terça-feira, abril 18, 2006

Maus sinais vindos da execução orçamental...

.. e vou falar da DESPESA.

in DN
«De acordo com o Boletim de Execução Orçamental de Março divulgado ontem ao fim da tarde pelo Ministério das Finanças, a taxa de execução da despesa total realizada no subsector Estado foi de 22,1%, um valor que fica abaixo dos 25% que, se todos os trimestres fossem iguais em termos de despesa, corresponderiam aos primeiros três meses do ano».

Contudo nem todos os trimestres são iguais, desde logo pq os portugueses recebem os salários em 14 fatias. 3 no primeiro , 4 no segundo , 3 no terceiro e 4 no quarto trimestre.
3/14 são 0.2142. Esta é a percentagem anual aproximada da despesa do estado em salários no primeiro trimestre e pecará por estar sobreavaliada pois ao longo do ano as promoções (por mérito pq as outras estão congeladas) vão aumentando o valor da despesa.
Além disso os reembolsos a ser feitos em Junho, o lançamento de obras de conservação que são feitas na Primavera e Verão leva a que as despesas do estado usualmente aumentem durante o ano. Estar tão perto dos 25%, acima da percentagem em gastos salariais no primeiro trimestre se estes fossem constantes ao longo do ano é um MAU sinal, SINAL DE DERRAPAGEM?

Parece qe sim, porque o importante é comparar anos consecutivos e, no mesmo artigo:
"...a despesa cresceu 5,6% face a igual período do ano passado, sendo o resultado ainda mais preocupante ao nível da despesa corrente primária (6,7%)... ".

O que levanta outra questão: Sabendo que os salários da administração pública cresceram 1.5% (os mais baixos acima disso, digamos uma média de 2% e já é alta), que a inflação homóloga é de 3,1% (os preços em Março deste ano são 3.1% mais caros do que em Março do ano passado) a pergunta que fica relativa à despesa primária é onde se gastaram os outros 3%-4% de aumento?

Será que a contenção é para todos?

Quanto às receitas nem vou falar...

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