terça-feira, fevereiro 07, 2006

Visão eurocêntrica:

Os dez livros que mais mudaram o mundo:
1.“A Origem das espécies”, de Charles Darwin
2.“A Bíblia”
3.“A interpretação dos sonhos”, de Sigmund Freud
4.“O Capital”, de Karl Marx
5.“D. Quixote”, de Miguel Cervantes
6.“Princípios matemáticos de filosofia natural”, de Isaac Newton
7.“Odisseia”, de Homero
8.“A Riqueza das Nações”, de Adam Smith
9.“Diálogo sobre os dois maiores sistemas do mundo”, de Galileu Galilei
10.“Teoria da relatividade”, de Albert Einstein.
in As Beiras

É assim que queremos falar de tolerância e respeito inter-cultural?

5 comentários:

Carim disse...

O título deveria ser "Os dez livros EUROPEUS que mais mudaram o mundo"

Um abraço

Anónimo disse...

Então,
caro amigo,
caro el__sniper.

Uma coisa fica-me despercebido.
Qual a sua lista alternativa?

E para já, de onde retirou essa lista, por favor?

Convém publicar a sua lista menos eurocêntrica, não acha?

Uma pergunta muito séria. V. Exa leva o diálogo inter-cultural muito a sério, suponho. Mas, sómente como modo de paz, para evitar confrontos de guerra? Qual a sua solução se as diferentes culturas defenderem valores irreconciliáveis?

V. Exa afirmou ser um "[a]gnóstico Teísta". Que significa essa definição em concreto? Explique-se por favor. Estaria muito interessado.

Por exemplo o ateismo. O ateismo diz saber, e dá como provado o que nunca pode ser provado, que foi a tal evolução que nos levou onde nós temos hoje. Desta plataforma o ateismo está a sobrever a paisagem cultural e acredita ver no horizonte novos confrontos religiosos. Chamo à atenção, que o ateismo não leva a sério nenhuma outra cultura, seja ela religiosa. O ateismo não admite, que haja uma visão, que possa requerer para si a verdade absoluta. ... O problema aqui é que as diferentes culturas fazem isso mesmo. ... Quem vai sair vencedor deste futuro conflito? Qual a sua opinião? Qual é a verdade absoluta do ateismo?

Embaixador do Irão

el s (pc) disse...

Agnostico - Um agnóstico dá como certo a impossibilidade de provar a existência ou não de Deus.
A partir daí a escolha de acreditar ou não na existência em Deus é estritamente pessoal (sabendo que nenhuma das duas pode ser provada), filosoficamente opto por acreditar que existe.

Pode-se ver a coisa mais ou menos assim: Yome-se como definição tudo o que é verdade (absoluta, se é que existe) como se fosse um círculo. Pense agora que apenas a 50% desse círculo é sujeito a prova por parte do homem, a outra metade será sempre desconhecida. Nesse parte desconhecida está a verdade sobre se existe ou não Deus.
Agora admitamos que o que cada pessoa sabe/acredita é parte conhecimento é parte crença. O conhecimento é um círculo mais pequeno que inclui sómente parte daquilo que pode ser sujeito a prova (portanto muito do conhecimento que pode ser provado ainda não está explorado) . A crença é um círculo que se sobrepõe em parte sobre a verdade não possível de conhecer e parte fora desta (assim parte da crença é falsa).
A exitência ou não de Deus inclui-se, como já dito, na parte da verdade que será impossível de provar, a escolha de acreditar ou não em Deus situa-se na crença pessoal, e cada um julga que a sua crença só inclui verdades não prováveis, mas na verdade não o sabe.

Verfique que é diferente do ateísmo: este dá como certo e provado que Deus não existe e diferente das religiões que tb dão como provado (milagres, profetas e afins) a existència de Deus. Estas duas visões não consideram que algo está para além da compreesão humana e q toda a verdade é sujeita a prova.
Basicamente esta é a definição. Nota, tb pode-se ser agnóstico ateísta.

el s (pc) disse...

A lista eurocèntrica baseia-se num inquérito aos frequentadores da biblioteca geral da UC assim como a docentes e investigadores desta Universidade e publicada no jornal regional, As Beiras.
Era uma constatação de que o euro-centrismo é a visão predominante na sociedade europeia. Exemplo, pq é que a Bíblia está em segundo lugar mas o Corão não aparece (penso que o mudou mais o mundo do que a Odisseia de Homero).

el s (pc) disse...

Claro que levo o diálogo inter-cultural muito a sério, mas não sómente para evitar guerras.
O diálogo leva ao desenvolvimento de tolerància e conhecimento de ambas as partes, cm o diálogo aprende-se a ver outros pontos de vista e combinando os vários a encontrar soluções para problemas que não pareciam resolúveis, evitar guerras é apenas um dos objectivos.

Não acredito que diferentes culturas defendam valores completamente irreconciliáveis, eles só se tornam irreconciliáveis quando existe um profundo desconhecimento dos outros. No fundo os homens e mulheres são todos iguais (mesma espécie), com os mesmos medos, ânseios e esperanças. Essa será sempre a base, a cultura é a expressão disso, e se é o medo que domina então os valores tornam-se aparentemente irreconciliáveis, mas o medo é apenas o fruto do desconhecimento.