... ultimamente os nossos meios de comunicação "inventaram" a figura do provedor. Este seria a figura a quem os clientes desse meio de comunicação se dirigiam sempre que tivessem reclamações ou sugestões. A ideia é boa, denotando uma aproximação entre quem transmite a notícia e quem a recebe e para dar uma ideia de transparência e abertura e contudo...
... veja-se isto.
O DN errou, e o provedor reconhece o facto, contudo logo a seguir dá o exemplo de uma reclamação sem sentido por forma a desresponsabilizar o jornal do erro anterior e justificando a existência do erro uma vez que quem reclama também erra.
Nada mais errado. Que compra um jornal espera ser informado e receber factos verdadeiros, dispendendo dinheiro em tal. O jornal tem assim uma responsabilidade acrescida em oferecer um produto de qualidade e os erros que faz devem ser assumidos com humilidade e corrigidos.
Quem erra numa reclamação não tem a mesma responsabilidade uma vez que não está a vender o seu produto e dá a informação (certa ou não) gratuitamente e desinteressadamente ao jornal. Este só tem a ganhar com elas.
Contudo ao fazer equivaler as duas está, por um lado, a desresponsabilizar o jornal e, por outro, a combater as reclamações - seria melhor que não as houvesse - por forma a transformar a figura do provedor não numa figura de aporximação com os clientes mas apenas uma figura de retórica. Se a ideia for essa mais vale a pena eliminá-la.
segunda-feira, setembro 11, 2006
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