terça-feira, janeiro 31, 2006
Os fantasmas estão de volta....
O nosso querido «investigador» do Instituto Universitário Europeu (que continuo a não encotrar na página da referida instituição) brinda-nos hoje no Diário Económico com mais uma bela prosa.
Começa por mais uma análise às consequências da vitória de Cavco, nada de novo, já tudo o que ele diz tinha sido dito aqui e aqui, .. realmete a frase:
«terá a tentação de tutelar o seu espaço político. Ora, como experiências simétricas o demonstraram, nenhuma direcção partidária gosta de ser tutelada desde Belém e, principalmente, é difícil que, na oposição, se sobreviva a essa tutela» é bonita mas nada acrescenta de novo.
Depois começam os disparates:
«de Cavaco Silva pode representar, a esse propósito, uma mistura do pior do eanismo (a desconfiança face aos partidos) com o pior do soarismo (a tutela do seu espaço político).»
Desconfiar dos partidos é pecado, só se for para ele pq assim não pode simplesmente dizer-se democraticamente superior porque pertence a um partido e quanto ao pior do soarismo (olha tinha coisas más, não parecia aqui) é tutelar o espaço político, pois como novo pato-bravo quer afirmar-se face aos outros e subir rapidamente na boa tradição aparelhistica dos partidos.
Depois diz «A soma do resultado de Cavaco Silva com o de Manuel Alegre sublinha também o mal-estar face aos partidos», mas meu caro senhor a maior parte das pessoas que votaram no Cavaco era de centro-direita/direita, votaram no candidato que o partido indicou.
a seguir: «efeito carruagem, produzido pela deslocação de votos do centro-esquerda nas últimas legislativas para o centro-direita agora», mas qual efeito carruagem? Cavaco teve os 50% que costuma ter, sem ele o PSD vale menos 10%, ou não parendeu nada das vitórias autárquicas do PS com Sampaio e a derrota nas legislativas...
aqui:
«o divórcio entre sociedade e políticos. Muitas das vezes, esse divórcio ocorre pelas piores razões»
insinua que todo o independente é populista demagógico.
aqui:«PS. Dando sequência a longos meses em que geriu a questão presidencial, literalmente, com os pés» é verdade, mas não foi ele que depois d tudo o que o PS fez cria um blog de defesa de um candidato, mas reparem que nunca assumiu em todo a crónica qq responsbilidade.
a seguir:« o PS incorre nos erros do passado. Fingir que nada se passou, é a pior das opções», mas o que é qie ele propõe, uma purga no PS ou um olhar para a sociedade civil? Diz que tem de intrepretar, sim tá bem, mas PROPOSTAS EM CONCRETO? ZERO.
e finalmente: «viver o regresso do PRD. Hoje, como então, nada de bom daí resultará» , pois meu caro só falta o fantasma, quando o lugar no partido está em causa lá vêm com os papões, da última vez o história do papão deu no que deu... ...e como conciliar isto com a frase anterior «Se em nada mudarem, no médio prazo, quer PSD, quer PS serão inevitavelmente vítimas deste caldo cultural», pressupõe-se refundação ou substituição dos partidos, mas porque é que isso haveria de ser mau? Só para os que estão agora instalados nas cadeiras, não?
Recomeçar a construir os alicerces de nova crise...
No últimos meses/semanas têm vindo à luz do dia um número incontável de investimento directo estrangeiro em Portugal. É o IKEA, é a Iberdrola, é a Microsoft, é a manutenção da Auto-Europa.
Parece ser uma obra milagrosa o que o actual governo está a fazer, pois após alguns anos de desinvestimento estrangeiro em Portugal parece que eles estão a regressar, a questão que se coloca é o porquê. Porquè o desinvestimento primeiro , porquê o investimento agora.
O desinvestimento teve a ver com a deslocalização para o leste Europeu de muitas fábricas (e tb para o sudeste asiático). Estes países afereciam várias vantagens:
- Mais perto dos grandes centros consumidores;
- Maior flexibilização laboral e menos impostos:
- Maior qualificação da população
- Menores salários.
Isso levou a que o leste tivesse vindo a crescer a taxas de 4%, fazendo com que a Rep. Checa e Eslovénia nos ultrapassassem (e não longe se prefigura a ultrapassagem da Hungria, Eslováquia, ...)
Mas o que mudou para eles regressarem a Portugal?
Se repararmos bem todos os investimentos são fábricas de montagem ou fabrico industrial de baixa complexidade, nenhuma vem para aqui montar um centro de investigação, de pesquisa ou de design. Então o que se passou mesmo:
Com o crescimento de Leste os salários tornaram-se mais altos, é verdade que um eng. Checo ganha menos do que um eng. alemão, mas já ganha mais que um operário qualificado alemão.
A maior qualificação da população referida anteriormente tem indo a fazer com que nesses países da montagem e fabrico as empresas tenham começado a deslocar para aí os centros de desenvolvimento de produto, assim como as operações de produção que requerem maior qualificação. Esta deslocalização está a deixar as anteriores unidades baseadas em mão de obra barata com dificuldades em arranjar trabalhadores a baixo preço e daí que tèm de mudar de país. E mudar para onde:
- Com a eleição da direita nacionalista na Polónia este país apresenta demasiada instabilidade económica para arriscar novos projectos,
- A Roménia e a Bulgária começam a ver a sua adesão à UE adiada,
- Portugal (com alguma liberalização do mercado laboral) e (com apoios e incentivos fiscais para concorrer com as vantagens oferecidas a leste) mantém-se como um país com uma mão-de-obra pouco qualificada e com baixos níveis de remuneração. É essa mão de obra a necessária para processos de montagem ou de fabrico de baixa complexidade, e são os baixos custos que as empresas estrangeiras procuram.
É assim com um misto de apoios, flexibilização laboral e manutenção da biaxa qualificação da mão-de-obra portuguesa que o investimento volta a afluir a Portugal. A questão é até quando. Duas hipóteses se prefiguram:
- ou aumentamos a qualificação da população portuguesa para, como no leste fazer-mos a transição destas industrias para as que requerem maior grau de qualificação;
- ou esperamos. Esperamos que Roménia, Bulgaria e Turquia entrem na UE. Então vamos ver quantas empresas é que ficam. Poderá bem acontecer de novo o desinvestimento dos finais da década de 90 e iníicio de séc. e voltarmos a uma nova crise. É tempo de aprendermos que não podemos ficar sentados a pensar que com este investimentos somos ricos outra vez...
Parece ser uma obra milagrosa o que o actual governo está a fazer, pois após alguns anos de desinvestimento estrangeiro em Portugal parece que eles estão a regressar, a questão que se coloca é o porquê. Porquè o desinvestimento primeiro , porquê o investimento agora.
O desinvestimento teve a ver com a deslocalização para o leste Europeu de muitas fábricas (e tb para o sudeste asiático). Estes países afereciam várias vantagens:
- Mais perto dos grandes centros consumidores;
- Maior flexibilização laboral e menos impostos:
- Maior qualificação da população
- Menores salários.
Isso levou a que o leste tivesse vindo a crescer a taxas de 4%, fazendo com que a Rep. Checa e Eslovénia nos ultrapassassem (e não longe se prefigura a ultrapassagem da Hungria, Eslováquia, ...)
Mas o que mudou para eles regressarem a Portugal?
Se repararmos bem todos os investimentos são fábricas de montagem ou fabrico industrial de baixa complexidade, nenhuma vem para aqui montar um centro de investigação, de pesquisa ou de design. Então o que se passou mesmo:
Com o crescimento de Leste os salários tornaram-se mais altos, é verdade que um eng. Checo ganha menos do que um eng. alemão, mas já ganha mais que um operário qualificado alemão.
A maior qualificação da população referida anteriormente tem indo a fazer com que nesses países da montagem e fabrico as empresas tenham começado a deslocar para aí os centros de desenvolvimento de produto, assim como as operações de produção que requerem maior qualificação. Esta deslocalização está a deixar as anteriores unidades baseadas em mão de obra barata com dificuldades em arranjar trabalhadores a baixo preço e daí que tèm de mudar de país. E mudar para onde:
- Com a eleição da direita nacionalista na Polónia este país apresenta demasiada instabilidade económica para arriscar novos projectos,
- A Roménia e a Bulgária começam a ver a sua adesão à UE adiada,
- Portugal (com alguma liberalização do mercado laboral) e (com apoios e incentivos fiscais para concorrer com as vantagens oferecidas a leste) mantém-se como um país com uma mão-de-obra pouco qualificada e com baixos níveis de remuneração. É essa mão de obra a necessária para processos de montagem ou de fabrico de baixa complexidade, e são os baixos custos que as empresas estrangeiras procuram.
É assim com um misto de apoios, flexibilização laboral e manutenção da biaxa qualificação da mão-de-obra portuguesa que o investimento volta a afluir a Portugal. A questão é até quando. Duas hipóteses se prefiguram:
- ou aumentamos a qualificação da população portuguesa para, como no leste fazer-mos a transição destas industrias para as que requerem maior grau de qualificação;
- ou esperamos. Esperamos que Roménia, Bulgaria e Turquia entrem na UE. Então vamos ver quantas empresas é que ficam. Poderá bem acontecer de novo o desinvestimento dos finais da década de 90 e iníicio de séc. e voltarmos a uma nova crise. É tempo de aprendermos que não podemos ficar sentados a pensar que com este investimentos somos ricos outra vez...
Isto é ridículo...
Comunicado do Conselho de Ministros de 12 de Maio de 2005:
«
...
Com esta Resolução, o Conselho de Ministros procedeu à nomeação dos novos membros dos seguintes Conselhos Directivos:
....ICEP-Portugal: Mestre J... (presidente),...´
INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial): Mestre ... »
Já sabia que em Portugal o título académico está acime de tudo, mas mesmo em nomeações oficiais nomeia-se o Dr. XXXX, o Prof. Dr. XXXX, o Dr. XXXX e agora o grau menos usado de todos o MESTRE, ninguém no seu perfeito juízo o utiliza, mas enfim...
Pois bem, como penso que ninguém está registado com o nome de Mestre JXXXX, ou mesmo Dr. XXXX, julgo que todas as nomeações são de pessoas inexistentes logo todos os organismos oficiais estão sem directores, gestores e afins....
«
...
Com esta Resolução, o Conselho de Ministros procedeu à nomeação dos novos membros dos seguintes Conselhos Directivos:
....ICEP-Portugal: Mestre J... (presidente),...´
INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial): Mestre ... »
Já sabia que em Portugal o título académico está acime de tudo, mas mesmo em nomeações oficiais nomeia-se o Dr. XXXX, o Prof. Dr. XXXX, o Dr. XXXX e agora o grau menos usado de todos o MESTRE, ninguém no seu perfeito juízo o utiliza, mas enfim...
Pois bem, como penso que ninguém está registado com o nome de Mestre JXXXX, ou mesmo Dr. XXXX, julgo que todas as nomeações são de pessoas inexistentes logo todos os organismos oficiais estão sem directores, gestores e afins....
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Pensamentos...
Pensamento 1:
Com Bush no poder...
...a Coreia do Norte acelerou o seu programa nuclear.
...o Irão elegeu um fundamentalista como Presidente e acelerou o seu programa nuclear.
...a Palestina deu a vitória ao Hamas.
Pensamento 2:
A invasão do Iraque e a sua democratização serviriam para espalhar a democracia no médio oriente:
...democracia que elegeu um fundamentalista como presidente do Irão.
...democracia que deu a vitória ao Hamas na Palestina.
...será o Libano a próxima vitima desta democratização?
Com Bush no poder...
...a Coreia do Norte acelerou o seu programa nuclear.
...o Irão elegeu um fundamentalista como Presidente e acelerou o seu programa nuclear.
...a Palestina deu a vitória ao Hamas.
Pensamento 2:
A invasão do Iraque e a sua democratização serviriam para espalhar a democracia no médio oriente:
...democracia que elegeu um fundamentalista como presidente do Irão.
...democracia que deu a vitória ao Hamas na Palestina.
...será o Libano a próxima vitima desta democratização?
Visão Lisboa-cêntrica...
Cadilhe afirma que para a reconversão das pessoas era: ...quem opta por este caminho criar a sua empresa, regressar à terra de origem ...
assim não vamos lá, o país não é só Lisboa.
assim não vamos lá, o país não é só Lisboa.
Para reflectir...
As Beiras
29-01-2006
Presidente do BCE denuncia fluxo “anormal” de capital
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) considerou “anormal” o actual fluxo de financiamento dos países de economias emergentes para os países desenvolvidos.
“É anormal que haja um fluxo de capital tão grande dos países em desenvolvimento para os desenvolvidos”, disse Trichet no Fórum Económico Mundial, que terminou ontem em Davos (Suiça).
29-01-2006
Presidente do BCE denuncia fluxo “anormal” de capital
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) considerou “anormal” o actual fluxo de financiamento dos países de economias emergentes para os países desenvolvidos.
“É anormal que haja um fluxo de capital tão grande dos países em desenvolvimento para os desenvolvidos”, disse Trichet no Fórum Económico Mundial, que terminou ontem em Davos (Suiça).
Incompreensível...
A par com a educação, a mobilidade é um dos factores fundamentais do desenvolvimento de um país. Não é por acaso que a Rep. Checa nos ultrapassou, não só em educação mas tb em densidade ferroviária é um dos países mais bem preparados da Europa.
É por isso que este blog é a favor do TGV, porque se os custos são altos, pq se calhar não é rentável, a sua ausência implicará custos muito maiores para Portugal ao afastar-nos do centro da Europa e tornar-nos, ainda, mais periféricos.
Assim sendo, isto:
«...sinais – mesmo antes do encontro - que confirmam a intenção do Governo de não cumprir, nem para já, nem num futuro próximo, não só o projecto do MLM, mas também a implantação do eléctrico rápido no percurso urbano. » , Diário Coimbra, 30/01/06;
é incompreensível... ...porque se mantém um sistema de transporte sub-urbano antiquado que não responde às necessidades das populações (e ainda pior quando pensamos nos concelhos da margem sul do Mondego), de mobilidade e rapidez.
Nota: Aqui há tempos um sub-secretário queria colocar portagens para se entrar com os carros nos centros urbanos, embora a medida seja de aplaudir tem-se de dar às pessoas alternativas (que estão a ser negadas) ou então será apenas mais um imposto, não reduz a poluição, não reduz o tráfego mas aumenta as receitas fiscais - parece que é este último o objectivo dessa medida.
É por isso que este blog é a favor do TGV, porque se os custos são altos, pq se calhar não é rentável, a sua ausência implicará custos muito maiores para Portugal ao afastar-nos do centro da Europa e tornar-nos, ainda, mais periféricos.
Assim sendo, isto:
«...sinais – mesmo antes do encontro - que confirmam a intenção do Governo de não cumprir, nem para já, nem num futuro próximo, não só o projecto do MLM, mas também a implantação do eléctrico rápido no percurso urbano. » , Diário Coimbra, 30/01/06;
é incompreensível... ...porque se mantém um sistema de transporte sub-urbano antiquado que não responde às necessidades das populações (e ainda pior quando pensamos nos concelhos da margem sul do Mondego), de mobilidade e rapidez.
Nota: Aqui há tempos um sub-secretário queria colocar portagens para se entrar com os carros nos centros urbanos, embora a medida seja de aplaudir tem-se de dar às pessoas alternativas (que estão a ser negadas) ou então será apenas mais um imposto, não reduz a poluição, não reduz o tráfego mas aumenta as receitas fiscais - parece que é este último o objectivo dessa medida.
sexta-feira, janeiro 27, 2006
Sei que não é em Portugal porque não participámos na II Guerra Mundial...
... mas por Lisboa passaram muitos que conseguiram fugir ao terror nazi, só para lembrar que hoje é, em alguns países da Europa (Alemanha, Reino Unido, Itália,...) o Dia da Memória coincidindo com a data da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Não há dia da memória em Portugal, mas em memória de todos os que morreram em operações de limpeza étnica (na Alemanha Nazi, no Kosovo, no Ruanda,...) peço que pensem 1 minuto o que poderão fazer para que novos genocídios não voltem a acontecer no mundo.
Dia da memória :
Reino Unido;
Itália
Alemanha - ZDF
LER ISTO
Não há dia da memória em Portugal, mas em memória de todos os que morreram em operações de limpeza étnica (na Alemanha Nazi, no Kosovo, no Ruanda,...) peço que pensem 1 minuto o que poderão fazer para que novos genocídios não voltem a acontecer no mundo.
Dia da memória :
Reino Unido;
Itália
Alemanha - ZDF
LER ISTO
Simplificação ou subida do IRS encapotada...
In Público:
...O Ministério das Finanças quer acabar, até ao final da legislatura, com as declarações anuais de IRS feitas pelos contribuintes, no âmbito das medidas de simplificação administrativa e tributária em curso. A informação recebida pela administração fiscal das entidades patronais e das entidades bancárias será suficiente para efectuar a declaração de cada contribuinte...
ou seja cruzando os dados do que recebo mais os dados bancários vão saber qual o meu IRS, mas... ...e as deduções?
É óbvio que os dados bancários vão servir para proteger os interesses dos bancos, i.e., deduções de seguros, de PPR, de poupanças-habitação, mas...
... e as deduções de educação?,
... e as deduções de saúde?,
...como é? Vou ter de informar a entidade patronal dos meus gastos (e se eu um empregado não quiser dizer que é HIV positivo - tá na lei a confidencialidade dos testes - vai ter da dizer ao patão os gastos em medicamentos para tal?).
Como é, ou será que acabam todas as deduções não bancárias (aumento de impostos encapotado).
Adenda in diário digital: ..O contribuinte irá receber a declaração via-Internet já preenchida, tendo apenas que confirmar a declaração ou proceder às respectivas correcções... ..ou seja colocar a carroça à frente dos bois. Quantos portugueses não têm internet? Quantos portugueses não sabem trabalhar com um computador? E são usualmente os mais pobres, assim sendo são estes que mais irão sofrer...
... não me intrepretem mal, concordo com a desburocratização do estado e simplificação da relação com o contribuinte. A internet pode ser usada para tal, mas as medidas têm de ser pensadas no contexto da nação e não sei se as pessoas estão preparadas para um tal passo.
...O Ministério das Finanças quer acabar, até ao final da legislatura, com as declarações anuais de IRS feitas pelos contribuintes, no âmbito das medidas de simplificação administrativa e tributária em curso. A informação recebida pela administração fiscal das entidades patronais e das entidades bancárias será suficiente para efectuar a declaração de cada contribuinte...
ou seja cruzando os dados do que recebo mais os dados bancários vão saber qual o meu IRS, mas... ...e as deduções?
É óbvio que os dados bancários vão servir para proteger os interesses dos bancos, i.e., deduções de seguros, de PPR, de poupanças-habitação, mas...
... e as deduções de educação?,
... e as deduções de saúde?,
...como é? Vou ter de informar a entidade patronal dos meus gastos (e se eu um empregado não quiser dizer que é HIV positivo - tá na lei a confidencialidade dos testes - vai ter da dizer ao patão os gastos em medicamentos para tal?).
Como é, ou será que acabam todas as deduções não bancárias (aumento de impostos encapotado).
Adenda in diário digital: ..O contribuinte irá receber a declaração via-Internet já preenchida, tendo apenas que confirmar a declaração ou proceder às respectivas correcções... ..ou seja colocar a carroça à frente dos bois. Quantos portugueses não têm internet? Quantos portugueses não sabem trabalhar com um computador? E são usualmente os mais pobres, assim sendo são estes que mais irão sofrer...
... não me intrepretem mal, concordo com a desburocratização do estado e simplificação da relação com o contribuinte. A internet pode ser usada para tal, mas as medidas têm de ser pensadas no contexto da nação e não sei se as pessoas estão preparadas para um tal passo.
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Qual é o país em que...
O nome do PM é José Carvalho Pinto de Sousa?
Pista: Daqui a uns meses o será o país do Sousa & Silva.
Pista: Daqui a uns meses o será o país do Sousa & Silva.
Devemos ter medo...
Copiado do DN
"Marcelo Rebelo de Sousa admite uma alteração da Constituição para impedir um segundo mandato consecutivo do Presidente da República. "Numa futura revisão constitucional, devia ser repensada a questão dos dois mandatos presidenciais", afirmou o antigo líder social-democrata, num almoço realizado no Clube de Empresários, em Lisboa, a convite do Clube Português de Imprensa. Marcelo lembrou que já Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD, chegou a ponderar esta solução, que "provavelmente tem razão de ser". Se esta sugestão for por diante, o Chefe do Estado estenderá de cinco para sete anos o seu mandato, mas sem hipótese de reeleição."
Mas porquê um só mandato? E depois sete anos, querem que Cavaco fique, sem segundo mandato, sete anos como PR?
Na verdade querem dar a Cavaco sete anos por forma a cobrir os 3 restantes do PS e os primeiros 4 do próximo governo - que esperam que seja PSD - assim fariam recair nele nesses 4 anos o descontentamento das alterações que querem fazer se eventualmente ganharem as próximas eleições.
De facto MRS pensa que é mais inteligente do que os outros, projecta a imagem de homem pensador a bem da nação, mas esta sua proposta não é mais de que uma tentativa de tomar o poder absoluto durante 4 anos (sem medo de reeleição e eventual derrota para Cavaco) para o PSD fazer de Portugal um país com as mesmas leis da América mas com a mesma riqueza, desigualdade e insegurança do que New Orleans.
Ai, ai, estes génios... ...da lâmpada mágica,
"Marcelo Rebelo de Sousa admite uma alteração da Constituição para impedir um segundo mandato consecutivo do Presidente da República. "Numa futura revisão constitucional, devia ser repensada a questão dos dois mandatos presidenciais", afirmou o antigo líder social-democrata, num almoço realizado no Clube de Empresários, em Lisboa, a convite do Clube Português de Imprensa. Marcelo lembrou que já Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD, chegou a ponderar esta solução, que "provavelmente tem razão de ser". Se esta sugestão for por diante, o Chefe do Estado estenderá de cinco para sete anos o seu mandato, mas sem hipótese de reeleição."
Mas porquê um só mandato? E depois sete anos, querem que Cavaco fique, sem segundo mandato, sete anos como PR?
Na verdade querem dar a Cavaco sete anos por forma a cobrir os 3 restantes do PS e os primeiros 4 do próximo governo - que esperam que seja PSD - assim fariam recair nele nesses 4 anos o descontentamento das alterações que querem fazer se eventualmente ganharem as próximas eleições.
De facto MRS pensa que é mais inteligente do que os outros, projecta a imagem de homem pensador a bem da nação, mas esta sua proposta não é mais de que uma tentativa de tomar o poder absoluto durante 4 anos (sem medo de reeleição e eventual derrota para Cavaco) para o PSD fazer de Portugal um país com as mesmas leis da América mas com a mesma riqueza, desigualdade e insegurança do que New Orleans.
Ai, ai, estes génios... ...da lâmpada mágica,
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Novo desporto nacional: bater no Alegre.
Mais um aqui.
Pelos vistos quando os candidatos são partidários, tal como foram Valentim Loureiro e Fátima Felgueiras e tantos outros, devem ser sempre bons e representar um avanço na democracia. Sim, porque estão dentro de um família, o partido, que os ajudaram e vão ser ajudados. Nada é tão bom como tudo vir de dentro de um partido, mas...
...quando vêm de fora, são independentes, são logo todos ou bacocos de direita ou retrógados de esquerda. É verdade que muitos desses independentes representam o pior da democracia, mas, por acaso, nasceram TODOS dentro de partidos políticos.
Porque será? Será pq o independente quando ganha não distribuirá o bolo do estado pelos boys and girls do partido? Será pq o independente qd ganha quebra o pacto PS-PSD tácito de dividir os lugares do poder na devida proporção? Será pq o independente quando se afirma quebra o voto manada quase mecânico de muitos eleitores, pondo em perigo lugares dados como certo?
Só em Portugal é que os partidos tentam abafar todas as vozes da sociedade civil (sei que Alegre não vem dela, mas vêm muitos dos que estavam com ele), será que é por isso que estamos na cauda da Europa? - um povo que não pensa, é um povo que não inova - Pelos vistos a diferença entre Salazar e a partidocracia é que agora não vamos para a prisão ser torturados, mas somos perseguidos, insultados e votados ao desprezo quando queremos ser diferentes, quando queremos inovar, quando queremos um PORTUGAL PLURAL.
Pelos vistos quando os candidatos são partidários, tal como foram Valentim Loureiro e Fátima Felgueiras e tantos outros, devem ser sempre bons e representar um avanço na democracia. Sim, porque estão dentro de um família, o partido, que os ajudaram e vão ser ajudados. Nada é tão bom como tudo vir de dentro de um partido, mas...
...quando vêm de fora, são independentes, são logo todos ou bacocos de direita ou retrógados de esquerda. É verdade que muitos desses independentes representam o pior da democracia, mas, por acaso, nasceram TODOS dentro de partidos políticos.
Porque será? Será pq o independente quando ganha não distribuirá o bolo do estado pelos boys and girls do partido? Será pq o independente qd ganha quebra o pacto PS-PSD tácito de dividir os lugares do poder na devida proporção? Será pq o independente quando se afirma quebra o voto manada quase mecânico de muitos eleitores, pondo em perigo lugares dados como certo?
Só em Portugal é que os partidos tentam abafar todas as vozes da sociedade civil (sei que Alegre não vem dela, mas vêm muitos dos que estavam com ele), será que é por isso que estamos na cauda da Europa? - um povo que não pensa, é um povo que não inova - Pelos vistos a diferença entre Salazar e a partidocracia é que agora não vamos para a prisão ser torturados, mas somos perseguidos, insultados e votados ao desprezo quando queremos ser diferentes, quando queremos inovar, quando queremos um PORTUGAL PLURAL.
É necessário coragem...
...a alguém de direita em Portugal.
Manuel Alegre, à esquerda quer dar à sociedade civil de esquerda aquilo que por direito tem em toda a Europa, voz. Não contra os partidos, mas para ser aquilo que os partidos portugueses nunca tiveram: uma consciência. Aqora era necessário que do outro lado se formasse a mesma consciência: se o movimento cívico de Alegre é a favor do aborto, todos os que são contra vão deixar os partidos tomar conta da luta do não ou também vão agir.
Manuel Alegre, à esquerda quer dar à sociedade civil de esquerda aquilo que por direito tem em toda a Europa, voz. Não contra os partidos, mas para ser aquilo que os partidos portugueses nunca tiveram: uma consciência. Aqora era necessário que do outro lado se formasse a mesma consciência: se o movimento cívico de Alegre é a favor do aborto, todos os que são contra vão deixar os partidos tomar conta da luta do não ou também vão agir.
Para reflectir.
In Diário Digital:
"Portugal divide a liderança do ranking para os menos poupados com os EUA. Em segundo lugar aparece o Canadá, com 19% dos consumidores a reconhecer que não consegue poupar e em terceiro o Reino Unido, com uma percentagem de 17%. "
Contudo EUA, Canadá e Reino Unido são três economias ricas e em crescimento, alimentam as suas necessidades de poupança tb através do repatriamento de lucros dos investimentos externos e têm no caso dos dois primeiros um afluxo de imigração contínua.
Portugal é o oposto daqueles três países, pobre (semi-rico), em estagnação e onde se emigra. Mas no passado, antes de entrarmos na UE eramos dos mais poupados, portanto alguém nos convenceu que éramos ricos e mais ricos íamos ficar. Pergunta-se quem foi? E porque é que acreditámos nisso?
"Portugal divide a liderança do ranking para os menos poupados com os EUA. Em segundo lugar aparece o Canadá, com 19% dos consumidores a reconhecer que não consegue poupar e em terceiro o Reino Unido, com uma percentagem de 17%. "
Contudo EUA, Canadá e Reino Unido são três economias ricas e em crescimento, alimentam as suas necessidades de poupança tb através do repatriamento de lucros dos investimentos externos e têm no caso dos dois primeiros um afluxo de imigração contínua.
Portugal é o oposto daqueles três países, pobre (semi-rico), em estagnação e onde se emigra. Mas no passado, antes de entrarmos na UE eramos dos mais poupados, portanto alguém nos convenceu que éramos ricos e mais ricos íamos ficar. Pergunta-se quem foi? E porque é que acreditámos nisso?
Não é só Louçã que se inspira em artigos alheios...
...ali.
Comparemos algumas passagens com estas aqui.
Ali diz: "Perderam os que desejariam ver Cavaco investido de poderes providenciais que permitiriam uma alteração do regime constitucional num sentido presidencialista"
Aqui diz-se: "Cavaco Silva pode assim, no caso do PSD querer cobrar algum favor, ou no caso de ser governo, agir de facto como um PR pois apontará o facto que sem esses 8/9% jamais a direita estaria na PR. O PSD gostaria que CAvaco tivesse ganho com 60%, diria-lhe que os 8% que ele vale eram irrelvantes e que o PSD é que o tinha feito ganhar"
Quando se fala em sentido presidencialista, fala-se em colocar o PSD no governo, é o mesmo.
Ali: "uma relação "normal" entre o Presidente eleito e o Governo socialista"
Aqui: "dão-lhe a leverage necessária para se poder opôr ao governo quando assim entender que é melhor para o país. " e "no caso do PSD querer cobrar algum favor, ou no caso de ser governo, agir de facto como um PR"
A relação "normal" não é coabitação? Apoiar ou opor-se quando tiver que ser sem ser correia de transmissão do PSD?
Ali diz:"A direita corre assim o risco de ficar politicamente prisioneira de Cavaco,"
Aqui diz-se: "O PSD tornou-se sim um refugiado de Cavaco, o professor acarinhará ou não o partido conforme quiser "
Prisoneira e refugiada não é politicamente o mesmo?
Concordo que por ali tb se fala de Alegre, mas as considerções são repetidamente o mesmo de vários cronistas: facto novo, problema para o PS, etc. O novo ali é a análise de que o resultado de Cavaco é bom para ele e mau para a direita, mas não foi isso que se disse aqui?
Comparemos algumas passagens com estas aqui.
Ali diz: "Perderam os que desejariam ver Cavaco investido de poderes providenciais que permitiriam uma alteração do regime constitucional num sentido presidencialista"
Aqui diz-se: "Cavaco Silva pode assim, no caso do PSD querer cobrar algum favor, ou no caso de ser governo, agir de facto como um PR pois apontará o facto que sem esses 8/9% jamais a direita estaria na PR. O PSD gostaria que CAvaco tivesse ganho com 60%, diria-lhe que os 8% que ele vale eram irrelvantes e que o PSD é que o tinha feito ganhar"
Quando se fala em sentido presidencialista, fala-se em colocar o PSD no governo, é o mesmo.
Ali: "uma relação "normal" entre o Presidente eleito e o Governo socialista"
Aqui: "dão-lhe a leverage necessária para se poder opôr ao governo quando assim entender que é melhor para o país. " e "no caso do PSD querer cobrar algum favor, ou no caso de ser governo, agir de facto como um PR"
A relação "normal" não é coabitação? Apoiar ou opor-se quando tiver que ser sem ser correia de transmissão do PSD?
Ali diz:"A direita corre assim o risco de ficar politicamente prisioneira de Cavaco,"
Aqui diz-se: "O PSD tornou-se sim um refugiado de Cavaco, o professor acarinhará ou não o partido conforme quiser "
Prisoneira e refugiada não é politicamente o mesmo?
Concordo que por ali tb se fala de Alegre, mas as considerções são repetidamente o mesmo de vários cronistas: facto novo, problema para o PS, etc. O novo ali é a análise de que o resultado de Cavaco é bom para ele e mau para a direita, mas não foi isso que se disse aqui?
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Agora passemos a coisas sérias...
...in diário digital, aqui.
A China reclama invenção do esqui.
Bem sei que é o maior mecado do mundo e a Europa, EUA e Japãocombatem entre si para conseguir obter o maior quinhão possível, agora do mercado tal como no século XIX combatiam pelos recursos. Mas esta vontade de querer explorar o mercado não pode ser levada ao extremo de que agora os chineses inventaram todos os desportos ditos ocidentais. A FIFA para querer entrar naquele mercado reconhceu-os como pais do fuebol (apesar das provas serem de uns quantos chineses à volta de uma coisa redonda) , agora a pouco dias do JO Inverno, Torino 2006, a China quer reclamar a prática do esqui.
Não podemos continuar a dizer-lhes que sim, pois a fazer-lhes a vontade, podemos pensar que estamos a contribuir para a abrir o seu mercado, mas estamos, isso sim, a contribuir para a propaganda interna de supremacia da China e do sistema chinês (retratos disso são os belissimos filmes vindos da China mas que vendem a ideia da necessidade de um imperador e a inexistência de várias facções), ajudando o PC - que agora deve ser chamado Partido Capitalista - chinês a combater a democratização da China.
A memória dos heróis da praça de Tianamen merecem a nossa ajuda, não o nosso desprezo.
A China reclama invenção do esqui.
Bem sei que é o maior mecado do mundo e a Europa, EUA e Japãocombatem entre si para conseguir obter o maior quinhão possível, agora do mercado tal como no século XIX combatiam pelos recursos. Mas esta vontade de querer explorar o mercado não pode ser levada ao extremo de que agora os chineses inventaram todos os desportos ditos ocidentais. A FIFA para querer entrar naquele mercado reconhceu-os como pais do fuebol (apesar das provas serem de uns quantos chineses à volta de uma coisa redonda) , agora a pouco dias do JO Inverno, Torino 2006, a China quer reclamar a prática do esqui.
Não podemos continuar a dizer-lhes que sim, pois a fazer-lhes a vontade, podemos pensar que estamos a contribuir para a abrir o seu mercado, mas estamos, isso sim, a contribuir para a propaganda interna de supremacia da China e do sistema chinês (retratos disso são os belissimos filmes vindos da China mas que vendem a ideia da necessidade de um imperador e a inexistência de várias facções), ajudando o PC - que agora deve ser chamado Partido Capitalista - chinês a combater a democratização da China.
A memória dos heróis da praça de Tianamen merecem a nossa ajuda, não o nosso desprezo.
De todas as distritais do PS a de...
... Coimbra é que tem mais ilações a tirar.
in As Beiras:
"Mário Soares KO
Os resultados distritais são mais concludentes. Cavaco Silva venceu nos 17 concelhos de Coimbra. E em todos eles, Mário Soares ficou atrás de Manuel Alegre, até em Condeixa-a-Nova, um dos poucos bastiões do PS. A esquerda esteve, sem dúvida, dividida no distrito"
Depois de terem expulso Alegre para Lisboa; depois de terem faltado à inauguração da sua estátua (estátua de quem era presidente da AR indigitado pelo PS); depois de se terem rendido à lógica partisan de Lisboa; e depois de não terem esboçado um gesto em favor de um homem (que por muitos defeitos que tenha, e seguramente tem muitos) que leva o o nome de Coimbra ao mundo para que ele e não Soares fosse o candidato a PR...
... como poderá o actual PS reclamar-se como representante da esquerda em Coimbra; como poderá querer fechar as portas a muita gente cuja competência é inegável mas cuja inteligência é insultada dentro da sede? Só mesmo sendo autista, meus caros, se assim for, o PSD agradece.
in As Beiras:
"Mário Soares KO
Os resultados distritais são mais concludentes. Cavaco Silva venceu nos 17 concelhos de Coimbra. E em todos eles, Mário Soares ficou atrás de Manuel Alegre, até em Condeixa-a-Nova, um dos poucos bastiões do PS. A esquerda esteve, sem dúvida, dividida no distrito"
Depois de terem expulso Alegre para Lisboa; depois de terem faltado à inauguração da sua estátua (estátua de quem era presidente da AR indigitado pelo PS); depois de se terem rendido à lógica partisan de Lisboa; e depois de não terem esboçado um gesto em favor de um homem (que por muitos defeitos que tenha, e seguramente tem muitos) que leva o o nome de Coimbra ao mundo para que ele e não Soares fosse o candidato a PR...
... como poderá o actual PS reclamar-se como representante da esquerda em Coimbra; como poderá querer fechar as portas a muita gente cuja competência é inegável mas cuja inteligência é insultada dentro da sede? Só mesmo sendo autista, meus caros, se assim for, o PSD agradece.
O melhor resultado para Cavaco.
O resultado eleitoral de ontem foi o melhor que Cavaco poderia esperar, não só ganhou à primeira como tb o candidato oficial do PS ficou em terceiro lugar. Estes dois resultados dão-lhe a leverage necessária para se poder opôr ao governo quando assim entender que é melhor para o país.
Mas estes dois factos são por demais evidentes, o que pode surpreender é dizer que ter 50.7% é melhor do que uma vitória com 60%. E na verdade Cavaco deve preferir ter os 50.7%, uma vez que assim quem lhe deu a vitória não foram os aparelhos do PSD ou do CDS/PP mas sim aquela margem de 8/9% de votantes que sempre votaram Cavaco (mas não PSD). Cavaco Silva pode assim, no caso do PSD querer cobrar algum favor, ou no caso de ser governo, agir de facto como um PR pois apontará o facto que sem esses 8/9% jamais a direita estaria na PR. O PSD gostaria que CAvaco tivesse ganho com 60%, diria-lhe que os 8% que ele vale eram irrelvantes e que o PSD é que o tinha feito ganhar, mas assim não, o PSD sabe que não foi o partido que venceu mas sim o candidato Cavaco, mastrando mais uma vez, que ele como político (goste-se ou não) vale mais do que o partido, e que só ele tem levado o PSD a maiorias absolutas. Desta forma o PSD não fez refém a PR. O PSD tornou-se sim um refugiado de Cavaco, o professor acarinhará ou não o partido conforme quiser mas sabe que não precisa dele para um segundo mandato.
Mas estes dois factos são por demais evidentes, o que pode surpreender é dizer que ter 50.7% é melhor do que uma vitória com 60%. E na verdade Cavaco deve preferir ter os 50.7%, uma vez que assim quem lhe deu a vitória não foram os aparelhos do PSD ou do CDS/PP mas sim aquela margem de 8/9% de votantes que sempre votaram Cavaco (mas não PSD). Cavaco Silva pode assim, no caso do PSD querer cobrar algum favor, ou no caso de ser governo, agir de facto como um PR pois apontará o facto que sem esses 8/9% jamais a direita estaria na PR. O PSD gostaria que CAvaco tivesse ganho com 60%, diria-lhe que os 8% que ele vale eram irrelvantes e que o PSD é que o tinha feito ganhar, mas assim não, o PSD sabe que não foi o partido que venceu mas sim o candidato Cavaco, mastrando mais uma vez, que ele como político (goste-se ou não) vale mais do que o partido, e que só ele tem levado o PSD a maiorias absolutas. Desta forma o PSD não fez refém a PR. O PSD tornou-se sim um refugiado de Cavaco, o professor acarinhará ou não o partido conforme quiser mas sabe que não precisa dele para um segundo mandato.
domingo, janeiro 22, 2006
Agora é que eu vou ser mau...
... para todos aqueles que acreditam que Alegre estava realmente só.
Na verdade o PS percebeu há muito tempo que Alegre vs Cavaco ou Soares vs. Cavaco eram derrotas garantidas.
Pensaram então que lançar um institucional, Soares, e um rebelde, Alegre. Assim se poderia evitar a vitória esmagadora de Cavaco. Pensaram que Soares teria 25% e Alegre comeria uns 5-7% a Cavaco (ficando com 15%), assim, a direcção do PS ficaria inabalada no alto, os outros ficavam contentes, e a derrota humilhante era evitada, mas e agora...
Conclusão:
...estratégias complicadas podem sempre dar resultados complicados.
(Esta é, apenas, uma hipótese maquiavélica, fruto da imaginação(?), ou será que não?).
Na verdade o PS percebeu há muito tempo que Alegre vs Cavaco ou Soares vs. Cavaco eram derrotas garantidas.
Pensaram então que lançar um institucional, Soares, e um rebelde, Alegre. Assim se poderia evitar a vitória esmagadora de Cavaco. Pensaram que Soares teria 25% e Alegre comeria uns 5-7% a Cavaco (ficando com 15%), assim, a direcção do PS ficaria inabalada no alto, os outros ficavam contentes, e a derrota humilhante era evitada, mas e agora...
Conclusão:
...estratégias complicadas podem sempre dar resultados complicados.
(Esta é, apenas, uma hipótese maquiavélica, fruto da imaginação(?), ou será que não?).
A confiar na última sondagem da Marktest vejamos...
Cavaco ganhou...
Com 50,59% dos votos, assim sendo não há segunda volta - pessoalmente é melhor assim, porque ele ganharia sempre, na primeira(como aconteceu) ou na segunda.
Agora podemos voltar aos nossos problemas diários e Portugal bem precisa que esses sejam resolvidos.
Embora ao contrário de outros, que aquando de uma derrota congratulam os vencedores e acham que se o vencedor é escolhido por uma democracia é o vencedor justo, pessoalmente dou-me por derrotado nas eleições, mas acho que os portugueses erraram e vão pagar o erro no futuro (o último homem providencial chamava-se Durão e os portugueses pagaram a factura). Tb faz parte das democracias pagar os erros.
Não sou mau perdedor (mau perdedor é agora congratular o vencedor e mais tarde dizer que eu bem disse que ia correr mal), mas como bom perdedor assumirei o custos futuros como se a escolha fosse minha, veremos quantos que votaram Cavaco fazem o mesmo.
Agora podemos voltar aos nossos problemas diários e Portugal bem precisa que esses sejam resolvidos.
Embora ao contrário de outros, que aquando de uma derrota congratulam os vencedores e acham que se o vencedor é escolhido por uma democracia é o vencedor justo, pessoalmente dou-me por derrotado nas eleições, mas acho que os portugueses erraram e vão pagar o erro no futuro (o último homem providencial chamava-se Durão e os portugueses pagaram a factura). Tb faz parte das democracias pagar os erros.
Não sou mau perdedor (mau perdedor é agora congratular o vencedor e mais tarde dizer que eu bem disse que ia correr mal), mas como bom perdedor assumirei o custos futuros como se a escolha fosse minha, veremos quantos que votaram Cavaco fazem o mesmo.
Não posso de deixar de disparar sobre...
... o margens de erro.
Não que os conteúdos não sejam bons ou interessantes, mas pela necessidade constante de se afirmar perante ouros blogs, neste caso veja-se isto aqui e aqui.
Doc Log coloca muitas dúvidas relativamente às sondagens, sobretudo quanto aos dados em bruto serem significativamente diferente entre amostras, insurge-se contra os jornais darem parangonas aos dados redistribuidos e não a estes (aliás veja-se isto aqui).
Margens de erro insurge-se sobretudo com o mail de Doc-Log, e eu não percebi porquê?
Sei que gosta de ser considerado uma referência nos blogs e terá medo de que alguém tome o seu lugar, mas desde logo quando diz:
...percentagens de "indecisos" e "abstencionistas" são altamente sensíveis a variações nos formatos dos questionários e em metodologias de inquirição, o que significa que nem eles são directamente comparáveis entre si nem os restantes resultados brutos, por arrastamento, o são....
está certo e errado, mas mais errado de que certo. Porquê? Porque a sensibilidade dos indecisos e abstencionistas é devido à má formatação dos questionários que podem induzir as respostas, aliás se os questionários forem idênticos estas percentagens devem ser idênticas em amostras repetidas e convergir para o verdadeiro número quando o número de inquiridos aumenta (lei dos grandes números).
Se ele acha que a sensibilidadeé natural é porque não se corrige os dados devido a problemas de endogeneidade e self-selection na amostra , aquilo que muitos microeconometristas se fazem devido a questionários mal formatados, e às vezes a formatação é tão má que os dados são intratáveis.
Exemplos, problema de self-selection: nos telfonemas só uma pessoa no agregado responde, ora em muitos destes agregados é o filho/filha que responde ao telfone (tem idade entre 16-18 anos), os jovens são tendencialmente de esquerda, logo pede-se para chamar um dos papás (ele/a escolhe a mão ou o pai que tenha uma tendência de voto parecida com a dela). Mesmo num método por quotas, o filho/a pode sempre dizer, não está quando pedem especificamente pelo pai ou mão, e ele sabe que vai responder contra a sua tendència.
Como é que lidam com isto? Qual o método - nota, não há segredos professionais quando se utilizam técnicas publicadas, os institutos devem dizer qual a método para corrigir os problemas de self selction.
Mas dando um tiro no escuro: se o autor é este, tem muito mérito pelos seus trabalhos de sociologia, mas deixe que lhe diga, deixe de pregar em mundos alheios (na matemática e estatística) ao insurgir-se contra quem se insurge legitimamente com o resultado das amostras, até pq os problemas de endogeneidade e self selction são testáveis.
Não que os conteúdos não sejam bons ou interessantes, mas pela necessidade constante de se afirmar perante ouros blogs, neste caso veja-se isto aqui e aqui.
Doc Log coloca muitas dúvidas relativamente às sondagens, sobretudo quanto aos dados em bruto serem significativamente diferente entre amostras, insurge-se contra os jornais darem parangonas aos dados redistribuidos e não a estes (aliás veja-se isto aqui).
Margens de erro insurge-se sobretudo com o mail de Doc-Log, e eu não percebi porquê?
Sei que gosta de ser considerado uma referência nos blogs e terá medo de que alguém tome o seu lugar, mas desde logo quando diz:
...percentagens de "indecisos" e "abstencionistas" são altamente sensíveis a variações nos formatos dos questionários e em metodologias de inquirição, o que significa que nem eles são directamente comparáveis entre si nem os restantes resultados brutos, por arrastamento, o são....
está certo e errado, mas mais errado de que certo. Porquê? Porque a sensibilidade dos indecisos e abstencionistas é devido à má formatação dos questionários que podem induzir as respostas, aliás se os questionários forem idênticos estas percentagens devem ser idênticas em amostras repetidas e convergir para o verdadeiro número quando o número de inquiridos aumenta (lei dos grandes números).
Se ele acha que a sensibilidadeé natural é porque não se corrige os dados devido a problemas de endogeneidade e self-selection na amostra , aquilo que muitos microeconometristas se fazem devido a questionários mal formatados, e às vezes a formatação é tão má que os dados são intratáveis.
Exemplos, problema de self-selection: nos telfonemas só uma pessoa no agregado responde, ora em muitos destes agregados é o filho/filha que responde ao telfone (tem idade entre 16-18 anos), os jovens são tendencialmente de esquerda, logo pede-se para chamar um dos papás (ele/a escolhe a mão ou o pai que tenha uma tendência de voto parecida com a dela). Mesmo num método por quotas, o filho/a pode sempre dizer, não está quando pedem especificamente pelo pai ou mão, e ele sabe que vai responder contra a sua tendència.
Como é que lidam com isto? Qual o método - nota, não há segredos professionais quando se utilizam técnicas publicadas, os institutos devem dizer qual a método para corrigir os problemas de self selction.
Mas dando um tiro no escuro: se o autor é este, tem muito mérito pelos seus trabalhos de sociologia, mas deixe que lhe diga, deixe de pregar em mundos alheios (na matemática e estatística) ao insurgir-se contra quem se insurge legitimamente com o resultado das amostras, até pq os problemas de endogeneidade e self selction são testáveis.
sábado, janeiro 21, 2006
Os perigos do investimento directo estrangeiro...
Sobre a Autoeuropa:
in DN:
O ministro escusou-se a revelar o modelo que será produzido, adiantando apenas que "é muito sofisticado e que foram negociados incentivos".
MAIS INCENTIVOS???????? Ainda mais, não foram suficientes os dados para colocar a fábrica em Palmela? Será que os inccentivos dados contemplam tb indemnizações por parte da VW caso retire a fábrica de Portugal?
in DN:
O ministro escusou-se a revelar o modelo que será produzido, adiantando apenas que "é muito sofisticado e que foram negociados incentivos".
MAIS INCENTIVOS???????? Ainda mais, não foram suficientes os dados para colocar a fábrica em Palmela? Será que os inccentivos dados contemplam tb indemnizações por parte da VW caso retire a fábrica de Portugal?
O Caso das disquetes...
in DN:... o Ministério Público, após ter recebido da Portugal Telecom as cinco disquetes...
disquetes?? Desculpem, mas hoje já ninguém usa disquetes. Para transferir dados temos os e-mails e as pen USB (raramente se usa uma disquete), mas para armazenar dados usam-se CD, DVD e Zips. Aliás um CD armazenaria toda a informação e se não for RW é impossível apagar os dados sem destruir fisicamente o CD . Então a PT e o Ministério Público usam disquetes? Deve ser piada.
Choque tecnológico precisa-se.
disquetes?? Desculpem, mas hoje já ninguém usa disquetes. Para transferir dados temos os e-mails e as pen USB (raramente se usa uma disquete), mas para armazenar dados usam-se CD, DVD e Zips. Aliás um CD armazenaria toda a informação e se não for RW é impossível apagar os dados sem destruir fisicamente o CD . Então a PT e o Ministério Público usam disquetes? Deve ser piada.
Choque tecnológico precisa-se.
Voltando ao espírito do blog, dar tiros...
mais um aqui.
O Sr. Rui, que viveu em Itália, meu Deus que culto faz um ataque desmesurado às dobragens. É verdade, em muitos países a dobragem é norma: Espanha, Alemanha, Itália, França...
... claro que a diobragem tem os seus problemas, as pessoas nunca ouviram a voz real dos autores, mas será que sim? Para a fiction, estes vão a cinemas com filmes em lingua original, para o público em geral faz alguma diferença??? Para eles aquela é a voz daquel actor, aliás quando ouvem a verdadeira pensam que não pode ser, tÊm basicamente a mesma reacção de que o Ex.mo. Rui tem quando ouviu pela primeira vez um filme dobrado em Italiano. Claro que as dobragens nem sempre são boas, mas quantas vezes um concerto de Madonna é feito em play-back? Será que ele o sabe? Quantas vezes um video-clip é gravado e a música ajustada por cima? quantoas vezes um filme original é de facto dobrado em inglès... ...isto é, após montagem não se gosta dos diálogos e alteram-se por cima? Enfim ,outros que não para os aficcionados a dobragem não representa um problema, e até pode representar uma vantagem:
- um filme não dobrado tem aquelas letrinhas irritantes (q cvlaro Rui lê, pq é impossível não ler) que tiram parte do prazer do filme.
- letrinhas irritantes, q passam irrityantemente depressa para aqueles com mais idade e que lêem mal (mas par Rui estes devem ser privados de ver um filme porque são incultos, que esquerda é esta?=
- E no final a enorme protecção às artes nacionais q significam. como dobrar é caro e o público está habituado a ouvir séries e filmes na língua mãe, não estanha quando passa de um filme nacional para um estrangeiro. Aqui combatem em igualdade d ecircunstâncias, além de que sendo a dobragem cara abre imenso espaço à ficção nacional nas TVs (mas disto Rui não se lembra, o que lhe interessa é ver os seus fetiches satisfeitos).
Finalmente os canais podem já hoje emitir dois canias de som, pq não um com o filme dobrado e outro em versão original. Pelos direitos de quem lê devagar, a minha avó agradecia (podia nunca ouvir a voz de Tom Hanks mas ao menos via os filmes).
O Sr. Rui, que viveu em Itália, meu Deus que culto faz um ataque desmesurado às dobragens. É verdade, em muitos países a dobragem é norma: Espanha, Alemanha, Itália, França...
... claro que a diobragem tem os seus problemas, as pessoas nunca ouviram a voz real dos autores, mas será que sim? Para a fiction, estes vão a cinemas com filmes em lingua original, para o público em geral faz alguma diferença??? Para eles aquela é a voz daquel actor, aliás quando ouvem a verdadeira pensam que não pode ser, tÊm basicamente a mesma reacção de que o Ex.mo. Rui tem quando ouviu pela primeira vez um filme dobrado em Italiano. Claro que as dobragens nem sempre são boas, mas quantas vezes um concerto de Madonna é feito em play-back? Será que ele o sabe? Quantas vezes um video-clip é gravado e a música ajustada por cima? quantoas vezes um filme original é de facto dobrado em inglès... ...isto é, após montagem não se gosta dos diálogos e alteram-se por cima? Enfim ,outros que não para os aficcionados a dobragem não representa um problema, e até pode representar uma vantagem:
- um filme não dobrado tem aquelas letrinhas irritantes (q cvlaro Rui lê, pq é impossível não ler) que tiram parte do prazer do filme.
- letrinhas irritantes, q passam irrityantemente depressa para aqueles com mais idade e que lêem mal (mas par Rui estes devem ser privados de ver um filme porque são incultos, que esquerda é esta?=
- E no final a enorme protecção às artes nacionais q significam. como dobrar é caro e o público está habituado a ouvir séries e filmes na língua mãe, não estanha quando passa de um filme nacional para um estrangeiro. Aqui combatem em igualdade d ecircunstâncias, além de que sendo a dobragem cara abre imenso espaço à ficção nacional nas TVs (mas disto Rui não se lembra, o que lhe interessa é ver os seus fetiches satisfeitos).
Finalmente os canais podem já hoje emitir dois canias de som, pq não um com o filme dobrado e outro em versão original. Pelos direitos de quem lê devagar, a minha avó agradecia (podia nunca ouvir a voz de Tom Hanks mas ao menos via os filmes).
sexta-feira, janeiro 20, 2006
O chato das eleições é...
...que dentro de 15 dias muitos blogs desaparecem ou são reformulados, os links de muitos outros têm de ser alterados.
Quantas horas de trabalho serão perdidas?
Quantas horas de trabalho serão perdidas?
Análise ...
Análise aos trÊs blogs linkados neste: O quadrado (Q), o pulo do lobo (PL) e super mário(SM).
Comecemos pelo (SM), dos três foi o que teve simultaneamente um postar mais contínuo e coerente. Deve-mos congratular-nos por isso? Só se gostarem do estilo, com uma verborreia anti-direita, anti-movimentos cívicos , sempre a atacar os candidatos opositores, sem grande espírito construtivo a continuidade só vem piorar a coerência do estilo.
Quanto aos textos, na melhor tradição intelectualóide, longos, com conexão de ideias vagas e alguns com pouco sentido, parece-lhes a eles que a quantidade é qualidade. Sem direito a resposta pq o intelctual é assim: acima de todos, só ele sabe a verdade.
No fundo, no fundo:
Não disse nada de relevante para o país e o futuro, acenando quase sempre com o perigo da direita para o país (deve ser sobretudo para os ordenados deles, e não para os outros).
O PL mudou um pouco de estilo nos últimos tempos aproximando-se do estilo crítico, de prosa literária, de profecias apocalípticas do SM. Mas no início era diferente, falava de coisas concretas, economia, sociedade, melhoria ou não do país. Os dados nem sempre eram os mais correctos ou apresentados de forma trasnparente, mas contribuiram para dar uma visão do q o país é e não é. É de saudar a caixa de comentários (q afinal só censurou insultos e não opositores).
No fundo, no fundo: Como apoiantes de Cavaco fizeram muito mais por Cavaco q os amigos de Soares.
O Q não era verdadeiramente um blog. Actualizações infrequentes, mas servia para que apoiantes (e opositores) discutissem a campanha no dia a dia. De quando em vez um post, mais das vezes para dizer como é bom uma visão lírica de um PR poeta fora dos partidos (e logo, verdadeiramente independenete).
No fundo, no fundo: Tal como o PL para Cavaco, Q contribuiu positivamente para a campanha de Alegre. Adicionou um espaço diferente, de discussão.
Mas faltou uma coisa aos três, uma visão de futuro, de como será Portugal dentro de dez anos, qual o posicionamento de Portugal na Europa e no mundo, que áreas chave deve o PR preocupar-se mais (a educação , o investimento, a UE, os EUA e porquê? Faltou discutir o futuro). Houve um ou outro post, mas faltou muito disso, discute-se demasiado o 25 de Abril, o comunismo, o liberalismo. MAS meus senhores, o muro caiu hâ mais de 15 anos, está na altura de tb cair em Portugal e deixarmo-nos de discussões estéreis.
PROFECIA : Potugal dentro de dez anos será o 23º país mais desenvolvido da Europa dos 27.
Comecemos pelo (SM), dos três foi o que teve simultaneamente um postar mais contínuo e coerente. Deve-mos congratular-nos por isso? Só se gostarem do estilo, com uma verborreia anti-direita, anti-movimentos cívicos , sempre a atacar os candidatos opositores, sem grande espírito construtivo a continuidade só vem piorar a coerência do estilo.
Quanto aos textos, na melhor tradição intelectualóide, longos, com conexão de ideias vagas e alguns com pouco sentido, parece-lhes a eles que a quantidade é qualidade. Sem direito a resposta pq o intelctual é assim: acima de todos, só ele sabe a verdade.
No fundo, no fundo:
Não disse nada de relevante para o país e o futuro, acenando quase sempre com o perigo da direita para o país (deve ser sobretudo para os ordenados deles, e não para os outros).
O PL mudou um pouco de estilo nos últimos tempos aproximando-se do estilo crítico, de prosa literária, de profecias apocalípticas do SM. Mas no início era diferente, falava de coisas concretas, economia, sociedade, melhoria ou não do país. Os dados nem sempre eram os mais correctos ou apresentados de forma trasnparente, mas contribuiram para dar uma visão do q o país é e não é. É de saudar a caixa de comentários (q afinal só censurou insultos e não opositores).
No fundo, no fundo: Como apoiantes de Cavaco fizeram muito mais por Cavaco q os amigos de Soares.
O Q não era verdadeiramente um blog. Actualizações infrequentes, mas servia para que apoiantes (e opositores) discutissem a campanha no dia a dia. De quando em vez um post, mais das vezes para dizer como é bom uma visão lírica de um PR poeta fora dos partidos (e logo, verdadeiramente independenete).
No fundo, no fundo: Tal como o PL para Cavaco, Q contribuiu positivamente para a campanha de Alegre. Adicionou um espaço diferente, de discussão.
Mas faltou uma coisa aos três, uma visão de futuro, de como será Portugal dentro de dez anos, qual o posicionamento de Portugal na Europa e no mundo, que áreas chave deve o PR preocupar-se mais (a educação , o investimento, a UE, os EUA e porquê? Faltou discutir o futuro). Houve um ou outro post, mas faltou muito disso, discute-se demasiado o 25 de Abril, o comunismo, o liberalismo. MAS meus senhores, o muro caiu hâ mais de 15 anos, está na altura de tb cair em Portugal e deixarmo-nos de discussões estéreis.
PROFECIA : Potugal dentro de dez anos será o 23º país mais desenvolvido da Europa dos 27.
DN diz que Cavaco sobe, mas...
os dados em bruto da marktest antes da distribuição dos indecisos é:
CS - 40.7
MA -15.8
MS - 9.5
JS - 5.4
FL - 5
GP - 0.4
O que podemos ver é que Cavaco volta a DESCER, que a subida após a distribuição proporcional é devido à quebra da MS (que engrossam os indecisos - indecisos estes que devem ser entre MS e MA
No margens de erro os resultados após eliminação dos brancos e não voto são por ordem:
CS - 43.6
Indecisos - 17.7
MA -16.9
MS - 10.2
JS - 5.8
FL - 5.4
GP - 0.4
A questão é saber se Cavaco ganha 6.4% dos indecisos ou se estes são todos de esquerda (curiosidadade , MA+MS+Ind=44.8% , próximo do votos no PS, não?).
Quanto à Eurosondagem , sendo uma amostra aleatória e por telefone (presumo que fixo) gostava de saber qual a distribuição etária e por regiões da mesma, é que o fenómeno do tel. celular e de telefones que exibem o número qd tocam podem levar a que muitos não façam parte do universo em estudo, e estes são sobretudo jovens, urbanos de classe média/alta, curiosamente aqueles que na Marktest mais votam Alegre e menos votam Soares.
Assim como assim, o número de indecisos é suficientemente alto para tudo acontecer, até GP pode passar à segunda volta
CS - 40.7
MA -15.8
MS - 9.5
JS - 5.4
FL - 5
GP - 0.4
O que podemos ver é que Cavaco volta a DESCER, que a subida após a distribuição proporcional é devido à quebra da MS (que engrossam os indecisos - indecisos estes que devem ser entre MS e MA
No margens de erro os resultados após eliminação dos brancos e não voto são por ordem:
CS - 43.6
Indecisos - 17.7
MA -16.9
MS - 10.2
JS - 5.8
FL - 5.4
GP - 0.4
A questão é saber se Cavaco ganha 6.4% dos indecisos ou se estes são todos de esquerda (curiosidadade , MA+MS+Ind=44.8% , próximo do votos no PS, não?).
Quanto à Eurosondagem , sendo uma amostra aleatória e por telefone (presumo que fixo) gostava de saber qual a distribuição etária e por regiões da mesma, é que o fenómeno do tel. celular e de telefones que exibem o número qd tocam podem levar a que muitos não façam parte do universo em estudo, e estes são sobretudo jovens, urbanos de classe média/alta, curiosamente aqueles que na Marktest mais votam Alegre e menos votam Soares.
Assim como assim, o número de indecisos é suficientemente alto para tudo acontecer, até GP pode passar à segunda volta
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Tb era importante...
...o PR não se pode preocupar apenas com os problemas internos do país, ele é no fim o Chefe da sForças Armadas Portuguesas e qq missão de paz só tem a particiapação do exército português se ele o consentir (veja-se o Iraque em que Durão teve de mandar a PSP e não o ex´rcito devido à oposição de Sampaio).
Nesta altura era importante que os candidatos tb falassem sobre isto, e qual o futuro das relações com os EUA e a administração Bush/Republicana.
PS: Este assunto é completamente esquecido, sobretudo nos blogs semi-oficiais das candidaturas. Sabendo que esses blogs reflectem a elite pensadora de Portugal, vê-se como à direita e à esquerda a preocupação com o nosso umbigo é maior do que a preocupação com o umbigo de todos.
Nesta altura era importante que os candidatos tb falassem sobre isto, e qual o futuro das relações com os EUA e a administração Bush/Republicana.
PS: Este assunto é completamente esquecido, sobretudo nos blogs semi-oficiais das candidaturas. Sabendo que esses blogs reflectem a elite pensadora de Portugal, vê-se como à direita e à esquerda a preocupação com o nosso umbigo é maior do que a preocupação com o umbigo de todos.
Sondagem Marktest - Dia 19
CS - 41.2
MA - 15
MS - 11
JS - 5.6
FL - 4.8
GP - 0.5
Esquerda - 36.9
Diferença - 4.3
MA - 15
MS - 11
JS - 5.6
FL - 4.8
GP - 0.5
Esquerda - 36.9
Diferença - 4.3
Cavaco alerta...
...para estes quadros aqui.
E pergunta, como é possível que a Rep. Checa nos tenha ultrapassado?
A resposta é simples, apesar de terem coquistado a democracia há quase 15 anos, a verdade é que:
- Os países de leste têm uma mão de obra mais qualificada (o que fez Cavaco em 10 anos como PM? Pouco.
- Alguns países de leste construiram um sitema fiscal transparente e simples (não os complexos IRS e IRC herdados de Cavaco silva que defendiam alguns interesses).
- Portugal herdou da ditadura uma mentalidade de condicionamento industrial e de protecção dos interesses instalados (que os dez anos de Cavaco não combateram), os países de leste construiram um sistema capitalista a partir do zero.
- A rep. Checa era no império Austro-Hungaro uma das regiões com maior densidade de ferrovia, e é-o ainda hoje na Europa (Cavaco esqueceu-se da ferrovia e só apostou nas auto-estradas).
- Os países de leste estão muito mais perto dos grandes mercados.
- A rep. Checa, de facto separou-se da parte pobre do país (a Eslovaquia), não estaria Portugal melhor se o litoral se separasse do interior e Alentejo?
Se ele não percebe as razões de fundo (algumas herdadas do seu governo) então como poderá ele querer resolver os problemas do país? Além de que qq pessoa com dois dedos de testa via este cenário á acontecer já em 2000 (o próximo a ultrapassar-nos é a Hungria - mesma razões da Rep. Checa).
E pergunta, como é possível que a Rep. Checa nos tenha ultrapassado?
A resposta é simples, apesar de terem coquistado a democracia há quase 15 anos, a verdade é que:
- Os países de leste têm uma mão de obra mais qualificada (o que fez Cavaco em 10 anos como PM? Pouco.
- Alguns países de leste construiram um sitema fiscal transparente e simples (não os complexos IRS e IRC herdados de Cavaco silva que defendiam alguns interesses).
- Portugal herdou da ditadura uma mentalidade de condicionamento industrial e de protecção dos interesses instalados (que os dez anos de Cavaco não combateram), os países de leste construiram um sistema capitalista a partir do zero.
- A rep. Checa era no império Austro-Hungaro uma das regiões com maior densidade de ferrovia, e é-o ainda hoje na Europa (Cavaco esqueceu-se da ferrovia e só apostou nas auto-estradas).
- Os países de leste estão muito mais perto dos grandes mercados.
- A rep. Checa, de facto separou-se da parte pobre do país (a Eslovaquia), não estaria Portugal melhor se o litoral se separasse do interior e Alentejo?
Se ele não percebe as razões de fundo (algumas herdadas do seu governo) então como poderá ele querer resolver os problemas do país? Além de que qq pessoa com dois dedos de testa via este cenário á acontecer já em 2000 (o próximo a ultrapassar-nos é a Hungria - mesma razões da Rep. Checa).
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Tirar os crucifixos das escolas foi só truque... ...para ateu acreditar.
In As Beiras:
... trasladação do corpo da Irmã Lúcia do Convento das Carmelitas, em Coimbra, para o Santuário de Fátima vai realizar–se dentro de um mês, a 19 de Fevereiro, domingo.
As três televisões generalistas portuguesas já confirmaram o seu interesse em transmitir a cerimónia em directo, ...
ora que a SIC e a TVI o façam é lá com elas, são privadas, mas a RTP? Não é que me oponha a que a RTP faça mais esta transmissão, contudo deve dar um tratamento igual a todas as religiões. Quando o Dalai Lama esteve em Portugal, que me lembre, não houve nenhuma transmissão em directo da sua chegada ou da sua oração em Lisboa. Ou o canal público trata todas as religiões por igual ou o melhor é recolocar os crucifixos nas escolas.
... trasladação do corpo da Irmã Lúcia do Convento das Carmelitas, em Coimbra, para o Santuário de Fátima vai realizar–se dentro de um mês, a 19 de Fevereiro, domingo.
As três televisões generalistas portuguesas já confirmaram o seu interesse em transmitir a cerimónia em directo, ...
ora que a SIC e a TVI o façam é lá com elas, são privadas, mas a RTP? Não é que me oponha a que a RTP faça mais esta transmissão, contudo deve dar um tratamento igual a todas as religiões. Quando o Dalai Lama esteve em Portugal, que me lembre, não houve nenhuma transmissão em directo da sua chegada ou da sua oração em Lisboa. Ou o canal público trata todas as religiões por igual ou o melhor é recolocar os crucifixos nas escolas.
Cavaco a descer na primeira a subir na segunda.
Marktest dia 18:
(Dados brutos)
CS - 41.3
MA - 14.8
MS - 10.4
FL - 4.9
JS - 5.6
GP - 0.7
Esquerda - 36.4
Vantagem de Cavaco - 4.9
2 ª volta
CS - 46.6
MA - 37.0
Diferença - 9.6
(Dados brutos)
CS - 41.3
MA - 14.8
MS - 10.4
FL - 4.9
JS - 5.6
GP - 0.7
Esquerda - 36.4
Vantagem de Cavaco - 4.9
2 ª volta
CS - 46.6
MA - 37.0
Diferença - 9.6
terça-feira, janeiro 17, 2006
Direcção da AAC-OAF RUA...
Marcel emprestado ao BEnfica...
Contrapartidas ZERO... (Diário de Coimbra diz que nehum jogador será cedido pelo Benfica).
Eu bem dizia isto...
E eu lembro-me do caso João Tomás (na altura custou-nos a subida à 1ª), agora esta cedência pode-nos custar a descida à segunda. Para todos os Academistas que são Benfiquistas está na hora de escolher ou um ou outro é que o SLB já nos tramou 2 vezes.
Contrapartidas ZERO... (Diário de Coimbra diz que nehum jogador será cedido pelo Benfica).
Eu bem dizia isto...
E eu lembro-me do caso João Tomás (na altura custou-nos a subida à 1ª), agora esta cedência pode-nos custar a descida à segunda. Para todos os Academistas que são Benfiquistas está na hora de escolher ou um ou outro é que o SLB já nos tramou 2 vezes.
Confirma-se, a iliteracia numérica nas bandas do Mário...
Em primeiro lugar vamos definir a palavra:
O dicionário da Porto Editora define-a assim:
«1. dificuldade em ler e interpretar, e escrever; 2. falta de conhecimentos considerados básicos; analfabetismo.»
Vimos já que no Super Mário (link ao lado) não sabem fazer contas, engolindo todas as sondagens que lhes dão.
Mas agora foi o Martinho d'Arcada.
A incapacidade de ler quadros de sondagens é tão grande que fizeram confusão entre a sub-amostra daqueles que expressam a vontade de voto com a amostra total. Ver aqui a amável explicação do margensdeerro.
Começo a pensar que se estas são as cabeças pensadoras de Portugal estamos f... , é que se não sabem ler a p#### de um quadro, como poderão gerir um país?
O dicionário da Porto Editora define-a assim:
«1. dificuldade em ler e interpretar, e escrever; 2. falta de conhecimentos considerados básicos; analfabetismo.»
Vimos já que no Super Mário (link ao lado) não sabem fazer contas, engolindo todas as sondagens que lhes dão.
Mas agora foi o Martinho d'Arcada.
A incapacidade de ler quadros de sondagens é tão grande que fizeram confusão entre a sub-amostra daqueles que expressam a vontade de voto com a amostra total. Ver aqui a amável explicação do margensdeerro.
Começo a pensar que se estas são as cabeças pensadoras de Portugal estamos f... , é que se não sabem ler a p#### de um quadro, como poderão gerir um país?
Marktest e Cavaco a descerrrrrrr!...
Evolução dos dados da marktest, dados em bruto.
Dia 16
CS - 44
MA - 15.2
MS -8.9
NS+NR - 11 + 4.9
Esquerda: 34
Vantagem Cavaco: 10
2a volta:
CS vs MA - 47.4 - 38.2
CS vs MS - 53.9 - 25.9
Dia 17
CS - 42.9
MA - 14.4
MS -10.3
NS+NR - 11.2 + 4.3
2a volta:
Esquerda: 35.5
Vantagem Cavaco: 7.4
CS vs MA - 46.8 - 38.1
CS vs MS - 53.1 - 27.1
Assim por um lado Cavaco continua em queda, Soares aproxima-se de Alegre mas este mantém-se como melhor candidato para bater Cavaco numa segunda volta (está só a 8.7%, ontem estava a 9.2%).
Dia 16
CS - 44
MA - 15.2
MS -8.9
NS+NR - 11 + 4.9
Esquerda: 34
Vantagem Cavaco: 10
2a volta:
CS vs MA - 47.4 - 38.2
CS vs MS - 53.9 - 25.9
Dia 17
CS - 42.9
MA - 14.4
MS -10.3
NS+NR - 11.2 + 4.3
2a volta:
Esquerda: 35.5
Vantagem Cavaco: 7.4
CS vs MA - 46.8 - 38.1
CS vs MS - 53.1 - 27.1
Assim por um lado Cavaco continua em queda, Soares aproxima-se de Alegre mas este mantém-se como melhor candidato para bater Cavaco numa segunda volta (está só a 8.7%, ontem estava a 9.2%).
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Super Mário não sabe fazer contas.. ió!
já sabíamos que no blog Super Mário não sabiam fazer contas (facto que os amigos do pulo do lobo tentaram explorar para fabricar uns indicadores pró-Cavaco).
Agora sabemos tb que não sabem ler sondagens. Veja-se aqui o que o Ivan (terrível em Matemática) diz.
Comecemos pelo seguinte facto, de que o post é de 16 de Janeiro e vejamos as frases com que nos diverte:
Afirmação 1 -
«...A amostra nova da marktest é de apenas 150 pessoas, um universo muito pequeno...»
É verdade que diariamente a marktest entrevista 150 pessoas, mas os resultados apresntados são de 4 dias, a amostra, sobre a qual os cálculos se baseiam no dia 16 de Janeiro é de 607 pessoas. Não acredita? Veja aqui quadro 1 , página 2. O q a marktest faz é entrevistar 150 novas pessoas todos os dias e substituir as 150 de quatro dias atrás.
Afirmação 2 (com direito a link) -
«A primeira é que, embora Alegre tenha dito que o lançamento da sua candidatura era o que evitava a vitória de Cavaco Silva à primeira volta, a única sondagem realizada desde Setembro que deu Cavaco Silva abaixo dos 50% »
A sondagem que se refere pode ser encontrada aqui:
Resultados brutos
Cavaco Silva: 27%
Mário Soares: 15%
Francisco Louçã: 5%
Jerónimo de Sousa: 5%
Outro: 3%
B/N:3%
Não vai votar: 16%
Não sabe: 19%
Não responde: 7%
Estimativa de resultados eleitorais*:
Cavaco Silva: 49%
Mário Soares:32%
Jerónimo de Sousa: 11%
Francisco Louçã: 7%
Pode-se ver que a estimativa dos res. eleitorais soma 99% (deve ser a erros de arredondamento), mas há algo estranho? FL passa de 5% expressos para 7% e JS passa de 5% para 11%? Soares mais do que dobra a votação e Cavaco não?
Vejamos como distirubiram eles os indecisos que são só 29% - NS/NR e Outro:
Se fizermos o método de distribuição dos votos expressos (como faz a marktest), eliminando os Outros, B/N, Não sabe, Não responde teremos:
CS - 52%
MS - 29%
FL - 9.5%
JS - 9.5%
Já agora sabe a ponderação dos indecisos que dava aqueles resultados? Era esta:
CS-43%
MS-40%
FL-2,5%
JS-14%
E segundo a sondagem era fazendo uma segunda pergunta aos indecisos (se votava PS então era dado o voto a MS se era PSD a Cavaco e como podemos ver pela Marktest 15,6% dos PS's votam Cavaco, logo)...
Agora sabemos tb que não sabem ler sondagens. Veja-se aqui o que o Ivan (terrível em Matemática) diz.
Comecemos pelo seguinte facto, de que o post é de 16 de Janeiro e vejamos as frases com que nos diverte:
Afirmação 1 -
«...A amostra nova da marktest é de apenas 150 pessoas, um universo muito pequeno...»
É verdade que diariamente a marktest entrevista 150 pessoas, mas os resultados apresntados são de 4 dias, a amostra, sobre a qual os cálculos se baseiam no dia 16 de Janeiro é de 607 pessoas. Não acredita? Veja aqui quadro 1 , página 2. O q a marktest faz é entrevistar 150 novas pessoas todos os dias e substituir as 150 de quatro dias atrás.
Afirmação 2 (com direito a link) -
«A primeira é que, embora Alegre tenha dito que o lançamento da sua candidatura era o que evitava a vitória de Cavaco Silva à primeira volta, a única sondagem realizada desde Setembro que deu Cavaco Silva abaixo dos 50% »
A sondagem que se refere pode ser encontrada aqui:
Resultados brutos
Cavaco Silva: 27%
Mário Soares: 15%
Francisco Louçã: 5%
Jerónimo de Sousa: 5%
Outro: 3%
B/N:3%
Não vai votar: 16%
Não sabe: 19%
Não responde: 7%
Estimativa de resultados eleitorais*:
Cavaco Silva: 49%
Mário Soares:32%
Jerónimo de Sousa: 11%
Francisco Louçã: 7%
Pode-se ver que a estimativa dos res. eleitorais soma 99% (deve ser a erros de arredondamento), mas há algo estranho? FL passa de 5% expressos para 7% e JS passa de 5% para 11%? Soares mais do que dobra a votação e Cavaco não?
Vejamos como distirubiram eles os indecisos que são só 29% - NS/NR e Outro:
Se fizermos o método de distribuição dos votos expressos (como faz a marktest), eliminando os Outros, B/N, Não sabe, Não responde teremos:
CS - 52%
MS - 29%
FL - 9.5%
JS - 9.5%
Já agora sabe a ponderação dos indecisos que dava aqueles resultados? Era esta:
CS-43%
MS-40%
FL-2,5%
JS-14%
E segundo a sondagem era fazendo uma segunda pergunta aos indecisos (se votava PS então era dado o voto a MS se era PSD a Cavaco e como podemos ver pela Marktest 15,6% dos PS's votam Cavaco, logo)...
domingo, janeiro 15, 2006
Sinal da avanço
Retirado daqui
Portugal devia proibir, como Espanha, fumar em todos os locais públicos fechados?
Sim
572
Não
84
votos: 656
PS: Eu fumo e concordo, é que gosto do MEU fumo mas não do fumo DOS OUTROS.
Portugal devia proibir, como Espanha, fumar em todos os locais públicos fechados?
Sim
572
Não
84
votos: 656
PS: Eu fumo e concordo, é que gosto do MEU fumo mas não do fumo DOS OUTROS.
Cretinice é isto...
... aqui.
Se Cavaco Silva diz que não costuma beber vinhos, penso que é um direito que lhe assiste. Não bebe pq não gosta, pq lhe faz mal ou por outra qq razão. Dizer que «... ficámos a saber que não costuma beber vinhos. O que naturalmente deveria ser condição suficiente para não qualificar para o cargo ao qual se candidata.».
Ou seja, qt mais beberolas melhor, um presidente à la Ieltsin é que era bom, não? Pensava que democracia era tb o direito a escolher o que se consome, mas pleos vistos não.
E a juntar a isto: ...provincianismo quando afirma que os vinhos bons são os portugueses ... qualificar de provincianismo a defesa do produto nacional é daqueles proto-saloios portugueses que não acham bem dizer estas coisas (É daqueles portugueses que fora do país, acham-se muito cultos por falar mal do próprio país, enfim...), para eles bom é dizer qe apreciam um Bordeus ou um Chianti ou um Rioja, tb fica bem dizer que o California White é muito bom e que a Austrália tem óptimo vinho. Tudo isto pode, e em alguns casos , é verdade, mas numa televisão um candidato deve é defender o nosso produto Já viram um Espanhol a defender o vinho Português, para eles até o Vino Rojo (uma mistela intragavel) é melhor que um Terras de Sá (Douro que particularmente aprecio).
Finalmente Cavaco qd afirma ... quando afirma que nomear um é ser injusto para outros ... ele sabe do que fala, imagine que diria e gosto é de beber o Vinho XZT, as vendas deste disparariam, ele sabe a influència que tem sobre muitos que cegamente o seguem e não quer benefeciar um produtor em detrimento de muitos outros
Assim chamar cretino a quem:
1 - Defende o produto português,
2 - Não quer benefeciar nenhum produtor,
3 - por opção não bebe vinho,
É porque:
1 - Não se importa com essa defesa, deixando os nossos produtores indefeses (face a ultra defesa nacionalista de outros países).
2 - Gosta de benefeciar alguém (se calhar um amigo)ç
3 - Quer introduzir mais um requisito para ser PR , o seja ser bebedor de vinho.
E quem é o cretino?
Se Cavaco Silva diz que não costuma beber vinhos, penso que é um direito que lhe assiste. Não bebe pq não gosta, pq lhe faz mal ou por outra qq razão. Dizer que «... ficámos a saber que não costuma beber vinhos. O que naturalmente deveria ser condição suficiente para não qualificar para o cargo ao qual se candidata.».
Ou seja, qt mais beberolas melhor, um presidente à la Ieltsin é que era bom, não? Pensava que democracia era tb o direito a escolher o que se consome, mas pleos vistos não.
E a juntar a isto: ...provincianismo quando afirma que os vinhos bons são os portugueses ... qualificar de provincianismo a defesa do produto nacional é daqueles proto-saloios portugueses que não acham bem dizer estas coisas (É daqueles portugueses que fora do país, acham-se muito cultos por falar mal do próprio país, enfim...), para eles bom é dizer qe apreciam um Bordeus ou um Chianti ou um Rioja, tb fica bem dizer que o California White é muito bom e que a Austrália tem óptimo vinho. Tudo isto pode, e em alguns casos , é verdade, mas numa televisão um candidato deve é defender o nosso produto Já viram um Espanhol a defender o vinho Português, para eles até o Vino Rojo (uma mistela intragavel) é melhor que um Terras de Sá (Douro que particularmente aprecio).
Finalmente Cavaco qd afirma ... quando afirma que nomear um é ser injusto para outros ... ele sabe do que fala, imagine que diria e gosto é de beber o Vinho XZT, as vendas deste disparariam, ele sabe a influència que tem sobre muitos que cegamente o seguem e não quer benefeciar um produtor em detrimento de muitos outros
Assim chamar cretino a quem:
1 - Defende o produto português,
2 - Não quer benefeciar nenhum produtor,
3 - por opção não bebe vinho,
É porque:
1 - Não se importa com essa defesa, deixando os nossos produtores indefeses (face a ultra defesa nacionalista de outros países).
2 - Gosta de benefeciar alguém (se calhar um amigo)ç
3 - Quer introduzir mais um requisito para ser PR , o seja ser bebedor de vinho.
E quem é o cretino?
sábado, janeiro 14, 2006
Interessante...
In DN 14/02/2006, aqui:
"[Alegre]voltou a receber palavras de incentivo de muitos militantes socialistas. O DN quis saber se não receiam sanções. Resposta de um deles, encolhendo os ombros "Haviam de ser muitos a ser expulsos. Tirando os que são do tacho, quase ninguém segue o Soares." "
"[Alegre]voltou a receber palavras de incentivo de muitos militantes socialistas. O DN quis saber se não receiam sanções. Resposta de um deles, encolhendo os ombros "Haviam de ser muitos a ser expulsos. Tirando os que são do tacho, quase ninguém segue o Soares." "
Tiro ao porta aviões
Eles escreveram isto na quarta-feira passada.
e deram estes resulados sobre Cavaco:
Cavaco Silva continua imparável na corrida para o Palácio de Belém, tendo hoje 60,3% (mais 0,1% do que ontem, embora menos 0,7% do que na antevéspera). Conjugada a sua ligeira subida com os resultados de Alegre e Soares, o ex-primeiro-ministro aumenta a distância que o separa do segundo candidato mais votado (que é agora de 46,4%, contra os 46,2% de ontem) - e reforça a fidelização do voto em si, que é agora de 92,2%, enquanto os que admitem mudar o seu sentido de voto diminuíram para 3,1%.
Mas amanhã não houve mais, nem na sexta. Será que é porque nos resultados de sexta-feira comparando como os que o barquito de avionetas descreveu na quarta:
Cavaco nos votos expressos desceu de 60.3% para 56.8% (Sexta dia 13),
A vantagem para o segundo desceu de 46,4% para 41.2%,
A fidelização desceu de 92,2% para 89.6%,
Ou porque os votos em bruto, sem atribuição de indecisos em Cavaco de quarta para sexta passou de 48.3% para 44.4%,
ou porque os votos sem atribuição de indecisos à esquerda passou de 31.8% para 33.7%,
ou pq distância Cavaco vs. esquerda diminui de 16.5 para 10.7%;
E ainda, na última sondagem, os que não sabem são 10.4% e os NR 4.6%. pensando que os NR não votam, e os indecisos são maioritarimente entre os candidatos de esquerda (só 1.2% dos do PSD estão indecisose 10.4% dos eleitores do PS) Está-se mesmo a ver que a distância Cavaco vs. Esquerda é menos do que os 10.7% que os resultados em bruto mostram.
Será que o amanhã há mais que não veio foi por causa disto???
sondagens aqui, têm de se registar, é gratuito.
e deram estes resulados sobre Cavaco:
Cavaco Silva continua imparável na corrida para o Palácio de Belém, tendo hoje 60,3% (mais 0,1% do que ontem, embora menos 0,7% do que na antevéspera). Conjugada a sua ligeira subida com os resultados de Alegre e Soares, o ex-primeiro-ministro aumenta a distância que o separa do segundo candidato mais votado (que é agora de 46,4%, contra os 46,2% de ontem) - e reforça a fidelização do voto em si, que é agora de 92,2%, enquanto os que admitem mudar o seu sentido de voto diminuíram para 3,1%.
Mas amanhã não houve mais, nem na sexta. Será que é porque nos resultados de sexta-feira comparando como os que o barquito de avionetas descreveu na quarta:
Cavaco nos votos expressos desceu de 60.3% para 56.8% (Sexta dia 13),
A vantagem para o segundo desceu de 46,4% para 41.2%,
A fidelização desceu de 92,2% para 89.6%,
Ou porque os votos em bruto, sem atribuição de indecisos em Cavaco de quarta para sexta passou de 48.3% para 44.4%,
ou porque os votos sem atribuição de indecisos à esquerda passou de 31.8% para 33.7%,
ou pq distância Cavaco vs. esquerda diminui de 16.5 para 10.7%;
E ainda, na última sondagem, os que não sabem são 10.4% e os NR 4.6%. pensando que os NR não votam, e os indecisos são maioritarimente entre os candidatos de esquerda (só 1.2% dos do PSD estão indecisose 10.4% dos eleitores do PS) Está-se mesmo a ver que a distância Cavaco vs. Esquerda é menos do que os 10.7% que os resultados em bruto mostram.
Será que o amanhã há mais que não veio foi por causa disto???
sondagens aqui, têm de se registar, é gratuito.
Interpretações
Ño margens de erro a interpretação das recentes evoluções das sondagens é esta:
«...Os eleitores, mesmo os do PS, estão maioritariamente persuadidos quer da sua vitória quer do facto de essa vitória não ter consequências de maior para a governação. Logo, estas eleições já não são sobre quem vai ganhar. E assim, Soares, o único visto como podendo derrotar Cavaco, perde o gás definitivamente na abertura do ano de 2006, no rescaldo dos debates e dos ataques à comunicação social. Os incentivos para o voto útil à esquerda desapareceram: Louçã, Jerónimo e até Alegre (cujas debilidades foram expostas ao longo da campanha e o tinham levado à descida), ficam com os despojos desta batalha perdida, e parecem crescer na recta final...»
Fica por explicar a descida de Cavaco. Parte desta é devido aos indecisos serem maiorotariamente entre Soares e Alegre e a atribuição proporcional destes darem a cavaco cerca de metade. Com a descida dos indecisos e a divisão destes entre Soares e Alegre, Cavaco desceria, mas então como explicar a recente descida de votos em Cavaco antes da divisão dos indecisos (no tracking poll da marktest já desce de 48% para 44%)? A explicação pode ser basicamente esta: muitas pessoas do centro não gostam de Soares e à medida que este crescia, Alegre não era uma solução eficaz anti-Soares logo inclinavam-se para Cavaco por forma a derrotá-lo logo à primeira volta, era a forma de o humilhar. Mas estas pessoas não gostam de Cavaco, o seu voto era anti-Soares. Com a descida de Soares e Cavaco num patamar elevado, estas pessoas para humilhar mais Soares até poderão votar Alegre por forma a que este ultrapasse Soares, isso coloca um perigo para a eleição de Cavaco na primeira volta, logo veremos se assim é.
Claro que isto colocará a Alegre um problema numa eventual segunda volta, já que estes eleitores anti-Soares poderão aí retornar a Cavaco e dar-lhe a vitória.
«...Os eleitores, mesmo os do PS, estão maioritariamente persuadidos quer da sua vitória quer do facto de essa vitória não ter consequências de maior para a governação. Logo, estas eleições já não são sobre quem vai ganhar. E assim, Soares, o único visto como podendo derrotar Cavaco, perde o gás definitivamente na abertura do ano de 2006, no rescaldo dos debates e dos ataques à comunicação social. Os incentivos para o voto útil à esquerda desapareceram: Louçã, Jerónimo e até Alegre (cujas debilidades foram expostas ao longo da campanha e o tinham levado à descida), ficam com os despojos desta batalha perdida, e parecem crescer na recta final...»
Fica por explicar a descida de Cavaco. Parte desta é devido aos indecisos serem maiorotariamente entre Soares e Alegre e a atribuição proporcional destes darem a cavaco cerca de metade. Com a descida dos indecisos e a divisão destes entre Soares e Alegre, Cavaco desceria, mas então como explicar a recente descida de votos em Cavaco antes da divisão dos indecisos (no tracking poll da marktest já desce de 48% para 44%)? A explicação pode ser basicamente esta: muitas pessoas do centro não gostam de Soares e à medida que este crescia, Alegre não era uma solução eficaz anti-Soares logo inclinavam-se para Cavaco por forma a derrotá-lo logo à primeira volta, era a forma de o humilhar. Mas estas pessoas não gostam de Cavaco, o seu voto era anti-Soares. Com a descida de Soares e Cavaco num patamar elevado, estas pessoas para humilhar mais Soares até poderão votar Alegre por forma a que este ultrapasse Soares, isso coloca um perigo para a eleição de Cavaco na primeira volta, logo veremos se assim é.
Claro que isto colocará a Alegre um problema numa eventual segunda volta, já que estes eleitores anti-Soares poderão aí retornar a Cavaco e dar-lhe a vitória.
sexta-feira, janeiro 13, 2006
As reformas e a falência da segurança social.
Pedro A. Silva aqui fala da necessidade de «Para salvar a segurança social, serve de pouco ... acenar com panaceias milagrosas».
Frase com a qual concordo, mas a seguir diz:
«aumentando a eficácia administrativa, combatendo a fraude; alterando a fórmula de cálculo das pensões, evitando manipulações do sistema; limitando os valores das pensões mais elevadas, introduzindo equidade; promovendo o envelhecimento activo, estimulando a contributividade; e, claro, com abertura e criatividade na busca de novas soluções para o financiamento, de que é exemplo a afectação de 50% cento do aumento do IVA ao sistema.»
Em todas as questões faltou-lhe o cerne da questão.
Vou só exemplificar, actualmente as reformas são pagas com as contribuições de quem está a trabalhar, de forma que o valor das reformas obedece à seguinte equação:
(Reforma média)*(População envelhecida) = Contribuições média * Pop. Activa ou:
(Reforma média)/Contribuições média =Pop. Activa/((População envelhecida)
Com o envelhecimento da pop. o rácio Pop. Activa/((População envelhecida) decresce, logo ou a reforma média diminui ou as contribuições aumentam.
Vejamos as várias soluções propostas e explicação:
1 e 2 Aumentando a eficácia administrativa e combatendo a fraude - aumenta as contribuições, mas tem um limite a partir daí voltamos a ter o mesmo problema, logo a solução é temporária.
3 Alterando a fórmula de cálculo das pensões - reduz a reforma média, mas para ser permanente tem-se de indexar o cálculo ao envelhecimento da população.
4 Limitando os valores das pensões mais elevadas - reduz a pensão média mas tem limites, logo a solução é temporária, considerando que as contribuições destes se mantinham e isso é igual a aumentar os impostos sobre quem mais ganha (o que pode não ser boa solução - sobretudo com a deslocalização dos centros de decisão, os que mais ganhos podem mudar os escritórios para Madrid)
5 Promovendo o envelhecimento activo - aumenta as contribuições, mas o efeito tem limites, logo não resolve o problema a longo prazo.
6 Afectação de 50% cento do aumento do IVA ao sistema - aumenta as contribuições mas tb é um efeito temporário de quando se introduz, não resolve o problema, e pode levar à criaçao de um efeito nefasto, de cada vez que a Seg. social tem problemas aumenta-se o IVA.
Assim quase todas as medidas são temporárias, panaceias que resolvem o problema por 10 ou 20 anos (tirando a alteração do cálculo das pensões, se for indexado ao envelhecimento da pop.). Assim, se estas medidas temporárias não forem acompanhadas de medidas de fundo que mantenham o rácio daqui a 10 anos estamos na mesma e depois?.
Então que medidas?
Como
a contribuição média*pop. activa/pop. Envelhecida=reforma média:
Temos que o lado esquerdo da equação cresce à taxa da taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores+ taxa de crescimento da pop. activa. - taxa de crescimento da pop. envelhecida.
A reforma média cresce à taxa de crescimento das reformas
Logo:
taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores + taxa de crescimento da pop. activa = taxa de crescimento da reforma média + taxa de crescimento da pop. envelhecida.
ou seja:
taxa de crescimento real da reforma média - taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores = taxa de crescimento da pop. activa - taxa de crescimento da pop. envelhecida.
Se a pop. envelhecer a lado direito da equação é negativo logo o crescimento das reformas tem de ser menor que o crescimento económico. E esta é a única medida, para as reformas crescerem teremos de incentivar o crescimento demográfico ou a imigração (fazer crescer a pop. activa mais do que a pop. envelhecida).
E os fundos privados? Porque funcionam? Na base a fórmula é a mesma, só que as contribuições vêm dos investimentos em capital e dos rendimentos destes. Como nas economias no longo prazo a % de rendimentos de capital e trabalho é constante, se os PPR investirem tudo na Europa então a questão mantém-se, o crescimento das reformas serão menores de que o crescimento da produtividade por trabalhador, a única forma era os PPR investirem em países cuja pop. cresce e que tem crescimentos elevados, mas esses têm GRANDES riscos cambiais e a qq altura o fundo pode falir.
E não se iludam porque os PPR dão uma rentabilidade fixa, mas a real será essa taxa - inflação, logo com o envelhecimento da pop. com mais pessoas a consumir e menos a produzir a inflação subirá (não poderemos pedir empréstimos para importar para sempre), e assim is PPR podem sobreviver pois : (taxa de crescimento real da reforma média - taxa de produtividade por trabalhador) será negativa.
E é esta a única forma, ou aumentamos a natalidada (toca lá a fazer filhos) ou então vamos ter de pensar que os aumentos das reformas irão ser abaixo do crescimento da taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores(e na nossa até tem sido quase zero...). Não podemos é fazer equidade via reformas, pq se não aumentamos as reformas acima dos aumentos da produtividade dos trabalhadores.
Frase com a qual concordo, mas a seguir diz:
«aumentando a eficácia administrativa, combatendo a fraude; alterando a fórmula de cálculo das pensões, evitando manipulações do sistema; limitando os valores das pensões mais elevadas, introduzindo equidade; promovendo o envelhecimento activo, estimulando a contributividade; e, claro, com abertura e criatividade na busca de novas soluções para o financiamento, de que é exemplo a afectação de 50% cento do aumento do IVA ao sistema.»
Em todas as questões faltou-lhe o cerne da questão.
Vou só exemplificar, actualmente as reformas são pagas com as contribuições de quem está a trabalhar, de forma que o valor das reformas obedece à seguinte equação:
(Reforma média)*(População envelhecida) = Contribuições média * Pop. Activa ou:
(Reforma média)/Contribuições média =Pop. Activa/((População envelhecida)
Com o envelhecimento da pop. o rácio Pop. Activa/((População envelhecida) decresce, logo ou a reforma média diminui ou as contribuições aumentam.
Vejamos as várias soluções propostas e explicação:
1 e 2 Aumentando a eficácia administrativa e combatendo a fraude - aumenta as contribuições, mas tem um limite a partir daí voltamos a ter o mesmo problema, logo a solução é temporária.
3 Alterando a fórmula de cálculo das pensões - reduz a reforma média, mas para ser permanente tem-se de indexar o cálculo ao envelhecimento da população.
4 Limitando os valores das pensões mais elevadas - reduz a pensão média mas tem limites, logo a solução é temporária, considerando que as contribuições destes se mantinham e isso é igual a aumentar os impostos sobre quem mais ganha (o que pode não ser boa solução - sobretudo com a deslocalização dos centros de decisão, os que mais ganhos podem mudar os escritórios para Madrid)
5 Promovendo o envelhecimento activo - aumenta as contribuições, mas o efeito tem limites, logo não resolve o problema a longo prazo.
6 Afectação de 50% cento do aumento do IVA ao sistema - aumenta as contribuições mas tb é um efeito temporário de quando se introduz, não resolve o problema, e pode levar à criaçao de um efeito nefasto, de cada vez que a Seg. social tem problemas aumenta-se o IVA.
Assim quase todas as medidas são temporárias, panaceias que resolvem o problema por 10 ou 20 anos (tirando a alteração do cálculo das pensões, se for indexado ao envelhecimento da pop.). Assim, se estas medidas temporárias não forem acompanhadas de medidas de fundo que mantenham o rácio daqui a 10 anos estamos na mesma e depois?.
Então que medidas?
Como
a contribuição média*pop. activa/pop. Envelhecida=reforma média:
Temos que o lado esquerdo da equação cresce à taxa da taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores+ taxa de crescimento da pop. activa. - taxa de crescimento da pop. envelhecida.
A reforma média cresce à taxa de crescimento das reformas
Logo:
taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores + taxa de crescimento da pop. activa = taxa de crescimento da reforma média + taxa de crescimento da pop. envelhecida.
ou seja:
taxa de crescimento real da reforma média - taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores = taxa de crescimento da pop. activa - taxa de crescimento da pop. envelhecida.
Se a pop. envelhecer a lado direito da equação é negativo logo o crescimento das reformas tem de ser menor que o crescimento económico. E esta é a única medida, para as reformas crescerem teremos de incentivar o crescimento demográfico ou a imigração (fazer crescer a pop. activa mais do que a pop. envelhecida).
E os fundos privados? Porque funcionam? Na base a fórmula é a mesma, só que as contribuições vêm dos investimentos em capital e dos rendimentos destes. Como nas economias no longo prazo a % de rendimentos de capital e trabalho é constante, se os PPR investirem tudo na Europa então a questão mantém-se, o crescimento das reformas serão menores de que o crescimento da produtividade por trabalhador, a única forma era os PPR investirem em países cuja pop. cresce e que tem crescimentos elevados, mas esses têm GRANDES riscos cambiais e a qq altura o fundo pode falir.
E não se iludam porque os PPR dão uma rentabilidade fixa, mas a real será essa taxa - inflação, logo com o envelhecimento da pop. com mais pessoas a consumir e menos a produzir a inflação subirá (não poderemos pedir empréstimos para importar para sempre), e assim is PPR podem sobreviver pois : (taxa de crescimento real da reforma média - taxa de produtividade por trabalhador) será negativa.
E é esta a única forma, ou aumentamos a natalidada (toca lá a fazer filhos) ou então vamos ter de pensar que os aumentos das reformas irão ser abaixo do crescimento da taxa de crescimento da produtividade dos trabalhadores(e na nossa até tem sido quase zero...). Não podemos é fazer equidade via reformas, pq se não aumentamos as reformas acima dos aumentos da produtividade dos trabalhadores.
Mais um indicador...
Na tracking poll da marktest:
Alegre já tinha ultrapssado Soares, nas indicações de voto.
Cavaco está em queda com os indecisos a dminuirem (estes são maioritariamente entre Alegre e Soares e a distribuição por quotas dava exarcebava a vantagem de Cavaco).
E agora os que acham, se houver segunda volta é entre Alegre e Cavaco ultrapssou os que escolhem Soares e Cavaco:
Cavaco Silva e Manuel Alegre 46.1
Cavaco Silva e Mário Soares 41.6
Ver aqui
Alegre já tinha ultrapssado Soares, nas indicações de voto.
Cavaco está em queda com os indecisos a dminuirem (estes são maioritariamente entre Alegre e Soares e a distribuição por quotas dava exarcebava a vantagem de Cavaco).
E agora os que acham, se houver segunda volta é entre Alegre e Cavaco ultrapssou os que escolhem Soares e Cavaco:
Cavaco Silva e Manuel Alegre 46.1
Cavaco Silva e Mário Soares 41.6
Ver aqui
quarta-feira, janeiro 11, 2006
Para aqueles que preferem Alegre mas pensam que Soares está melhor colocado...
... dados da Marktest do dia 11/2, sobre a segunda volta (votaria?(Resultados com base apenas naqueles que expressaram sentido de voto numa hipótese de 2ª volta)
Cavaco vs Soares
CS - 72
MS - 28
Cavaco vs Alegre
CS - 62.5
MA - 37.5
Portanto colocar a cruz no Soares na primeira volta é garantir Cavaco na segunda.
Cavaco vs Soares
CS - 72
MS - 28
Cavaco vs Alegre
CS - 62.5
MA - 37.5
Portanto colocar a cruz no Soares na primeira volta é garantir Cavaco na segunda.
terça-feira, janeiro 10, 2006
Quem vota Soares?
Veja aqui.
Assim se for ver as diversas idades e o extracto social, Soares está de momento à frente de Alegre devido aos mais velhos (+54 anos) e aos mais pobres (baixa/média baixa). Portanto os idosos pobres votam soares.
Já Cavaco tem mais votos entre os mais velhos e os mais ricos. São os idosos ricos que mais votam Cavaco, apesar de ganhar em todos os escalões.
Já Alegre tem mais votos entre a população activa (dos 18 aos 54 anos) e com mais dinheiro - basicamente aqueles que sentem as suas perspectivas de um futuro melhor devido ao esforço pessoal de instrução e trabalho defraudadas pela classe política. É um sinal de que existe uma tendència de voto a longo prazo, para fora dos políticos tradicionais para as alternativas fora das estuturas partidárias, contudo não é forte para fazer perigar o monópolio dos partidos por pelo menos mais vinte anos, mas se eles não virem o que se passa ainda se tornam dinossauros e extinguem-se. Talvez em 2030 tenhamos uma renovação do espectro partidário, sem dramas, pq acontece em todos os países.
Mais uma nota: se virem os resultados diários há fortes oscilações nas votações de Alegre e Soares o q significa que os indecisos devem estar aí, logo a atribuição porporcional às intenções de voto por todos os candidatos está a sobrevalorizar Cavaco.
Mais um dado curioso, aqui
pergunta 5: 2a volta CS vs MS
CS - 56.8
Ms - 23.1
Nenhum 11.2
Não Sabe 6.9
Não responde 2.0
pergunta 7: 2a volta CS vs MA
CS - 54.5
MA - 29.9
Nenhum 6.1
Não Sabe 7.1
Não responde 2.5
E assim cai o mito de que Mario Soares está melhor colocado para bater Alegre na segunda volta.
Assim se for ver as diversas idades e o extracto social, Soares está de momento à frente de Alegre devido aos mais velhos (+54 anos) e aos mais pobres (baixa/média baixa). Portanto os idosos pobres votam soares.
Já Cavaco tem mais votos entre os mais velhos e os mais ricos. São os idosos ricos que mais votam Cavaco, apesar de ganhar em todos os escalões.
Já Alegre tem mais votos entre a população activa (dos 18 aos 54 anos) e com mais dinheiro - basicamente aqueles que sentem as suas perspectivas de um futuro melhor devido ao esforço pessoal de instrução e trabalho defraudadas pela classe política. É um sinal de que existe uma tendència de voto a longo prazo, para fora dos políticos tradicionais para as alternativas fora das estuturas partidárias, contudo não é forte para fazer perigar o monópolio dos partidos por pelo menos mais vinte anos, mas se eles não virem o que se passa ainda se tornam dinossauros e extinguem-se. Talvez em 2030 tenhamos uma renovação do espectro partidário, sem dramas, pq acontece em todos os países.
Mais uma nota: se virem os resultados diários há fortes oscilações nas votações de Alegre e Soares o q significa que os indecisos devem estar aí, logo a atribuição porporcional às intenções de voto por todos os candidatos está a sobrevalorizar Cavaco.
Mais um dado curioso, aqui
pergunta 5: 2a volta CS vs MS
CS - 56.8
Ms - 23.1
Nenhum 11.2
Não Sabe 6.9
Não responde 2.0
pergunta 7: 2a volta CS vs MA
CS - 54.5
MA - 29.9
Nenhum 6.1
Não Sabe 7.1
Não responde 2.5
E assim cai o mito de que Mario Soares está melhor colocado para bater Alegre na segunda volta.
Tiro a Marcelo Rebelo de Sousa à EDP e etc.
Marcelo na RTP (ver DN) diz:
... E mais a EDP é concessionária de um serviço público de interesse geral, não é qualquer pessoa que produz energia...
o que não é verdade, em Portugal a construção de mini-hidricas e de parques eólicos é já feito por qq pessoa, inclusive se o Governo deixasse, a construção de barragens tb poderia ser feito por qq empresa. A EDP é só o maior produtor de energia eléctrica em Portugal e até recentemente o único distribuidor. Com a liberalização europeia do mercado a distribuição poderá ser feita por qq um, daí que se quisermos e se as empresas estiverem interessadas poderemos começar, dentro de alguns anos, a comprar electricidade a empresas francesas (em vez de a EDP importar e depois revender, os consumidores podem fazer o contracto directamente com as empresas francesas). Sendo assim o que é estratégico? Temos de deixar de pensar que o produtor de electricidade como algo sacro-santo e pensar na rede eléctrica como as estradas. Estas, sim, são fundamentais, pois são elas que asseguram a distribuição de electricidade por todos, tal como as estradas distribuem mercadorias e pessoas. Se pensarmos desta forma e se considerarmos que a EDP é estratégica, então tb teremos de renacionalizar as rodoviárias e nacionalizar as empresa transportadoras (tal como a EDP elas usam caminhos para distribuir mercadorias) e temos de ir mais longe, assegurar o controlo de todas as empresas produtoras de bens (estas são como a EDP quando porduz uma mercadoria). Ver a necessidade de controlo da EDP por nacionais é uma visão pró-soviética ou antiquada em que se via este tipo de empresas como monópolios naturais, mas a tecnologia tudo alterou, agora todas as empresas europeias de electricidade poderão concorrer entre si e se calhar dentro de 20 anos vão sobreviver três ou quatro grandes empresas europeias, a questão é saber de que grupo a EDP vai fazer parte.
Esta visão antiquada tb se vê no discurso de MRD qd diz ...é pena que não sejam os poucos portugueses que percebem de petróleo, como a Gulbenkian e Patrick Monteiro de Barros..., não vivemos num regimo comunista ou fascista corporativo, em que se tÊm de ser estes que controlam a GALP. Aliás se eles o quisessem fazer teriam-no feito, não cabe ao governo dizer: Tu percebes de batatas e vais plantar batatas para as berlengas porque eu quero. Se o governo quer plantar batatas nas berlengas abre um concurso e vê quem está interessado.
Mas há há outra questão, as dos centros de decisão. Estes centros são empregadores de pesoas qualificadas e não é por serem portugueses que vão fazer as vontades aos governos (a menos que haja contrapartidas, mas aí qq emresa o fará), eles vão-se reger por principios económicos e fazer as escolhas que derem mais lucros, q não são necessariamente as melhores para o país como um todo (é aqui que entram as agèncias de regulamentação, mas estas tanto reguulamentam a ctividade de empresas portuguesas como de empresas estrangeiras a operar em Portugal), portanto será indiferente se o centro está em Portugal ou em Berlim. Mas e os empregos? Bem, vamos ter de nos habituar que num mercado europeu o mercado de trabalho será europeu. Já hoje muitos licenciados trabalham em Madrid, Barcelona ou Paris. Mudam frequentemente de emprego e de cidade, e é esse o futuro e não o emprego à porta de casa.
Finalmente, podem perguntar, se a GALP, EDP e outras são controladas por estrangeiros o que resta a Portugal? Restará porduzir e inovar em todos os bens, exportar e não nos importarmos se os bens produzidos em Portugal e vendidos em Portugal são ou não de empresas controladas por capitais portugueses ou estrangeiros até porque os capitais hoje não têm nacionalidade, portugueses ou não, os cpaitais se for mais rentável deslocalizam para fora do país.
Se nos preocuparmos mais com o que inovamos do que quem é dono de quê
poderia ser que fossemos mais ricos, a Irlanda é-o e não se importa de a maioria das empresas serem norte-americanas.
... E mais a EDP é concessionária de um serviço público de interesse geral, não é qualquer pessoa que produz energia...
o que não é verdade, em Portugal a construção de mini-hidricas e de parques eólicos é já feito por qq pessoa, inclusive se o Governo deixasse, a construção de barragens tb poderia ser feito por qq empresa. A EDP é só o maior produtor de energia eléctrica em Portugal e até recentemente o único distribuidor. Com a liberalização europeia do mercado a distribuição poderá ser feita por qq um, daí que se quisermos e se as empresas estiverem interessadas poderemos começar, dentro de alguns anos, a comprar electricidade a empresas francesas (em vez de a EDP importar e depois revender, os consumidores podem fazer o contracto directamente com as empresas francesas). Sendo assim o que é estratégico? Temos de deixar de pensar que o produtor de electricidade como algo sacro-santo e pensar na rede eléctrica como as estradas. Estas, sim, são fundamentais, pois são elas que asseguram a distribuição de electricidade por todos, tal como as estradas distribuem mercadorias e pessoas. Se pensarmos desta forma e se considerarmos que a EDP é estratégica, então tb teremos de renacionalizar as rodoviárias e nacionalizar as empresa transportadoras (tal como a EDP elas usam caminhos para distribuir mercadorias) e temos de ir mais longe, assegurar o controlo de todas as empresas produtoras de bens (estas são como a EDP quando porduz uma mercadoria). Ver a necessidade de controlo da EDP por nacionais é uma visão pró-soviética ou antiquada em que se via este tipo de empresas como monópolios naturais, mas a tecnologia tudo alterou, agora todas as empresas europeias de electricidade poderão concorrer entre si e se calhar dentro de 20 anos vão sobreviver três ou quatro grandes empresas europeias, a questão é saber de que grupo a EDP vai fazer parte.
Esta visão antiquada tb se vê no discurso de MRD qd diz ...é pena que não sejam os poucos portugueses que percebem de petróleo, como a Gulbenkian e Patrick Monteiro de Barros..., não vivemos num regimo comunista ou fascista corporativo, em que se tÊm de ser estes que controlam a GALP. Aliás se eles o quisessem fazer teriam-no feito, não cabe ao governo dizer: Tu percebes de batatas e vais plantar batatas para as berlengas porque eu quero. Se o governo quer plantar batatas nas berlengas abre um concurso e vê quem está interessado.
Mas há há outra questão, as dos centros de decisão. Estes centros são empregadores de pesoas qualificadas e não é por serem portugueses que vão fazer as vontades aos governos (a menos que haja contrapartidas, mas aí qq emresa o fará), eles vão-se reger por principios económicos e fazer as escolhas que derem mais lucros, q não são necessariamente as melhores para o país como um todo (é aqui que entram as agèncias de regulamentação, mas estas tanto reguulamentam a ctividade de empresas portuguesas como de empresas estrangeiras a operar em Portugal), portanto será indiferente se o centro está em Portugal ou em Berlim. Mas e os empregos? Bem, vamos ter de nos habituar que num mercado europeu o mercado de trabalho será europeu. Já hoje muitos licenciados trabalham em Madrid, Barcelona ou Paris. Mudam frequentemente de emprego e de cidade, e é esse o futuro e não o emprego à porta de casa.
Finalmente, podem perguntar, se a GALP, EDP e outras são controladas por estrangeiros o que resta a Portugal? Restará porduzir e inovar em todos os bens, exportar e não nos importarmos se os bens produzidos em Portugal e vendidos em Portugal são ou não de empresas controladas por capitais portugueses ou estrangeiros até porque os capitais hoje não têm nacionalidade, portugueses ou não, os cpaitais se for mais rentável deslocalizam para fora do país.
Se nos preocuparmos mais com o que inovamos do que quem é dono de quê
poderia ser que fossemos mais ricos, a Irlanda é-o e não se importa de a maioria das empresas serem norte-americanas.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Eurostat visita Portugal para decidir défices de 2002 a 2004
Quando se preparou Portugal para entrar no EURO ninguém parece ter levado a sério o PEC (o pacto de estabilidade e crescimento). Criticado por muitos economistas de renome internacional o político português pensou que era apenas letra de lei e não lei para cumprir e apenas se preparou Portugal para ter um déficit abaixo dos 3% em 1999, esperando que o PEC fosse abolido de vez. Como a Europa teimava em o manter foram-se inventando contabilizações originais para esconder a realidade esperando que as dificuldades de Itália , França e Alemanha viessem por fim ao PEC. Mas o PEC manteve-se e agora não há como esconder a realidade, a Europa deu-nos 3 mais 3 anos para reduzir o deficit abaixo dos 3% primeiro e para 0.5% depois. Até pode ser que o PEC desapareça entretanto, mas os países europeus, o contrário de Portugal têm uma característica interessante: pode-se não concordar com a lei, mas enquanto vigorar tem de se cumprir como se fosse ad eternum. Esperemos que os politicos portugueses tenham tenham aprendido a lição e agora levem este ultimatum a sério, pq se não poderemos ser expulsos da área Euro.
Já agora a comissão europeia quer harmonizar a forma como é cobrado o imposto automóvel em todo a Europa, não no acto de compra (como em Portugal), mas pagá-lo anualmente. Vamos ter de fazer uma transição, e se esta não for feita com tempo no ano em que formos obrigados a mudar, as receitas vão-se resentir. Que tal começar já? Ou vamos fazer como com o deficit, ver até onde a Europa vai de facto aplicar a lei (já vimos que realmente a aplica) e esticar a corda?
Já agora a comissão europeia quer harmonizar a forma como é cobrado o imposto automóvel em todo a Europa, não no acto de compra (como em Portugal), mas pagá-lo anualmente. Vamos ter de fazer uma transição, e se esta não for feita com tempo no ano em que formos obrigados a mudar, as receitas vão-se resentir. Que tal começar já? Ou vamos fazer como com o deficit, ver até onde a Europa vai de facto aplicar a lei (já vimos que realmente a aplica) e esticar a corda?
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Espermos por segunda feira,...
... para ver se ele consegue escrever uma opinião, mais longa, articulada e coerente, porque textos rápidos e fáceis tipo slogan todos nós os fazemos nos blogs, só que uns têm o seu blog publicado nhá 9 anos no jornal.
Artigo de Teodora Cardoso e pequena adenda
Vejam-no aqui.
Já agora convém relembrar este post aqui, e este aqui e também este e este e p+ara finalizar este e quase esqueciamos este.
A minha conclusão é só uma, só durante 77-78 e 83-85 tivemos boas políticas económicas: mérito de Soares? Não, dos planos do FMI, os governos só têm de os seguir. Pode ser que mais dois ou três anitos a comssão europeia imponha um plano de recuperação a Portugal... ...e assim teremos o terceiro período de boas políticas económicas.
Não é só Cavaco... ..que usa a política e o ciclo económico.
Vejamos:
Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite, aumentam os impostos e prometem baixá-los no futuro, assim criaram expectativas de que no futuro o investimento e o consumo são mais baratos (o argumento em economiquês é complexo) e assim os agentes económicos adiam as decisões de consumo e de investimento. Esperavam eles que em 3/4 anos o consumo e o investimento retomassem (qd os agentes s percebessem que os impostos não iam descer) e com eles a recuperção da crise só que... ...esqueceram-se que a economia portuguesa é muito rigida e se a crise que eles aumentaram num outro país duraria dois anos, em Portugal prologou-se pq não houve nenhuma flexibilização à priori (laboral, burocrática, de fal~encias, de criação de empresas, etc...) - e estas coisas fazem-se à priori e não à posteriori a tentar emendar erros.
Vejamos Sócrates: o actual ministro das finanças já veio dizer que poderá baixar os impostos no futuro - mais uma vez a criar expectativas por forma a adiar a recuperação para mais perto das eleições, mas pode ser perigoso.
O problema é que muitos dos nossos economistas andaram a ler artigos económicos da última década: os RBC e os neo-Keynesianos, mas esqueceram-se de ver as suposições que vêm logo no início e verificar se Portugal as cumpre e em que grau.
Já agora convém relembrar este post aqui, e este aqui e também este e este e p+ara finalizar este e quase esqueciamos este.
A minha conclusão é só uma, só durante 77-78 e 83-85 tivemos boas políticas económicas: mérito de Soares? Não, dos planos do FMI, os governos só têm de os seguir. Pode ser que mais dois ou três anitos a comssão europeia imponha um plano de recuperação a Portugal... ...e assim teremos o terceiro período de boas políticas económicas.
Não é só Cavaco... ..que usa a política e o ciclo económico.
Vejamos:
Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite, aumentam os impostos e prometem baixá-los no futuro, assim criaram expectativas de que no futuro o investimento e o consumo são mais baratos (o argumento em economiquês é complexo) e assim os agentes económicos adiam as decisões de consumo e de investimento. Esperavam eles que em 3/4 anos o consumo e o investimento retomassem (qd os agentes s percebessem que os impostos não iam descer) e com eles a recuperção da crise só que... ...esqueceram-se que a economia portuguesa é muito rigida e se a crise que eles aumentaram num outro país duraria dois anos, em Portugal prologou-se pq não houve nenhuma flexibilização à priori (laboral, burocrática, de fal~encias, de criação de empresas, etc...) - e estas coisas fazem-se à priori e não à posteriori a tentar emendar erros.
Vejamos Sócrates: o actual ministro das finanças já veio dizer que poderá baixar os impostos no futuro - mais uma vez a criar expectativas por forma a adiar a recuperação para mais perto das eleições, mas pode ser perigoso.
O problema é que muitos dos nossos economistas andaram a ler artigos económicos da última década: os RBC e os neo-Keynesianos, mas esqueceram-se de ver as suposições que vêm logo no início e verificar se Portugal as cumpre e em que grau.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
A verdadeira partidocracia vê-se pelo facto de...
... os candidatos a candidato a PR se são 100% independentes têm dificuldades em reunir as assinaturas, veja-se o que diz Manuela Magno no seu site: "...Desde logo, realça-se o absurdo atraso, para lá de todos os prazos legais, de várias juntas de freguesia em enviar as certidões de capacidade eleitoral activa que em muito condicionou todo o processo de apresentação da presente candidatura..".
Se é verdade que as Juntas de Freguesia (quase todas partidariamente controladas) se atrasam para lá dos prazos legais na entrega das certidões, isto mostra uma tentativa concertada ou não para impedir o surgir de independentes a candidatar-se. De nada vale dizer que entregaram as certidões antes de 22 de Dezembro, pq quem não tem uma estrutura espalhada pelo país precisa de planear com antecedência a recolha das certidões (não pode ir a Bragança e a Faro no dia 21 de Dezembro).
A CNE devia investigar se de facto estes atrasos se verificaram e se sim considerar que impediram a recolha atempada das assinaturas e ANULAR as eleições, mas já se sabe que se alguma investigação (que não acredito que surja) houver será breve e para dar o carimbo às inúmeras ilegalidades e atropelos à democracia que os partidos políticos fazem à democracia por formaa manter Portugal uma partidocracia.
Se é verdade que as Juntas de Freguesia (quase todas partidariamente controladas) se atrasam para lá dos prazos legais na entrega das certidões, isto mostra uma tentativa concertada ou não para impedir o surgir de independentes a candidatar-se. De nada vale dizer que entregaram as certidões antes de 22 de Dezembro, pq quem não tem uma estrutura espalhada pelo país precisa de planear com antecedência a recolha das certidões (não pode ir a Bragança e a Faro no dia 21 de Dezembro).
A CNE devia investigar se de facto estes atrasos se verificaram e se sim considerar que impediram a recolha atempada das assinaturas e ANULAR as eleições, mas já se sabe que se alguma investigação (que não acredito que surja) houver será breve e para dar o carimbo às inúmeras ilegalidades e atropelos à democracia que os partidos políticos fazem à democracia por formaa manter Portugal uma partidocracia.
Mais uma do Super Mário...
Ivan diz o seguinte aqui: "...o economista de Boliqueime e o poeta de Coimbra...", referindo-se a Cavaco e Alegre respectivamente.
Não é por nada, esta forma de se referir aos dois mostra desprezo e arrogância face a Cavaco mas tanbém face às aldeias e vilas de Portugal, e porquê?
Porque Cavaco nasce em Boliqueime, mas faz o curso de Economia e Finanças no actual ISEG em Lisboa, cidade onde vive e onde fez a sua carreira. Alegre andou na Universidade em Coimbra (direito, que não acabou), a sua carreira de Poeta começa nessa cidade, mas ele nasceu em Águeda. Logo se Ivan quer qualificar os dois ou considera o local onde nasceram: "...o economista de Boliqueime e o poeta de Águeda...", ou onde estruturaram a sua carreira: "...o economista de Lisboa e o poeta de Coimbra...", fazer como fez foi só a pensar que referindo uma localidade mais pequena está a denegrir aquele de quem fala, é a costumeira brejeirice saloia dos lisboetas (não dos alfacinhas) que julgam Lisboa como o centro do mundo - o saloio, por desconhecimento do mundo, julga sempre que o centro do mundo é onde vive.
Não é por nada, esta forma de se referir aos dois mostra desprezo e arrogância face a Cavaco mas tanbém face às aldeias e vilas de Portugal, e porquê?
Porque Cavaco nasce em Boliqueime, mas faz o curso de Economia e Finanças no actual ISEG em Lisboa, cidade onde vive e onde fez a sua carreira. Alegre andou na Universidade em Coimbra (direito, que não acabou), a sua carreira de Poeta começa nessa cidade, mas ele nasceu em Águeda. Logo se Ivan quer qualificar os dois ou considera o local onde nasceram: "...o economista de Boliqueime e o poeta de Águeda...", ou onde estruturaram a sua carreira: "...o economista de Lisboa e o poeta de Coimbra...", fazer como fez foi só a pensar que referindo uma localidade mais pequena está a denegrir aquele de quem fala, é a costumeira brejeirice saloia dos lisboetas (não dos alfacinhas) que julgam Lisboa como o centro do mundo - o saloio, por desconhecimento do mundo, julga sempre que o centro do mundo é onde vive.
Em Espanha já nos percebem...
... e compreendem como tudo funciona em Portugal, os Italianos não. O facto de a Iberdrola ter a assento nos órgãos sociais da EDP de uma forma fácil deve-se não só ao facto do no passado ter-se tornado accionista da EDP como também ter convidado para presidente para a Iberdrola Portugal um antigo ministroda economia e das finanças, que também é deputado do partido que actualmente é governo. A sua influência deve ter tornado mais fácil um processo que para a ENI na GALP foi muito dificil.
Não que seja contra a entrada de capitais estrangeiros em firmas nacionais, nem estou preocupado com o controlo, só me preocupo com o quanto parecemos sérios a fazer negócios, um antigo minitro da economia e das finanças não se pode envolver em negócios estratégicos com empresas em que o estado tem uma participação importante sob o risco de fazer parecer que os nossos governantes, desde que lhes assegurem um salário condigno, colocam o nosso país a saque.
É urgente, para a moralização da política, que haja um estatuto de incompatibilidades quando os governantes saem dos seus cargos (quantos presidentes de câmara, uma vez acabando o seu mandato vão integrar a administração de empresas de construção civil locais, será que estas empresas estão a pagar favor passados?) por forma a que o Estado não seja lesado nos negócios que faz devido a futuros proveitos particulares do governante.
Não que seja contra a entrada de capitais estrangeiros em firmas nacionais, nem estou preocupado com o controlo, só me preocupo com o quanto parecemos sérios a fazer negócios, um antigo minitro da economia e das finanças não se pode envolver em negócios estratégicos com empresas em que o estado tem uma participação importante sob o risco de fazer parecer que os nossos governantes, desde que lhes assegurem um salário condigno, colocam o nosso país a saque.
É urgente, para a moralização da política, que haja um estatuto de incompatibilidades quando os governantes saem dos seus cargos (quantos presidentes de câmara, uma vez acabando o seu mandato vão integrar a administração de empresas de construção civil locais, será que estas empresas estão a pagar favor passados?) por forma a que o Estado não seja lesado nos negócios que faz devido a futuros proveitos particulares do governante.
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