... esta opinião.
Parece ponto assente para muitos que com o crescimento da despesa o SNS não tem futuro a longo prazo porque o OE não aguenta.
De facto é preciso reduzir o desperdício de quem produz e de quem consome:
1 - Não me aflige que haja sistemas contracto público/privados para o sector da saúde (desde que não sejam sistemas para certas empresas aumentarem os lucros à conta do Estado e não da eficiência). O RU é um pradigma de que pode funcionar, o da Dinamarca tb (tem um sistema de médico de família privado - o estado financia integralmente a consulta e o médico recebe directamente a comparticipação do estado, mas não consultas repetidas sem motivo).
2 - Não me aflige que quem recorre às urgências obtenha uma bola vermelha(2 pts)/amarela (1 pt)/verde(0 pt) no cartão e quando atinge os 20 pontos tenha uma multa por sobre uso não justificado (eu tb dou sugestões).
Contudo, a opinão de alguns é aumentar os custos ao utente, mas agora pergunto-me eu: se o OE não aguenta, aguentará a carteira dos portugueses a melhoria dos serviços de saúde? É óbvio que não, se a economia não cresce rapidamente nem o OE nem os salários dos portugueses poderão manter um crescimento na qualidade do SNS para todos, logo o que parece inevitavel é que o SNS não poderá estar na fronteira do conhecimento mas uns furos mais abaixo. Se for uma decisão que o estado toma através do OE ninguém a aceitará e culpará o(s) ministro(s), mas se o estado privatizar a saúde então o decréscimo na qualidade será geral e todos considerarão isso um facto natural tal como na alimentação: o rico como caviar e o pobre come o que pode comprar.
A questão que nos vendem é falsa. Ela não é que modelo para o SNS: público, privado, semi-privado. A questão é que qualidade deverá o SNS oferecer e se a querem reduzir é óbvio que convencer as pessoas da sua privatização é a forma mais fácil, mas...
...os governos existem para resolver problemas, não para fugir deles!
domingo, março 19, 2006
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