... na lista de referrals do site-meter tenho reparado que alguns entram neste blog vindo de outros blogs. Por pura curiosidade vou SEMPRE ver esse outro blog e reparo que alguns "linkam" a este.
Daí que venho pedir desculpas a todos os blogs que "linkam" a este e eu (ingrato que eu sou!) não "linko" de volta.
A verdade é que ando mais preocupado a procurar proto-candidatos a PR (Artigo 13, já!), mas prometo que quando tiver um dia inteirinho faço os devidos links de volta e desde já o meu AGRADECIMENTO a TODOS os que tiveram o trabalho de colocar um link para este blog.
Antes disso acontecer (e acontecerá!) podem colocar na caixa de comentários o link para os vossos blogs, não me oponho, este é um blog que pugna pela liberdade de expressão e publicitar blogs contribui para essa liberdade.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Direitos e deveres...
Quem tem direitos deve ter deveres...
mas quem cumpre o seu dever tb deve ter os seus direitos.
Na página do proto-candidato Nelson este denúncia que os Portugueses a viver fora de Portugal não podem ser candidatos a PR, embora possam votar para tal.
Então onde está o princípio republicano de que todos os eleitores podem ser eleitos, onde está o respeito perante todos os portugueses?
"No frigorífico para não se estragar". Como disse Mafalda (personagem de Quino) quando respondeu ao pai sobre onde está o respeito.
Assim temos três classes de portugueses que votam para PR:
1ª Classe - Pode ser candidato e tem direito a cobertura mediática
2ª Classe - Pode ser candidato mas não tem direito a cobertura mediática.
3ª Classe - Não pode ser candidato.
Mais umas quantas e começaremos a competir com a Índia para saber qual a sociedade com mais castas.
ARTIGO 13 já...
mas quem cumpre o seu dever tb deve ter os seus direitos.
Na página do proto-candidato Nelson este denúncia que os Portugueses a viver fora de Portugal não podem ser candidatos a PR, embora possam votar para tal.
Então onde está o princípio republicano de que todos os eleitores podem ser eleitos, onde está o respeito perante todos os portugueses?
"No frigorífico para não se estragar". Como disse Mafalda (personagem de Quino) quando respondeu ao pai sobre onde está o respeito.
Assim temos três classes de portugueses que votam para PR:
1ª Classe - Pode ser candidato e tem direito a cobertura mediática
2ª Classe - Pode ser candidato mas não tem direito a cobertura mediática.
3ª Classe - Não pode ser candidato.
Mais umas quantas e começaremos a competir com a Índia para saber qual a sociedade com mais castas.
ARTIGO 13 já...
Mais dois proto-candidatos
Pelo artigo 13 tento linkar a todos aqueles que declaram na net querer ser candidatos a PR, mas às vezes falham-me alguns. Hoje junto mais dois:
Nelson Magalhães
Nuno da Câmara Pereira
ARTIGO 13, JÁ!
Nelson Magalhães
Nuno da Câmara Pereira
ARTIGO 13, JÁ!
terça-feira, novembro 29, 2005
Visão terceiro mundista, demagogia ou incomptência, escolha...
A secretária de estado da saúde disse isto ao DN:
"A secretária de Estado afirma que "muitas das carências de profissionais de saúde no País resultam de uma má distribuição". E por isso o ministério prepara-se para "agilizar" a lei, que, "em vez de facilitar a gestão dos recursos, a dificulta". E dá o exemplo "Um centro de saúde num bairro de Lisboa habitado maioritariamente por população idosa tem dois ou três enfermeiros para fazer vacinação. Quantas vacinas são dadas por ano naquele centro? Muito poucas. Mas noutro centro de saúde ao lado pode haver enfermeiros a menos para essa tarefa".
Primeiro ponto - Os enfermeiros nos centros de saúde não dão só vacinas, tb fazem curativos e administram medicação que só pode ser dada por via injectável. Ora uma zona habitada por idosos é uma zona que necessita de mais profissionais de saúde do que um habitada por jovens. São os idosos que se ferem mais, em quedas e pequenos acidentes, e cujas feridas levam mais tempo a curar, daí que precisem de utilizar os serviço dos enfereiros com mais assiduidade do que outros escalões etários, nomeadamnete para realizar curativos. Além disso muitos deles ficam acamados, é necessário a deslocação do enfermeiro a casa destes quer para fazer os curativos quer para administrar a medicação dada por via injectável, isso raramente acontece em estractos da população mais jovens. além disso idosos acamados ferem-se facilmente, a sua pele é mais "fina" e longos tempos de cama levem ao surgir de ferimentos: enfereiros que se desloquem a casa para evitar estas complicações e curá-las são necessários.
Ponto 2 - As vacinas não são dadas só a jovens, a vacina contra o tétano tem de ser periodicamente reforçada, contra a tubercolose tem de ser testado o anti-corpo e reforçada, as da hepatite tb, e depois os grupos de risco devem tomar a vacina da gripe (e TODOS os idosos fazem parte dos grupos de risco).
Podem existir muito mais pontos de contestação a esta afirmação da secretária de estado, mas das três uma:
- ou a visão ainda é terceiro mundista: temos de vacinar as crianças , e os idosos não tÊm cuidados de saúde;
- ou é demagógica porque não é verdade e sabe-o, mas quer apenas agitar a população contra essa classe de "privilegiados" (médicos e enfermeiros) e lança estas farpas - mais uma parte da classe média a ser atacada.
- ou incompetente pq não sabe do que fala;
em qq dos casos a DEMISSÃO seria a consequência num país do primeiro mundo, em Portugal esta afirmação ainda lhe dará uma promoção.
"A secretária de Estado afirma que "muitas das carências de profissionais de saúde no País resultam de uma má distribuição". E por isso o ministério prepara-se para "agilizar" a lei, que, "em vez de facilitar a gestão dos recursos, a dificulta". E dá o exemplo "Um centro de saúde num bairro de Lisboa habitado maioritariamente por população idosa tem dois ou três enfermeiros para fazer vacinação. Quantas vacinas são dadas por ano naquele centro? Muito poucas. Mas noutro centro de saúde ao lado pode haver enfermeiros a menos para essa tarefa".
Primeiro ponto - Os enfermeiros nos centros de saúde não dão só vacinas, tb fazem curativos e administram medicação que só pode ser dada por via injectável. Ora uma zona habitada por idosos é uma zona que necessita de mais profissionais de saúde do que um habitada por jovens. São os idosos que se ferem mais, em quedas e pequenos acidentes, e cujas feridas levam mais tempo a curar, daí que precisem de utilizar os serviço dos enfereiros com mais assiduidade do que outros escalões etários, nomeadamnete para realizar curativos. Além disso muitos deles ficam acamados, é necessário a deslocação do enfermeiro a casa destes quer para fazer os curativos quer para administrar a medicação dada por via injectável, isso raramente acontece em estractos da população mais jovens. além disso idosos acamados ferem-se facilmente, a sua pele é mais "fina" e longos tempos de cama levem ao surgir de ferimentos: enfereiros que se desloquem a casa para evitar estas complicações e curá-las são necessários.
Ponto 2 - As vacinas não são dadas só a jovens, a vacina contra o tétano tem de ser periodicamente reforçada, contra a tubercolose tem de ser testado o anti-corpo e reforçada, as da hepatite tb, e depois os grupos de risco devem tomar a vacina da gripe (e TODOS os idosos fazem parte dos grupos de risco).
Podem existir muito mais pontos de contestação a esta afirmação da secretária de estado, mas das três uma:
- ou a visão ainda é terceiro mundista: temos de vacinar as crianças , e os idosos não tÊm cuidados de saúde;
- ou é demagógica porque não é verdade e sabe-o, mas quer apenas agitar a população contra essa classe de "privilegiados" (médicos e enfermeiros) e lança estas farpas - mais uma parte da classe média a ser atacada.
- ou incompetente pq não sabe do que fala;
em qq dos casos a DEMISSÃO seria a consequência num país do primeiro mundo, em Portugal esta afirmação ainda lhe dará uma promoção.
sábado, novembro 26, 2005
Tiro ao pulo do lobo
O pulo do lobo, blog apoiante e simpatizante de Cavaco Silva mostra a taxa de crescimento do HDI desde 1975 até hoje, não sei como as contas foram feitas mas aqui vão alguns detalhes:
HDI portugês:
Human development index trends
Human development index (trend), 1975 0.787
Human development index (trend), 1980 0.802
Human development index (trend), 1985 0.826
Human development index (trend), 1990 0.849
Human development index (trend), 1995 0.878
Human development index (trend), 2000 0.898
Human development index (trend), 2003 0.904
Agora para saber a taxa de cresimento anual temos de descobrir o xi nas seguinte fórmula
HDI(75)*(1+x1)^5=HDI(80)
HDI(80)*(1+x2)^5=HDI(85)
HDI(85)*(1+x3)^5=HDI(90)
HDI(90)*(1+x4)^5=HDI(95)
HDI(95)*(1+x5)^5=HDI(2000)
HDI(2000)*(1+x6)^3=HDI(2003)
Olha! OLHA! os gráficas são diferentes...
... e esta hem? (parafraseando um grande e desaparecido jornalista português)
Além disso poderemos ver que desde que apanhámos a Grécia que a acompanhamos (é que depois de se elevar a escolarização e a esperança de vida - para qual os funditos da CEE contra a qual C.S. estava muito ajudaram - só resta o PIB e se Luís Delgado pode dizer que o sucesso de Blair é devido às reformas de Thatcher, o sucesso de Clinton às reformas de Reagan então, logicamente o fraco desempenho desde 1995 é devido às não reformas de Cavaco.
HDI portugês:
Human development index trends
Human development index (trend), 1975 0.787
Human development index (trend), 1980 0.802
Human development index (trend), 1985 0.826
Human development index (trend), 1990 0.849
Human development index (trend), 1995 0.878
Human development index (trend), 2000 0.898
Human development index (trend), 2003 0.904
Agora para saber a taxa de cresimento anual temos de descobrir o xi nas seguinte fórmula
HDI(75)*(1+x1)^5=HDI(80)
HDI(80)*(1+x2)^5=HDI(85)
HDI(85)*(1+x3)^5=HDI(90)
HDI(90)*(1+x4)^5=HDI(95)
HDI(95)*(1+x5)^5=HDI(2000)
HDI(2000)*(1+x6)^3=HDI(2003)
Olha! OLHA! os gráficas são diferentes...
... e esta hem? (parafraseando um grande e desaparecido jornalista português)
Além disso poderemos ver que desde que apanhámos a Grécia que a acompanhamos (é que depois de se elevar a escolarização e a esperança de vida - para qual os funditos da CEE contra a qual C.S. estava muito ajudaram - só resta o PIB e se Luís Delgado pode dizer que o sucesso de Blair é devido às reformas de Thatcher, o sucesso de Clinton às reformas de Reagan então, logicamente o fraco desempenho desde 1995 é devido às não reformas de Cavaco.
O mal português é que todos querem parecer o que não são...
Este aqui é sociólogo mas quer parecer economista, e assim se engana Portugal.
Olha, aqui assina como investigador do instituto universitário europeu. Como curioso fui ver, e não é que, aqui, este instituto chama researchers a alunos de doutoramento.
Veja nais "investigadores" aqui, aqui, aqui ou aqui .
Logo: Quer parecer investigador associado a uma instituição europeia quando não é senão um aluno de doutramento (o que já teria mérito, mas não lhe chega...).
Olha, aqui assina como investigador do instituto universitário europeu. Como curioso fui ver, e não é que, aqui, este instituto chama researchers a alunos de doutoramento.
Veja nais "investigadores" aqui, aqui, aqui ou aqui .
Logo: Quer parecer investigador associado a uma instituição europeia quando não é senão um aluno de doutramento (o que já teria mérito, mas não lhe chega...).
Artigo 13
É só para gritar mais uma vez: ARTIGO 13 já, e não me venham dizer que é porque os outros não são interessantes. Mais depressa via:
Manuel Vieira / Carmelinda Pereira do que este aqui:
15 Dezembro - Jerónimo de Sousa / Francisco Louçã (RTP1)
ou este
16 Dezembro - Mário Soares / Francisco Louçã (SIC)
ou este
13 Dezembro - Cavaco Silva / Jerónimo de Sousa (SIC)
PS: Obrigado a Sal Portugal pelo calendário.
Manuel Vieira / Carmelinda Pereira do que este aqui:
15 Dezembro - Jerónimo de Sousa / Francisco Louçã (RTP1)
ou este
16 Dezembro - Mário Soares / Francisco Louçã (SIC)
ou este
13 Dezembro - Cavaco Silva / Jerónimo de Sousa (SIC)
PS: Obrigado a Sal Portugal pelo calendário.
sexta-feira, novembro 25, 2005
25 Novembro visto dos US and "people returned to their jobs and daily routines "
"...An attempted coup by radical military units in November 1975 marked the last serious leftist effort to seize power. They were blocked, however, on November 25 after Colonel António dos Santos Ramalho Eanes declared a state of emergency. The revolutionary units were quickly surrounded and forced to surrender, about 200 extreme leftists were arrested, and COPCON was abolished. The glamour of revolutionary goals had faded somewhat, and people returned to their jobs and daily routines after eighteen months of political and social turmoil. A degree of compromise among competing political visions of how the new state should be organized was reached, and the constitution of 1976 was proclaimed on April 2, 1976. Several weeks later, on April 25, elections for the new parliament, the Assembly of the Republic, were held..."
AQUI
extracto retirado de Portugal da colecção descrita como:
"This website contains the on-line versions of books previously published in hard copy by the Federal Research Division of the Library of Congress as part of the Country Studies/Area Handbook Series sponsored by the U.S. Department of the Army between 1986 and 1998. Each study offers a comprehensive description and analysis of the country or region's historical setting, geography, society, economy, political system, and foreign policy"
consultável AQUI.
O 25 de Novembro foi importante mas não deixa de ser curioso que o mais importante para os autores deste livro fosse que "people returned to their jobs and daily routines after eighteen months of political and social turmoil", pois ...
AQUI
extracto retirado de Portugal da colecção descrita como:
"This website contains the on-line versions of books previously published in hard copy by the Federal Research Division of the Library of Congress as part of the Country Studies/Area Handbook Series sponsored by the U.S. Department of the Army between 1986 and 1998. Each study offers a comprehensive description and analysis of the country or region's historical setting, geography, society, economy, political system, and foreign policy"
consultável AQUI.
O 25 de Novembro foi importante mas não deixa de ser curioso que o mais importante para os autores deste livro fosse que "people returned to their jobs and daily routines after eighteen months of political and social turmoil", pois ...
Verifiquem os vossos site-meter...
Como seria natural tenho sempr no meu sitemeter alguns curiosos ue provêm dos USA (o nome do blog é em inglês e depois os maluqinhos das armas, já sabia...), curiosamente quase nenhum de outros países anglo-saxónicos (Reino Unido, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, etc.). Até aqui tudo bem é nos USA que há a maior penetração de internet e tb os maiores fans de armas.
Mas...
....
curioso
...
estes visitantes Americanos só parecem quando eu edito um post novo
...
e naquela semana que não postei pq o carregador do meu laptop estoirou, nem um
...
querem ver que o nome chamou a atenção do «Echelon», se foi isso tenho muita pena de estar a fazer com que eles desperdicem recursos, aqui só se fala de política. Mas aqui fala-se deles.
PS: Se por acaso quiserem manter os vossos relatorios do Sitemeter salvaguardados nao usem os referrals do Sitemeter para aceder aos outros sites pq se nao o dono do site a que acederam pode ver o vosso sitemeter (via proprio referral sitemeter do site a que acederam). Exemplo: sitemeter do blog super-mario regista 35,358 visitantes (nao os 56000 do rapid counter que esta visivel, se calhar porque o activaram uns dias depois).
Mas...
....
curioso
...
estes visitantes Americanos só parecem quando eu edito um post novo
...
e naquela semana que não postei pq o carregador do meu laptop estoirou, nem um
...
querem ver que o nome chamou a atenção do «Echelon», se foi isso tenho muita pena de estar a fazer com que eles desperdicem recursos, aqui só se fala de política. Mas aqui fala-se deles.
PS: Se por acaso quiserem manter os vossos relatorios do Sitemeter salvaguardados nao usem os referrals do Sitemeter para aceder aos outros sites pq se nao o dono do site a que acederam pode ver o vosso sitemeter (via proprio referral sitemeter do site a que acederam). Exemplo: sitemeter do blog super-mario regista 35,358 visitantes (nao os 56000 do rapid counter que esta visivel, se calhar porque o activaram uns dias depois).
Mais uma pérola do blog Super-Mário (e de outros cultos)...
João Pinto e Castro escreveu no blog Super-Mário:
«O caso não é, obviamente, a leitura dos Lusíadas, um livro manifestamente difícil para o público contemporâneo. Cavaco poderia interessar-se, em alternativa, por Eça, Camilo, Pessoa, Agustina, Sena, sei lá... Ou, em alternativa, por qualquer outro domínio das artes ou das humanidades.»
O problema, ao contrário do q JPC afirma não é a falta de cultura geral de Cavaco, é o facto de que Cavaco não tem a cultura geral da elite pseudo-ntelctual portuguesa. Esta «cultura geral» intelectual é em Portugal restricta àquilo que se aprende nos cursos de Filosofia, Direito, Sociologia, ciências políticas. Um exemplo claro disso é que todos sabem alguma coisa de história europeia, mas sobretudo do séc. XIX e XX, mas pouco sabem sobre essa mesma história da Idade Média e Renascimento(exemplos:
1.Li, algures, não me lembro onde, que a Lituânia era um país pequeno sem história: de facto a Lituânia já foi um país enorme que ia do báltico até ao mar negro. Foi há quase um milénio mas o desconhecimento da história medieval do leste europeu diz para dizer estas coisas).
2. O falecido Lucas Pires (homem de grande inteligência) disse uma vez que na Europa havia países de tradições antigas no mar como Portugal e países de tradições maítimas mais modestas, como a Dinamarca????, nem vou falar ds vikings, mas a Dinamarca tb passeava os seus barcos pelo Índico no sec XVII, fundando, inculsive um posto comercial e tendo obtido (de facto) a jurisdição sobre uma cidade na Índia(Tranquebar estabelecida em 1620).
A cultura humanista em Portugal resume-se à história da europa ocidental , ao império romano e à grécia clássica (mas pouco se fala de Aristóteles, Platão e Sócrates) e pensadores políticos. É polvilhada de literatura francesa e anglo-saxónica ( e portuguesa) e pouco mais (só isso é que dá para que Vasco Graça Moura possa colocar o seu nome ao lado do de Dante na sua tradução da dívina comédia, sem referi quem é autor e quem é tradutor, e iss na versão soft pq já vi capas com o nome do tradutor em letras grandes e a do autor em letras pequenas e sem referir quem é quem).
Quanto à música clássica é de facto muito pouca quase limitada à música (basta para isso ver a paupérrima época de ópera em Portugal, que é inexistente e ao desaparecimento da companhia de bailado da Gulbenkian). O teatro em Portugal é quase fechado sobre si mesmo com muito pouca abertura ao exterior (quer no exportar, quer no importar de peças). Depois há os que têm um fetish, chamado Jazz, que é bonito e belo e que ora está na moda ou não desses cultos universais.
Pintura e escultura então disso pouco ou nada si diz ( discute-se as opções estéticas das estátuas que se inauguram mas não a inspiração de quem as realiza. Arquitectura, só mesmo pq os nossos arquitectos têm renome mundial, e é da contemporânea, a maior parte não sabe distinguir um barroco de um gótico).
Não tenhamos ilusões, não é só Cavaco que tem pouco desta cultura soft-core feita nos departamentos humanistas das nossas universidades, todos os que vêm de áreas mais técnicas têm muito pouco desta cultura que não é ganha em casa mas massificada nas universidades (só isso justifica que se possa almoçãr a conversar sobre o tema, ele tem de ser razoavelmente conhecido por todos). Uma verdadeira cultura humanista de história e arte feita por si não é prórpria para conversas de café, é individual e diversificada, própria para esclarecimentos pontuais, conversas restricts, não para conversas generalistas de almoço ou intervenções políticas públicas. .
PS: Já vivi em vários países, e esta obsessão de que os políticos têm de ter a cultura humanista das elites só se vive em Portugal. Se calhar é pq essas elites têm medo que os
outros lhes tirem o lugarzinho político.
PSII:Quanto aos concertos para violino de chopin, o Santana podia-se referir a:
«Chopin ha composto quasi esclusivamente per pianoforte solista, ma il catalogo delle sue opere include anche 2 concerti per pianoforte e orchestra, 20 romanze per voce e pianoforte e un numero esiguo di composizioni da camera per pianoforte e violoncello; pianoforte, violoncello e violino; pianoforte e flauto» (tirado da wikipedia versão italiana, pq a portuguesa é muito mais pobre esquece-se do número exíguo de composições para orquestras de camera). Logo Santana pode ser um admirador das composições de camera para piano, violoncelo e violino.
OU
podia-se referir a Chopin on Violin «The world-premiere recording of a new transcription of Chopin's Cello Sonata is the centrepiece of this outstanding recording from violinist Catherine Manoukian. The CD also features many of Chopin's most popular nocturnes and ...» como em Portugal existe a tentação de não se dizer que houve uma tradução ou adaptação...
«O caso não é, obviamente, a leitura dos Lusíadas, um livro manifestamente difícil para o público contemporâneo. Cavaco poderia interessar-se, em alternativa, por Eça, Camilo, Pessoa, Agustina, Sena, sei lá... Ou, em alternativa, por qualquer outro domínio das artes ou das humanidades.»
O problema, ao contrário do q JPC afirma não é a falta de cultura geral de Cavaco, é o facto de que Cavaco não tem a cultura geral da elite pseudo-ntelctual portuguesa. Esta «cultura geral» intelectual é em Portugal restricta àquilo que se aprende nos cursos de Filosofia, Direito, Sociologia, ciências políticas. Um exemplo claro disso é que todos sabem alguma coisa de história europeia, mas sobretudo do séc. XIX e XX, mas pouco sabem sobre essa mesma história da Idade Média e Renascimento(exemplos:
1.Li, algures, não me lembro onde, que a Lituânia era um país pequeno sem história: de facto a Lituânia já foi um país enorme que ia do báltico até ao mar negro. Foi há quase um milénio mas o desconhecimento da história medieval do leste europeu diz para dizer estas coisas).
2. O falecido Lucas Pires (homem de grande inteligência) disse uma vez que na Europa havia países de tradições antigas no mar como Portugal e países de tradições maítimas mais modestas, como a Dinamarca????, nem vou falar ds vikings, mas a Dinamarca tb passeava os seus barcos pelo Índico no sec XVII, fundando, inculsive um posto comercial e tendo obtido (de facto) a jurisdição sobre uma cidade na Índia(Tranquebar estabelecida em 1620).
A cultura humanista em Portugal resume-se à história da europa ocidental , ao império romano e à grécia clássica (mas pouco se fala de Aristóteles, Platão e Sócrates) e pensadores políticos. É polvilhada de literatura francesa e anglo-saxónica ( e portuguesa) e pouco mais (só isso é que dá para que Vasco Graça Moura possa colocar o seu nome ao lado do de Dante na sua tradução da dívina comédia, sem referi quem é autor e quem é tradutor, e iss na versão soft pq já vi capas com o nome do tradutor em letras grandes e a do autor em letras pequenas e sem referir quem é quem).
Quanto à música clássica é de facto muito pouca quase limitada à música (basta para isso ver a paupérrima época de ópera em Portugal, que é inexistente e ao desaparecimento da companhia de bailado da Gulbenkian). O teatro em Portugal é quase fechado sobre si mesmo com muito pouca abertura ao exterior (quer no exportar, quer no importar de peças). Depois há os que têm um fetish, chamado Jazz, que é bonito e belo e que ora está na moda ou não desses cultos universais.
Pintura e escultura então disso pouco ou nada si diz ( discute-se as opções estéticas das estátuas que se inauguram mas não a inspiração de quem as realiza. Arquitectura, só mesmo pq os nossos arquitectos têm renome mundial, e é da contemporânea, a maior parte não sabe distinguir um barroco de um gótico).
Não tenhamos ilusões, não é só Cavaco que tem pouco desta cultura soft-core feita nos departamentos humanistas das nossas universidades, todos os que vêm de áreas mais técnicas têm muito pouco desta cultura que não é ganha em casa mas massificada nas universidades (só isso justifica que se possa almoçãr a conversar sobre o tema, ele tem de ser razoavelmente conhecido por todos). Uma verdadeira cultura humanista de história e arte feita por si não é prórpria para conversas de café, é individual e diversificada, própria para esclarecimentos pontuais, conversas restricts, não para conversas generalistas de almoço ou intervenções políticas públicas. .
PS: Já vivi em vários países, e esta obsessão de que os políticos têm de ter a cultura humanista das elites só se vive em Portugal. Se calhar é pq essas elites têm medo que os
outros lhes tirem o lugarzinho político.
PSII:Quanto aos concertos para violino de chopin, o Santana podia-se referir a:
«Chopin ha composto quasi esclusivamente per pianoforte solista, ma il catalogo delle sue opere include anche 2 concerti per pianoforte e orchestra, 20 romanze per voce e pianoforte e un numero esiguo di composizioni da camera per pianoforte e violoncello; pianoforte, violoncello e violino; pianoforte e flauto» (tirado da wikipedia versão italiana, pq a portuguesa é muito mais pobre esquece-se do número exíguo de composições para orquestras de camera). Logo Santana pode ser um admirador das composições de camera para piano, violoncelo e violino.
OU
podia-se referir a Chopin on Violin «The world-premiere recording of a new transcription of Chopin's Cello Sonata is the centrepiece of this outstanding recording from violinist Catherine Manoukian. The CD also features many of Chopin's most popular nocturnes and ...» como em Portugal existe a tentação de não se dizer que houve uma tradução ou adaptação...
quinta-feira, novembro 24, 2005
Porque é que os blogs são úteis....
Agora que já chamei a sua atenção, leia também esta notícia do NY Times aqui e de como os blogs estão a incomodar as autoridades chineses. É que os blogs, mesmo sendo medíocres, insultuosos, desinteressantes, vulgares ou obscenos sempre são um lugar de liberdade de expressão.
Portanto bloguem muito, bloguem mais, bloguem sempre, com isso estarão a defender uma das mais fundamentais liberdade numa democracia (a de expressão).
Poderemos considerar que há conflito de interesses?
Sabemos que a Universidade Católica realiza sondagens, mas sabemos também que o Professor Aníbal Cavaco Silva é professor na mesma Universidade, sendo assim será que poderemos considerar que há um conflito de interesses quando a UCat realiza sondagens para as eleições presidenciais?
PS: Não estou a colocar em causa o profissionalismo de quem realiza as sondagens, é apenas uma pergunta (não uma insinuação).
PS: Não estou a colocar em causa o profissionalismo de quem realiza as sondagens, é apenas uma pergunta (não uma insinuação).
quarta-feira, novembro 23, 2005
Artigo 13 (Lição de democracia vinda de um reality show)
A propósito de ter recebido um mail de um pré-candidato a PR, no caso F.L., a dizer que tem reclamado a presença nos debates de todos os candidatos a PR.
Desde logo saúdo a sua resposta e pelos vistos a sua coêrencia mas não basta.
Porquê?
Aqui vai a história de um reality show de um país europeu.
Este reality show selecciona cerca de 20 jovens de talento (dança, canto, teatro, etc.) para participar numa "escola" onde durante alguns meses professores ensinam-lhes as bases das diversas categorias. A sua eliminação (lenta) é através de três formas:
1 - Chumbar em exames
2 - Desafios entre concorrentes (se perder vários é posto fora)
3 - Se consecutivamente for o menos votado pelo público via SMS tb é expulso.
Pois bem na última edição uma concorrente, considerada por unanimidade por colegas, professores e profissionais (que fazem a demonstração daquilo que os concorrentes devem executar nas provas) como a de maior talento foi expulsa pelo público (três vezes como a menos simpática). Coro de revolta de todos os participantes, mas regras eram regras e a própria concorrente aceitou-as, ao contrário de quase todos os outros participantes que queriam mudar a regras.
Nesta altura um dos produtores do programa interviu e disse qualquer coisa como isto:
"Estas eram as regras e temos de respeitar o público que votou, logo não podemos alterá-las, mas se pensam que as regras são injustas porque é que em acto de solidariedade não abandonam o programa?"
Nem um concorrente, professor ou profissional fez o mínimo gesto de abandono, aqui todos limitram-se a dizer que era injusto mas era a vida.
Logo caro F.L. não basta barafustar a dizer que as regras do jogo (dos debates) estão viciadas, porque se acha que é assim, porque se acha que os outros também têm direitos então não se limite a dizer que não concorda, diga também que não participa. Participando está a dar o seu aval, o resto é "sound bite" para português ouvir....
Desde logo saúdo a sua resposta e pelos vistos a sua coêrencia mas não basta.
Porquê?
Aqui vai a história de um reality show de um país europeu.
Este reality show selecciona cerca de 20 jovens de talento (dança, canto, teatro, etc.) para participar numa "escola" onde durante alguns meses professores ensinam-lhes as bases das diversas categorias. A sua eliminação (lenta) é através de três formas:
1 - Chumbar em exames
2 - Desafios entre concorrentes (se perder vários é posto fora)
3 - Se consecutivamente for o menos votado pelo público via SMS tb é expulso.
Pois bem na última edição uma concorrente, considerada por unanimidade por colegas, professores e profissionais (que fazem a demonstração daquilo que os concorrentes devem executar nas provas) como a de maior talento foi expulsa pelo público (três vezes como a menos simpática). Coro de revolta de todos os participantes, mas regras eram regras e a própria concorrente aceitou-as, ao contrário de quase todos os outros participantes que queriam mudar a regras.
Nesta altura um dos produtores do programa interviu e disse qualquer coisa como isto:
"Estas eram as regras e temos de respeitar o público que votou, logo não podemos alterá-las, mas se pensam que as regras são injustas porque é que em acto de solidariedade não abandonam o programa?"
Nem um concorrente, professor ou profissional fez o mínimo gesto de abandono, aqui todos limitram-se a dizer que era injusto mas era a vida.
Logo caro F.L. não basta barafustar a dizer que as regras do jogo (dos debates) estão viciadas, porque se acha que é assim, porque se acha que os outros também têm direitos então não se limite a dizer que não concorda, diga também que não participa. Participando está a dar o seu aval, o resto é "sound bite" para português ouvir....
Estes senhores estão a afundar a AAC/OAF...
Estas são as afirmações dadas ao DC:
"A Direcção da Académica dá a conhecer na próxima segunda-feira o Relatório e Contas da Época Desportiva 2004/2005, no qual irá apresentar um passivo de cerca de 11 milhões de euros (10.966.893.52 euros, mais concretamente), respeitante ao exercício económico entre 1 de Julho de 2004 e 30 de Junho de 2005. No entanto, isso, no entender de Luís Guilherme Godinho, não significa que o mesmo tenha aumentado em relação ao ano anterior (foi apresentado um défice de 7.142.218.14 euros), porque, de acordo com o vice-presidente para a área financeira o «exercício económico corresponde ao exercício desportivo. Isto é, pela primeira vez adaptámos a nossa contabilidade ao exercício desportivo». Por isso, os dois passivos «não são comparáveis», afirma.De resto, o elemento que integrou os corpos sociais eleitos em 17 de Dezembro de 2004, prefere valorizar o activo líquido que aumentou substancialmente em relação ao ano anterior. Se em 2004, a Direcção comandada por José Eduardo Simões apresentou um activo líquido de 3.297.219.09 euros, agora apresenta um acréscimo de 2.083.606.98 euros (o total acumulado é de 5.380.826.07 euros)."
Pois bem, meu senhor o balanço é uma Fotografia da empresa/clube, assim se anteriormente se apresentou um passivo de 7.142.218.14 euros e agora de 10.966.893.52 euros, significa que as dívidas cresceram.
Bem o activo tb aumentou: de 3.297.219.09 para 5.380.826.07 euros.
Assim temos que o passivo aumentou 3.824.675,38
o activo aumentou 2.083.606,98 euros
Repare-se que o passivo aumentou mais 1.741.068,4 euros do que o passivo.
Mas este resultado não lhe é suficiente, pois ainda diz:
«situação líquida mais favorável em 50%», resultante do facto «do activo ter aumentado cerca de 80% contra os 30% do passivo».
Meu caro senhor, imagine esta situação: Eu devo-lhe 10.000euros e tenho 500euros na carteira, e nessa noite peço-lhe emprestado 10.000euros o meu novo passivo é de 20.000euros
e o o meu novo activo (o que tenho na carteira) é de 10.500euros. Estou na mesma e contudo o meu activo aumentou em 2000% e o passivo em apenas 100%. Espetacular não?
É o que dá por pessoas que de gestão/economia nada percebem (mas que de política percebem muito) a gerir o clubes.
Artº 13 da Constituição
Pelos vistos devo ser só eu (e aqueles a quem lhes retiraram a voz), mas os debates devem ser com TODOS os candidatos a PR e não só com alguns.
Tenho postado comentários em alguns blogs que apoiam cidadãos candidatos a PR com direito a debate (e mails), mas nem referência ao assunto, nem comentários a comentários (só Vital Moreira respondeu, honra lhe seja feita. A resposta que está num post abaixo). Assim vai o estado da nação, se calhar César das Neves tem razão: "Portugal está transformado numa república italiana" (as da idade média) com intriga palaciana, corrupção e desgoverno só possível quando se impede a ascenção a lugares políticos aos não rendidos a lógicas partidocraticas.
Proposta para alteração do artigo 2 da Constituição (assim estaria mais próximo da realidade e não tinhamos de jogar ao faz de conta)
Artigo 2.º(Estado de direito partidocrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito partidocrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão das organizações políticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais dos partidos e seus membros e na ()interdependência de poderes, visando a realização de uma oligarquia económica, social e cultural e o aprofundamento da separação entre os cidadãos e governantes.
artº original
Artigo 2.º(Estado de direito democrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.
Tenho postado comentários em alguns blogs que apoiam cidadãos candidatos a PR com direito a debate (e mails), mas nem referência ao assunto, nem comentários a comentários (só Vital Moreira respondeu, honra lhe seja feita. A resposta que está num post abaixo). Assim vai o estado da nação, se calhar César das Neves tem razão: "Portugal está transformado numa república italiana" (as da idade média) com intriga palaciana, corrupção e desgoverno só possível quando se impede a ascenção a lugares políticos aos não rendidos a lógicas partidocraticas.
Proposta para alteração do artigo 2 da Constituição (assim estaria mais próximo da realidade e não tinhamos de jogar ao faz de conta)
Artigo 2.º(Estado de direito partidocrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito partidocrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão das organizações políticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais dos partidos e seus membros e na ()interdependência de poderes, visando a realização de uma oligarquia económica, social e cultural e o aprofundamento da separação entre os cidadãos e governantes.
artº original
Artigo 2.º(Estado de direito democrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.
terça-feira, novembro 22, 2005
As dez razões de política internacional para não votar Cavaco
Pulo do lobo fez o mesmo para Alegre e Soares, logo é legítimo fazer o mesmo para Cavaco.
1. Se encontrar Zapatero, chama-lhe Manuel Azaña (presidente do governo da Frente Popular Republicana antes da guerra civil ).
2. Se encontrar Chirac, chama-lhe DeGaulle.
3. Se encontrar Sarkozy, chama-lhe Pétain.
4. Se encontrar Blair, pergunta "Mr. Thatcher where is Margaret?".
5. Se encontrar Angela Merkel, "Frau Kohl, wo ist Helmut?"", .
6. Se encontrar Berlusconi, chama-lhe Mussolini.
7. Se encontrar Bush, pergunta-lhe "O presidente, sabe, o seu papá, não veio?" .
8. Se encontrar Lula, chama-lhe Sarney
9. Se encontrar José Eduardo dos Santos, fala da necessidade de ele conversar com Savimbi .
10. Se encontrar Bento XVI, chama-lhe João Paulo II.
(Ao contrário deles não tenho censura na caixa de comentários - assim se vê a qualidade democrática dos apoiantes de C.S.).
1. Se encontrar Zapatero, chama-lhe Manuel Azaña (presidente do governo da Frente Popular Republicana antes da guerra civil ).
2. Se encontrar Chirac, chama-lhe DeGaulle.
3. Se encontrar Sarkozy, chama-lhe Pétain.
4. Se encontrar Blair, pergunta "Mr. Thatcher where is Margaret?".
5. Se encontrar Angela Merkel, "Frau Kohl, wo ist Helmut?"", .
6. Se encontrar Berlusconi, chama-lhe Mussolini.
7. Se encontrar Bush, pergunta-lhe "O presidente, sabe, o seu papá, não veio?" .
8. Se encontrar Lula, chama-lhe Sarney
9. Se encontrar José Eduardo dos Santos, fala da necessidade de ele conversar com Savimbi .
10. Se encontrar Bento XVI, chama-lhe João Paulo II.
(Ao contrário deles não tenho censura na caixa de comentários - assim se vê a qualidade democrática dos apoiantes de C.S.).
blog Causa-Nossa não tem links para todos os candidatos...
Porque o blog Causa-Nossa não tem links para todos os candidatos eu "atrevi-me" a perguntar porquê?
Aqui está a "conversa" entre dois internautas:
Nesta altura ainda não há nenhum candidato propriamente dito e alguns
dos pré-candidatos que menciona não serão candidatos. Nesta fase entendo que faz sentido adoptar um critério de relevância política, seleccionando os candidatos oriundos dos partidos com representação parlamentar.Com os melhores cumprimentosVitalM****
Vital Moreira, professorFaculdade de Direito, Universidade de Coimbra / Law School, XXXXXXXXXX(Dados apagados para manter confidencialidade do email) Weblog: http://www.causa-nossa.blogspot.com/"O farol é a vida; o paraíso pode esperar" (graffito num farol deVeneza).****
-----Original Message-----> From: XX [mailto:blog_del_sniper@yahoo.com]> Sent: segunda-feira, 21 de Novembro de 2005 20:57> To: vitalmoreira@netcabo.pt> Subject: Causa-nossa> > O blog ponte europa dá-lhes os parabéns ao seu blog e quero-me associar aos parabéns pessoalmente, contudo nos links dos candidatos a PR faltam estes (TODOS): Manuela Magno ; José Maria Martins ; Carmelinda Pereira ; Garcia Pereira ; Manuel Vieira ; Luis Botelho Ribeiro; Luis Filipe Guerra
Já agora aqui estão alguns artigos da Constituição Portuguesa:
Artigo 12.º(Princípio da universalidade)
1. Todos os cidadãos gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres consignados na Constituição
......
Artigo 13.º(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.
Artigo 48.º(Participação na vida pública)
1. Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país, directamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos.
CAPÍTULO IEstatuto e eleição
Artigo 120.º(Definição)
O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.
Artigo 121.º(Eleição)
1. O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos portugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro nos termos do número seguinte.
2. A lei regula o exercício do direito de voto dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro, devendo ter em conta a existência de laços de efectiva ligação à comunidade nacional.
3. O direito de voto no território nacional é exercido presencialmente.
Artigo 122.º(Elegibilidade)
São elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem, maiores de 35 anos.
Artigo 123.º(Reelegibilidade)
1. Não é admitida a reeleição para um terceiro mandato consecutivo, nem durante o quinquénio imediatamente subsequente ao termo do segundo mandato consecutivo.
2. Se o Presidente da República renunciar ao cargo, não poderá candidatar-se nas eleições imediatas nem nas que se realizem no quinquénio imediatamente subsequente à renúncia.
Artigo 124.º(Candidaturas)
1. As candidaturas para Presidente da República são propostas por um mínimo de 7 500 e um máximo de 15 000 cidadãos eleitores.
2. As candidaturas devem ser apresentadas até trinta dias antes da data marcada para a eleição, perante o Tribunal Constitucional.
3. Em caso de morte de qualquer candidato ou de qualquer outro facto que o incapacite para o exercício da função presidencial, será reaberto o processo eleitoral, nos termos a definir por lei.
PS: Não vejo onde é que os partidos políticos são chamados para a eleição do PR.
PS2: Cavaco e Alegre alegam que não são partidários.
PS3: José M. Martins - Foi membro da Juventude Socialista e, depois, militante do Partido Socialista, durante vinte anos, de 1977 a 1997 (pode-se considerar que vem de um partido político com assento parlamentar, ou não?). Esta é só para provocar.
Mais uma pergunta: o artº 13 diz que todos os cidadãos têm a mesma dignidade social, logo se um dos pré-candidatos que menciono se transformar em candidato e não tiver um tratamento pels TV como os dos outros, será que a eleição é inconstitucional por negar a mesma dignidade social a todos os candidatos?
Nota: O artº 13 diz: Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
O que significa que
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social.
e
2.Todos os cidadãos são iguais perante a lei.
e não que: Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social perante a lei,
pois para tal teria de ter a seguinte redacção:
Perante a lei todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais.
Aqui está a "conversa" entre dois internautas:
Nesta altura ainda não há nenhum candidato propriamente dito e alguns
dos pré-candidatos que menciona não serão candidatos. Nesta fase entendo que faz sentido adoptar um critério de relevância política, seleccionando os candidatos oriundos dos partidos com representação parlamentar.Com os melhores cumprimentosVitalM****
Vital Moreira, professorFaculdade de Direito, Universidade de Coimbra / Law School, XXXXXXXXXX(Dados apagados para manter confidencialidade do email) Weblog: http://www.causa-nossa.blogspot.com/"O farol é a vida; o paraíso pode esperar" (graffito num farol deVeneza).****
-----Original Message-----> From: XX [mailto:blog_del_sniper@yahoo.com]> Sent: segunda-feira, 21 de Novembro de 2005 20:57> To: vitalmoreira@netcabo.pt> Subject: Causa-nossa> > O blog ponte europa dá-lhes os parabéns ao seu blog e quero-me associar aos parabéns pessoalmente, contudo nos links dos candidatos a PR faltam estes (TODOS): Manuela Magno ; José Maria Martins ; Carmelinda Pereira ; Garcia Pereira ; Manuel Vieira ; Luis Botelho Ribeiro; Luis Filipe Guerra
Já agora aqui estão alguns artigos da Constituição Portuguesa:
Artigo 12.º(Princípio da universalidade)
1. Todos os cidadãos gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres consignados na Constituição
......
Artigo 13.º(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.
Artigo 48.º(Participação na vida pública)
1. Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país, directamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos.
CAPÍTULO IEstatuto e eleição
Artigo 120.º(Definição)
O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.
Artigo 121.º(Eleição)
1. O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos portugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro nos termos do número seguinte.
2. A lei regula o exercício do direito de voto dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro, devendo ter em conta a existência de laços de efectiva ligação à comunidade nacional.
3. O direito de voto no território nacional é exercido presencialmente.
Artigo 122.º(Elegibilidade)
São elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem, maiores de 35 anos.
Artigo 123.º(Reelegibilidade)
1. Não é admitida a reeleição para um terceiro mandato consecutivo, nem durante o quinquénio imediatamente subsequente ao termo do segundo mandato consecutivo.
2. Se o Presidente da República renunciar ao cargo, não poderá candidatar-se nas eleições imediatas nem nas que se realizem no quinquénio imediatamente subsequente à renúncia.
Artigo 124.º(Candidaturas)
1. As candidaturas para Presidente da República são propostas por um mínimo de 7 500 e um máximo de 15 000 cidadãos eleitores.
2. As candidaturas devem ser apresentadas até trinta dias antes da data marcada para a eleição, perante o Tribunal Constitucional.
3. Em caso de morte de qualquer candidato ou de qualquer outro facto que o incapacite para o exercício da função presidencial, será reaberto o processo eleitoral, nos termos a definir por lei.
PS: Não vejo onde é que os partidos políticos são chamados para a eleição do PR.
PS2: Cavaco e Alegre alegam que não são partidários.
PS3: José M. Martins - Foi membro da Juventude Socialista e, depois, militante do Partido Socialista, durante vinte anos, de 1977 a 1997 (pode-se considerar que vem de um partido político com assento parlamentar, ou não?). Esta é só para provocar.
Mais uma pergunta: o artº 13 diz que todos os cidadãos têm a mesma dignidade social, logo se um dos pré-candidatos que menciono se transformar em candidato e não tiver um tratamento pels TV como os dos outros, será que a eleição é inconstitucional por negar a mesma dignidade social a todos os candidatos?
Nota: O artº 13 diz: Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
O que significa que
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social.
e
2.Todos os cidadãos são iguais perante a lei.
e não que: Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social perante a lei,
pois para tal teria de ter a seguinte redacção:
Perante a lei todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais.
segunda-feira, novembro 21, 2005
Os candidatos a PR deviam falar sobre...
... o acesso igual de todos os candidatos a PR às televisões. Isto seria uma forma séria de se mostrarem como vão exercer a sua presidência caso sejam eleitos, de serem verdadeiramente o PR de todos os portugueses e de defenderem a plena cidadania de todos nós. Os candidatos que têm debates têm de pedir tratamento igual a todos os que consigam reunir 7500 assinaturas porque se não estão sómente a defender a existência e o prepetuar do que há hoje: cidadãos de primeira e cidadãos de segunda.
Ajude a espalhar a mensagem...
Ajude a espalhar a mensagem...
diz Manuel Antunes, «só lamento que a inveja seja pior que as próprias inimizades…».
A inveja corrói, não é construtiva, quem inveja não quer fazer melhor que o outro, só quer é que o outro não seja bem sucedido. E portanto tudo faz para destruir.
A inimizade leva à competição, leva a que se queira fazer melhor do que o outro, com rivalidades progride-se não se estagna ou se retrocede.
Infelizmente em Portugal há mais amigos invejosos do que rivais competidores. Eu por mim prefiro e prezo mais os segundos do que os primeiros, mas tenho mais na minha vida dos primeiros do que dos segundos.
A inimizade leva à competição, leva a que se queira fazer melhor do que o outro, com rivalidades progride-se não se estagna ou se retrocede.
Infelizmente em Portugal há mais amigos invejosos do que rivais competidores. Eu por mim prefiro e prezo mais os segundos do que os primeiros, mas tenho mais na minha vida dos primeiros do que dos segundos.
domingo, novembro 20, 2005
Debates na TV...
Como afirmei anteriormente, até esta data o meu apoio a candidato a PR é para o Manuel Alegre, contudo este apoio não é incondicional, não é cego e independente de todas as atitudes que tomar (ao contrário dos apoiantes deste aqui ou deste além) durante a pré-campanha e a campanha eleitoral.
Desta forma apelo desde já que os candidatos ponham como condição às TVs que se aparecerem mais candidatos estes também serão convidados para debates nas mesmas condições dos que já forma agendados.
Esta exigência é mais importante para alguns candidatos do que para outros. De M.S. , J.S. ou F.L. , candidatos partidários é óbvio que não se pode esperar que façam esta exigência uma vez que , partindo de partidos têm a lógica partidária por trás. Logo mais debates ou seriam com independentes ou com partidos sem representação paralamentar, ambas espécies ignoradas pelos candidatos e respectivos partidos.
Já C.S. tem aqui o lugar para se afirmar como supra-partidário, independente, etc. , só tem que fazer a exigència, se não o fizer é porque a sua lógica é, também ela, partidocrática (e assim nãov iludirá ninguém sobre o que é).
M.A. é o único independente a ter debate e não pode ter medo de pedir o mesmo para os seus colegas independentes e recusar-se a participar se tal não acontecer. Se não o fizer será um candidato com medo dos lobbies dos medias. E para PR rendidos a lobbies mais vale M.S. ou C.S. pois com eles já não nos iludimos.
Se M.A. não fizer esta exigência de igual tratamento, votarei aqui.
Desta forma apelo desde já que os candidatos ponham como condição às TVs que se aparecerem mais candidatos estes também serão convidados para debates nas mesmas condições dos que já forma agendados.
Esta exigência é mais importante para alguns candidatos do que para outros. De M.S. , J.S. ou F.L. , candidatos partidários é óbvio que não se pode esperar que façam esta exigência uma vez que , partindo de partidos têm a lógica partidária por trás. Logo mais debates ou seriam com independentes ou com partidos sem representação paralamentar, ambas espécies ignoradas pelos candidatos e respectivos partidos.
Já C.S. tem aqui o lugar para se afirmar como supra-partidário, independente, etc. , só tem que fazer a exigència, se não o fizer é porque a sua lógica é, também ela, partidocrática (e assim nãov iludirá ninguém sobre o que é).
M.A. é o único independente a ter debate e não pode ter medo de pedir o mesmo para os seus colegas independentes e recusar-se a participar se tal não acontecer. Se não o fizer será um candidato com medo dos lobbies dos medias. E para PR rendidos a lobbies mais vale M.S. ou C.S. pois com eles já não nos iludimos.
Se M.A. não fizer esta exigência de igual tratamento, votarei aqui.
sexta-feira, novembro 18, 2005
A idiotice do dia é para o Filipe do Super Mário...
Aqui está o que escreveu:
«A boa notícia é que vamos ter debates. A má notícia é que dois dos quatro debates de Cavaco realizam-se na SIC, neste momento o canal com menos audiência.»
Parece que as pessoas não mudam de canal se quiserem ouvir os debates, e todos sabemos que os debates que contam são:
M.A./M.S. - TVI
M.A./C.S. - SIC
C.S./M.S. - RTP1
Se é por audiências então M.S. tem sorte pq não calha na SIC com os seus directos opositores.
Filipe, Filipe, tem juízo.
PS:E é verdade o post do catenaccio tb teve perto de ganhar o prémio, se continuar a tentar pode ser que o Rui ganhe o prémio.
(Muitos dos eleitores de Alegre não votarão na 2ª volta no caso hipotético de M.S. passar à segunda volta, já o caso contrário...)
PS 2: E se aparecerem mais candidatos como por exemplo este , será que haverá mais frente a frentes? Ou será que o TC poderá anular as eleições por clara violação do principio da igualdade....
«A boa notícia é que vamos ter debates. A má notícia é que dois dos quatro debates de Cavaco realizam-se na SIC, neste momento o canal com menos audiência.»
Parece que as pessoas não mudam de canal se quiserem ouvir os debates, e todos sabemos que os debates que contam são:
M.A./M.S. - TVI
M.A./C.S. - SIC
C.S./M.S. - RTP1
Se é por audiências então M.S. tem sorte pq não calha na SIC com os seus directos opositores.
Filipe, Filipe, tem juízo.
PS:E é verdade o post do catenaccio tb teve perto de ganhar o prémio, se continuar a tentar pode ser que o Rui ganhe o prémio.
(Muitos dos eleitores de Alegre não votarão na 2ª volta no caso hipotético de M.S. passar à segunda volta, já o caso contrário...)
PS 2: E se aparecerem mais candidatos como por exemplo este , será que haverá mais frente a frentes? Ou será que o TC poderá anular as eleições por clara violação do principio da igualdade....
Liberdade, ...
Esta noticia aqui deu-me a oportunidade que procurava para falar sobre a liberdade de cada um de nós agir em conformidade com os nossos desejos e que a liberdade em termos absolutos não existe.
Nos EUA, país de todas as liberdades na esmagadora maioria dos estados os trabalhadores têm poucos direitos, esta falta de direitas entra na ideologia da liberdade do empregador. Este tema liberdade de admitir e demitir quem quiser pela razão que quiser, nomeadamente se for Republicano pode demitir apoiantes Democratas, se a empresa tiver a Bud como cliente pode demitir os trabalhadores que bebam Carlsberg, se não fizer exercício físico suficiente,etc...
Neste caso estamos a dar a liberdade a quem emprega, mas esta liberdade corta a liberdade dos empregados. Por outro lado se não deixarmos o empregador ter esta liberdade, estamos a cortar-lhe a liberdade de só ter a trabalhar para si quem quer e poder corrigir erros de avaliação.
É usual dizer-se que a minha liberdade termina quando colide com a liberdade dos outros, mas na verdade todas as liberdades que existem colide com as liberdades de outras pessoas. Por exemplo, eu tenho a liberdade de me exprimir neste blog, mas se calhar algumas pessoas quereriam ter a liberdade de abolir este blog. Neste caso quala liberdade mais importante? A de eu escrever oua dos outros não verem estas coisas escritas? Este exemplo pode ser absurdo, mas nos comboios a minha liberdade a usufruir do silêncio é cortado por telmóveis a tocar. Por outro lado se proibir os telemóveis a liberdade de comunicar é coortada pela liberdade de usfuruto do silêncio. Neste caso ambas as liberdades colidem com as liberdades dos outros. E é aqui que passamos ao fumo, se eu cortar o direito a fumar se calhar os custos de saúde na sociedade eram menores e teria de pagar menos impostos, teria mais liberdade de usufruir do meu salário, mas não para fumar. Qual das liberdades corta qual? Qual a mais importante, o direito a fumar ou o direito a ter uma saúde mais barata?
Na verdade as liberdades garantidas são aquelas que a maioria tolera, todas aquelas que não tolera são eliminadas. Tolerar é diferente de desejar, pois no Estado Novo a esmagadora das pessoas desejava democracia mas tolerava o Estado Novo, por isso este podia cortar o direito à liberdade de expressão, esse corte, embora não desejado era maioritariamente tolerado.
Neste contexto liberdade e tolerância estão intimamente relacionados, pois todas as liberdades resultam de a maioria as tolerar, e a maioria das não liberdades resultam de intolerâncias, logo quando falamos sobre Alegre, Cavaco, Soares, Jerónimo ou Louçã e o seu conceito de liberdde falamos na verdade quanto tolerantes são eles relativamente aos que pensam diferentemente deles e é aqui que devemos pensar se o que estes senhores toleram que exista ou não é igual aos nossos valores de tolerância, a partir daqui saberemos que liberdades cada um defende ou condena e logo qual será o melhor PR do ponto de vista individual mas só desse ponto de vista.
Nos EUA, país de todas as liberdades na esmagadora maioria dos estados os trabalhadores têm poucos direitos, esta falta de direitas entra na ideologia da liberdade do empregador. Este tema liberdade de admitir e demitir quem quiser pela razão que quiser, nomeadamente se for Republicano pode demitir apoiantes Democratas, se a empresa tiver a Bud como cliente pode demitir os trabalhadores que bebam Carlsberg, se não fizer exercício físico suficiente,etc...
Neste caso estamos a dar a liberdade a quem emprega, mas esta liberdade corta a liberdade dos empregados. Por outro lado se não deixarmos o empregador ter esta liberdade, estamos a cortar-lhe a liberdade de só ter a trabalhar para si quem quer e poder corrigir erros de avaliação.
É usual dizer-se que a minha liberdade termina quando colide com a liberdade dos outros, mas na verdade todas as liberdades que existem colide com as liberdades de outras pessoas. Por exemplo, eu tenho a liberdade de me exprimir neste blog, mas se calhar algumas pessoas quereriam ter a liberdade de abolir este blog. Neste caso quala liberdade mais importante? A de eu escrever oua dos outros não verem estas coisas escritas? Este exemplo pode ser absurdo, mas nos comboios a minha liberdade a usufruir do silêncio é cortado por telmóveis a tocar. Por outro lado se proibir os telemóveis a liberdade de comunicar é coortada pela liberdade de usfuruto do silêncio. Neste caso ambas as liberdades colidem com as liberdades dos outros. E é aqui que passamos ao fumo, se eu cortar o direito a fumar se calhar os custos de saúde na sociedade eram menores e teria de pagar menos impostos, teria mais liberdade de usufruir do meu salário, mas não para fumar. Qual das liberdades corta qual? Qual a mais importante, o direito a fumar ou o direito a ter uma saúde mais barata?
Na verdade as liberdades garantidas são aquelas que a maioria tolera, todas aquelas que não tolera são eliminadas. Tolerar é diferente de desejar, pois no Estado Novo a esmagadora das pessoas desejava democracia mas tolerava o Estado Novo, por isso este podia cortar o direito à liberdade de expressão, esse corte, embora não desejado era maioritariamente tolerado.
Neste contexto liberdade e tolerância estão intimamente relacionados, pois todas as liberdades resultam de a maioria as tolerar, e a maioria das não liberdades resultam de intolerâncias, logo quando falamos sobre Alegre, Cavaco, Soares, Jerónimo ou Louçã e o seu conceito de liberdde falamos na verdade quanto tolerantes são eles relativamente aos que pensam diferentemente deles e é aqui que devemos pensar se o que estes senhores toleram que exista ou não é igual aos nossos valores de tolerância, a partir daqui saberemos que liberdades cada um defende ou condena e logo qual será o melhor PR do ponto de vista individual mas só desse ponto de vista.
Farmácias,agência reguladora de mercados e concorrência, etc...
A agência reguladora de mercados e concorrência (penso que se chama assim, mas agora não estou para confirmar) decidiu que a lei de 1965 sobre a regulação de alvarás e quem pode ser dono de farmácias tem de ser alterada. Desculpem, eu disse alterada? Queria dizer abolida, porque de facto é de uma verdadeira liberalização completa do mercado: qualquer um pode ter uma farmácia, podem abrir quantas quiserem e cada pessoa pode ter quantas quiser. Uma verdadeira liberalização e eu até sou incondicionalmente pela liberalização dos mercados em 99,9%, mas este por acaso faz parte daqueles 0,1%. Eu aplaudi que os medicamentos sem receitas se pudessem vender fora das farmácias, uma vez que estes são como as camisas, os carros, as TV de plasma, etc. Cada um decide que marca comprar, quantos comprar e como consumir. O problema é que os outros medicamentos não são exactamente o mesmo produto. Em primeiro lugar são bens de prescrição, isto é, há um prescritor (médico) que diz o que deve tomar e quantas vezes, a escolha não é do consumidor (para além de querer ou não tratar-se). Em segundo lugar porque os medicamentos assim prescritos são comparticipados pelo estado, não numa percentagem mas num valor definido sobre o preço de venda ao público (fixo e igual em todo o lado). Assim sendo esta aparente desregulamentação não é completa (não podemos comprar tudo o que quisermos, temos que ir a um prescritor pedir e os preços são iguais em todo o lado). Desregulamentar as farmácias, nomeadamente na parte «cada pessoa pode ter quantas quiser» pode ser bastante perigoso, pq se de facto os preços baixarem será sobretudo porque abrirão farmácias Continente, Jumbo, ou Pingo Doce que poderão levar a um acordo entre estado, distribuidores e laboratórios a um preço mais baixo (menos despesa para nós e para o estado, que bom, que bom...), mas esse baixar do preço levará a que muitas farmácias existentes não possam se manter, tanto mais que muitos clientes (os doentes crónicos) irão ao supermercado e não à farmácia tradicional. No final poderemos ter menos farmácias, e logo mais inconvenientes para todos e estas concentradas nas mãos de alguns grupos económicos que nesse caso terão mais força para pressionar o estado quanto à política do medicamento. Olhar apenas para a possível e não certa diminuição do preço no curto prazo sem ver que no longo prazo poderemos ter problemas mais graves pode ser um grave erro mas fico à espera da publicação do estudo, vamos a ver se me convence.·Aqui poderá encontrar alguma informação sobre como este mercado é regulamentado em diferentes países, se calhar uma análise país a país (pelo menos os da OECD) era importante e se calhar era também importante que não se tratasse o problema levianamente, uma vez que este é um dos mercados mais complexos de regulamentar, como se pode aferir da forma de regulamentar (de parecida a Portugal, a monopólios do estado (Suécia) a liberdade total, mas com ou farmácias municipais ou os médicos a puderem eles próprios vender de forma a cobrir todas as áreas rurais, etc.).
Entrevista de Cavaco na TVI
... apenas para dizer que o homem estava demasiado retraído e mal preparado, vai demorar um tempo a recarregar a bateria de político, mas penso que também esse carregador vai chegar...
... mas para carregar a bateria para a segunda volta onde deverá ficar Alegre com o resultado.
... mas para carregar a bateria para a segunda volta onde deverá ficar Alegre com o resultado.
Porque não actualizei tantas vezes o blog...
... penso que devo esta explicação. Na verdade o carregador do meu laptop rebentou e tenho pedido a amigos que me emprestem os carregadores para ir carregando as baterias. Daí que me tenho retraído no usi do laptop por forma a poupar energia, mas as boas notícias são que finalmente o carregador de substituição já chegou...
quarta-feira, novembro 16, 2005
Ou não percebeu o que disse ou percebeu e é grave...
Esta semana o Alto comissário para a Imigração e Minorias Étnicas Rui Marques disse no programa "diga lá excelência" algo que devia ser questionado.
À pergunta se Portugal não tem por norma a ideia de enterrar a cabeça na areia como a avestruz, em que o exemplo do arrastão de Carcavelos foi transformado em arrastinho, a engano da policia, etc. o comissário disse que esse arrastão foi uma invenção dos media e que as imagens não documentavam um arrastão mas pessoas a fugir da policia.
Vejamos, eu até vou aceitar a explicação do comissário para o que se passou, mas então assim que a polícia chega a um local as pessoas de inorai étnica sentem-se tão ameaçadas que fogem em bando? Se é verdade significaria que elas tem medo dos outros, da polícia , que se sentem discriminadas, que se sentem em fuga constante e que portanto existe entre elas uma tensão constante que pode rebentar contra a sociedade em qualquer momento.
Senhor comissário eu preferia a explicação do arrastão, é que isso era criminalidade que se pode isolar e combater. Se a explicação é a que deu, então as tensões sociais entre os portugueses e os imigrantes africanos que cá vivem chegaram ao ponto em que estes últimos se sentem constantemente ameaçados, a sociedade chegou ao ponto em que a cura terá de ser mais profunda do que apenas acções junto dessas comunidades.
Eu penso que o comissário não se apercebeu da gravidade do que disse enterrou a cabeça na areia para não discutir os problemas na TV/rádio. Não era melhor enfrentar os prblemas de frente, em ve z de inventar situações para justificar o que se viu nos media, situações essas que têm imlicações socias mais graves do que as que tinham sido relatadas?
À pergunta se Portugal não tem por norma a ideia de enterrar a cabeça na areia como a avestruz, em que o exemplo do arrastão de Carcavelos foi transformado em arrastinho, a engano da policia, etc. o comissário disse que esse arrastão foi uma invenção dos media e que as imagens não documentavam um arrastão mas pessoas a fugir da policia.
Vejamos, eu até vou aceitar a explicação do comissário para o que se passou, mas então assim que a polícia chega a um local as pessoas de inorai étnica sentem-se tão ameaçadas que fogem em bando? Se é verdade significaria que elas tem medo dos outros, da polícia , que se sentem discriminadas, que se sentem em fuga constante e que portanto existe entre elas uma tensão constante que pode rebentar contra a sociedade em qualquer momento.
Senhor comissário eu preferia a explicação do arrastão, é que isso era criminalidade que se pode isolar e combater. Se a explicação é a que deu, então as tensões sociais entre os portugueses e os imigrantes africanos que cá vivem chegaram ao ponto em que estes últimos se sentem constantemente ameaçados, a sociedade chegou ao ponto em que a cura terá de ser mais profunda do que apenas acções junto dessas comunidades.
Eu penso que o comissário não se apercebeu da gravidade do que disse enterrou a cabeça na areia para não discutir os problemas na TV/rádio. Não era melhor enfrentar os prblemas de frente, em ve z de inventar situações para justificar o que se viu nos media, situações essas que têm imlicações socias mais graves do que as que tinham sido relatadas?
terça-feira, novembro 08, 2005
Desculpem, mas é demais...
Recentemente uma nova obra pública de grande dimensão tem problemas de construção por um erro de projecto e que vai levar obras a mais, e portanto o contribuinte paga a mais.
Aqui está a notícia:
«Desde Maio que foi detectado «um problema grave» no projecto do novo Hospital Pediátrico de Coimbra. O problema é técnico, afirma-nos o Ministério da Saúde, «mexe com água e fundações do empreendimento» e «tem de ser muito bem resolvido, demore o tempo que demorar», acrescenta o gabinete do ministro da Saúde. »
Já agora, a notícia refere: « construção do novo Hospital Pediátrico de Coimbra foi entregue ao consórcio Somague/Bascol. A primeira é conhecida pela construção da actual Ponte Rainha Santa» ponte a qual também tinha um erro de projecto ou de construção ou lá o que era, uma vez que ninguem explicou.
A pergunta que se pode fazer é se as empresas quando se candidatam à construção de um projecto não verificam se este está bem ou mal efectuado? É óbvio que enquanto o estado pagar a mais as correcções, elas não têm qq incentivo para fazer pre-verificações. Que tal fazer o mesmo sistema que na Holanda, mesmo que haja erro no projecto o valor máximo a pagar é sempre fixado antes da obra começar (majoração para erros de projecto fixa). Pois se houver correcções necessárias a empresa que se candidatou tb é responsável por não as ter detectado aquando da candidatura.
Aqui está a notícia:
«Desde Maio que foi detectado «um problema grave» no projecto do novo Hospital Pediátrico de Coimbra. O problema é técnico, afirma-nos o Ministério da Saúde, «mexe com água e fundações do empreendimento» e «tem de ser muito bem resolvido, demore o tempo que demorar», acrescenta o gabinete do ministro da Saúde. »
Já agora, a notícia refere: « construção do novo Hospital Pediátrico de Coimbra foi entregue ao consórcio Somague/Bascol. A primeira é conhecida pela construção da actual Ponte Rainha Santa» ponte a qual também tinha um erro de projecto ou de construção ou lá o que era, uma vez que ninguem explicou.
A pergunta que se pode fazer é se as empresas quando se candidatam à construção de um projecto não verificam se este está bem ou mal efectuado? É óbvio que enquanto o estado pagar a mais as correcções, elas não têm qq incentivo para fazer pre-verificações. Que tal fazer o mesmo sistema que na Holanda, mesmo que haja erro no projecto o valor máximo a pagar é sempre fixado antes da obra começar (majoração para erros de projecto fixa). Pois se houver correcções necessárias a empresa que se candidatou tb é responsável por não as ter detectado aquando da candidatura.
segunda-feira, novembro 07, 2005
Condomínios privados e Paris
As Beiras, hoje...
''...Com o Zen, a Bascol quer ser pioneira, em Coimbra e no país, na construção de condomínios privados...''
Até hoje no país havia alguns condomínios privados, mas muitos deles remontavam ao Estado Novo, ou eram empreendimentos de cariz turístico. Pelos vistos está a chegar a moda de fazer condomínios privados mesmo em cidades de pequena/média dimensão. O que signifca um condomínio privado, de certo um conjunto de prédios com arruamentos entre eles mas onde a entrada nesses arruamentos terá um portão à porta e um porteiro. Assim quando se quiser ir visitar alguém terá de se pedir ao porteiro que contacte com a pessoa em questão, ...
Até hoje complexos deste tipo não eram autorizados pela maior parte das câmaras, incluindo a de Coimbra (aliás esta empresa tentou fazer o mesmo com empreendimentos anteriores na altura de executivo PS e não conseguiu a autorização), mas pelos vistos o panorama está a mudar. Um dia teremos de nos habituar a andar pelas avenidadas ladeadas de muros onde, para além destes, estão bairros guardados e exclusivos. Esses condomínios são mais uma forma de separar a sociedade entre os que têm e os outros. As crianças que crescem nesses condomínios verão a rua pública como um lugar perigoso e as crianças que brincam nessas ruas serão olhadas e tratadas como delinquentes, estas últimas acabarão por ser desprezadas, discriminadas e começa aqui o processo de não educação da sociedade para o respeito entre todos.
Os condomínios privados podem ser uma fonte de lucro, mas se eles se implantarem, tal como acontece no Brasil, pode ser que tenhamos uma sociedade como a do Brasil em que os que vivem para além dos muros vivem no medo dos que vivem aquém dos muros. Pode ser que um dia as pedras voem por cima dos muros e depois dizemos que é culpa do estado social ou a falta deste, não compreendendo que este tipo de condomínio e acções iguais são os responsáveis pelos rastilhos da revolta.
Aliás a primeira razão da revolta de Paris é a guetização dos emigrantes, ao colocá-los longe e afastados dos Franceses ancestrais o que lhes deu a ideia de que são explorados mas colocados à margem da sociedade.
PS: O repto aos candidatos a PR continua. Se for PR e suceder em Lisboa o que acontece em Paris o que fará? (Ajude a espalhar a pergunta, pode ser que algum a oiça)
''...Com o Zen, a Bascol quer ser pioneira, em Coimbra e no país, na construção de condomínios privados...''
Até hoje no país havia alguns condomínios privados, mas muitos deles remontavam ao Estado Novo, ou eram empreendimentos de cariz turístico. Pelos vistos está a chegar a moda de fazer condomínios privados mesmo em cidades de pequena/média dimensão. O que signifca um condomínio privado, de certo um conjunto de prédios com arruamentos entre eles mas onde a entrada nesses arruamentos terá um portão à porta e um porteiro. Assim quando se quiser ir visitar alguém terá de se pedir ao porteiro que contacte com a pessoa em questão, ...
Até hoje complexos deste tipo não eram autorizados pela maior parte das câmaras, incluindo a de Coimbra (aliás esta empresa tentou fazer o mesmo com empreendimentos anteriores na altura de executivo PS e não conseguiu a autorização), mas pelos vistos o panorama está a mudar. Um dia teremos de nos habituar a andar pelas avenidadas ladeadas de muros onde, para além destes, estão bairros guardados e exclusivos. Esses condomínios são mais uma forma de separar a sociedade entre os que têm e os outros. As crianças que crescem nesses condomínios verão a rua pública como um lugar perigoso e as crianças que brincam nessas ruas serão olhadas e tratadas como delinquentes, estas últimas acabarão por ser desprezadas, discriminadas e começa aqui o processo de não educação da sociedade para o respeito entre todos.
Os condomínios privados podem ser uma fonte de lucro, mas se eles se implantarem, tal como acontece no Brasil, pode ser que tenhamos uma sociedade como a do Brasil em que os que vivem para além dos muros vivem no medo dos que vivem aquém dos muros. Pode ser que um dia as pedras voem por cima dos muros e depois dizemos que é culpa do estado social ou a falta deste, não compreendendo que este tipo de condomínio e acções iguais são os responsáveis pelos rastilhos da revolta.
Aliás a primeira razão da revolta de Paris é a guetização dos emigrantes, ao colocá-los longe e afastados dos Franceses ancestrais o que lhes deu a ideia de que são explorados mas colocados à margem da sociedade.
PS: O repto aos candidatos a PR continua. Se for PR e suceder em Lisboa o que acontece em Paris o que fará? (Ajude a espalhar a pergunta, pode ser que algum a oiça)
domingo, novembro 06, 2005
Do que se passa em França e entre nós....
Aqui na quieta Europa, da Europa social, da Europa da integração, da Europa não conflitual assumimos que estávamos ao abrigo de rebeliões urbanas de carácter étnico. Considerámos que estas rebeliões eram um exlusivo da América e nomeadamente dos EUA, a rebelião de L.A. , a quase rebelião dos afro-americanos após o tratamento dado a estes em New Orleans eram um facto reassegurador de que um Estado não integrador, não social, estaria sempre às portas da auto-destruição.
Mas o que se passa em França há mais de uma semana demonstra que não é assim. Um estado social está sobre ataque de uma margem da sociedade que os Franceses, mais do que discriminar, decidiram que, após os terem alojado em condomínios sociais (mas que são guetos), que após lhes darem os mais variados subsídios, que após lhes terem dado a nacionalidade Francesa, decidiram ignorar. O ignorar dessa margem da sociedade traduz-se por comportamentos racistas e xenófobos que todos nós temos: não lhes dar emprego, chamar árabe ou negro como se isso fosse um insulto, dar-lhes entrada nas Universidades não pelo mérito mas para preencher cotas e recusar-lhes após isso um trabalho e salário igual aos colegas de curso. É contra isso que essa margem se está a revoltar, é contra isso que a mesma margem discriminada se revolta nos EUA. Não é porque o estado é mais ou menos social que as revoltas existem, mas sim porque a educação cívica das sociedades vs. as minorias é cheia de preconceitos e a globalização e a precariedade dos empregos só vem acentuar as fissuras sociais existentes.
Daí que o tratamento dado em Portugal ao problema francês, o quase ignorar dos intelectublogues ou quando o fazem considerar que é um problema deles é uma forma displicente e perigosa de ver os acontecimentos.
Aconteceu em França, mas as mesmas forças de tensão social estão também presentes em Portugal. O mesmo tratamento paternal ou discriminatório, as mesmas urbes sociais, os mesmos preconceitos, em suma as mesmas fissuras sociais. Se não olharmos para Paris como um exemplo do que pode suceder em Lisboa, amanhã, em vez de vermos um carro a arder com a Torre Eiffel como pano de fundo, poderemos bem ver uma outra torre como pano de fundo: a de Belém.
PS: Neste momento a pergunta importante a um candidato a PR em Portugal era, como geria o processo se acontecesse o mesmo em Lisboa? Será que alguém terá coragem de fazer a pergunta e, mais importante, algum candidato terá a coragem de responder?
Mas o que se passa em França há mais de uma semana demonstra que não é assim. Um estado social está sobre ataque de uma margem da sociedade que os Franceses, mais do que discriminar, decidiram que, após os terem alojado em condomínios sociais (mas que são guetos), que após lhes darem os mais variados subsídios, que após lhes terem dado a nacionalidade Francesa, decidiram ignorar. O ignorar dessa margem da sociedade traduz-se por comportamentos racistas e xenófobos que todos nós temos: não lhes dar emprego, chamar árabe ou negro como se isso fosse um insulto, dar-lhes entrada nas Universidades não pelo mérito mas para preencher cotas e recusar-lhes após isso um trabalho e salário igual aos colegas de curso. É contra isso que essa margem se está a revoltar, é contra isso que a mesma margem discriminada se revolta nos EUA. Não é porque o estado é mais ou menos social que as revoltas existem, mas sim porque a educação cívica das sociedades vs. as minorias é cheia de preconceitos e a globalização e a precariedade dos empregos só vem acentuar as fissuras sociais existentes.
Daí que o tratamento dado em Portugal ao problema francês, o quase ignorar dos intelectublogues ou quando o fazem considerar que é um problema deles é uma forma displicente e perigosa de ver os acontecimentos.
Aconteceu em França, mas as mesmas forças de tensão social estão também presentes em Portugal. O mesmo tratamento paternal ou discriminatório, as mesmas urbes sociais, os mesmos preconceitos, em suma as mesmas fissuras sociais. Se não olharmos para Paris como um exemplo do que pode suceder em Lisboa, amanhã, em vez de vermos um carro a arder com a Torre Eiffel como pano de fundo, poderemos bem ver uma outra torre como pano de fundo: a de Belém.
PS: Neste momento a pergunta importante a um candidato a PR em Portugal era, como geria o processo se acontecesse o mesmo em Lisboa? Será que alguém terá coragem de fazer a pergunta e, mais importante, algum candidato terá a coragem de responder?
sábado, novembro 05, 2005
Tiro ao site oficial do Manuel Alegre (Actualização)
A lista de apoiantes já foi corrigida, mas brincadeiras destas prejudicam mais o candidato do que o benefeciam....
Por muita piada que possa ter, e de facto tem, a lista de apoiantes de pessoas que submeteram o formulário de apoio começa assim:
...
Apoiantes da Candidatura de Manuel Alegre
371 Apoiantes
- Maria Cavaco Silva, 60 anos, mulher de candidato, Faro
...
mas de facto não pode passar de uma brincadeira, que estaria bem num blog, mas não no site oficial.
Por muita piada que possa ter, e de facto tem, a lista de apoiantes de pessoas que submeteram o formulário de apoio começa assim:
...
Apoiantes da Candidatura de Manuel Alegre
371 Apoiantes
- Maria Cavaco Silva, 60 anos, mulher de candidato, Faro
...
mas de facto não pode passar de uma brincadeira, que estaria bem num blog, mas não no site oficial.
Tiro ao Blog Super-Cavaco.
Estava para fazer este comentário ao blog super-cavaco sobre a sua alteração de linha editorial quanto à participação dos leitores, mas fui adiando, contudo esse mesmo blog hoje escreve:
"Os jornais Público e Expresso e a revista Visão referiram num breve artigo o nosso blog, ..., enaltecendo o facto de ter sido o primeiro nesta matéria a dar voz aos Portugueses, exemplo esse que outros já estão a seguir neste momento, o que até aqui não faziam."
Inicialmente é verdade que tinham uma caixa de comentários, mas ultimamente decidiram acabar com ela. Agora decidiram fazer uma selecção do que postam, dizendo que são mails de apoiantes. Contudo se é verdade ou não, não se pode saber. Mas desde já, esperemos é que outros blogs que dão voz aos portugueses não sigam o exemplo deste e eliminem a caixa de comentários.
Na verdade o post deveria ser escrito desta froma:
""Os jornais Público e Expresso e a revista Visão referiram num breve artigo o nosso blog, ..., enaltecendo o facto de ter sido o primeiro nesta matéria a dar voz aos Portugueses e condenando o facto de ter sido o primeiro a eliminar a caixa de comentários,...
"Os jornais Público e Expresso e a revista Visão referiram num breve artigo o nosso blog, ..., enaltecendo o facto de ter sido o primeiro nesta matéria a dar voz aos Portugueses, exemplo esse que outros já estão a seguir neste momento, o que até aqui não faziam."
Inicialmente é verdade que tinham uma caixa de comentários, mas ultimamente decidiram acabar com ela. Agora decidiram fazer uma selecção do que postam, dizendo que são mails de apoiantes. Contudo se é verdade ou não, não se pode saber. Mas desde já, esperemos é que outros blogs que dão voz aos portugueses não sigam o exemplo deste e eliminem a caixa de comentários.
Na verdade o post deveria ser escrito desta froma:
""Os jornais Público e Expresso e a revista Visão referiram num breve artigo o nosso blog, ..., enaltecendo o facto de ter sido o primeiro nesta matéria a dar voz aos Portugueses e condenando o facto de ter sido o primeiro a eliminar a caixa de comentários,...
sexta-feira, novembro 04, 2005
Será que o ministro das finanças lê este blog?
Extracto do relatório do Site meter...
Domain Name (Unknown)
IP Address 194.65.31.# (Ministro das Financas)
ISP Telepac - Comunicacoes Interactivas, SA
Location Continent : Europe
Country : Portugal (Facts)
State/Region : Lisboa
City : Lisbon
Lat/Long : 38.7167, -9.1333 (Map)
Distance : XXX kilometers
Language Portuguesept
Operating System
Microsoft WinXP
Browser Internet Explorer 6.0Mozilla/4.0 (compatible; MSIE 6.0; Windows NT 5.1; SV1; .NET CLR 1.1.4322; InfoPath.1)
Javascript version 1.3
Monitor Resolution: 1024 x 768
Color Depth : 32 bits
Time of Visit Nov 4 2005 5:33:31 pm
etc...
ou se calhar é apenas um acessor do Gabinete do Ministro das Finanças....
... contudo o post é apenas para mostrar que a privacidade na internet não é um dado assegurado, uma vez que sei a hora e o local deste visitante, logo se conhecer quem trabalha neste local saberei quem poderá ser. Se repetir as ligações poderei sempre chegar à pessoa em concreto, nem sempre é fácil, mas é sempre uma possiblidade.
Quem quer que fosse, e para todos os outros, desejos de um bom fim-de-semana.
Domain Name (Unknown)
IP Address 194.65.31.# (Ministro das Financas)
ISP Telepac - Comunicacoes Interactivas, SA
Location Continent : Europe
Country : Portugal (Facts)
State/Region : Lisboa
City : Lisbon
Lat/Long : 38.7167, -9.1333 (Map)
Distance : XXX kilometers
Language Portuguesept
Operating System
Microsoft WinXP
Browser Internet Explorer 6.0Mozilla/4.0 (compatible; MSIE 6.0; Windows NT 5.1; SV1; .NET CLR 1.1.4322; InfoPath.1)
Javascript version 1.3
Monitor Resolution: 1024 x 768
Color Depth : 32 bits
Time of Visit Nov 4 2005 5:33:31 pm
etc...
ou se calhar é apenas um acessor do Gabinete do Ministro das Finanças....
... contudo o post é apenas para mostrar que a privacidade na internet não é um dado assegurado, uma vez que sei a hora e o local deste visitante, logo se conhecer quem trabalha neste local saberei quem poderá ser. Se repetir as ligações poderei sempre chegar à pessoa em concreto, nem sempre é fácil, mas é sempre uma possiblidade.
Quem quer que fosse, e para todos os outros, desejos de um bom fim-de-semana.
quinta-feira, novembro 03, 2005
Mário, Mário, em que é que ficamos?
In DN 3/11/2005
(...)Mário Soares considerou ontem que Cavaco Silva "tem uma concepção da democracia, como político intermitente que é, que é muito pouco estruturada". (...)
Há poucos dias M.S. considerou que C.S. era um político profissional, hoje chama-lhe político intermitente.
Bem, se é intermitente não pode ser um profissional da política uma vez que nas alturas de intermitência não estaria a fazer política.
Se fosse profissional da política não poderia ser intermitente, a não ser q passasse longos períodos no desemprego, e mesmo assim nada o impediria de intervir politicamente.
M.S. anda a ser incoerente e deve definir se ataca o profissional da política que o nega ou se o intermitente que o assume, mas não as duas coisas.
Por outro lado a concepção de M.S. de democracia não deixa de ser curiosa uma vez que sendo a democracia uma forma de governação que assume a vontade dos eleitores e a liberdade como principais bandeiras, para M.S. a liberdade não pode passar por intermitência na política, tem de ser a tempo pleno, ou seja : para M.S. os políticos devem ser sempre os mesmos, embora se possa falar mal deles (ou seja o Estado Novo com liberdade de expressão).
(...)Mário Soares considerou ontem que Cavaco Silva "tem uma concepção da democracia, como político intermitente que é, que é muito pouco estruturada". (...)
Há poucos dias M.S. considerou que C.S. era um político profissional, hoje chama-lhe político intermitente.
Bem, se é intermitente não pode ser um profissional da política uma vez que nas alturas de intermitência não estaria a fazer política.
Se fosse profissional da política não poderia ser intermitente, a não ser q passasse longos períodos no desemprego, e mesmo assim nada o impediria de intervir politicamente.
M.S. anda a ser incoerente e deve definir se ataca o profissional da política que o nega ou se o intermitente que o assume, mas não as duas coisas.
Por outro lado a concepção de M.S. de democracia não deixa de ser curiosa uma vez que sendo a democracia uma forma de governação que assume a vontade dos eleitores e a liberdade como principais bandeiras, para M.S. a liberdade não pode passar por intermitência na política, tem de ser a tempo pleno, ou seja : para M.S. os políticos devem ser sempre os mesmos, embora se possa falar mal deles (ou seja o Estado Novo com liberdade de expressão).
Quando se bloga e não se trabalha.
Em primeiro lugar devemos ver que se bloga menos ao Sábado e ao Domingo, sendo que o dia que se bloga mais é a segunda feira. Assim sendo é de louvar que ao fim-de-semana se descanse, a verdade é que blogar é uma actividade lúdica, para a maior parte de nós blogar não faz parte do nosso trabalho, logo não se devia blogar mais ao fim-de-semana do que durante a semana? Já durante o dia começa-se a blogar às dez da manhã (deve ser a hora a que se chega ao emprego) e tem uma queda brutal das 13H às 14H (hora de almoço?), sendo que se bloga a tarde toda até às 18H, menos à hora de jantar e volta-se a blogar entre as 22H e as 24H mas com menos intensidade do que antes. Pergunta: De onde se bloga? Se se bloga durante a semana e das 10H às 13H das 15H às 19H e das 22H às 24H será que esta gente está toda no desemprego durante o dia?
PS: Os gráficos foram tirados de um conhecido blog politico com vários anos de existência e com mais de 1 milhão de visitantes. A próxima figura mostra as visitas a um blog de futebol na ultima semana (na 3a feira foi feriado - sem comentários).
terça-feira, novembro 01, 2005
O pai do monstro
Tiro certeiro da ponte Europa, ou pq Cavaco começou o processo de bancarrota.
André Pereira na Ponte Europa afirma: «Mas... ele (Cavcaco)foi Ministro das Finanças de Sá Carneiro (1980)! Começou aí a levar Portugal à bancarrota de que Soares nos livrou em 83-85!?»
A afirmação é descontextualizada, daí que este post serve para a contextualizar.
O segundo gráfico mostra a evolução da taxa de cambio portuguesa.Este mostra, no quadrado mais à esquerda a tentativa de C.S. parar a desvalorização e combater a inflação ao passo que o segundo quadrado mostra o período de 1983-'1985. Em ambos os casos parou-se a desvalorização, logo as políticas aqui foram iguais. Mas.....
... no primeiro gráfico temos o efeito sobre a taxa de cobertura (Exp/Imp). Ora a medida de C.S. levou que esta chegasse aos 35% levando-nos anos mais tarde à banca-rota, enquanto as medidas de 83 estabilizaram-nos ao nível de 70%. Porquê a diferença? Basicamento pq C.S. não se apercebeu que para parar a desvalorização tinha tb de intervir no resto da economia, e combater a inflação pelos custos: congelar salários, aumentar a produtividade, etc. Isso não foi feito em 79 mas foi feito em 83.
E a crise petrolifera... ..bem essa foi em 1981 e se repararem a deterioração da taxa de cobertura começa no fim de 1979. A crise apenas destroi uma economia colocada numa situação frágil.
Se é um economista que queremos para PR será de certeza este?
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