quinta-feira, novembro 03, 2005

Mário, Mário, em que é que ficamos?

In DN 3/11/2005
(...)Mário Soares considerou ontem que Cavaco Silva "tem uma concepção da democracia, como político intermitente que é, que é muito pouco estruturada". (...)

Há poucos dias M.S. considerou que C.S. era um político profissional, hoje chama-lhe político intermitente.
Bem, se é intermitente não pode ser um profissional da política uma vez que nas alturas de intermitência não estaria a fazer política.
Se fosse profissional da política não poderia ser intermitente, a não ser q passasse longos períodos no desemprego, e mesmo assim nada o impediria de intervir politicamente.
M.S. anda a ser incoerente e deve definir se ataca o profissional da política que o nega ou se o intermitente que o assume, mas não as duas coisas.

Por outro lado a concepção de M.S. de democracia não deixa de ser curiosa uma vez que sendo a democracia uma forma de governação que assume a vontade dos eleitores e a liberdade como principais bandeiras, para M.S. a liberdade não pode passar por intermitência na política, tem de ser a tempo pleno, ou seja : para M.S. os políticos devem ser sempre os mesmos, embora se possa falar mal deles (ou seja o Estado Novo com liberdade de expressão).

Sem comentários: