeram um sacrificio na sua vida, estudando, vivendo mal enquanto viam os "dourados" a passearem nos seus carros.
Assim, foi Portugal, mas pior é que assim continua a ser...
Gold-collar worker (GCW) is rarely used compared to its blue-collar and white-collar counterparts. It is used as a marketing term more often than referring to a class of society.
A typical demographic of the gold-collar worker is a person who has attended vocational school, community college or other post-high school education, but didn't graduate or has a high school diploma or less, 18 to 25 years old and employed either full time or part time. This group tends to have more disposable income than college students, who pay high tuitions and manage loans and other debt. The big drawback is however that the income of college graduates by far exceeds that of these typical "gold collar" workers.
"These people are going to be cash-rich 19-year-olds and cash-poor 30-year-olds... If you're making 22 grand a year and not paying for college, you can earn enough disposable income to have an apartment and a car. But it tops out there. Job security is not good, and you end up in the lower middle class and working poor."
-Anthony Carnevale, National Center on Education and the Economy
Because gold-collar workers have more disposable income, their spending can be dictated more by taste and preference rather than utility.
A concern for gold-collar workers is poor job security and the lack of job advancement opportunities due to less education
Desitiram de estudar, ganham um ordenado razoável aos 19/20 anos, não têm obrigações familiares e podem comprar quase tudo o que querem, mas aos 30 anos com essas obrigações familiares passam de dourados a pobres. Portugal com a ideia de que as licenciaturas não serviam para arranjar emprego fez com que se produzisse uma % destes trabalhadores e agora 20 anos depois de entrarmos na UE, já existe uma faixa larga desses trabalhadores entre os 30 a 40 anos que são efectivamente pobres e culpam os "ricos" e os que estudaram, e o governo vai na cantiga decretando aumentos maiores para estes "dourados" dos que efectivamente fizeram um sacrificio na sua vida, estudando, vivendo mal enquanto viam os "dourados" a passearem nos seus carros.
Assim, foi Portugal, mas pior é que assim continua a ser...
terça-feira, novembro 07, 2006
3º Melhor do mundo, dizem os japoneses...
" O Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC) é um dos três melhores do Mundo. A avaliação foi feita pela Agência Japonesa da Ciência e Tecnologia."
As Beiras
Mas como todos sabemos se não são os "sabe tudo" Potaloios a dizer, esta avaliação será desvalorizada. Aliás o que sabem os Japoneses de Informática?
As Beiras
Mas como todos sabemos se não são os "sabe tudo" Potaloios a dizer, esta avaliação será desvalorizada. Aliás o que sabem os Japoneses de Informática?
E os outros tb não acreditam...
... quando economistas portugueses não acredtiam no OE 2007 e nos seus objectivos, Sócrates e o seu ministro desvalorizam as críticas e (quase) chama os críticos de ignorantes. Então o FMI e a Comissão Europeia tb o serão?
Hospitais SA
O ministro da saúde já defendeu que os hospitais SA são um modelo de g4estão para diminuir o défice na saúde e aumentar a qualidade, então como comentará a notícia de hoje do DN em que as auditorias mostram um aumento da despesa nestes hospitais. Claro que aumentou a eficiência (quererá dizer que viu mais doentes, mas se gastou mais dinheiro não seria díficil. Mas a "verdadeira" qualidade é a percepção que o cliente faz do serviço, e esta baixou.
Em resumo: Aumentou eficiência à custa de mais dinheiro, ou seja a eficiência económica por paciente diminuiu e diminuiu a qualidade. Se fosse verdadeiras empresas privadas já estavam a fechar e a ser substituidas por concorrentes mais eficientes e de melhor qualidade. Como não são, são apenas um fetiche do ministro ficam abertos, e como todos sabem os fetiches costumam ser caros.
Em resumo: Aumentou eficiência à custa de mais dinheiro, ou seja a eficiência económica por paciente diminuiu e diminuiu a qualidade. Se fosse verdadeiras empresas privadas já estavam a fechar e a ser substituidas por concorrentes mais eficientes e de melhor qualidade. Como não são, são apenas um fetiche do ministro ficam abertos, e como todos sabem os fetiches costumam ser caros.
sexta-feira, novembro 03, 2006
Tiro à ministra da educação...
... a ministra até pode ter (algumas) boas ideias, mas a sua arrogância de que só ela está certa leva a uma conflitualidade que não é benéfica.
Tomemos o exemplo:
Quando propõe quotas para a promoção, responde, se o interlocutor conhece outro sitema de avaliação eficiente. Adicionado, que ela não, se alguém souber então diga-o.
Na verdade existem vários sistemas de avaliação e nehum 100% eficiente (nem o das quotas), todos têm vantagens e desvantagens, e contudo ele (à boa maneira de investigadores de carreira portuguesa com a carreira toda feita no mesmo lugar
(Provas de Agregação em Sociologia no ISCTE, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa - 2003
Doutoramento em Sociologia no ISCTE - 1996
Licenciatura em Sociologia no ISCTE - 1984 ) que depois se consideram sabichões em tudo não sabem , não querem saber que fora da casa onde trabalham há outros lugares, com outros métodos e com outros pensamentos. É com investigadores assim que a ciência anda tão mal em Portugal e o pior é que depois põe-nos a governar Portugal.
Adenda: Qd diz que um professor que falta (por doença ou requisição) não pode progredir porque têm um vínculo com os alunos e a escola e deverá cumprir o programa, pergunto eu se esta Doutora mantém o SEU vínculo com a sua escola (ISCTE) e com os seus alunos, dando as aulas a que obviamente está a faltar pq está no governo? Ou o que é válido para os professores do secundário não é válido para a minitra?
E já agora, um dos requisitos elementares de um professor universitário é manter a sua página Web minimamente actualizada, este é a dela no ISCTE (aqui), será isto um compromisso com os alunos? Ou completa falta de respeito? Ou simplesmente, não sabe actualizar a página, e como de bom tom dos sabichões não pede ajuda?
Tomemos o exemplo:
Quando propõe quotas para a promoção, responde, se o interlocutor conhece outro sitema de avaliação eficiente. Adicionado, que ela não, se alguém souber então diga-o.
Na verdade existem vários sistemas de avaliação e nehum 100% eficiente (nem o das quotas), todos têm vantagens e desvantagens, e contudo ele (à boa maneira de investigadores de carreira portuguesa com a carreira toda feita no mesmo lugar
(Provas de Agregação em Sociologia no ISCTE, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa - 2003
Doutoramento em Sociologia no ISCTE - 1996
Licenciatura em Sociologia no ISCTE - 1984 ) que depois se consideram sabichões em tudo não sabem , não querem saber que fora da casa onde trabalham há outros lugares, com outros métodos e com outros pensamentos. É com investigadores assim que a ciência anda tão mal em Portugal e o pior é que depois põe-nos a governar Portugal.
Adenda: Qd diz que um professor que falta (por doença ou requisição) não pode progredir porque têm um vínculo com os alunos e a escola e deverá cumprir o programa, pergunto eu se esta Doutora mantém o SEU vínculo com a sua escola (ISCTE) e com os seus alunos, dando as aulas a que obviamente está a faltar pq está no governo? Ou o que é válido para os professores do secundário não é válido para a minitra?
E já agora, um dos requisitos elementares de um professor universitário é manter a sua página Web minimamente actualizada, este é a dela no ISCTE (aqui), será isto um compromisso com os alunos? Ou completa falta de respeito? Ou simplesmente, não sabe actualizar a página, e como de bom tom dos sabichões não pede ajuda?
terça-feira, outubro 31, 2006
O caminho é lento...
... pode-se ver aqui, ou na edição de ontem do Jornal de Negócios, contudo como nãi foi uma Univ. de Lisboa a ficar à frente a divulgação tem sido a conta-gotas.
Veja-se esta pesquisa no Sapo: "ranking universidades times":
aparece o "universia " e "AS Beiras", o resto refere-se à rankings de 2005 e 2004, nomeadamente no Diário Económico.
Triste Portugal centralista.
Veja-se esta pesquisa no Sapo: "ranking universidades times":
aparece o "universia " e "AS Beiras", o resto refere-se à rankings de 2005 e 2004, nomeadamente no Diário Económico.
Triste Portugal centralista.
quarta-feira, outubro 25, 2006
A actual recuperação económica é obra... ...da evolução natural da economia...
O governo tem andado ufano sobre os resultados do crescimento do PIB.
Na tabela anterior tirada do FMI (mm com um crescimento previsto de 1.2 e não 1,4) pode-se ver na última tabela que Portugal está em divergência com a Zona Euro e com a EU25, contudo o pico da divergência deu-se em 2003 e tem vindo a diminuir desde aí.
É natural que tal suceda, pois com o choque de 2001, a subsequente guerra do golfo, parte II e o choque petrolídero diferentes economias encaixaram o choque de forma diferente, As que estavam mais bem preparadas (Espanha, Irlanda, Grécia) puderam aproveitar o momento de maior fragilidade para realizar ganhos sobre as mais fracas e incapazes de responder como foi Portugal. Se repararmos bem, o diferencial dessas economias que cresceram muito mais do que a média tem vindo a diminuir, i.e., após o choque, os impactos diferenciados em vencedores e derrotados os crescimentos económicos estão a regressar ao ponto de partida, convergindo para os valores normais. Isso passa-se em Ptg desde 2003 e pelo ritmo parece-me que nem este governo, nem o(s) anterior(es), têm qq mérito. Estes limitam-se a ser guiados por um barco, que por sorte, vai num caminho aceitável, é assim...
terça-feira, outubro 24, 2006
Tiro ao presidente da entidade reguladora do sector eléctrico
Quando confrotado com a pergunta de que se a EDP não tem lucros elevados (´prós e contras de ontem) este respondeu que a EDP é um grande grupo e nem só a distribuição é que está sobre a sua alçada.
Neste caso disse que a EDP - distribuição tinha um lucro de (+-)130 milhões de euros e que (coitadinhos) tinham visto o seu lucro descer desde que a ERSE entrou em funções.
Mas a seguir disse que a EDP produção (e a ERSE não regula esses preços) tinha lucros de mais de 300 milhões de euros.
Mas estamos parvos ou quê. A EDP até está a ser "boazinha" pois podia na distribuição apresentar prejuízos, transferindo o lucro para a produção. É que comprando e vendendo electricidade a si própria, pode simplesmente aumentar os preços na produção (aumentando o lucro) e depois qeuixar-se na distribuição que as tarifas não cobrem os custos desta e por isso tem lucros baixos.
Enfim... ...se não sabe o que é transferência de lucros entre diferentes empresas de um mesmo sector, se calhar não devia estar onde está....
PS1: Pergunta que fica... ...e se com os novos preços o consumo de electricidade diminuir e não recuperar custos antigos, vão fazer mais aumentos no futuro?
PS2: Todo o documento apresentado aqui não está a apresentar uma clara imagem do porquê dos preços aumentarem 18%, simplesmente e de forma desgarrada tenta justificar o porquê. De facto um documento deste deverá simplesmente mostrar as contas e o resultado final e não o contrário, primeiro apresenta o resultado final e depois tenta explicar... ...parece mesmo que a forma de encontrar os preços foi mesmo essa. Primeiro decidiu-se, depois procuraram-se soluções.
PS3: Passar-se-á com a EDP o mesmo do que com outras companhias? Pq mal preparada para uma liberalização tenta-se injectar capital (à custa dos contribuintes) para se reestruturar, qd o já devia ter feito há anos?
Neste caso disse que a EDP - distribuição tinha um lucro de (+-)130 milhões de euros e que (coitadinhos) tinham visto o seu lucro descer desde que a ERSE entrou em funções.
Mas a seguir disse que a EDP produção (e a ERSE não regula esses preços) tinha lucros de mais de 300 milhões de euros.
Mas estamos parvos ou quê. A EDP até está a ser "boazinha" pois podia na distribuição apresentar prejuízos, transferindo o lucro para a produção. É que comprando e vendendo electricidade a si própria, pode simplesmente aumentar os preços na produção (aumentando o lucro) e depois qeuixar-se na distribuição que as tarifas não cobrem os custos desta e por isso tem lucros baixos.
Enfim... ...se não sabe o que é transferência de lucros entre diferentes empresas de um mesmo sector, se calhar não devia estar onde está....
PS1: Pergunta que fica... ...e se com os novos preços o consumo de electricidade diminuir e não recuperar custos antigos, vão fazer mais aumentos no futuro?
PS2: Todo o documento apresentado aqui não está a apresentar uma clara imagem do porquê dos preços aumentarem 18%, simplesmente e de forma desgarrada tenta justificar o porquê. De facto um documento deste deverá simplesmente mostrar as contas e o resultado final e não o contrário, primeiro apresenta o resultado final e depois tenta explicar... ...parece mesmo que a forma de encontrar os preços foi mesmo essa. Primeiro decidiu-se, depois procuraram-se soluções.
PS3: Passar-se-á com a EDP o mesmo do que com outras companhias? Pq mal preparada para uma liberalização tenta-se injectar capital (à custa dos contribuintes) para se reestruturar, qd o já devia ter feito há anos?
quinta-feira, outubro 19, 2006
Despenalização do aborto...
... (ou liberalização da interrupção voluntária da gravidez - IVG)...
... (ou o que se queira)...
In DN
"O Governo admite que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) já está preparado para o day after ao referendo ao aborto. Em declarações ao DN, o ministro da Saúde, Correia de Campos avança que, tecnicamente, "com certeza" que o SNS está apto a responder aos casos de interrupções voluntárias da gravidez até às dez semanas - caso vença o "sim" no referendo e depois de aprovado, ratificado e promulgado o projecto de lei do PS. O ministro garante também que não será necessária mais legislação sobre a matéria: "Não, é preciso apenas a lei geral, quanto muito alguns despachos e portarias de execução". Isto para adaptar os hospitais e serviços de saúde às novas necessidades."
O governo PS prepara-se para promover abortos ou IVG no SNS. Pois bem, o SNS é isso mesmo: um sistema de saúde. Assim, excepto nos casos já previstos na lei todos os outros (IVGs) não são um problema de saúde. Aliás contraria o que seria desejável numa sociedade, que deveria combater este fenómeno(embora a proibição tenha resultado no que resultou: não os eliminou e causa a morte de mulheres por parteiras e aborteiras de vão de escada).
Assim o Estado ao promover que as IVG se façam dentro do SNS e ainda por cima alguns reclamando que os médicos podem ser "forçados" a fazê-los ( in DN "Santos Silva responde: "A objecção de consciência dos médicos é um direito." Um direito que, para o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, não pode ser confundido "com o cumprimento da lei geral e da Constituição. Os médicos estão sujeitos às leis do País", diz.") vêm sim promover esta forma de planeamento familiar.
Na verdade o tabaco é livre e o álcool tb mas o Estado deseja combater os vícios, daí que os não forneça e aplica impostos altos sobre os mesmos. Não digo que se deva cobrar um imposto por aborto, mas que não deveriam ser feitos no SNS mas em clínicas que os queiram fazer, clínicas essas supervisionadas e sujeitas a taxação especial (por exemplo 50% de IRC).
E o argumento de que isso tornava o aborto elitista não pega, pq se agora é ilegal e consequentemente o preço é alto e pessoas de todos os extractos sociais o fazem pq não poderão fazer depois???
A IVG é um "produto" não essencial à vida das pessoas, danoso para a saúde e para a sociedade, daí que deva ser combatido, não proibindo mas desincentivando. Mas como Sócrates disse que o objectivo não é acabar com os abortos mas ´tão sómente despenalizar as mulheres (e quem os faz).
PS: Parece que o ministro da saúde quer deixar de comparticipar a pílula anti-concepcional. Assim, o estado lança um sinal: não gaste dinheiro em precaver que depois nós resolvê-mos o assunto no SNS - com um custo miserável de 20 ou 30 euros (2 ou 3 dias de internamento).
... (ou o que se queira)...
In DN
"O Governo admite que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) já está preparado para o day after ao referendo ao aborto. Em declarações ao DN, o ministro da Saúde, Correia de Campos avança que, tecnicamente, "com certeza" que o SNS está apto a responder aos casos de interrupções voluntárias da gravidez até às dez semanas - caso vença o "sim" no referendo e depois de aprovado, ratificado e promulgado o projecto de lei do PS. O ministro garante também que não será necessária mais legislação sobre a matéria: "Não, é preciso apenas a lei geral, quanto muito alguns despachos e portarias de execução". Isto para adaptar os hospitais e serviços de saúde às novas necessidades."
O governo PS prepara-se para promover abortos ou IVG no SNS. Pois bem, o SNS é isso mesmo: um sistema de saúde. Assim, excepto nos casos já previstos na lei todos os outros (IVGs) não são um problema de saúde. Aliás contraria o que seria desejável numa sociedade, que deveria combater este fenómeno(embora a proibição tenha resultado no que resultou: não os eliminou e causa a morte de mulheres por parteiras e aborteiras de vão de escada).
Assim o Estado ao promover que as IVG se façam dentro do SNS e ainda por cima alguns reclamando que os médicos podem ser "forçados" a fazê-los ( in DN "Santos Silva responde: "A objecção de consciência dos médicos é um direito." Um direito que, para o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, não pode ser confundido "com o cumprimento da lei geral e da Constituição. Os médicos estão sujeitos às leis do País", diz.") vêm sim promover esta forma de planeamento familiar.
Na verdade o tabaco é livre e o álcool tb mas o Estado deseja combater os vícios, daí que os não forneça e aplica impostos altos sobre os mesmos. Não digo que se deva cobrar um imposto por aborto, mas que não deveriam ser feitos no SNS mas em clínicas que os queiram fazer, clínicas essas supervisionadas e sujeitas a taxação especial (por exemplo 50% de IRC).
E o argumento de que isso tornava o aborto elitista não pega, pq se agora é ilegal e consequentemente o preço é alto e pessoas de todos os extractos sociais o fazem pq não poderão fazer depois???
A IVG é um "produto" não essencial à vida das pessoas, danoso para a saúde e para a sociedade, daí que deva ser combatido, não proibindo mas desincentivando. Mas como Sócrates disse que o objectivo não é acabar com os abortos mas ´tão sómente despenalizar as mulheres (e quem os faz).
PS: Parece que o ministro da saúde quer deixar de comparticipar a pílula anti-concepcional. Assim, o estado lança um sinal: não gaste dinheiro em precaver que depois nós resolvê-mos o assunto no SNS - com um custo miserável de 20 ou 30 euros (2 ou 3 dias de internamento).
quarta-feira, outubro 18, 2006
A Universidade de Coimbra foi considerada a melhor universidade em Portugal...
ver aqui
As únicas portuguesas incluídas no top das 520 melhores mundiais são:
266 - Universidade de Coimbra
277 - Universidade Nova de Lisboa
328 - Universidade Católica de Lisboa
E na desagregação poderemos ver onde se ganha e onde se perde (nota - valor reporta à % relativamente à melhor universidade. Por exemplo Students/Faculty 35.4, significa que este rácio é 35% do melhor rácio no mundo).
266= University of Coimbra Portugal
peer review 17.7
recruiter review 17.5
Intl. Faculty 5.8
Intl. Students 9.7
Students/Faculty 35.4
Citatios/Faculty 2.5
Total 24.1
277 Universidade Nova de Lisboa Portugal 14.8 22.0 7.9 11.7 36.1 1.5 23.2
peer review 14.8
recruiter review 22.0
Intl. Faculty 7.9
Intl. Students 11.7
Students/Faculty 36.1
Citations/Faculty 1.5
Total 23.2
338= Universidade Catolica Portuguesa, Lisboa
peer review 9.3
recruiter review 19.6
Intl. Faculty 6.8
Intl. Students 9.1
Students/Faculty 39.1
Citations/Faculty 0.0
Total 20.1
Mais uma nota de centralismo: esta notícia apareceu num jornal regional de Coimbra, e nos nacionais, ainda não vi NADA...
As únicas portuguesas incluídas no top das 520 melhores mundiais são:
266 - Universidade de Coimbra
277 - Universidade Nova de Lisboa
328 - Universidade Católica de Lisboa
E na desagregação poderemos ver onde se ganha e onde se perde (nota - valor reporta à % relativamente à melhor universidade. Por exemplo Students/Faculty 35.4, significa que este rácio é 35% do melhor rácio no mundo).
266= University of Coimbra Portugal
peer review 17.7
recruiter review 17.5
Intl. Faculty 5.8
Intl. Students 9.7
Students/Faculty 35.4
Citatios/Faculty 2.5
Total 24.1
277 Universidade Nova de Lisboa Portugal 14.8 22.0 7.9 11.7 36.1 1.5 23.2
peer review 14.8
recruiter review 22.0
Intl. Faculty 7.9
Intl. Students 11.7
Students/Faculty 36.1
Citations/Faculty 1.5
Total 23.2
338= Universidade Catolica Portuguesa, Lisboa
peer review 9.3
recruiter review 19.6
Intl. Faculty 6.8
Intl. Students 9.1
Students/Faculty 39.1
Citations/Faculty 0.0
Total 20.1
Mais uma nota de centralismo: esta notícia apareceu num jornal regional de Coimbra, e nos nacionais, ainda não vi NADA...
quinta-feira, outubro 12, 2006
Corrupção? Não, não é importante...
... quando o nosso PR, saiba-se lá porquê, veio falar da necessidade do combate à corrupção esta chamada de atenção não gerou grandes consensos. Já se levantam um conjunto de vozes desculpabilizando a corrupação, dizendo que esta nos está nos genes, que a culpa é do estado.
Mas a verdade é que esta tem de ser combatida, e não é só a grande corrupção (saiba-se lá porque é que a Teixeira Duarte que falhou redondamente no túnel do Terreiro do Paço ganhou a requalificação do túnel do Rossio), é também o favorecimento dos amigos e dos conhecidos que coloca entraves ao nosso desenvolvimento. E porquê? Porque este favorecimento prejudica os que mais se esforçam e são mais aptos em deterimento dos amigos e conhecidos. Assim, todos os que ganharam no passado alguma coisa com esta pequena corrupção, o chamado amiguismo ou a "cunha" estão em pé de guerra. Têm medo de ser apontados como tendo sido alvos de algum favorecimento especial. Deve ser esse medo que leva este aqui a escrever aquelas coisas.
PS: Se por acaso ler isto, reflicta se tudo o que tem, se tudo o que obteve, não teve a mão de amigos por detrás. Só se puder dizer não é que poderá argumentar como argumenta, mas nesse caso não se perceberá porque é que queira ser prejudicado.
Mas a verdade é que esta tem de ser combatida, e não é só a grande corrupção (saiba-se lá porque é que a Teixeira Duarte que falhou redondamente no túnel do Terreiro do Paço ganhou a requalificação do túnel do Rossio), é também o favorecimento dos amigos e dos conhecidos que coloca entraves ao nosso desenvolvimento. E porquê? Porque este favorecimento prejudica os que mais se esforçam e são mais aptos em deterimento dos amigos e conhecidos. Assim, todos os que ganharam no passado alguma coisa com esta pequena corrupção, o chamado amiguismo ou a "cunha" estão em pé de guerra. Têm medo de ser apontados como tendo sido alvos de algum favorecimento especial. Deve ser esse medo que leva este aqui a escrever aquelas coisas.
PS: Se por acaso ler isto, reflicta se tudo o que tem, se tudo o que obteve, não teve a mão de amigos por detrás. Só se puder dizer não é que poderá argumentar como argumenta, mas nesse caso não se perceberá porque é que queira ser prejudicado.
domingo, outubro 08, 2006
Acordo MIT- Portugal...
... ou melhor dizendo MIT - Lisboa.
A presença das faculdades de ciências/engenharias do Minho, Porto e Coimbra não disfarça o centralismo do projecto, chegando no caso da Gestão a só incluir instituições de Lisboa e até uma privada ( se a católica quer ter uma parceria com o MIT não deve ser às custas do Estado).
Claro que seria rídicula não incluir as Univ. do Porto/Minho/Coimbra nas engenharias já que estas são as que têm projectos académicos de mais visibilidade interncional (concursos de robótica e o Shell Marathon), mas naquilo em q o markting e o interesse político podem influir o centralismo está lá. Exemplo: ISCTE, não nos podemos esquecer que numa análise de publicações internacionais por professor esta instituição ficou nos últimos lugares (já Aveiro e Algarve ficaram bem classificadas) mas isso não importa, pq o que importa é que o ISCTE não podia faltar para "comer" parte do bolo... ... e a parte de leão fica como costume em Lisboa.
Enfim, o centralismo levado ao extremo.
A presença das faculdades de ciências/engenharias do Minho, Porto e Coimbra não disfarça o centralismo do projecto, chegando no caso da Gestão a só incluir instituições de Lisboa e até uma privada ( se a católica quer ter uma parceria com o MIT não deve ser às custas do Estado).
Claro que seria rídicula não incluir as Univ. do Porto/Minho/Coimbra nas engenharias já que estas são as que têm projectos académicos de mais visibilidade interncional (concursos de robótica e o Shell Marathon), mas naquilo em q o markting e o interesse político podem influir o centralismo está lá. Exemplo: ISCTE, não nos podemos esquecer que numa análise de publicações internacionais por professor esta instituição ficou nos últimos lugares (já Aveiro e Algarve ficaram bem classificadas) mas isso não importa, pq o que importa é que o ISCTE não podia faltar para "comer" parte do bolo... ... e a parte de leão fica como costume em Lisboa.
Enfim, o centralismo levado ao extremo.
quarta-feira, outubro 04, 2006
Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) passam-se coisas estranhas....
.... começando por esta notícia do DC.
Então não houve um único candidato ao regime especial de acesso para maiores de 23 anos com nota negativa? Claro se a prova de ingresso é feita através de uma combinação entre provas específicas, avaliação do currículo profissional e entrevista, é normal. Dois dos critérios são tão subjectivos e sujeitos a cunhas/corrupção que estas notas são normais.
Bem, basta ver a lista de docentes, aqui para termos uma ideia do que lá se passa, mas que é estranho que só haja uma pessoa doutorada é... ...que é estranho que os CV destas pessoas não estejam disponíveis é... ...enfim... ...será que esta escola contribui em alguma coisa para a melhoria da qualificação dos portugueses? Ou é formar Dr. no papel?
Então não houve um único candidato ao regime especial de acesso para maiores de 23 anos com nota negativa? Claro se a prova de ingresso é feita através de uma combinação entre provas específicas, avaliação do currículo profissional e entrevista, é normal. Dois dos critérios são tão subjectivos e sujeitos a cunhas/corrupção que estas notas são normais.
Bem, basta ver a lista de docentes, aqui para termos uma ideia do que lá se passa, mas que é estranho que só haja uma pessoa doutorada é... ...que é estranho que os CV destas pessoas não estejam disponíveis é... ...enfim... ...será que esta escola contribui em alguma coisa para a melhoria da qualificação dos portugueses? Ou é formar Dr. no papel?
quinta-feira, setembro 28, 2006
Mais um inteligente…
… hoje no DN, aqui, um artigo de opinião de uma inteligência que me escapa.
Assim esta parte escapa-me:
“…referia ao destino a dar a cerca de 200 mil funcionários públicos. A ideia é conhecida: diz-se que há funcionários públicos a mais e, logo, uma "solução" talvez fosse haver menos. Por acaso, ao mesmo tempo que esta "solução" era apresentada, saía também um relatório oficial mostrando que afinal, por comparação com a Europa desenvolvida, não teríamos assim tantos funcionários. Estaríamos até bem dentro da média. Isto deu logo azo a rumores sobre se, sendo assim, valeria a pena fazer alguma coisa com os ditos funcionários. Este argumento não vai por aí além. Os erros dos outros não justificam os nossos e, acaso se chegasse à conclusão de que deveria haver menos funcionários públicos, isso deveria ser independente de saber se a Suécia ou a Alemanha estão numa situação idêntica. Até porque muita coisa se fez mal em países do género da Suécia e da Alemanha,…”
Não percebo porque é que na Alemanha, na Suécia ou no Reino Unido se comete tamanho erro por terem mais funcionários do que nós. Se fosse verdade que o número de funcionários públicos fosse o determinante principal para a falta de competitividade da economia portuguesa então Portugal seria mais competitivo do que esses países, mas de facto não o é, ver aqui. A Suécia encontra-se à frente dos EUA na competitividade e a Alemanha e o Reino Unido estão no top tem, já Portugal está lá para baixo, para lá do 30º lugar. Assim sendo, não parece que o número de funcionários públicos seja assim tão importante.
A seguir, este senhor, continua com:
“…A educação, de resto, é a obsessão dos governos portugueses de há 200 anos a esta parte, desde que a instrução primária obrigatória foi instituída pelo liberalismo do século XIX até aos programas de fomento educativo da I República e (ao contrário do que diz a lenda) mesmo do Estado Novo.”
Sim foi uma obsessão, mas não foi concretizada, chegámos à década de 80 com o mais alto índice de analfabetismo da Europa Ocidental e ainda hoje somos o país com menos mão-de-obra qualificada. Tem razão que não é o ACTUAL SISTEMA DE ENSINO que vai resolver os problemas, mas daí a dizer que a educação não resolve nada, como afirma aqui:
”…. Trata-se apenas de constatar que não é a educação que vai resolver o problema económico português. Nós podemos pensar que a educação é uma coisa muito linda e muito excelente. (….). Em 1966, a nossa mão-de-obra era muito menos qualificada do que hoje e crescíamos a taxas de cerca de 7% ao ano. A China tem muito menos gente qualificada do que nós, mas isso não a impede de crescer cerca de 10% ao ano….”
Pois foi, em 1966 crescíamos a 6%, tínhamos acabado de abrir Portugal ao investimento externo e começada uma política de democratização do ensino superior. Conjugado com o baixo nível de que partimos tivemos crescimentos enormes, já agora comparados com os do final da década de 80 em que entrámos na EU. Também é verdade que a China cresce a 10%, tem menos gente qualificada, mas parte de um nível mais baixo ($6,800 per capita (2005 est.)) e nos últimos anos tem feito um esforço de qualificação do seu povo.
Dizer que a educação não resolve nada, é contradizer mais de uma década de estudos em que mostram que esta está altamente correlacionada com crescimento económico e assim como é que este senhor explica que a performance dos EUA onde 30% da população é licenciada, sendo os EUA um dos países mais bem qualificados. Não há correlação pois não?
Para este senhor não. Deve pensar que um país de analfabetos (por acaso veja-se que não teve a coragem de dizer que se devia cortar na educação para se precaver de críticas como esta, mas sem coragem de dizer a sua conclusão o relato dos factos basta), de gente com poucas qualificações será o paraíso, se pensa isso porque não emigra para o Brasil, ou melhor para Angola?
Ainda bem que os gestores portugueses não pensam isso, será por isso que eles são gestores?
Já agora deixo esta dica: Já que é Historiador limite-se à História, onde sem dúvida é bom, não tente falar do que não sabe, não quer saber, …
PS: Mais um, que se afirma investigador do Instituto Universitário Europeu de Florença entre 1995 e 2003. De facto o título dos alunos de doutoramento é investigador por questões burocráticas, por favor, não tente passar pelo que não é, corrija o CV e diga:
Phd student/investigador do Instituto Universitário Europeu de Florença entre 1995 e 2003
Assim esta parte escapa-me:
“…referia ao destino a dar a cerca de 200 mil funcionários públicos. A ideia é conhecida: diz-se que há funcionários públicos a mais e, logo, uma "solução" talvez fosse haver menos. Por acaso, ao mesmo tempo que esta "solução" era apresentada, saía também um relatório oficial mostrando que afinal, por comparação com a Europa desenvolvida, não teríamos assim tantos funcionários. Estaríamos até bem dentro da média. Isto deu logo azo a rumores sobre se, sendo assim, valeria a pena fazer alguma coisa com os ditos funcionários. Este argumento não vai por aí além. Os erros dos outros não justificam os nossos e, acaso se chegasse à conclusão de que deveria haver menos funcionários públicos, isso deveria ser independente de saber se a Suécia ou a Alemanha estão numa situação idêntica. Até porque muita coisa se fez mal em países do género da Suécia e da Alemanha,…”
Não percebo porque é que na Alemanha, na Suécia ou no Reino Unido se comete tamanho erro por terem mais funcionários do que nós. Se fosse verdade que o número de funcionários públicos fosse o determinante principal para a falta de competitividade da economia portuguesa então Portugal seria mais competitivo do que esses países, mas de facto não o é, ver aqui. A Suécia encontra-se à frente dos EUA na competitividade e a Alemanha e o Reino Unido estão no top tem, já Portugal está lá para baixo, para lá do 30º lugar. Assim sendo, não parece que o número de funcionários públicos seja assim tão importante.
A seguir, este senhor, continua com:
“…A educação, de resto, é a obsessão dos governos portugueses de há 200 anos a esta parte, desde que a instrução primária obrigatória foi instituída pelo liberalismo do século XIX até aos programas de fomento educativo da I República e (ao contrário do que diz a lenda) mesmo do Estado Novo.”
Sim foi uma obsessão, mas não foi concretizada, chegámos à década de 80 com o mais alto índice de analfabetismo da Europa Ocidental e ainda hoje somos o país com menos mão-de-obra qualificada. Tem razão que não é o ACTUAL SISTEMA DE ENSINO que vai resolver os problemas, mas daí a dizer que a educação não resolve nada, como afirma aqui:
”…. Trata-se apenas de constatar que não é a educação que vai resolver o problema económico português. Nós podemos pensar que a educação é uma coisa muito linda e muito excelente. (….). Em 1966, a nossa mão-de-obra era muito menos qualificada do que hoje e crescíamos a taxas de cerca de 7% ao ano. A China tem muito menos gente qualificada do que nós, mas isso não a impede de crescer cerca de 10% ao ano….”
Pois foi, em 1966 crescíamos a 6%, tínhamos acabado de abrir Portugal ao investimento externo e começada uma política de democratização do ensino superior. Conjugado com o baixo nível de que partimos tivemos crescimentos enormes, já agora comparados com os do final da década de 80 em que entrámos na EU. Também é verdade que a China cresce a 10%, tem menos gente qualificada, mas parte de um nível mais baixo ($6,800 per capita (2005 est.)) e nos últimos anos tem feito um esforço de qualificação do seu povo.
Dizer que a educação não resolve nada, é contradizer mais de uma década de estudos em que mostram que esta está altamente correlacionada com crescimento económico e assim como é que este senhor explica que a performance dos EUA onde 30% da população é licenciada, sendo os EUA um dos países mais bem qualificados. Não há correlação pois não?
Para este senhor não. Deve pensar que um país de analfabetos (por acaso veja-se que não teve a coragem de dizer que se devia cortar na educação para se precaver de críticas como esta, mas sem coragem de dizer a sua conclusão o relato dos factos basta), de gente com poucas qualificações será o paraíso, se pensa isso porque não emigra para o Brasil, ou melhor para Angola?
Ainda bem que os gestores portugueses não pensam isso, será por isso que eles são gestores?
Já agora deixo esta dica: Já que é Historiador limite-se à História, onde sem dúvida é bom, não tente falar do que não sabe, não quer saber, …
PS: Mais um, que se afirma investigador do Instituto Universitário Europeu de Florença entre 1995 e 2003. De facto o título dos alunos de doutoramento é investigador por questões burocráticas, por favor, não tente passar pelo que não é, corrija o CV e diga:
Phd student/investigador do Instituto Universitário Europeu de Florença entre 1995 e 2003
terça-feira, setembro 26, 2006
Temos funcionários públicos a mais...
... devíamos seguir o exemplo de economias que têm o orçamento controlado, estão em crescimento económico e baixa inflação. Por exemplo o Reino Unido.
Já agora a figura de cima é tirada daqui.
Engraçado a % do funcionários público relativamente à população empregada era inferior a 15%
Nada de novo...
... nas últimas semanas.
O Verão passou e continua-se a discutir os problemas anteriores. De fora temos o Islão e o Papa, as manifestações na Hungria e a entrada da Roménia e da Bulgária. Mas tudo continua na mesma, na Europa alguns tentam apaziguar os ânimos Islão vs Ocidente, mas os EUA continuam instalados no Iraque e no Afeganistão. Ali, as guerrilhas continuam, nada muda...
Em Portugal a mudança é ainda menor, pq se antes do Verão os funcionários do Estado eram os culpados do défice, agora há números para confirmar tal teoria (já agora quanto custou o estudo encomendado à U. Católica e não a uma do Estado que chegou com um ano de atraso?). De pouco vale dizer que eles representam a mesma % do que na média da UE, que as suas qualificações estão muito acima da média da população (alías Vitorino disse até que eles eram fracamente qualificados), de pouco vale a pena dizer tudo isso... ...vamos continuar a ver governo e oposição a bater nos serviços do Estado enquanto os amigos dos partidos acumulam vários empregos e obtêm avenças e assessorias e, por outro lado, os mais amigos das empresas obtém contractos cujos prazos não são para cumprir (tal como aconteceu no Estudo),...
... enfim nada de novo e nem o SOL brilha, mas apaga-se atrás de nuvens cinzentas...
O Verão passou e continua-se a discutir os problemas anteriores. De fora temos o Islão e o Papa, as manifestações na Hungria e a entrada da Roménia e da Bulgária. Mas tudo continua na mesma, na Europa alguns tentam apaziguar os ânimos Islão vs Ocidente, mas os EUA continuam instalados no Iraque e no Afeganistão. Ali, as guerrilhas continuam, nada muda...
Em Portugal a mudança é ainda menor, pq se antes do Verão os funcionários do Estado eram os culpados do défice, agora há números para confirmar tal teoria (já agora quanto custou o estudo encomendado à U. Católica e não a uma do Estado que chegou com um ano de atraso?). De pouco vale dizer que eles representam a mesma % do que na média da UE, que as suas qualificações estão muito acima da média da população (alías Vitorino disse até que eles eram fracamente qualificados), de pouco vale a pena dizer tudo isso... ...vamos continuar a ver governo e oposição a bater nos serviços do Estado enquanto os amigos dos partidos acumulam vários empregos e obtêm avenças e assessorias e, por outro lado, os mais amigos das empresas obtém contractos cujos prazos não são para cumprir (tal como aconteceu no Estudo),...
... enfim nada de novo e nem o SOL brilha, mas apaga-se atrás de nuvens cinzentas...
domingo, setembro 17, 2006
Enfim... ...este Portugal...
Saíram as colocações da 1ª fase na Universidade, e tirando um ou outro post isolado sobre o assunto como aqui a maior parte dos bloguistas está mais interessado em discutir o jornal "O Sol", o que disse o Papa, o aborto, etc...
Claro que são assuntos importantes, mas não essenciais à estuturação do futuro. Com o sem jornal novo nós vivemos, com ou sem Papa o problema islão-ocidente continuaria a existir, com ou sem aborto as sociedades não se desagregam... ...ou seja são meros episódios do mesmo.
Podemos dizer que a colocação na Universidade tb, mas... ...pode-se ver que a situação piora de ano para ano, e as discussões sobre o assunto vão desparecendo. E se a educação e qualificação dos jovens é o futuro do país então um país que não discute o seu futuro é um país que não merece um futuro melhor.
Claro que são assuntos importantes, mas não essenciais à estuturação do futuro. Com o sem jornal novo nós vivemos, com ou sem Papa o problema islão-ocidente continuaria a existir, com ou sem aborto as sociedades não se desagregam... ...ou seja são meros episódios do mesmo.
Podemos dizer que a colocação na Universidade tb, mas... ...pode-se ver que a situação piora de ano para ano, e as discussões sobre o assunto vão desparecendo. E se a educação e qualificação dos jovens é o futuro do país então um país que não discute o seu futuro é um país que não merece um futuro melhor.
A grande FRAUDE...
... da educação em Portugal.
Ainda há dez anos o número de candidatos ao ensino superior era superior a 100.000 candidatos. Foi com esse número em mente e tendo em conta que apesar da redução demográfica da população jovem o número de desitentes do secundário teria grande margem para diminuir que se criaram novas Universidades e novos cursos superiores. Contudo hoje muitos alguns desses cursos não têm candidatos e muitos não conseguem preencher todas as vagas.
O que se passou? Na verdade o que se passou foi a redução do número de candidatos para pouco mais de 50.000. os outros alunos do secundário continuam a desitir ou a completar o secundário sem notas nas provas globais que lhes permitam entrar na Universidade.
Assim fomos todos enganados, ao diminuir a qualidade no ensino secundário e aumentar a dificuldade das globais (mais de 70% dos alunos com nota inferior a 9,5 valores a matemática é um exemplo) cortou-se as pernas à actual geração para se qualificar. Chega-se ao ridículo de pessoas que terminam o 12º ano mas NÃO podem entrar na Universidade devido à nota mínima. Temos logo aqui um contra-senso: dá-se o 12º ano mas não pode entrar na Universidade. Então que raio de qualificação tem? É igual a quem desistiu? Pelos vistos sim...
Podemos resumir a estratégia de sucessivos governos à seguinte:
Aumenta-se a dificuldade das provas globais relativamente ao que se ensina, por forma a diminuir os candidatos às universidades e, com o tempo, fechar estas. Desta forma qualifica-se menos, mas tb se gasta menos dinheiro e o resultado está à vista: uma população menos qualificada é uma população menos exigente com os seus governantes, Salazar sabia-o bem e a catrefada de políticos que estão no poder (qual terá sido a nota de acesso de Sócrates ao ISEC? Penso que nessa altura muitos dos cursos no ISEC tinham notas negativas de entrada) também. Vamos ficar mais burros, mais pobres e mais roubados. Portugal tem de mudar... ...não podemos continuar a mandar pela borda fora o futuro dos jovens e o futuro do país.
Ainda há dez anos o número de candidatos ao ensino superior era superior a 100.000 candidatos. Foi com esse número em mente e tendo em conta que apesar da redução demográfica da população jovem o número de desitentes do secundário teria grande margem para diminuir que se criaram novas Universidades e novos cursos superiores. Contudo hoje muitos alguns desses cursos não têm candidatos e muitos não conseguem preencher todas as vagas.
O que se passou? Na verdade o que se passou foi a redução do número de candidatos para pouco mais de 50.000. os outros alunos do secundário continuam a desitir ou a completar o secundário sem notas nas provas globais que lhes permitam entrar na Universidade.
Assim fomos todos enganados, ao diminuir a qualidade no ensino secundário e aumentar a dificuldade das globais (mais de 70% dos alunos com nota inferior a 9,5 valores a matemática é um exemplo) cortou-se as pernas à actual geração para se qualificar. Chega-se ao ridículo de pessoas que terminam o 12º ano mas NÃO podem entrar na Universidade devido à nota mínima. Temos logo aqui um contra-senso: dá-se o 12º ano mas não pode entrar na Universidade. Então que raio de qualificação tem? É igual a quem desistiu? Pelos vistos sim...
Podemos resumir a estratégia de sucessivos governos à seguinte:
Aumenta-se a dificuldade das provas globais relativamente ao que se ensina, por forma a diminuir os candidatos às universidades e, com o tempo, fechar estas. Desta forma qualifica-se menos, mas tb se gasta menos dinheiro e o resultado está à vista: uma população menos qualificada é uma população menos exigente com os seus governantes, Salazar sabia-o bem e a catrefada de políticos que estão no poder (qual terá sido a nota de acesso de Sócrates ao ISEC? Penso que nessa altura muitos dos cursos no ISEC tinham notas negativas de entrada) também. Vamos ficar mais burros, mais pobres e mais roubados. Portugal tem de mudar... ...não podemos continuar a mandar pela borda fora o futuro dos jovens e o futuro do país.
segunda-feira, setembro 11, 2006
(Des)Responsabilização à portuguesa...
... ultimamente os nossos meios de comunicação "inventaram" a figura do provedor. Este seria a figura a quem os clientes desse meio de comunicação se dirigiam sempre que tivessem reclamações ou sugestões. A ideia é boa, denotando uma aproximação entre quem transmite a notícia e quem a recebe e para dar uma ideia de transparência e abertura e contudo...
... veja-se isto.
O DN errou, e o provedor reconhece o facto, contudo logo a seguir dá o exemplo de uma reclamação sem sentido por forma a desresponsabilizar o jornal do erro anterior e justificando a existência do erro uma vez que quem reclama também erra.
Nada mais errado. Que compra um jornal espera ser informado e receber factos verdadeiros, dispendendo dinheiro em tal. O jornal tem assim uma responsabilidade acrescida em oferecer um produto de qualidade e os erros que faz devem ser assumidos com humilidade e corrigidos.
Quem erra numa reclamação não tem a mesma responsabilidade uma vez que não está a vender o seu produto e dá a informação (certa ou não) gratuitamente e desinteressadamente ao jornal. Este só tem a ganhar com elas.
Contudo ao fazer equivaler as duas está, por um lado, a desresponsabilizar o jornal e, por outro, a combater as reclamações - seria melhor que não as houvesse - por forma a transformar a figura do provedor não numa figura de aporximação com os clientes mas apenas uma figura de retórica. Se a ideia for essa mais vale a pena eliminá-la.
... veja-se isto.
O DN errou, e o provedor reconhece o facto, contudo logo a seguir dá o exemplo de uma reclamação sem sentido por forma a desresponsabilizar o jornal do erro anterior e justificando a existência do erro uma vez que quem reclama também erra.
Nada mais errado. Que compra um jornal espera ser informado e receber factos verdadeiros, dispendendo dinheiro em tal. O jornal tem assim uma responsabilidade acrescida em oferecer um produto de qualidade e os erros que faz devem ser assumidos com humilidade e corrigidos.
Quem erra numa reclamação não tem a mesma responsabilidade uma vez que não está a vender o seu produto e dá a informação (certa ou não) gratuitamente e desinteressadamente ao jornal. Este só tem a ganhar com elas.
Contudo ao fazer equivaler as duas está, por um lado, a desresponsabilizar o jornal e, por outro, a combater as reclamações - seria melhor que não as houvesse - por forma a transformar a figura do provedor não numa figura de aporximação com os clientes mas apenas uma figura de retórica. Se a ideia for essa mais vale a pena eliminá-la.
quinta-feira, setembro 07, 2006
quarta-feira, agosto 30, 2006
Triste...
... se virmos este post no Blasfémia sobre este artigo no DN a vontade que dá é pensar em que país de mentecaptos vivemos.
Em primeirl lugar verificamos pelo artigo que Portugal tem uma mobilidade social fraca sendo muito próxima da dos EUA que está no fim da lista como a sociedade mais imóvel e se afasta da Escandinávia, lugar onde a mobilidade social é mais forte.
Triste é nós gastarmos quase tanto como os Escandinavos com resultados medíocres e portanto ficamos no final com uma sociedade monolítica e com um Estado gastador - o pior dos dois mundos.
Mas onde dói a alma, é o artigo do Blasfémia, que em vez de analisar este facto e insurgir-se faz um texto pró-EUA, de propaganda onde tenta desvalorizar o artigo do DN. Ou seja não está preocupado em sermos gastadores e ineficientes, está preocupado é em atacar o texto. A pergunta que coloco é: Será que o blasfemo autor lucra muito da presente situção, ou espera que os filhos lucrem? Está à espera de manter a sua posição elitista e a dos seus filhos sem esforço, e portanto o texto que chama à atenção para a falta da mobilidade social atinge-o?
Em primeirl lugar verificamos pelo artigo que Portugal tem uma mobilidade social fraca sendo muito próxima da dos EUA que está no fim da lista como a sociedade mais imóvel e se afasta da Escandinávia, lugar onde a mobilidade social é mais forte.
Triste é nós gastarmos quase tanto como os Escandinavos com resultados medíocres e portanto ficamos no final com uma sociedade monolítica e com um Estado gastador - o pior dos dois mundos.
Mas onde dói a alma, é o artigo do Blasfémia, que em vez de analisar este facto e insurgir-se faz um texto pró-EUA, de propaganda onde tenta desvalorizar o artigo do DN. Ou seja não está preocupado em sermos gastadores e ineficientes, está preocupado é em atacar o texto. A pergunta que coloco é: Será que o blasfemo autor lucra muito da presente situção, ou espera que os filhos lucrem? Está à espera de manter a sua posição elitista e a dos seus filhos sem esforço, e portanto o texto que chama à atenção para a falta da mobilidade social atinge-o?
segunda-feira, agosto 28, 2006
Este blog...
... aqui não apresenta qq nova actividade desde 11 de Agosto do corrente ano.
À desistência deste senhor que manipulava dados para apresentar a face da realidade portuguesa q mais lhe convinha, denotando ignorância ou má fé, juntou-se a deste aqui que apesar de algumas coisas interessantes (que sem dúvida leu em livros de economia) às vezes dizia coisas que se os seus professores vissem dar-lhe-iam um D ou E.
Este blog sempre denunciou as más contas do primeiro e alguma má economia do segundo, e por isso tem pena do seu abandono, pois sempre dava para ir treinando a pontaria.
À desistência deste senhor que manipulava dados para apresentar a face da realidade portuguesa q mais lhe convinha, denotando ignorância ou má fé, juntou-se a deste aqui que apesar de algumas coisas interessantes (que sem dúvida leu em livros de economia) às vezes dizia coisas que se os seus professores vissem dar-lhe-iam um D ou E.
Este blog sempre denunciou as más contas do primeiro e alguma má economia do segundo, e por isso tem pena do seu abandono, pois sempre dava para ir treinando a pontaria.
Sobre este artigo de opinião...
... aqui.
Exprimo o meu total acordo. De facto parece ser óbvio que em tempos de crise as economias reinventam-se os estados parecem perdidos, mas para muitos não é.
E para os politicos este parágrafo é de leitura obrigatória:
"...O melhor que a política poderia fazer seria manter a solidez e confiança no ambiente institucional, flexibilizar o processo, agilizar a transformação, aliviar o peso sobre empresas e famílias, apoiar as que falham.
Mas a tentação de controlo é enorme. Ministros e funcionários julgam sempre adivinhar os novos caminhos, apostar nos vencedores, apoiar as inovações. Na melhor das hipóteses, é um enorme desperdício de recursos. Em geral, cria distorções que demoram anos a corrigir. Porque os políticos não fazem a menor ideia das empresas e produtos que a nossa economia vai produzir. Pois nem sequer as empresas o sabem, antes de os mercados terem decretado os vencedores. ..."
Atenção, apoiar os que falham não é o mesmo que garantir os rendimentos e privilégios aos que estão no topo actualmente, ainda antes de tentarem, isso, que é o que os governos tentam fazer é tentar manter o status quo social.
Exprimo o meu total acordo. De facto parece ser óbvio que em tempos de crise as economias reinventam-se os estados parecem perdidos, mas para muitos não é.
E para os politicos este parágrafo é de leitura obrigatória:
"...O melhor que a política poderia fazer seria manter a solidez e confiança no ambiente institucional, flexibilizar o processo, agilizar a transformação, aliviar o peso sobre empresas e famílias, apoiar as que falham.
Mas a tentação de controlo é enorme. Ministros e funcionários julgam sempre adivinhar os novos caminhos, apostar nos vencedores, apoiar as inovações. Na melhor das hipóteses, é um enorme desperdício de recursos. Em geral, cria distorções que demoram anos a corrigir. Porque os políticos não fazem a menor ideia das empresas e produtos que a nossa economia vai produzir. Pois nem sequer as empresas o sabem, antes de os mercados terem decretado os vencedores. ..."
Atenção, apoiar os que falham não é o mesmo que garantir os rendimentos e privilégios aos que estão no topo actualmente, ainda antes de tentarem, isso, que é o que os governos tentam fazer é tentar manter o status quo social.
domingo, agosto 27, 2006
Tiro ao blog corporações...
... ver blog nos links ao lado.
Este blog pode chamar a atenção para alguns comportamentos corporativos e seria de louvar por isso, mas, quando publica as reformas da CGD acima dos 4000 euros como se fosse um escândalo começa a perder parte da sua autoridade.
Vejamos, estas pessoas encontram-se no topo da respectiva carreira e no topo de qualificações que se podem obter e portanto auferem os salários que auferem, proventura menores do que se trabalhassem na privada. Quantos advogados não têm pensões muito superiores aos juízes, quantos antigos alunos não vão auferir pensões muito superiores aos dos professores que lhes deram as respectivas qualificações?
Na verdade a Seg. Social paga remunerações muito superiores do que a CGA e na verdade, se se privatizasse o sistema de pensões estas pessoas "denunciadas" no blog se calhar iriam auferir reformas superiores?
Pois bem, condenar estas pessoas por ganharem bem devido ao seu esforço profissional e pessoal é dizer aos portugueses para não tentarem progredir, não tentarem obter qualificações elevadas pois no fim iremos tentar que todos ganhem o mesmo, ou por outras palavras este blog deve gritar diariamente: "Viva a URSS".
Este blog pode chamar a atenção para alguns comportamentos corporativos e seria de louvar por isso, mas, quando publica as reformas da CGD acima dos 4000 euros como se fosse um escândalo começa a perder parte da sua autoridade.
Vejamos, estas pessoas encontram-se no topo da respectiva carreira e no topo de qualificações que se podem obter e portanto auferem os salários que auferem, proventura menores do que se trabalhassem na privada. Quantos advogados não têm pensões muito superiores aos juízes, quantos antigos alunos não vão auferir pensões muito superiores aos dos professores que lhes deram as respectivas qualificações?
Na verdade a Seg. Social paga remunerações muito superiores do que a CGA e na verdade, se se privatizasse o sistema de pensões estas pessoas "denunciadas" no blog se calhar iriam auferir reformas superiores?
Pois bem, condenar estas pessoas por ganharem bem devido ao seu esforço profissional e pessoal é dizer aos portugueses para não tentarem progredir, não tentarem obter qualificações elevadas pois no fim iremos tentar que todos ganhem o mesmo, ou por outras palavras este blog deve gritar diariamente: "Viva a URSS".
quinta-feira, agosto 24, 2006
Tiro a blogs dito liberais...
... ultimamente tnho-me dedicado a apontar baterias a alguns blogs que se gostam de afirmar liberais contudo em 90% dos posts que vejo não existe qq defesa de ideias liberais, existe sim a defesa de ideias coporativas de direita.
Veja-se este caso, até parece uma ideia muito liberal, contudo não o é. Liberal seria privatizar o ensino e não haver qq interferência nos preços do dito mercado, a proposta ali apresentada fixaria um preço mínimo, criaria uma situação de pressão sobre o Estado para financiar mais e no final a uma pressão pelos pais sobre o Estado para financiar e fiscalizar mais. Isto é, não um mercado livre, mas um mercado regulamentado, dirigido e administrado pelo Estado, e este tipo de mercados (veja-se o caso do mercado dos medicamentos) são usualmente os que pior funcionam e que mais custos dão ao Estado.
Na verdade muitos destes "liberais" não têm a mínima ideia de como funciona a economia (podem saber muito de direito, gestão, etc.) e não entendem que mecanismos são postos em causa qd se propõe algo para toda a sociedade. O que eles apenas vêem é o seu umbigo, pensam que eles estariam muito melhores se fosse como eles propõe e mais nada se alterasse à sua volta, ou seja que a modificação legislativa só os influenciasse a eles. O que se esquecem é que qq modificação irá mudar os comportamentos da sociedade toda como uma onda de choque e o resultado final, mesmo para o próprio, poderá ser pior.
Finalmente eu gostava de ver blogs realmente liberais e não blogs de uma direita corporativa apropriarem-se do nome, é que dão mau nome a que é liberal e defende a liberdade.
Veja-se este caso, até parece uma ideia muito liberal, contudo não o é. Liberal seria privatizar o ensino e não haver qq interferência nos preços do dito mercado, a proposta ali apresentada fixaria um preço mínimo, criaria uma situação de pressão sobre o Estado para financiar mais e no final a uma pressão pelos pais sobre o Estado para financiar e fiscalizar mais. Isto é, não um mercado livre, mas um mercado regulamentado, dirigido e administrado pelo Estado, e este tipo de mercados (veja-se o caso do mercado dos medicamentos) são usualmente os que pior funcionam e que mais custos dão ao Estado.
Na verdade muitos destes "liberais" não têm a mínima ideia de como funciona a economia (podem saber muito de direito, gestão, etc.) e não entendem que mecanismos são postos em causa qd se propõe algo para toda a sociedade. O que eles apenas vêem é o seu umbigo, pensam que eles estariam muito melhores se fosse como eles propõe e mais nada se alterasse à sua volta, ou seja que a modificação legislativa só os influenciasse a eles. O que se esquecem é que qq modificação irá mudar os comportamentos da sociedade toda como uma onda de choque e o resultado final, mesmo para o próprio, poderá ser pior.
Finalmente eu gostava de ver blogs realmente liberais e não blogs de uma direita corporativa apropriarem-se do nome, é que dão mau nome a que é liberal e defende a liberdade.
terça-feira, agosto 22, 2006
Tiro a...
... este.
Embora RR seja um brilhante economiste não o devemos hiperbolizar no seu percurso que não é diferente de muitos outros jovens economistas que estudaram na Inglaterra/EUA. De facto nesses países fazer o PhD com menos de 28 anos é quase norma, assim como tb é norma ficarem como professores durante alguns anos numa boa universidade, é a partir daí que se vê se é bom ou não, i.e., no segundo emprego e caso consigo a "tenure track", mas não tenho problema algum em dizer que RR o vai conseguir (a menos que em Portugal se hiper-valorize tanto o homem que no final pense que mais vale voltar para Portugal embolsar um bom salário do que se esforçar para fazer uma boa carreira).
Contudo a ideia do imposto sobre o consumo em vez do rendimento é algo disparatada. As teorias de taxação óptima dizem que se deve cobrar a cada um de acordo com as suas capacidades de gerar rendimento, o problema é que nós não sabemos quais são as reais capacidades de cada um. É um problema em que as características óptimas estão escondidas e portanto a forma de imposto deve ser feita por forma a revelar estas, se é sobre o rendimento ou sobre o consumo é indiferente desde que de facto se cobre sobre a capacidade de gerar riqueza e não sobre a riqueza gerada. Isto porquê, pq se cobro sobre a capacidade de gerar riqueza então o agente tem de necessáriamente gerar essa riqueza, se não o faço ele pode gerar menos riqueza por forma a beneficiar de ganhos fiscais.
Este sim é o verdadeiro "corner stone" do problema.
Finalmente uma incongruênica na forma de pensar de RR:
"Eu posso ganhar mil e gastar cem, e você ganha 200 e gasta os mesmos cem. Temos o memso nível de vida, pois gastamos os dois apenas cem. Então porque é que hei-de ser mais taxado que você? "
"O ponto de referência para medir o nível de vida está no quanto consumo."
Há economistas que calculam que, se substituíssemos um imposto sobre o rendimento por um único imposto sobre o consumo, que permitisse a mesma receita, um país seria 20%, 30%, 40% mais rico."
Calma, se antes digo que o meu nível de vida é medido pelo consumo e o bem estar tb, como posso dizer depois que um país é 20, 30, 40% mais ricos só pq tem mais dinheiro acumulado. Nesta l´gica deverei medir o aumento de bem estar pelo aumento do consumo, não posso justificar o imposto com uma medida (consumo) e os seus resultados com outra (riqueza). Deverei fazer o mesmo com as duas... ...embora acredite que os efeitos pudessem ser esses.
Embora RR seja um brilhante economiste não o devemos hiperbolizar no seu percurso que não é diferente de muitos outros jovens economistas que estudaram na Inglaterra/EUA. De facto nesses países fazer o PhD com menos de 28 anos é quase norma, assim como tb é norma ficarem como professores durante alguns anos numa boa universidade, é a partir daí que se vê se é bom ou não, i.e., no segundo emprego e caso consigo a "tenure track", mas não tenho problema algum em dizer que RR o vai conseguir (a menos que em Portugal se hiper-valorize tanto o homem que no final pense que mais vale voltar para Portugal embolsar um bom salário do que se esforçar para fazer uma boa carreira).
Contudo a ideia do imposto sobre o consumo em vez do rendimento é algo disparatada. As teorias de taxação óptima dizem que se deve cobrar a cada um de acordo com as suas capacidades de gerar rendimento, o problema é que nós não sabemos quais são as reais capacidades de cada um. É um problema em que as características óptimas estão escondidas e portanto a forma de imposto deve ser feita por forma a revelar estas, se é sobre o rendimento ou sobre o consumo é indiferente desde que de facto se cobre sobre a capacidade de gerar riqueza e não sobre a riqueza gerada. Isto porquê, pq se cobro sobre a capacidade de gerar riqueza então o agente tem de necessáriamente gerar essa riqueza, se não o faço ele pode gerar menos riqueza por forma a beneficiar de ganhos fiscais.
Este sim é o verdadeiro "corner stone" do problema.
Finalmente uma incongruênica na forma de pensar de RR:
"Eu posso ganhar mil e gastar cem, e você ganha 200 e gasta os mesmos cem. Temos o memso nível de vida, pois gastamos os dois apenas cem. Então porque é que hei-de ser mais taxado que você? "
"O ponto de referência para medir o nível de vida está no quanto consumo."
Há economistas que calculam que, se substituíssemos um imposto sobre o rendimento por um único imposto sobre o consumo, que permitisse a mesma receita, um país seria 20%, 30%, 40% mais rico."
Calma, se antes digo que o meu nível de vida é medido pelo consumo e o bem estar tb, como posso dizer depois que um país é 20, 30, 40% mais ricos só pq tem mais dinheiro acumulado. Nesta l´gica deverei medir o aumento de bem estar pelo aumento do consumo, não posso justificar o imposto com uma medida (consumo) e os seus resultados com outra (riqueza). Deverei fazer o mesmo com as duas... ...embora acredite que os efeitos pudessem ser esses.
Imposto sucessório...
De uma discussão entre o Insurgente e a Causa Nossa, eis um ponto de vista alternativo:
Ao contrário do que dizem estes dois blogues a existência de um imposto sucessório poderá ser justificada do ponto de vista da eficiência económica e sem nenhuma relação com a justiça social.
Imaginemos que o imposto sobre as heranças seria de 100%. Neste caso todas as pessoas tentariam consumir toda a sua riqueza antes de falecer, e de facto a maioria conseguiria fazê-lo, porque se o momento da morte é incerta do ponto de vista individual, pode-se sempre através de contractos com intermediários financeiros obter um rendimento fixo até à morte em troca da fortuna acumulada (basicamente um PPR). Esse rendimento, obviamente era gasto em consumo.
Isto levaria que entre os idosos se consumisse mais e poupasse menos, contudo tal poderia não significar mais inflação e maiores taxas de juros, porque no outro lado da equação estão todos aqueles que não iriam receber heranças e portanto teriam de poupar mais para a sua velhice, logo consumiriam menos.
Se os dois lados da balança se anulavam ou não, só se saberia com um modelo económico. Mas partiremos agora do pressuposto que sim.
Até agora o que temos:
1 - Os idosos consomem mais;
2 - Os jovens poupam mais;
3 - O Estado quase não arrecada receitas (tirando as heranças deixadas de forma acidental);
E então onde está a eficiência?
Pois bem, se uma pessoa vai obter uma herança ou tem na perspectiva receber uma herança então o rendimento obtido do seu trabalho vai acrescer a esse. Como a utilidade é decrescente por cada unidade de rendimento ganha então mais depressa vai chegar ao ponto em que a unidade de rendimento ganha é menor do que o valor de lazer que se perde (ou seja a variação da utilidade é negativa: Utilidade (+) do Rendimento MENOS desutilidade de (-) lazer).
Assim este agente vai preferir mais lazer e não produz tanto quanto poderia.
Se não receber heranças, então para atingir o mesmo ponto em que não compensa trabalhar vai ter de se esforçar mais do que no caso anterior, levando assim a que a riqueza produzida aumente.
Assim vemos que um imposto de 100% leva a que todos se esforcem mais, trabalhem mais e atinjam o limite das suas capacidades, aumentando a eficiência económica e a riqueza produzida.
Quanto à justiça social neste cenário ela poderia ser tão elevada ou mesmo maior do que no cenário anterior, nada dizemos sobre a distribuição do rendimento.
Ao contrário do que diz um ministro inglês citado n'O Insurgente, o imposto sucessório combate o ócio, a preguiça e incentiva o sentido empre
Ao contrário do que dizem estes dois blogues a existência de um imposto sucessório poderá ser justificada do ponto de vista da eficiência económica e sem nenhuma relação com a justiça social.
Imaginemos que o imposto sobre as heranças seria de 100%. Neste caso todas as pessoas tentariam consumir toda a sua riqueza antes de falecer, e de facto a maioria conseguiria fazê-lo, porque se o momento da morte é incerta do ponto de vista individual, pode-se sempre através de contractos com intermediários financeiros obter um rendimento fixo até à morte em troca da fortuna acumulada (basicamente um PPR). Esse rendimento, obviamente era gasto em consumo.
Isto levaria que entre os idosos se consumisse mais e poupasse menos, contudo tal poderia não significar mais inflação e maiores taxas de juros, porque no outro lado da equação estão todos aqueles que não iriam receber heranças e portanto teriam de poupar mais para a sua velhice, logo consumiriam menos.
Se os dois lados da balança se anulavam ou não, só se saberia com um modelo económico. Mas partiremos agora do pressuposto que sim.
Até agora o que temos:
1 - Os idosos consomem mais;
2 - Os jovens poupam mais;
3 - O Estado quase não arrecada receitas (tirando as heranças deixadas de forma acidental);
E então onde está a eficiência?
Pois bem, se uma pessoa vai obter uma herança ou tem na perspectiva receber uma herança então o rendimento obtido do seu trabalho vai acrescer a esse. Como a utilidade é decrescente por cada unidade de rendimento ganha então mais depressa vai chegar ao ponto em que a unidade de rendimento ganha é menor do que o valor de lazer que se perde (ou seja a variação da utilidade é negativa: Utilidade (+) do Rendimento MENOS desutilidade de (-) lazer).
Assim este agente vai preferir mais lazer e não produz tanto quanto poderia.
Se não receber heranças, então para atingir o mesmo ponto em que não compensa trabalhar vai ter de se esforçar mais do que no caso anterior, levando assim a que a riqueza produzida aumente.
Assim vemos que um imposto de 100% leva a que todos se esforcem mais, trabalhem mais e atinjam o limite das suas capacidades, aumentando a eficiência económica e a riqueza produzida.
Quanto à justiça social neste cenário ela poderia ser tão elevada ou mesmo maior do que no cenário anterior, nada dizemos sobre a distribuição do rendimento.
Ao contrário do que diz um ministro inglês citado n'O Insurgente, o imposto sucessório combate o ócio, a preguiça e incentiva o sentido empre
Europa vs EUA
Vários artigos do DN, aqui vêm colocar na ordem do dia o número de horas de trabalho por pessoa na UE.
De facto quando comparamos a UE e os EUA poderemos dizer que os EUA são uma economia de consumo e a Europa uma economia de lazer. Esta opção, claramente assumida na Europa, está a ser posta em causa considerando a comissão e vários governantes que tem de se flexibilizar o número máximo de horas por forma a manter a competitividade da Europa, contudo esta opção não poderá partir dos governantes mais preocupados com as receitas fiscais e com a comparação numérica do PIB per capita com os EUA mas deverá ser uma opção das pessoas.
Se os Europeus priviligiam o lazer em vez do consumo será que uma mudança legislativa alterará o cenário existente, será que um Europeu aceitará trabalhar a média semanal de um americano (72 horas/semana) e ter o mesmo número de férias (12 dias)? Ou será que para medir o bem estar de uma população deveremos incluir outros items para além do rendimento? De referir que num recente estudo da OCDE em que o diferencial do PIB per capita era compensado pelas horas de lazer alguns países europes tornavam-se mais ricos que os EUA e a maioria deles eliminva o diferencial que existia no PIB per capita.
Assim, como assim, a discussão está na ordem do dia, a questão é se a decisão será dada às pessoas ou se será imposta de cima tornando a Europa um lugar igual aos EUA, ou seja uma sociedade de consumo e não de lazer.
De facto quando comparamos a UE e os EUA poderemos dizer que os EUA são uma economia de consumo e a Europa uma economia de lazer. Esta opção, claramente assumida na Europa, está a ser posta em causa considerando a comissão e vários governantes que tem de se flexibilizar o número máximo de horas por forma a manter a competitividade da Europa, contudo esta opção não poderá partir dos governantes mais preocupados com as receitas fiscais e com a comparação numérica do PIB per capita com os EUA mas deverá ser uma opção das pessoas.
Se os Europeus priviligiam o lazer em vez do consumo será que uma mudança legislativa alterará o cenário existente, será que um Europeu aceitará trabalhar a média semanal de um americano (72 horas/semana) e ter o mesmo número de férias (12 dias)? Ou será que para medir o bem estar de uma população deveremos incluir outros items para além do rendimento? De referir que num recente estudo da OCDE em que o diferencial do PIB per capita era compensado pelas horas de lazer alguns países europes tornavam-se mais ricos que os EUA e a maioria deles eliminva o diferencial que existia no PIB per capita.
Assim, como assim, a discussão está na ordem do dia, a questão é se a decisão será dada às pessoas ou se será imposta de cima tornando a Europa um lugar igual aos EUA, ou seja uma sociedade de consumo e não de lazer.
segunda-feira, agosto 21, 2006
Mais uma brilhante...
Aqui
Apesar de concordar com grande parte do texto, nomeadamente as convulsões do Islão na adaptação ao progresso esta passagem não deixa de irritar:
"[O Islão]Actualmente sofre debaixo da dolorosa transformação gerada pela modernidade.
Trata-se do mesmo processo que o cristianismo, a mais global de todas, e o judaísmo, a mais resistente, sofreram há 200 anos. Hoje sabemos que ambas sobreviveram, mas o processo foi longo e muito difícil. Aliás, elas foram das poucas que resistiram, pois pelo caminho muitas outras culturas e elementos culturais soçobraram, do animismo ao xamanismo, passando pela aristocracia, monarquia absoluta, e também as lavadeiras, carruagens, chafarizes, perucas empoadas. Hoje é a vez de o islamismo, mas também o budismo e o hinduísmo, passarem pela mesma prova."
A parte em que compara "outras culturas e elementos culturais soçobraram, do ..., passando pela aristocracia, monarquia absoluta" com a religião não faz o mínimo sentido, nomeadamente quando a monarquia absoluta e a aristicracia eram manifestações culturais da sociedade e não elementos culturais per si.
Mas dizer que o o budismo e o hinduísmo tem de passar pela mesma prova que o islamismo?? Pois bem, o que quer dizer é que apenas o Cristianismo e o Judaísmo foram as únicas religiões a adpatarem-se... ...o que não é bem verdade.
Quer o Budismo, quer o hinduismo (postas no texto quase para não ser acusado de que se esqueceu, mas de facto fê-lo) têm-se adaptado ao mundo moderno, tão bem ou melhor do que o Cristianismo. Tbo Xamanismo e o animismo têm sabido manter-se actuais (não no mundo ocidental, onde despareceram, mas em África e na Ásia, realidade que o autor gosta de ignorar).
Apesar de concordar com grande parte do texto, nomeadamente as convulsões do Islão na adaptação ao progresso esta passagem não deixa de irritar:
"[O Islão]Actualmente sofre debaixo da dolorosa transformação gerada pela modernidade.
Trata-se do mesmo processo que o cristianismo, a mais global de todas, e o judaísmo, a mais resistente, sofreram há 200 anos. Hoje sabemos que ambas sobreviveram, mas o processo foi longo e muito difícil. Aliás, elas foram das poucas que resistiram, pois pelo caminho muitas outras culturas e elementos culturais soçobraram, do animismo ao xamanismo, passando pela aristocracia, monarquia absoluta, e também as lavadeiras, carruagens, chafarizes, perucas empoadas. Hoje é a vez de o islamismo, mas também o budismo e o hinduísmo, passarem pela mesma prova."
A parte em que compara "outras culturas e elementos culturais soçobraram, do ..., passando pela aristocracia, monarquia absoluta" com a religião não faz o mínimo sentido, nomeadamente quando a monarquia absoluta e a aristicracia eram manifestações culturais da sociedade e não elementos culturais per si.
Mas dizer que o o budismo e o hinduísmo tem de passar pela mesma prova que o islamismo?? Pois bem, o que quer dizer é que apenas o Cristianismo e o Judaísmo foram as únicas religiões a adpatarem-se... ...o que não é bem verdade.
Quer o Budismo, quer o hinduismo (postas no texto quase para não ser acusado de que se esqueceu, mas de facto fê-lo) têm-se adaptado ao mundo moderno, tão bem ou melhor do que o Cristianismo. Tbo Xamanismo e o animismo têm sabido manter-se actuais (não no mundo ocidental, onde despareceram, mas em África e na Ásia, realidade que o autor gosta de ignorar).
sexta-feira, agosto 18, 2006
Dificuldade para controlar a despesa...
... embora o orçamento classifique a despesa e receita de acordo com um conjubto de critérios, falta um essencial. Uma previsão inicial da repartição das mesmas ao longo do ano, com ajustes mensais quando as medidas planeadas são antecipadas ou adiadas.
Sem essa ferramenta % de execução orçamental mês a mês diz muito pouco e é passível das mais variadas intrepretações.
Enfim...
Sem essa ferramenta % de execução orçamental mês a mês diz muito pouco e é passível das mais variadas intrepretações.
Enfim...
Duas linhas assustadoras....
... para além do crescimento da despesa e do défice, duas linhas nos quadros e anexos do :
Receita efectiva
2005 18 935.6 milhoes de euros 58.0% grau de execução
2006 20 461.5 milhoes de euros 58.3% grau de execução
Despesa efectiva
2005 23 028.0 milhoes de euros 53.5% grau de execução
2006 24 778.9 milhoes de euros 57.3% grau de execução
Ou seja se em termos de recitas o grau de execução orçamental é sensivelmente idêntico nos dois anos, o grau de execução das despesas é em 2006 mais alto do que em 2005.
O gráfico seguinte mostra a percentagem de execução orçamental da receita e despesa dos anos 2005 e 2006 assim como a coluna de uma execução igual e constante todos os meses (o que daria neste momento 50%).
Receita efectiva
2005 18 935.6 milhoes de euros 58.0% grau de execução
2006 20 461.5 milhoes de euros 58.3% grau de execução
Despesa efectiva
2005 23 028.0 milhoes de euros 53.5% grau de execução
2006 24 778.9 milhoes de euros 57.3% grau de execução
Ou seja se em termos de recitas o grau de execução orçamental é sensivelmente idêntico nos dois anos, o grau de execução das despesas é em 2006 mais alto do que em 2005.
O gráfico seguinte mostra a percentagem de execução orçamental da receita e despesa dos anos 2005 e 2006 assim como a coluna de uma execução igual e constante todos os meses (o que daria neste momento 50%).
quarta-feira, agosto 16, 2006
Muito mais interessante para a nossa economia do que...
... (quase) tudo o que se publica nos jornais sobre a nossa economia.
Aqui.
Aqui.
Interessante...
Traduzido daqui;
com base neste artigo aqui
Nos últimos 30 anos, o o preço do tigre esteve fixado em zero, enquanto milhões de dólares forem gastos para o proteger e proibir o comércio que poderia de facto ajudar na conservação da espécie. Apesar da burocracia e dos orçamentos ambientais crescentes, e apesar do proliferação dos conservationistas e das conferências, o tigre está tão perto da extinção agora como no início do projecto tigre, um projecto de conservação suportado em parte pelo WWF, lançado em 1972 e adoptado pelo governo da India um ano mais tarde.
Se nós valorizar-mos verdadeiramente o tigre, teremos uma oportunidade para comprar a via que impossibilitará a extinção que enfrenta agora. O tigre reproduz-se facilmente, mesmo em cativeiro; é dito constantemente pela autoridade central do jardim zoológico aos jardins zoológicos na India para não produzir tigres porque são caros de manter. Na China, que tem aproximadamente 4.000 tigres em cativeiro, a reprodução foi aperfeiçoada. De acordo com funcionários do estado que eu encontrei na China, se fosse dada a liberdade, o país poderia reproduzir 100.000 tigres nos próximos 10 a 15 anos.
Sim, precisamente. Em vez de fixar o preço do tigre em zero e de criar uma oportunidade do lucro para os caçadores furtivos, por que não permitir o negócio de cultivar o tigre? foi desta forma que se evitou a extinção do bisonte no século XIX. Definindo direitos de propriedade sobre os recursos que têm o valor, incluindo os animais selvagens, o aumentar-se-á a probabilidade de evitar a extinção devido a roubar e/ou caça.
Acrescento meu:
É verdade que a extinção do bisonte foi feita dessa forma, contudo outros animais cuja reprodução em cativeiro é díficil foram extintos, ou serão extintos se não houver medidas de protecção adequadas àqueles que habitam os seus habitats naturais.
Assim a proibição de comércio de animais que habitam os seus habtitas naturais é justa, o que se deve fazer é permitir comércio de animais criados em cativeiro.
com base neste artigo aqui
Nos últimos 30 anos, o o preço do tigre esteve fixado em zero, enquanto milhões de dólares forem gastos para o proteger e proibir o comércio que poderia de facto ajudar na conservação da espécie. Apesar da burocracia e dos orçamentos ambientais crescentes, e apesar do proliferação dos conservationistas e das conferências, o tigre está tão perto da extinção agora como no início do projecto tigre, um projecto de conservação suportado em parte pelo WWF, lançado em 1972 e adoptado pelo governo da India um ano mais tarde.
Se nós valorizar-mos verdadeiramente o tigre, teremos uma oportunidade para comprar a via que impossibilitará a extinção que enfrenta agora. O tigre reproduz-se facilmente, mesmo em cativeiro; é dito constantemente pela autoridade central do jardim zoológico aos jardins zoológicos na India para não produzir tigres porque são caros de manter. Na China, que tem aproximadamente 4.000 tigres em cativeiro, a reprodução foi aperfeiçoada. De acordo com funcionários do estado que eu encontrei na China, se fosse dada a liberdade, o país poderia reproduzir 100.000 tigres nos próximos 10 a 15 anos.
Sim, precisamente. Em vez de fixar o preço do tigre em zero e de criar uma oportunidade do lucro para os caçadores furtivos, por que não permitir o negócio de cultivar o tigre? foi desta forma que se evitou a extinção do bisonte no século XIX. Definindo direitos de propriedade sobre os recursos que têm o valor, incluindo os animais selvagens, o aumentar-se-á a probabilidade de evitar a extinção devido a roubar e/ou caça.
Acrescento meu:
É verdade que a extinção do bisonte foi feita dessa forma, contudo outros animais cuja reprodução em cativeiro é díficil foram extintos, ou serão extintos se não houver medidas de protecção adequadas àqueles que habitam os seus habitats naturais.
Assim a proibição de comércio de animais que habitam os seus habtitas naturais é justa, o que se deve fazer é permitir comércio de animais criados em cativeiro.
Confundir ganhos reais e ganhos contabilísticos...
aqui
Na verdade (e muitos de vós o sabem) os ganhos acumulados enquanto se detém títulos financeiros só são reais quando realizados, assim antes do crash bolsista ouvia-se muitos dizer quie já tinham ganho xxxxx, contudo após o crash e quando venderam tiveram perdas.
De facto o fundo de capitalização da Segurança Social obteve ganhos contabilísticos que davam para pagar 8.5 meses de pensões, contudo não foram usados.
O que aconteceria se fossem usados? De facto um montante apreciável de títulos seriam postos à venda no mercado aumentando a oferta e diminuindo o preço destes, diminuição maior se tivermos em conta a não absorção de títulos pelo fundo resultantes das trasferências efectuadas para este, transferências que aumentaram a procura de títulos, aumentaram os preços e inflacionaram os ganhos contabilísticos. Assim os ganhos reais seriam inferiores aos ganhos contabilísticos e não dariam para pagar os tais 8,5 meses.
Como o fundo de capitalização da Segurança Social é um agente com influência nos preços quem o gere não deve só olhar para os ganhos no papel, mas quais os ganhos se efectivamente vender parte do fundo para pagar reformas e esse trabalho não parece estar feito ou, pelo menos, divulgado.
Na verdade (e muitos de vós o sabem) os ganhos acumulados enquanto se detém títulos financeiros só são reais quando realizados, assim antes do crash bolsista ouvia-se muitos dizer quie já tinham ganho xxxxx, contudo após o crash e quando venderam tiveram perdas.
De facto o fundo de capitalização da Segurança Social obteve ganhos contabilísticos que davam para pagar 8.5 meses de pensões, contudo não foram usados.
O que aconteceria se fossem usados? De facto um montante apreciável de títulos seriam postos à venda no mercado aumentando a oferta e diminuindo o preço destes, diminuição maior se tivermos em conta a não absorção de títulos pelo fundo resultantes das trasferências efectuadas para este, transferências que aumentaram a procura de títulos, aumentaram os preços e inflacionaram os ganhos contabilísticos. Assim os ganhos reais seriam inferiores aos ganhos contabilísticos e não dariam para pagar os tais 8,5 meses.
Como o fundo de capitalização da Segurança Social é um agente com influência nos preços quem o gere não deve só olhar para os ganhos no papel, mas quais os ganhos se efectivamente vender parte do fundo para pagar reformas e esse trabalho não parece estar feito ou, pelo menos, divulgado.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Novas ligações...
... a esmagadora maioria dos blogs Portugueses não têm links para blogs não portugueses. Na maior parte das vezes a sua internacionalização limita-se a ligações de jornais de outros países.
Este blog não fugiu à regra, contudo vai mudar.
A partir de hoje novos links serão adicionados para blogs não portugeses. Comecei por ligar aos melhores blogs políticos e económicos de acordo com a revista Forbes (e portanto americanos).
No futuro adicionarei outros, pode ser que a nossa comunidade blogueira se internacionalize.
Este blog não fugiu à regra, contudo vai mudar.
A partir de hoje novos links serão adicionados para blogs não portugeses. Comecei por ligar aos melhores blogs políticos e económicos de acordo com a revista Forbes (e portanto americanos).
No futuro adicionarei outros, pode ser que a nossa comunidade blogueira se internacionalize.
Aviso
Alguém na net utilizou o nick "SNYPER by" para fazer comentários difamatórios e ofensivos em caixas de comentários de outros blogs.
O BLOG DEL SNIPER e o seu autor (el sniper) vem por este meio informar que não tem qualquer relação com o nicl "SNYPER by".
O BLOG DEL SNIPER e o seu autor (el sniper) vem por este meio informar que não tem qualquer relação com o nicl "SNYPER by".
O conflito no Líbano disfarçou...
... um tremendo fracasso de Sócrates. Lá foi ele para o Brasil e voltou de mãos a abanar, apesar do markting que conseguiu passar. De tanta cerimónia as duas bandeiras que tráz são o processo de intençoes da EMBRAER verificar que componentes podem ser fabricados nas OGMA (por acaso a EMBRAER é detentora das mesmas e penso que a empresa a comprou com alguma intençao, não seria preciso Sócrates para a EMBRAER pensar no assunto) e o acordo com a PETROBRÁS para prospecção de petróleo nas costas portuguesas o que para já não trará nenhuma mais valia (e só haverá mais valias se houver petróleo).
Assim, pouco mais se viu, o resto foram acordos de investimento de portugueses no Brasil e logo benéfico para os grupos (que fizeram a viagem à pala do governo para concretizar investimentos já estudados) e para a economia do Brasil.
Assim no fim, pouco ou nada se viu.
Assim, pouco mais se viu, o resto foram acordos de investimento de portugueses no Brasil e logo benéfico para os grupos (que fizeram a viagem à pala do governo para concretizar investimentos já estudados) e para a economia do Brasil.
Assim no fim, pouco ou nada se viu.
sexta-feira, agosto 11, 2006
Atentatado em Londres - Companhias aéreas, seguradoras e ladrões agradecem
A primeira reacção dos consumidores após um atentado realizado ou abortado é de se retairem nas viagens que fazem. Neste caso as companhias aéreas ressentem-se do menor número de clientes. Mas após o impacto, passado um tempo (que com a maior frequência de tentativas de atentados diminui) tudo volta ao normal.
Contudo as medidas implementadas ficam e agora virá para ficar o fim da bagagem de mão. Com o fim desta aumenta o espaço no interior dos aviões que poderá ser rentabilizado de formas alternativas (nomeadamente armazenar a comida de catering no aeroporto mais barato em que esse avião fizer escala, transportar carga comercial, ...) o que no caso dos bilhetes não ficarem mais baratos aumentará o lucros das companhias aéreas.
Por outro lado com a obrigatoriedade de colocar todos os dispositivos electrónicos no porão (câmeras de filmar e de fotografar, laptops, mp3, rádios, leitores de CD, suportes digitais,etc.) e com a não responsabilização das companhis/aeroportos por enventuais roubos destes (só se responsabilizam por roupa) a pergunta será: quem vai arriscar colocar um laptop? Ou será que os seguros vão passar a cobrir tais bens com o consequente aumento dos preços para pagar o seguro extra? Nesse caso as companhias seguradoras agradecem o aumento de negócio.
Dito assim parece que os atentados benefeciam no longo prazo as grandes companhias, logo será que estas não terão interesse no clima de medo que se gera?
PS: Isto não é um post sobre teorias de conspiração, é um post sobre o impacto dos atentados nos bolsos das pessoas e quem é que lucra. Se soubermos quem lucra poderemos verificar se não existem ligações "perigosas" entre algum capital ( em que algum até é detido por redes de crime organizado ) e os atentados.
Contudo as medidas implementadas ficam e agora virá para ficar o fim da bagagem de mão. Com o fim desta aumenta o espaço no interior dos aviões que poderá ser rentabilizado de formas alternativas (nomeadamente armazenar a comida de catering no aeroporto mais barato em que esse avião fizer escala, transportar carga comercial, ...) o que no caso dos bilhetes não ficarem mais baratos aumentará o lucros das companhias aéreas.
Por outro lado com a obrigatoriedade de colocar todos os dispositivos electrónicos no porão (câmeras de filmar e de fotografar, laptops, mp3, rádios, leitores de CD, suportes digitais,etc.) e com a não responsabilização das companhis/aeroportos por enventuais roubos destes (só se responsabilizam por roupa) a pergunta será: quem vai arriscar colocar um laptop? Ou será que os seguros vão passar a cobrir tais bens com o consequente aumento dos preços para pagar o seguro extra? Nesse caso as companhias seguradoras agradecem o aumento de negócio.
Dito assim parece que os atentados benefeciam no longo prazo as grandes companhias, logo será que estas não terão interesse no clima de medo que se gera?
PS: Isto não é um post sobre teorias de conspiração, é um post sobre o impacto dos atentados nos bolsos das pessoas e quem é que lucra. Se soubermos quem lucra poderemos verificar se não existem ligações "perigosas" entre algum capital ( em que algum até é detido por redes de crime organizado ) e os atentados.
terça-feira, agosto 08, 2006
No pior cenário o petróleo chegará aos 10.000 euros/barril
Cenário:
Todo o médio oriente fecha a produção e a exportação de petróleo.
O Egipto fecha o Suez.
A Venezuela com a morte de Fidel encerra por um ano a produção em sinal de luto.
A Nigéria é assolada por uma guerra civil que inviabiliza a produção.
O mar do Norte é assolado por tempestades danificando as plataformas.
Activistas ambientais fazem um bloqueio ao Alasca exigindo que a exploração de petróleo pare.
Tufões no Golfo do México atingem todo o Sul dos EUA arrasando com a produção e a refinação do mesmo.
etc. etc.
Nota: A Goldman-Sachs previu que no melhor cenário o petróleo estará a 60 dolares/barril em 2008.
Todo o médio oriente fecha a produção e a exportação de petróleo.
O Egipto fecha o Suez.
A Venezuela com a morte de Fidel encerra por um ano a produção em sinal de luto.
A Nigéria é assolada por uma guerra civil que inviabiliza a produção.
O mar do Norte é assolado por tempestades danificando as plataformas.
Activistas ambientais fazem um bloqueio ao Alasca exigindo que a exploração de petróleo pare.
Tufões no Golfo do México atingem todo o Sul dos EUA arrasando com a produção e a refinação do mesmo.
etc. etc.
Nota: A Goldman-Sachs previu que no melhor cenário o petróleo estará a 60 dolares/barril em 2008.
domingo, agosto 06, 2006
Além de perita em eduquês...
... agora também o é em jurisprudência.
Diz a senhora doutora (claro que a trato assim, penso que gosta do título):
"Invocando jurisprudência do Tribunal Constitucional, a ministra defende que "só há violação do princípio da protecção da confiança quando se frustrem certas expectativas, minimamente consolidadas, quanto à obtenção de um determinado resultado jurídico". DN
Ora quando os alunos com melhores notas nos primeiros exames viram estas afixadas na pauta será que a expectativa de entrar na faculdade no curso dos seus sonhos era ou não minimamente consolidada na obtenção de um resultado jurídico?
Quando esses mesmos alunos viram outros no segundo exame a alcançá-los ou mesmo a tirar melhor nota, fora essas expectativas frustradas?
Já agora se o resultado pretendido é:
"Até porque, no balanço feito sobre as notas da segunda fase, a governante defendeu que "valeu a pena" repetir as provas, porque o número de alunos com nota positiva a Química duplicou."
porque não fazer um exame de química com uma pergunta: símbolo químico da água?
De certeza que os alunos com nota positiva aumentavam, mas será que estariam preparados?
A educação é coisa séria e não algo onde se fabriquem estatísticas para parecer bem...
Diz a senhora doutora (claro que a trato assim, penso que gosta do título):
"Invocando jurisprudência do Tribunal Constitucional, a ministra defende que "só há violação do princípio da protecção da confiança quando se frustrem certas expectativas, minimamente consolidadas, quanto à obtenção de um determinado resultado jurídico". DN
Ora quando os alunos com melhores notas nos primeiros exames viram estas afixadas na pauta será que a expectativa de entrar na faculdade no curso dos seus sonhos era ou não minimamente consolidada na obtenção de um resultado jurídico?
Quando esses mesmos alunos viram outros no segundo exame a alcançá-los ou mesmo a tirar melhor nota, fora essas expectativas frustradas?
Já agora se o resultado pretendido é:
"Até porque, no balanço feito sobre as notas da segunda fase, a governante defendeu que "valeu a pena" repetir as provas, porque o número de alunos com nota positiva a Química duplicou."
porque não fazer um exame de química com uma pergunta: símbolo químico da água?
De certeza que os alunos com nota positiva aumentavam, mas será que estariam preparados?
A educação é coisa séria e não algo onde se fabriquem estatísticas para parecer bem...
quarta-feira, agosto 02, 2006
Pago pela CIA?
Este
É que se a Europa não impediu os atentados de Madrid e Londres (e o Reino Unido é usualmente apontado como um país europeu que segue os EUA) o que dizer dos EUA?
Já agora o que se faz de bom no Reino Unido é porque seguiu os conselhos dos EUA e o que acontece de mal é porque é Europeu? Vamos a ter juízo.
PS: Já agora, na sua tradução da divina comédia de Dante Aligheri coloque antes do seu nome tradutor, está bem?
É que se a Europa não impediu os atentados de Madrid e Londres (e o Reino Unido é usualmente apontado como um país europeu que segue os EUA) o que dizer dos EUA?
Já agora o que se faz de bom no Reino Unido é porque seguiu os conselhos dos EUA e o que acontece de mal é porque é Europeu? Vamos a ter juízo.
PS: Já agora, na sua tradução da divina comédia de Dante Aligheri coloque antes do seu nome tradutor, está bem?
quinta-feira, julho 27, 2006
Classificação destas medidas de acordo...
... com esta classificação.
Var aqui.
Assim quanto à saúde:
Não vai haver qualquer benefício para a sociedade pois os médicos investigados serão os que mais trabalham e portanto será um tiro seco. Assim não benefecia os outros.
Mas prejudica pois irá criar stress a quem trabalha e temporariamente poderá degradar o sistema de saúde.
O governate tira o benefício de parecer estar a afrontar uma classe corporativa.
Contudo o benefício próprio é inferior ao prejuízo colectivo.
Assim a medida é de um Bandido Estúpido.
Quanto ao ensino:
Degrada o ensino. Piora o ensino superior.
Poupa alguma coisa, pq não tem de contractar tantos professore sno secundário.
Contudo o saldo prejuízo/benefício ou é negativo ou nulo.
Benefício próprio - ZERO ( ou negativo pq não tem impacto na opinião pública mas as pessoas do ensino superior consideram que todo o processo foi mal gerido - há um problema de incompatibilidade com datas legais)
Logo ou a medida é neutra (Zero/zero) ou Estúpida (-/-)
Var aqui.
Assim quanto à saúde:
Não vai haver qualquer benefício para a sociedade pois os médicos investigados serão os que mais trabalham e portanto será um tiro seco. Assim não benefecia os outros.
Mas prejudica pois irá criar stress a quem trabalha e temporariamente poderá degradar o sistema de saúde.
O governate tira o benefício de parecer estar a afrontar uma classe corporativa.
Contudo o benefício próprio é inferior ao prejuízo colectivo.
Assim a medida é de um Bandido Estúpido.
Quanto ao ensino:
Degrada o ensino. Piora o ensino superior.
Poupa alguma coisa, pq não tem de contractar tantos professore sno secundário.
Contudo o saldo prejuízo/benefício ou é negativo ou nulo.
Benefício próprio - ZERO ( ou negativo pq não tem impacto na opinião pública mas as pessoas do ensino superior consideram que todo o processo foi mal gerido - há um problema de incompatibilidade com datas legais)
Logo ou a medida é neutra (Zero/zero) ou Estúpida (-/-)
Um governo desesperado e cego...
A meta do défice está difícel de atingir e assim o governo em desespero de causa começa cegamente a tomar decissões inarráveis sem preocupação para com o bom funcionamento dos serviços que são da sua competência.
Comecemos pela decisão de abrir investigações a aos médicos que mais prescrevem. Eu não sou contra investigações quando o número de prescrições é exagerado, contudo esse exagero mede-se tomando em conta vários factores: número de consultas, tamanho do ficheiro de cada médico, idade média do ficheiro, prestação de serviços em SAP, etc. Uma análise estatística disto não é difícil (mas como vimos no post anterior o governo não sabe utilizar essa ferramente essencial no mundo de hoje para fazer controlos). Assim cegamente abre inquéritos a quem mais prescreve (sob o pretexto de investigar a relação com os laboratórios médicos). Na verdade se esses médicos forem aqueles que mais brio têm na sua profissão, em que tentam atender o máximo número de pacientes, que sacrificam horas de almoço e jantar em família para ateender o máximo número de pacientes, que não dizem não a qualquer pessoa desesperada que chegue a um centro de saúde, então vai perseguir os que mais trabalham. Mesmo que no final o inquérito seja arquivado tudo isto fica na memória da pessoa alvo de inquérito e daqui para frente em vez de ver 20 a 30 doentes por manhã, antenderá o número mínimo que a lei impõe (12), sairá à hora que deve e não sacrificará o almoço. Assim o governo será feliza: gaste menos em medicamentos (embora possa ter de gastar mais em subsídios de funeral e receba menos impostos).
A segunda decisão cega prende-se com o ensino superior. Neste havia docentes do secundário destacados para leccionar aulas (a falta de doutorados levava a esta necessidade para colmatar falhas de pessoal). O governo entendeu acabar com este tipo de destacamento e na verdade bem. Dentro de uma medida de valorização da investigação é óbvio que estes pessoas não têm lugar no ensino superior e portanto a substituição destas por doutorados e pessoas que além de ensinar realizem investigação seria um passo na direcção correcta. MAS o governo não tem esta intençao, a única intenção é CORTAR nas despesas, assim além de indeferir estes destacamentos proibiu as unidades de contratar novos docentes e portanto não haverá ninguém para os substituir. Assim a única solução será de aumentar o tamanho das turmas com a óbvia redução da qualidade do ensino. Corta-se hoje na despesa, mas amnhã não se queixem que os nossos licenciados são piores, menos produtivos e geradores de menos receitas.
Assim na base de dois pretextos que para a população parecem meritórios, não há nada de meritório em tudo isto. O único objectivo é reduzir despesas, mas corta-se em quem trabalha e não em funcionários do estado que bem encostados acumulam funções em institutos, em politécnicos e na privada (e consequnetemente nunca estão em lado nenhum, lavando à necessidade de contractar mais pessoas), e pasme-se com alguns desses contractos em tempo integral.
Foi assim que começou o início do fim dos governos do Cavaco, com cortes e perseguições cegas, sem objectivo outro que não o manter o bucho cheio da élite partidária e tentando prejudicar os que não estando "encostados" trabalhavam que oerdeu as eleições, mas tb deixou o país no estado de fragilidade económica que hoje vive (Guterres poderá ter ajudado, mas não fez tudo sózinho...)
Comecemos pela decisão de abrir investigações a aos médicos que mais prescrevem. Eu não sou contra investigações quando o número de prescrições é exagerado, contudo esse exagero mede-se tomando em conta vários factores: número de consultas, tamanho do ficheiro de cada médico, idade média do ficheiro, prestação de serviços em SAP, etc. Uma análise estatística disto não é difícil (mas como vimos no post anterior o governo não sabe utilizar essa ferramente essencial no mundo de hoje para fazer controlos). Assim cegamente abre inquéritos a quem mais prescreve (sob o pretexto de investigar a relação com os laboratórios médicos). Na verdade se esses médicos forem aqueles que mais brio têm na sua profissão, em que tentam atender o máximo número de pacientes, que sacrificam horas de almoço e jantar em família para ateender o máximo número de pacientes, que não dizem não a qualquer pessoa desesperada que chegue a um centro de saúde, então vai perseguir os que mais trabalham. Mesmo que no final o inquérito seja arquivado tudo isto fica na memória da pessoa alvo de inquérito e daqui para frente em vez de ver 20 a 30 doentes por manhã, antenderá o número mínimo que a lei impõe (12), sairá à hora que deve e não sacrificará o almoço. Assim o governo será feliza: gaste menos em medicamentos (embora possa ter de gastar mais em subsídios de funeral e receba menos impostos).
A segunda decisão cega prende-se com o ensino superior. Neste havia docentes do secundário destacados para leccionar aulas (a falta de doutorados levava a esta necessidade para colmatar falhas de pessoal). O governo entendeu acabar com este tipo de destacamento e na verdade bem. Dentro de uma medida de valorização da investigação é óbvio que estes pessoas não têm lugar no ensino superior e portanto a substituição destas por doutorados e pessoas que além de ensinar realizem investigação seria um passo na direcção correcta. MAS o governo não tem esta intençao, a única intenção é CORTAR nas despesas, assim além de indeferir estes destacamentos proibiu as unidades de contratar novos docentes e portanto não haverá ninguém para os substituir. Assim a única solução será de aumentar o tamanho das turmas com a óbvia redução da qualidade do ensino. Corta-se hoje na despesa, mas amnhã não se queixem que os nossos licenciados são piores, menos produtivos e geradores de menos receitas.
Assim na base de dois pretextos que para a população parecem meritórios, não há nada de meritório em tudo isto. O único objectivo é reduzir despesas, mas corta-se em quem trabalha e não em funcionários do estado que bem encostados acumulam funções em institutos, em politécnicos e na privada (e consequnetemente nunca estão em lado nenhum, lavando à necessidade de contractar mais pessoas), e pasme-se com alguns desses contractos em tempo integral.
Foi assim que começou o início do fim dos governos do Cavaco, com cortes e perseguições cegas, sem objectivo outro que não o manter o bucho cheio da élite partidária e tentando prejudicar os que não estando "encostados" trabalhavam que oerdeu as eleições, mas tb deixou o país no estado de fragilidade económica que hoje vive (Guterres poderá ter ajudado, mas não fez tudo sózinho...)
segunda-feira, julho 24, 2006
Uma ideia romântica que custa dinheiro...
A ministra de educação teve mais uma daquelas ideias româticas, tão ao estilo dos educólogos, que cheia de boas intenções não atingirá os objectivos desejados embora tenha um custo apreciável.
Decidiu ela e o seu ministério que os alunos do 4º e 6º ciclo de educação farão testes de aferição dos conhecimentos em matemática e português com o objectivo de avaliar a situação. Esses testes não terão consequências sobre os alunos, será só para medir a evolução destes (e por ventura avaliar professores).
Comecemos pela impossibilidade de atingir os objectivos. Os alunos sabendo que os testes não os afectam minimamente não irão esforçar-se ao máximo para demonstrar os seus conhecimentos (se calhar muitos poderão inclusivé entregar provas em branco poupando-se ao esforço de pensar e raciocionar durante uma hora). Desta forma os resultados obtidos não irão medir o que eles sabem, irão sim medir o grau de romantismo da sociedade portuguesa: mostrar que sei só pelo prazer do o fazer. Todos os alunos que não têm ideiais românticos, que são práticos, positivistas e orientados por objectivos não vão querer mostrar coisa nenhuma. Vão simplesmente ignorar o teste, não estudarão para este, não farão um preparação aturada para este e com o aval dos pais (para quê queimar neurónios se não conta para nada?).
Mas, não atingindo o objectivo, o que já em si fará com que o custo destes exames seja um desperdício, a ministra quer maximizar o desperdício ao fazer um exame (que para nada conta e cujos resultados serão muito dúbios) a TODOS os alunos. Para fazer uma aferição do estado de nação, não é necessário realizar o teste a todos mas apenas a uma amostra representativa (5000 alunos avaliados chegariam), é isso que o projecto de avaliação da educação da OCDE - PISA - faz. Avalia uma amostra e com métodos estatísticos intrereta os resultados. Aliás a ministra devia saber que as técnicas estatísticas foram desenvolvidas para poupar dinheiro: Muitas empresas que produzem diariamente milhares de unidades de um mesmo componente sujeitam-nos a um teste de qualidade superficial e selccionam uma amostra para um teste de qualidade em profundidade. Só se na amostra a % de falhas é elevada é que o lote é retirado ou avaliado na totalidade.
Então como avaliar com poucos custos: primeiro utiliza-se a existência de testes globais feitos em todas as escolas (q contam para a nota) para numa amostra seleccionada dar aos alunos o mesmo teste sem estes o saberem. Assim os alunos sendo avaliados farão o esfroço normal e obtém os resultados desse esforço (que é o que se quer medir), e se não sabem se fazem parte da amostra ou não retirará problemas de os resultados serem endógenos (i.e. se eles souberem que para além de estarem a ser avaliados, o teste é utilizado para aferir resultados globais podem preparar-se mais/menos do q o normal para o exame, enviesando para melhor/pior os resultados obtidos).
Conclusão: a ministra até tem a boa ideia de avaliar, mas continua presa ao romântismo da avaliação sem consequências. Assim não vamos lá. Já Almeida Garret ao descrever o que os soldados espanhóis diziam dos soldados portugueses diza: são uns românticos, bons para a poesia....
Decidiu ela e o seu ministério que os alunos do 4º e 6º ciclo de educação farão testes de aferição dos conhecimentos em matemática e português com o objectivo de avaliar a situação. Esses testes não terão consequências sobre os alunos, será só para medir a evolução destes (e por ventura avaliar professores).
Comecemos pela impossibilidade de atingir os objectivos. Os alunos sabendo que os testes não os afectam minimamente não irão esforçar-se ao máximo para demonstrar os seus conhecimentos (se calhar muitos poderão inclusivé entregar provas em branco poupando-se ao esforço de pensar e raciocionar durante uma hora). Desta forma os resultados obtidos não irão medir o que eles sabem, irão sim medir o grau de romantismo da sociedade portuguesa: mostrar que sei só pelo prazer do o fazer. Todos os alunos que não têm ideiais românticos, que são práticos, positivistas e orientados por objectivos não vão querer mostrar coisa nenhuma. Vão simplesmente ignorar o teste, não estudarão para este, não farão um preparação aturada para este e com o aval dos pais (para quê queimar neurónios se não conta para nada?).
Mas, não atingindo o objectivo, o que já em si fará com que o custo destes exames seja um desperdício, a ministra quer maximizar o desperdício ao fazer um exame (que para nada conta e cujos resultados serão muito dúbios) a TODOS os alunos. Para fazer uma aferição do estado de nação, não é necessário realizar o teste a todos mas apenas a uma amostra representativa (5000 alunos avaliados chegariam), é isso que o projecto de avaliação da educação da OCDE - PISA - faz. Avalia uma amostra e com métodos estatísticos intrereta os resultados. Aliás a ministra devia saber que as técnicas estatísticas foram desenvolvidas para poupar dinheiro: Muitas empresas que produzem diariamente milhares de unidades de um mesmo componente sujeitam-nos a um teste de qualidade superficial e selccionam uma amostra para um teste de qualidade em profundidade. Só se na amostra a % de falhas é elevada é que o lote é retirado ou avaliado na totalidade.
Então como avaliar com poucos custos: primeiro utiliza-se a existência de testes globais feitos em todas as escolas (q contam para a nota) para numa amostra seleccionada dar aos alunos o mesmo teste sem estes o saberem. Assim os alunos sendo avaliados farão o esfroço normal e obtém os resultados desse esforço (que é o que se quer medir), e se não sabem se fazem parte da amostra ou não retirará problemas de os resultados serem endógenos (i.e. se eles souberem que para além de estarem a ser avaliados, o teste é utilizado para aferir resultados globais podem preparar-se mais/menos do q o normal para o exame, enviesando para melhor/pior os resultados obtidos).
Conclusão: a ministra até tem a boa ideia de avaliar, mas continua presa ao romântismo da avaliação sem consequências. Assim não vamos lá. Já Almeida Garret ao descrever o que os soldados espanhóis diziam dos soldados portugueses diza: são uns românticos, bons para a poesia....
quarta-feira, julho 19, 2006
Repetição de exames...
... vamo por partes. Qual a razão de fundo para haver repetição de exames? Pelos vistos é pq as notas dos exames dos alunos do novo programa foram muito inferiores aos que leccionavam no programa antigo... ...mas? Havia dois programas? É aqui que está o problema, havia dois programas. Isto coloca os alunos de programas diferenciados em situações diferenciadas. Qd se muda, tem de se mudar para todos, só isso é que é justo e se se colocou alguns alunos num novo programa e outros não, é fazer desses alunos cobaias. Agora como a experiência falhou vêm os panos quentes, contudo a palavra chave é: "experiência ". Na educação não pode haver experimentalismo em tempo real, não se pode jogar com o futuro das pessoas. Qd as coisas mudam tem de ser para todos e com a certeza do que foi feito, pois andamos há mais de dez anos com programa novo, programa antigo, programa reformulado. Será que ainda não perceberam que o essencial do problema não é o conteúdo programático e assim sendo será o conteúdo pedagógico.
Dar condiçoes de ensino, re-avaliar a doer desde a 1ª classe (nada de passagens automáticas até ao nono ano), e considerar essencial o conhecimento CORRECTO não apenas a busca do conhecimento.
Dar condiçoes de ensino, re-avaliar a doer desde a 1ª classe (nada de passagens automáticas até ao nono ano), e considerar essencial o conhecimento CORRECTO não apenas a busca do conhecimento.
Orçamento de Estado...
... coisas que não percebo. Como é que os salários pagos pelo Estado tiveram uma redução e mesmo assim a despesa aumentou? É que se se transferiram despesas de salários para prestações de serviços ficou tudo na mesma. O futuro não é risonho para este ministro das finanças e na minha opinião a ameaça de usar a "lei" para atingir o objectivo de 4,6% significa uma só coisa: o objectivo não está a ser atingido. Esperemos por Janeiro.
quarta-feira, julho 12, 2006
Mau perder...
... Zidane foi expulso e bem. Claro que Materazzi chamou p**** }à mãe, à irmã, mas de certeza que Mr. Z tb insultou os adversários, se não neste noutros jogos. Mas agora o mau perder francês, encabeçado pelo mau perder do treinador começa a ultrapassar todos os limites. Gallas já afirmou que quer dar uns murros em Materazzi, existem acusações de racimso aos italianos por parte dos franceses e agora isto.
Mas, então não foram estes franceses que antes da semi-final disseram que os portugueses eram fiteiros, batoteiros, provacadores e tinham falta de fair-play? Isso não foi racismo? Isso não influenciou o árbitro? Isso não influenciou a própria actuação da equipa portuguesa?
De resto quanto às simulações eu vi pelo menos duas na final por parte de Zidane, mas não acho que o fossem, pois quando um jogador vai em corrida e finta um adversário tem duas soluções, ou continua a correr e embate na perna do adversário arriscando-se a lesionar-se ou tenta saltar por cima e invariavelmente cai. Ora as duas "simulaçõs" de Zidane na final foram deste tipo, as várias de Cristiano na semi-final também.
A FIFA deveria ter mais atenção a este facto, se um jogador cai para evitar uma colisão (e onde ganharia a falta) então não deveria começar a pensar em sancionar essas faltas (aqui o replay é indespensável) ou pelo menos as entradas.
Mas, então não foram estes franceses que antes da semi-final disseram que os portugueses eram fiteiros, batoteiros, provacadores e tinham falta de fair-play? Isso não foi racismo? Isso não influenciou o árbitro? Isso não influenciou a própria actuação da equipa portuguesa?
De resto quanto às simulações eu vi pelo menos duas na final por parte de Zidane, mas não acho que o fossem, pois quando um jogador vai em corrida e finta um adversário tem duas soluções, ou continua a correr e embate na perna do adversário arriscando-se a lesionar-se ou tenta saltar por cima e invariavelmente cai. Ora as duas "simulaçõs" de Zidane na final foram deste tipo, as várias de Cristiano na semi-final também.
A FIFA deveria ter mais atenção a este facto, se um jogador cai para evitar uma colisão (e onde ganharia a falta) então não deveria começar a pensar em sancionar essas faltas (aqui o replay é indespensável) ou pelo menos as entradas.
sexta-feira, julho 07, 2006
Perdemos...
... e podíamos ter ganho, mas perdemos. O penalti foi penalti, o árbitro não influiu no resultado e de facto não perdemos contra toda a França, mas contra os filhos dos imigrantes em França. É curioso, como um país que coloca estes à margem da sociedade tem neles o orgulho das vitórias no mundial. Será que é necessário aumentar a exclusão social para que os poucos que vingam no desporto possam dar ao país que não trata bem os seus colegas de escola as alegrias das vitórias?
Eu por mim prefiro sair derrotado mas saber que se combate a exclusão social, a desigualdade e o racismo (e racismo não é só contra os que têm uma coloração de pele difrente, RACISMO foi a forma como a imprensa francesa tratou os portugueses, a selecção e o país nas vésperas dos jogos).
Mas... ...da próxima temos de ganhar.
Eu por mim prefiro sair derrotado mas saber que se combate a exclusão social, a desigualdade e o racismo (e racismo não é só contra os que têm uma coloração de pele difrente, RACISMO foi a forma como a imprensa francesa tratou os portugueses, a selecção e o país nas vésperas dos jogos).
Mas... ...da próxima temos de ganhar.
terça-feira, julho 04, 2006
Eliminar um tabu...
... as reformas não podem ser um mecanismo de justiça social devido às injustiças que causam.
Uma vez que agora conta toda a vida contribuinte de um cidadão, vejamos o caso de dois cidadãos: um que descontou durante 40 anos e outro que descontou só 35 anos. Se pensarmos que aquele que descontou 45 teve a trabalhar enquanto estudou ganhando próximo do salário mínimo e que após o curso ambos ganharam o mesmo, de facto ocomo os dois tiveram uma carreira contributiva "completa" o segundo ganhará mais de reforma que o primeiro.
A conta é f+acil. Imagine-se que durante 35 anos o segundo ganhou Y euros o primeiro ganhou Y euros nos últimos 35 anos e X (X menor do que Y) nos primeiros 5.
Assim o segundo cidadão terá uma reforma de:
35*Y/35 = Y
O primeiro terá
(35*Y+5*X)/40= 35/40*Y + 5/40*X= 7/8 Y + 1/8 * X
Comparemos (2º - 1º):
Y - (7/8 Y + 1/8 * X) = 1/8 (Y-X) >0.
Logo o primeiro contribuiu mais, durante mais tempo e GANHA MENOS.
A fórmula deveria ser ajustada pelos anos trabalhados tendo em conta a esperança de vida à idade de reforma, ou seja, corrigido por um factor do tipo:
Anos trabalhados / E(vida|reforma)
Se se reforma antes então a reforma diminui, se trabahla mais tempo a reforma aumenta.
Mas as fórmulas do governo é só uma:
SACAR O MÁXIMO
RESPONSABILIZAR-SE O MÍNIMO.
Uma vez que agora conta toda a vida contribuinte de um cidadão, vejamos o caso de dois cidadãos: um que descontou durante 40 anos e outro que descontou só 35 anos. Se pensarmos que aquele que descontou 45 teve a trabalhar enquanto estudou ganhando próximo do salário mínimo e que após o curso ambos ganharam o mesmo, de facto ocomo os dois tiveram uma carreira contributiva "completa" o segundo ganhará mais de reforma que o primeiro.
A conta é f+acil. Imagine-se que durante 35 anos o segundo ganhou Y euros o primeiro ganhou Y euros nos últimos 35 anos e X (X menor do que Y) nos primeiros 5.
Assim o segundo cidadão terá uma reforma de:
35*Y/35 = Y
O primeiro terá
(35*Y+5*X)/40= 35/40*Y + 5/40*X= 7/8 Y + 1/8 * X
Comparemos (2º - 1º):
Y - (7/8 Y + 1/8 * X) = 1/8 (Y-X) >0.
Logo o primeiro contribuiu mais, durante mais tempo e GANHA MENOS.
A fórmula deveria ser ajustada pelos anos trabalhados tendo em conta a esperança de vida à idade de reforma, ou seja, corrigido por um factor do tipo:
Anos trabalhados / E(vida|reforma)
Se se reforma antes então a reforma diminui, se trabahla mais tempo a reforma aumenta.
Mas as fórmulas do governo é só uma:
SACAR O MÁXIMO
RESPONSABILIZAR-SE O MÍNIMO.
quinta-feira, junho 22, 2006
Repetir uma mentira mil vezes...
... muito ao gosto dos políticos que gostam de afirmar o que o nosso PR afirmou:
"...«As universidades estão fechadas na sua torre de marfim, mas esperto que isso mude», enfatizou Cavaco Silva... "
Ao visitar o Biocant (por acaso uma pareceria entre a Universidade de Coimbra e várias empresas), depois de visitar a Critical (resultante de esforços de investigação dentro da mesma UC e que com o apoio desta na incubadora de empresas se tornou numa empresa de sucesso), enfim...
... mas é sempre assim: em Portugal políticos, industriais gostam de repetir a frase, mas quando as universidades vão ter com eles, são eles que fecham as portas. Usualmente o medo de ter ao lado quem sabe algo em vez de ser uma honra é visto como uma vergonha, pois todos são sabichões e ai de quem disser: "...isso não é bem verdade...".
Basta pensar um pouco para ver que as universidades não estão fechadas:
1 . Qq carreira académica faz-se com investigação;
2 . Muita investigação é aplicada
3. Logo que melhor lugar do que junto das empresas.
Contudo o espírito empresarial português é diferente:
1 . A maioria quer o lucro fácil aqui e agora
2 . A investigação demora tempo a dar frutos
3 . Logo parcerias com as Universidades são uma perda de tempo (?)
Claro que cientistas e empresários falam línguas diferentes, mas porque é que têm de ser sempre as universidades a apanhar com as culpas todas? Já repararam que de facto o investimento em I&D privado em Portugal é practicamente nulo? Se de facto a culpa fosse das universidades portuguesas então os empresários fariam parcerias com universidades de países em que supostamente não estão em torres (não de marfim, pois não têm dinheiro mas de latão), e haveria imensas parcerias entre empresas portuguesas e universidades espanholas, inglesas, americanas, ... ... mas, por acaso tb não há. De quem é a culpa?
Claro, das universidades, é o alvo mais fácil (façam o que fizerem, esforcem-se com se esforçarem...).
"...«As universidades estão fechadas na sua torre de marfim, mas esperto que isso mude», enfatizou Cavaco Silva... "
Ao visitar o Biocant (por acaso uma pareceria entre a Universidade de Coimbra e várias empresas), depois de visitar a Critical (resultante de esforços de investigação dentro da mesma UC e que com o apoio desta na incubadora de empresas se tornou numa empresa de sucesso), enfim...
... mas é sempre assim: em Portugal políticos, industriais gostam de repetir a frase, mas quando as universidades vão ter com eles, são eles que fecham as portas. Usualmente o medo de ter ao lado quem sabe algo em vez de ser uma honra é visto como uma vergonha, pois todos são sabichões e ai de quem disser: "...isso não é bem verdade...".
Basta pensar um pouco para ver que as universidades não estão fechadas:
1 . Qq carreira académica faz-se com investigação;
2 . Muita investigação é aplicada
3. Logo que melhor lugar do que junto das empresas.
Contudo o espírito empresarial português é diferente:
1 . A maioria quer o lucro fácil aqui e agora
2 . A investigação demora tempo a dar frutos
3 . Logo parcerias com as Universidades são uma perda de tempo (?)
Claro que cientistas e empresários falam línguas diferentes, mas porque é que têm de ser sempre as universidades a apanhar com as culpas todas? Já repararam que de facto o investimento em I&D privado em Portugal é practicamente nulo? Se de facto a culpa fosse das universidades portuguesas então os empresários fariam parcerias com universidades de países em que supostamente não estão em torres (não de marfim, pois não têm dinheiro mas de latão), e haveria imensas parcerias entre empresas portuguesas e universidades espanholas, inglesas, americanas, ... ... mas, por acaso tb não há. De quem é a culpa?
Claro, das universidades, é o alvo mais fácil (façam o que fizerem, esforcem-se com se esforçarem...).
segunda-feira, junho 19, 2006
Não é por estar a jogar bem...
... que penso que seja útil.
É verdade que no jogo de Angola foi ele que fez a arrancada para o golo, mas queríamos um número dez e Figo após essa arrancada nada fez, não coordenou, não fez passes, não recuperou bolas e passou a ser um buraco negro no meio de campo, todas as bolas passavam por lá, mas de lá nada saiu.
Contra o Irão, fez bem quando fez o que devia... ...descair para uma das alas, sendo o que ele é: um extremo, e aí foi o Figo de qualidade que deveria ser sempre, o pior foi que quase sempre andou perdido no meio do campo a fazer sabe-se lá o quê...
... quando vierem equipas mais fortes ou este elemento joga tacticamente como deve ( e como o treinador do Inter , após o deixar de fora vários jogos, o obrigou) ou passamos a jogar desfalcados de uma asa, e não se surpreendam então se o golo adversário vier pela ala onde Figo deveria estar.
É verdade que no jogo de Angola foi ele que fez a arrancada para o golo, mas queríamos um número dez e Figo após essa arrancada nada fez, não coordenou, não fez passes, não recuperou bolas e passou a ser um buraco negro no meio de campo, todas as bolas passavam por lá, mas de lá nada saiu.
Contra o Irão, fez bem quando fez o que devia... ...descair para uma das alas, sendo o que ele é: um extremo, e aí foi o Figo de qualidade que deveria ser sempre, o pior foi que quase sempre andou perdido no meio do campo a fazer sabe-se lá o quê...
... quando vierem equipas mais fortes ou este elemento joga tacticamente como deve ( e como o treinador do Inter , após o deixar de fora vários jogos, o obrigou) ou passamos a jogar desfalcados de uma asa, e não se surpreendam então se o golo adversário vier pela ala onde Figo deveria estar.
quarta-feira, junho 14, 2006
Alive and kicking...
Nestes dias não houve um tema que, quer nos jornais, quer nas TVs, que fosse merecedor de um comentário individualizado. Não porque não os houvesse, mas porque eram às dúzias:
* O crescimento de 1% do PIB comparando trimestres com cerca de 70 dias úteis com outro com cerca de 65 e férias pelo meio (note-se a produção industrial já a cair este mês);
* A agressão à professora que mostra que o governo está a conseguir o que quer: descredibilizar o ensino;
* O PR que em vez de ouvir os portugueses os manda calar;
* Uma SPORT TV que transmite todos os jogos, mas não vendeu nenhuma retransmissão e agora está aflita por falta de receitas;
* Um Scolari que nos chamou racista (e somos tão racistas como qq outro povo);
....
Mais parece um país em agonia profunda:
* lê-se nas estrelas a retoma e a qq indicador diz-se que está aí
* tenta-se q os portugueses se calem perante injustiças entre aqueles que trabalham no estado e os que trabalham PARA ESTAR no estado/governo
* descredibiliza-se o estudo, mas tb o trabalho através de condecorações a quem não fez mais do que trabalhar com deve (parece que é para dizer que quem cumpre os deveres é uma excepção, logo se não queres uma comenda que para nada serve bem podes perguiçar).
Assim não vamos bem. Basta ver os dados do The Economist, há três meses atrás só a Itália crescia menos do que Portugal, agora, ... ..., nem isso, estamos mesmo em último. Merecemos? Claro que sim, elegemos quem nos prometia o céu sem trabalhar e ficámos muito próximos do que queríamos, bem a dizer mesmo ao lado, no purgatório.
* O crescimento de 1% do PIB comparando trimestres com cerca de 70 dias úteis com outro com cerca de 65 e férias pelo meio (note-se a produção industrial já a cair este mês);
* A agressão à professora que mostra que o governo está a conseguir o que quer: descredibilizar o ensino;
* O PR que em vez de ouvir os portugueses os manda calar;
* Uma SPORT TV que transmite todos os jogos, mas não vendeu nenhuma retransmissão e agora está aflita por falta de receitas;
* Um Scolari que nos chamou racista (e somos tão racistas como qq outro povo);
....
Mais parece um país em agonia profunda:
* lê-se nas estrelas a retoma e a qq indicador diz-se que está aí
* tenta-se q os portugueses se calem perante injustiças entre aqueles que trabalham no estado e os que trabalham PARA ESTAR no estado/governo
* descredibiliza-se o estudo, mas tb o trabalho através de condecorações a quem não fez mais do que trabalhar com deve (parece que é para dizer que quem cumpre os deveres é uma excepção, logo se não queres uma comenda que para nada serve bem podes perguiçar).
Assim não vamos bem. Basta ver os dados do The Economist, há três meses atrás só a Itália crescia menos do que Portugal, agora, ... ..., nem isso, estamos mesmo em último. Merecemos? Claro que sim, elegemos quem nos prometia o céu sem trabalhar e ficámos muito próximos do que queríamos, bem a dizer mesmo ao lado, no purgatório.
segunda-feira, junho 05, 2006
Não estudes, traballha...
... associado à recente orgia de ataques a quem tem qualificações o governo produziu mais uma pérola: dar equivalência ao 12º ano reconhecendo as competências ganhas na vida profissional.
A medida é boa... ...para melhorar as estatísticas portuguesas e eelvar o número de pessoas com 12 anos de escolaridade (20%) , mas é só isso.
Essas pessoas sabem mais? Não.
Estão mais qualificadas? Não.
O mercado de trabalho pagará mais? Não.
Até poderia ser bom o estado reconhecer as competências e produzir certificados, mas não devia misturar esses certificados com os da escolaridade. As competências e qualificações ganham-se em dois estágios: aprendizagem escolar e experiência. Fazer equivaler o segundo ao primeiro é de quem despreza a escola e dá o sinal às pessoas que não vale a pena estudar (assim, como assim, terão o 12º ano com a experiência professional). Mas o conjunto de competências que só na escola se aprende: raciocínio abstracto, língua portuguesa (eu não sou exemplo), capacidade de comunicação, articulação de ideias, capacidade de adaptação, ser um solucionador de problemas e não um mero executante de soluções, tudo isso fica para trás. E são essas as qualificações que não temos, as profissionais já o mercada as avalia, basta olhar para os CVs e é aí que estão as competências profissionais, o resto... ...o resto é melhorar as estatísticas e olhar para o lado, assim não vê que a qualificação média é a mesma, que as competências são as mesmas e que num mercado interncional que ganha quem for mais qualificado (escola + experiência) ficaremos para trás. É que digam o que quiserem, mas colocar a escola em segundo plano é querer correr com os outros com uma perna a menos...
A medida é boa... ...para melhorar as estatísticas portuguesas e eelvar o número de pessoas com 12 anos de escolaridade (20%) , mas é só isso.
Essas pessoas sabem mais? Não.
Estão mais qualificadas? Não.
O mercado de trabalho pagará mais? Não.
Até poderia ser bom o estado reconhecer as competências e produzir certificados, mas não devia misturar esses certificados com os da escolaridade. As competências e qualificações ganham-se em dois estágios: aprendizagem escolar e experiência. Fazer equivaler o segundo ao primeiro é de quem despreza a escola e dá o sinal às pessoas que não vale a pena estudar (assim, como assim, terão o 12º ano com a experiência professional). Mas o conjunto de competências que só na escola se aprende: raciocínio abstracto, língua portuguesa (eu não sou exemplo), capacidade de comunicação, articulação de ideias, capacidade de adaptação, ser um solucionador de problemas e não um mero executante de soluções, tudo isso fica para trás. E são essas as qualificações que não temos, as profissionais já o mercada as avalia, basta olhar para os CVs e é aí que estão as competências profissionais, o resto... ...o resto é melhorar as estatísticas e olhar para o lado, assim não vê que a qualificação média é a mesma, que as competências são as mesmas e que num mercado interncional que ganha quem for mais qualificado (escola + experiência) ficaremos para trás. É que digam o que quiserem, mas colocar a escola em segundo plano é querer correr com os outros com uma perna a menos...
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