... associado à recente orgia de ataques a quem tem qualificações o governo produziu mais uma pérola: dar equivalência ao 12º ano reconhecendo as competências ganhas na vida profissional.
A medida é boa... ...para melhorar as estatísticas portuguesas e eelvar o número de pessoas com 12 anos de escolaridade (20%) , mas é só isso.
Essas pessoas sabem mais? Não.
Estão mais qualificadas? Não.
O mercado de trabalho pagará mais? Não.
Até poderia ser bom o estado reconhecer as competências e produzir certificados, mas não devia misturar esses certificados com os da escolaridade. As competências e qualificações ganham-se em dois estágios: aprendizagem escolar e experiência. Fazer equivaler o segundo ao primeiro é de quem despreza a escola e dá o sinal às pessoas que não vale a pena estudar (assim, como assim, terão o 12º ano com a experiência professional). Mas o conjunto de competências que só na escola se aprende: raciocínio abstracto, língua portuguesa (eu não sou exemplo), capacidade de comunicação, articulação de ideias, capacidade de adaptação, ser um solucionador de problemas e não um mero executante de soluções, tudo isso fica para trás. E são essas as qualificações que não temos, as profissionais já o mercada as avalia, basta olhar para os CVs e é aí que estão as competências profissionais, o resto... ...o resto é melhorar as estatísticas e olhar para o lado, assim não vê que a qualificação média é a mesma, que as competências são as mesmas e que num mercado interncional que ganha quem for mais qualificado (escola + experiência) ficaremos para trás. É que digam o que quiserem, mas colocar a escola em segundo plano é querer correr com os outros com uma perna a menos...
segunda-feira, junho 05, 2006
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1 comentário:
A medida visa ter mais pessoas com o 12º ano para poderem subir nos rankings.
Não lhes interessa educar ou ensinar, querem é ganhar “campeonatos”, nem que para isso tenham de fazer batota.
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