terça-feira, novembro 08, 2005

Desculpem, mas é demais...

Recentemente uma nova obra pública de grande dimensão tem problemas de construção por um erro de projecto e que vai levar obras a mais, e portanto o contribuinte paga a mais.
Aqui está a notícia:
«Desde Maio que foi detectado «um problema grave» no projecto do novo Hospital Pediátrico de Coimbra. O problema é técnico, afirma-nos o Ministério da Saúde, «mexe com água e fundações do empreendimento» e «tem de ser muito bem resolvido, demore o tempo que demorar», acrescenta o gabinete do ministro da Saúde. »
Já agora, a notícia refere: « construção do novo Hospital Pediátrico de Coimbra foi entregue ao consórcio Somague/Bascol. A primeira é conhecida pela construção da actual Ponte Rainha Santa» ponte a qual também tinha um erro de projecto ou de construção ou lá o que era, uma vez que ninguem explicou.

A pergunta que se pode fazer é se as empresas quando se candidatam à construção de um projecto não verificam se este está bem ou mal efectuado? É óbvio que enquanto o estado pagar a mais as correcções, elas não têm qq incentivo para fazer pre-verificações. Que tal fazer o mesmo sistema que na Holanda, mesmo que haja erro no projecto o valor máximo a pagar é sempre fixado antes da obra começar (majoração para erros de projecto fixa). Pois se houver correcções necessárias a empresa que se candidatou tb é responsável por não as ter detectado aquando da candidatura.

1 comentário:

João Dias de Carvalho disse...

Meu Caro, Nem nesse modelo, como são por exemplos as SCUTs - preço estabelecido no concurso, se consegue cumprir com o orçamentado. A CORRUPÇÃO dos organismos fiscalizadores do estado e as alterações resultantes de influências políticas geram, num processo aparentemente "limpo", centenas de possibilidades de obrigar o Estado a pagar os EXTRAS. Não há qualquer honradez na gestão do bem público, ou seja, do nosso dinheiro.

Sal de Portugal