segunda-feira, dezembro 05, 2005

Um homem, , um mito, uma verdade...


O gráfico acima dá o cresimento do PIB per capita (defalcionado pelo índice de preços ao consumidor e não pelo deflacionador do PIB, assim não mostra correctamente o crescimento do PIB mas o crescimento da capacidade do poder de compra que o PIB proporciona... ...para quem não percebe a diferença entre as duas formas de deflacionar tb se pode dizer que os valores não eram muito diferentes).

Vejamos, Portugal entra na CEE (mais tarde UE) em 1986, temos logo ali o impacto da entrada. Este pode.se ver com um crescimento de 4% em 1985 (efeito de um choque anunciado) e de 11% em 1986, 6/7% em 1987 e 9% em 1988. Foram estes as anos de grande crescimento do PIB português, e não foi devido a Cavaco Silva, este é o chamado efeito de adesao à CEE (passámos de uma situação sem fundos para uma situação com fundos e isso dá um impacto no crescimento ao criar inteiros sectores de actividade - por exemplo consultores para elaborar projectos além de que aquando da adesão Portugal tinha um conjunto de medidas que protegiam a economia de uma concorrencia agrssiva dos parceiros das UE, medidas essas que forma gradualmente desparecendo e hoje são nulas). Uma vez passados estes três primeiros anos (e pode-se dizer que a coisa podia correr mal, C.S. não se portou mal) houve a reforma dos fundos na UE. Passamos a ter QCA.
Vejamos o primeiro QCA, até 1991 , cresicmentos de 4/3%. Após isso guerra do golfo cruise mundial e recessão, que tb afectou Portugal. Com o eng. Gueterres recuperou-se dessa recessão e voltamos a estabilizar em torno dos 4% até 1999. Ano em que se começa a fazer sentir o ciclo negativo internacional com a queda em 2001.


Portanto quem foi melhor. Para mim foram iguais, mau, mau foi o inicio da década de 1980, nao pelo cresimento de 80, mas pela estagancao segunite que levou a que se tivesse que fazer um plano d austeridade do FMI q em 1984 levou a um decrescimo acentuado do PIB, mas em 1985 os efeitos dessas reformas e da adesaao à CEE ja se faziam sentir. Cavaco jogou bem a carta, sabia que o dificil tinha passado, que vinham aí bom anos e toma conta do PSD, deita abaixo o parceiro de governo e governa.

Fe bem, fez mal, fez melhor do que Guterres? Na minha opinao nemf ez bem ,nem mal, governou a conjutura tal como Guterres mas a estrutura economica protuguesa manteve-se, uma economia dependente das sub-contratacoes, antes textil agora tb de componentes automoveis, faltou uma politica industrial. O mito deve-se mais aos anos de 1986 a 1988 do que aos restantes e nem tudo foi mau, mas tb nao deixou uma economia forte, independenete, internacionalizada.

PS: Esqueci-me de duas coisas, o crash da bolsa de 1989 e o mini-crash da bolsa dos .com de 1999(?). Se o primeiro pode justificar a queda no crescimento do mesmo ano, o facto é que o crescimento nunca mais recuperou (e se esse crash explica o fraco crescimento a grande bolha especulativa anterior contribuiu para o crescimento anterior). O mesmo se pode dizer para os anos de Guterres (mas nem a bolha foi tao grande - em termos relativos - nem o crash tao acentuado).

2 comentários:

João Dias de Carvalho disse...

Sniper desculpa o logo comentário mas aqui fica a minha opinião global:

"Um país miserável tem...
385 mil trabalhadores a receber o salário mínimo


"Governo começa hoje a discutir o aumento dos actuais 374 euros e que deverá fixar-se em pouco mais de 30 cêntimos por dia."
Correio Manhã de 14-11-2005
Um país capaz de gerar riqueza não pode ter um ordenado mínimo desta ordem de grandeza.

Não é séria esta situação por um de dois motivos:

- os trabalhadores são improdutivos e então os seus postos de trabalho devem ser simplesmente extintos;

- os empresários são incompetentes logo devem ser simplesmente trabalhadores.

Há que agir com realismo e ter coragem para eliminar ambas as situações.

Nem sequer comento as palavras do primeiro-ministro nem do representante dos patrões à saída da reunião de hoje na qual foi estabelecido o Ordenado Mínimo Nacional.

Em organizações capazes, com equipas produtivas e produto com mais valia não há justificação para serem pagos estes ordenados miseráveis.

Nós não podemos continuar a querer ser a China ou a Índia da Europa.
Nessa direcção seremos sempre pouco competitivos."

JAC

Reeditado - http://sal-portugal.blogspot.com/2005/11/um-pas-miservel-tem.html

el s (pc) disse...

Não está apenas desculpado o seu longo comentário, mas fica aqui o meu agradecimento sobre o comentário, bastante lúcido.
Penso q os seus dois motivos são verdadeiras:
- os trabalhadores são improdutivos e então os seus postos de trabalho devem ser simplesmente extintos;
- os empresários são incompetentes logo devem ser simplesmente trabalhadores.

Na verdade em Portugal mantiveram-se muitas empresas improdutivas abertas com subsidios do governo e fundos europeus, mas também o fraco nível de instrução portuguès explica muito, não é por acaso que pessoas com níveis de instrução superiores ganham em portugal em termos de paridade de poder de compra quase tanto como os seus congéneres espanhóis, só que, em portugal são muito menos.