quinta-feira, fevereiro 23, 2006
O DN devia olhar para a não qualidade dos seus colaboradores...
... este aqui, não sabe do que fala, nem lê o que vem (não em revistas da especialidade) mas ao menos o FT e o The Economist.
Não sabe do que fala:
1 - «...A teoria do crescimento económico sugere que as economias mais desenvolvidas estão limitadas por uma espécie de tecto de crescimento, nunca muito elevado.»
É verdade nos modelos de crescimento neo-clássico originais, modelo de Solow e Ramsey (quantas décadas têm estes)... ...não é verdade noutros modelos como no learnig by doing.
Os modelos têm de ter um ponto de estabilidade, os iniciais tinham-no no nível de desenvolvimento, os actuais têm-no na taxa de crescimento.
Mas é ainda menos verdade nas teorias de crescimento endógeno, onde o crescimento não é sómente pela acumulação de capital (físico e humano), mas tb pelo níve de R&D. Estas dizem que quem mais investe em R&D crescem mais, e os EUA são dos que mais investem em R&D.
2 - a impossibilidade de manter os chamados défices gémeos (o externo e o orçamental), a ausência de poupança na sociedade americana, a incapacidade dos salários para acompanharem o crescimento geral da economia. Acontece que nada disto é exactamente verdadeiro. Ninguém ainda provou qualquer relação entre os dois défices
Existe uma longa literatura recente (muita ainda em working paper) que mostra quando e porquê eles estão relacionados, mas ele não sabe... ...e a América é um desses casos (mas no tempo dos modelos de Solow e Ramsey não se sabia é verdade...)
nem lê o que vem (não em revistas da especialidade) mas ao menos do FT e o The Economist:
O FT tinha um artigo aqui à uns meses em que mostrava o cresimento per capita na década de 90 para todos os países da OCDE e relacionava com o nível da despesa pública. Mas a surpresa é que a Europa e os EUA per capita cresciam igualmente 2% (site não dísponivel).
O Economist (posr abaixo) mostra que o crescimento dos EUA de 99 a 04 era de 2.7% anuais e o da Euroland de 2%, que essa é exactamente a diferença do crescimento populacional, logo em per capita estamos iguais (e ainda há argumentos que melhoram o quadro para a Europa - aqui).
Temos de pensar que:
1 - Os EUA são mais optimistas nos dados divulgados in time do que a Europa, as correcções que os próprios institutos de estatística fazem são usualmente em decréscimo nos EUA e em subida na Europa.
2 - Que a população dos EUA cresce a um ritmo de 1%ano e o da américa cresce a um ritmo de 0.3% ano. Logo os EUA, «naturalmente», devem apresentar um crescimento superior em 0.7%.
3 - Que a Europa subvaloriza o crescimento do PIB e a América sobrevaloriza.
Finalmente, quando se complementa o quadro do PIB com lazer e desigualdade os USA estão ao nível da Europa (enquanto o trablahador europeu trabalha 40hsemana na América trabalha-se 70/h semana, na Europa temos 22 dias de férias, nos USA a média é 7-14dias).
Quanto a desigualdade nem vou falar.
O que ele documento, como sociólogo, são os casos daqueles pais que ficaram na parte de cima da escala social, que trabalham ambos 70h/semana, que não têm tempo para os filhos e compram tudo o que lhes pedem ($ em vez de love). Era sobre ISTO que devia falar e não complementar com o que NÃO SABE, NÃO LÊ.
PS: Em Portugal , além dos bom de 'boca'. há os que sendo bons nUMA MATÉRIA, são elevados a SABEDORES DE TUDO de saber a martelo. Nos EUA, que pelos vistos, tanto preza, que é bom é-o nUMA MATÉRIA, é um especialitsta, e nem se gosta, nem se aprecia os SABEDORES DE TUDO a martelo.
Não sabe do que fala:
1 - «...A teoria do crescimento económico sugere que as economias mais desenvolvidas estão limitadas por uma espécie de tecto de crescimento, nunca muito elevado.»
É verdade nos modelos de crescimento neo-clássico originais, modelo de Solow e Ramsey (quantas décadas têm estes)... ...não é verdade noutros modelos como no learnig by doing.
Os modelos têm de ter um ponto de estabilidade, os iniciais tinham-no no nível de desenvolvimento, os actuais têm-no na taxa de crescimento.
Mas é ainda menos verdade nas teorias de crescimento endógeno, onde o crescimento não é sómente pela acumulação de capital (físico e humano), mas tb pelo níve de R&D. Estas dizem que quem mais investe em R&D crescem mais, e os EUA são dos que mais investem em R&D.
2 - a impossibilidade de manter os chamados défices gémeos (o externo e o orçamental), a ausência de poupança na sociedade americana, a incapacidade dos salários para acompanharem o crescimento geral da economia. Acontece que nada disto é exactamente verdadeiro. Ninguém ainda provou qualquer relação entre os dois défices
Existe uma longa literatura recente (muita ainda em working paper) que mostra quando e porquê eles estão relacionados, mas ele não sabe... ...e a América é um desses casos (mas no tempo dos modelos de Solow e Ramsey não se sabia é verdade...)
nem lê o que vem (não em revistas da especialidade) mas ao menos do FT e o The Economist:
O FT tinha um artigo aqui à uns meses em que mostrava o cresimento per capita na década de 90 para todos os países da OCDE e relacionava com o nível da despesa pública. Mas a surpresa é que a Europa e os EUA per capita cresciam igualmente 2% (site não dísponivel).
O Economist (posr abaixo) mostra que o crescimento dos EUA de 99 a 04 era de 2.7% anuais e o da Euroland de 2%, que essa é exactamente a diferença do crescimento populacional, logo em per capita estamos iguais (e ainda há argumentos que melhoram o quadro para a Europa - aqui).
Temos de pensar que:
1 - Os EUA são mais optimistas nos dados divulgados in time do que a Europa, as correcções que os próprios institutos de estatística fazem são usualmente em decréscimo nos EUA e em subida na Europa.
2 - Que a população dos EUA cresce a um ritmo de 1%ano e o da américa cresce a um ritmo de 0.3% ano. Logo os EUA, «naturalmente», devem apresentar um crescimento superior em 0.7%.
3 - Que a Europa subvaloriza o crescimento do PIB e a América sobrevaloriza.
Finalmente, quando se complementa o quadro do PIB com lazer e desigualdade os USA estão ao nível da Europa (enquanto o trablahador europeu trabalha 40hsemana na América trabalha-se 70/h semana, na Europa temos 22 dias de férias, nos USA a média é 7-14dias).
Quanto a desigualdade nem vou falar.
O que ele documento, como sociólogo, são os casos daqueles pais que ficaram na parte de cima da escala social, que trabalham ambos 70h/semana, que não têm tempo para os filhos e compram tudo o que lhes pedem ($ em vez de love). Era sobre ISTO que devia falar e não complementar com o que NÃO SABE, NÃO LÊ.
PS: Em Portugal , além dos bom de 'boca'. há os que sendo bons nUMA MATÉRIA, são elevados a SABEDORES DE TUDO de saber a martelo. Nos EUA, que pelos vistos, tanto preza, que é bom é-o nUMA MATÉRIA, é um especialitsta, e nem se gosta, nem se aprecia os SABEDORES DE TUDO a martelo.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Não confiar no que nos dizem na primeira vez...
... e na aparência do que dizem na segunda.
A seginte imagem retirada do The economist mostra o crescimento anual do PIB dos EUA e da UE de 1999 a 2004. Compara as primeiras estimativas com a revisão (de notar que calcular o PIB não é telefonar a todas as empresas e perguntar: 'Ó Zé quantas latas é que produziste no último mês'. Na verdade é uma estimativa baseada num conjunto de informações, algumas só disponíveis anos mais tarde que leva a que se reveja o crescimento caculado e se apresentem dados 'finais')
Verificamos que após a revisão o crescimento do PIB americano passou de 3.1% para 2.7%, enquanto o da zona Euro passou de 1.6% para 2%. De facto a diferença reduziu-se de 1.5% para 0.7%.
Contudo, à reacção, mas os EUA crescem mais do que a Euroland, tem de se pensar que o q realmente conta é o PIB per capita, e como os EUA tem um crescimento populacional de 1% e a Europa de 0.3%, logo:
'As a result, the euro area's GDP per head has in fact grown at the same pace as America's.'
Mas há mais:
'...Europe could rejoice in further upward revisions to growth if its governments were to adopt American statistical practices. Price deflators there take more account of improvements in the quality of goods, such as computers, and thus a given rise in nominal spending implies faster growth in real terms. By using higher inflation rates, the euro area understates its growth relative to America's.In addition, American statisticians consider firms' spending on software that is written in-house to be investment, while in the euro area it is often counted as an expense and so is excluded from final output. The surge in software spending has therefore inflated America's relative growth.
On past experience, Europe's statisticians should add half a percentage point to their first guesses of GDP growth. By also switching to American practices, they could boost growth even further. Instead, their cautious ways are making Europe's economies look more dismal than they are, and gloomy headlines are discouraging consumers from spending. Perhaps Europe should outsource the compilation of its statistics to America, and then watch the boom.'
Ou seja por outras palavras se o Eurostat fizesse as contas da América o crescimento desta seria de 2.2% (contra os 2.7%) e se os Americanos fizessam as cotas Europeias o PIB Europeu cresceria a um ritmo de 2.5% (contra os 2% registados) e logo a Europa em PIB per capita cresceria mais rápido.
Fonte: The Economist (baseado em contas da Goldman Sachs)
PS: Onde estão os que durante cinco anos nos diziam olhem para a América e façam como eles, de facto em PIB per capita estamos iguais e a Europa ainda sub-contabiliza o crescimento quando comparado como o dos EUA.
PS2: Contudo isto não invalida o que Portugal esteja em crise, pois estamos a ficar mais longe dos nossos parceiros fazendo a contabilidade com critérios iguais .
A seginte imagem retirada do The economist mostra o crescimento anual do PIB dos EUA e da UE de 1999 a 2004. Compara as primeiras estimativas com a revisão (de notar que calcular o PIB não é telefonar a todas as empresas e perguntar: 'Ó Zé quantas latas é que produziste no último mês'. Na verdade é uma estimativa baseada num conjunto de informações, algumas só disponíveis anos mais tarde que leva a que se reveja o crescimento caculado e se apresentem dados 'finais')
Verificamos que após a revisão o crescimento do PIB americano passou de 3.1% para 2.7%, enquanto o da zona Euro passou de 1.6% para 2%. De facto a diferença reduziu-se de 1.5% para 0.7%.
Contudo, à reacção, mas os EUA crescem mais do que a Euroland, tem de se pensar que o q realmente conta é o PIB per capita, e como os EUA tem um crescimento populacional de 1% e a Europa de 0.3%, logo:
'As a result, the euro area's GDP per head has in fact grown at the same pace as America's.'
Mas há mais:
'...Europe could rejoice in further upward revisions to growth if its governments were to adopt American statistical practices. Price deflators there take more account of improvements in the quality of goods, such as computers, and thus a given rise in nominal spending implies faster growth in real terms. By using higher inflation rates, the euro area understates its growth relative to America's.In addition, American statisticians consider firms' spending on software that is written in-house to be investment, while in the euro area it is often counted as an expense and so is excluded from final output. The surge in software spending has therefore inflated America's relative growth.
On past experience, Europe's statisticians should add half a percentage point to their first guesses of GDP growth. By also switching to American practices, they could boost growth even further. Instead, their cautious ways are making Europe's economies look more dismal than they are, and gloomy headlines are discouraging consumers from spending. Perhaps Europe should outsource the compilation of its statistics to America, and then watch the boom.'
Ou seja por outras palavras se o Eurostat fizesse as contas da América o crescimento desta seria de 2.2% (contra os 2.7%) e se os Americanos fizessam as cotas Europeias o PIB Europeu cresceria a um ritmo de 2.5% (contra os 2% registados) e logo a Europa em PIB per capita cresceria mais rápido.
Fonte: The Economist (baseado em contas da Goldman Sachs)
PS: Onde estão os que durante cinco anos nos diziam olhem para a América e façam como eles, de facto em PIB per capita estamos iguais e a Europa ainda sub-contabiliza o crescimento quando comparado como o dos EUA.
PS2: Contudo isto não invalida o que Portugal esteja em crise, pois estamos a ficar mais longe dos nossos parceiros fazendo a contabilidade com critérios iguais .
De tão contentes a criticar o Islão...
...colocamos todos no mesmo saco, e não queremos ver que:
Furor Over Cartoons Pits Muslim Against Muslim
Assim, em vez de ajudarmos quem luta nesses países por uma sociedade mais livre, ajudamos quem mantém a sociedade amordaçada.
Furor Over Cartoons Pits Muslim Against Muslim
Assim, em vez de ajudarmos quem luta nesses países por uma sociedade mais livre, ajudamos quem mantém a sociedade amordaçada.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Apesar do 94o lugar é um campeão...
Danny Silva, único representante português nos JO de Inverno, Torino 2006.
Era tempo de o governo começar a pensar em apoiar os desportos de Inverno. Sei que não muita neve em Portugal, mas onde a há (Serra a Estrela) poderiam haver estruturas que fomentassem as corrida de fundo sobre esquis, na cidades poderiam haver pistas de gelo (e não só no Natal para se 'brincar') que fomentassem a patinagem de velocidade, o short tack, a patinagem artística e, porque não o Ice Hockey?...
Esta necessidade é comum a muitos outros desportos. É necessário uma política integrada de desporto que vã além do futebol, do atletismo e de algumas outras modalidades. A presença condigna de atletas nos JO é também um sinal de desenvolvimento.
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Sobre o meu comentário no lado no cais...
... onde pergunto que provas dadas é que os jovenzinhos recém-licenciados têm para serem presidentes de Institutos.
CV de Nuno Freitas aqui (saliente-se que o tem on-line, uma raridade política)
Veja-se esta parte:
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS
§ Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra com a nota final de Bom (15 valores);
§ Pós-Graduação em Direito da Medicina pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;
§ Frequência do Mestrado em Bioética da Universidade Católica Portuguesa; (isto aqui é para quê? Ou diz que está a frequentar ou omite, porque se frequenou e desitiu não é uma habilitação,é uma desistência)...
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
§ Médico do Internato de Especialidade de Patologia Clínica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (n.º mec. 6440);
§ Médico eventual do Hospital Distrital de Leiria;
§ Curso Avançado do INEM para VMER; (Isto é uma habilitação ganha com prática mas não é uma experiència profissional)
O resto são cargos políticos e então que EXPERIÊNCIA DE FACTO TINHA PARA SER NOMEADO PRESIDENTE DO IDT.
Alguém disso que é muito válido intelctualmenete (não tenho dúvidas), mas isso é o bom de 'boca' não de 'facto'.
Não quer dizer que não tenha sido uma aposta ganha, mas com os bens públicos não se deve andar a meter moedas na roleta, ora sai, ora não.
Ricardo Castanheira - CV não disponível mas percurso aqui, em voz própria
Mais uma vez um percurso político e com coisas MUITO ESTRANHAS, por exemplo ESTA:
'Sou também Professor Auxiliar Convidado da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa, na Licenciatura de Ciência Política '
Quer dizer, alguns para fazer a carreira académica tÊm de se matar a fazer o doutoramento (veja-se este aqui) e outros, porque deputados dão aulas em Universidades privadas?
Mais uma vez, não ponho em causa a sua capacidade, mas os cargos são todos pq bom de 'boca', não provou antes que tb era de facto.
É isto que eu digo, estes dois rapazes de facto até são válidos (não sei se tão bons como se diz mas...), chegariam longe mesmo num tradicional sistema de mérito (por isso não me custa nada usá-los como exemplos), mas quantos não o sendo ocupam cargos para os quais a sua competência , não é zero, é negativa?????
PS: Há mais jovenzinhos em cargos de destaque, mas mutios não sei se chegariam longe num sistema de mérito, abstraio-me de usá-los como exemplos.
CV de Nuno Freitas aqui (saliente-se que o tem on-line, uma raridade política)
Veja-se esta parte:
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS
§ Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra com a nota final de Bom (15 valores);
§ Pós-Graduação em Direito da Medicina pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;
§ Frequência do Mestrado em Bioética da Universidade Católica Portuguesa; (isto aqui é para quê? Ou diz que está a frequentar ou omite, porque se frequenou e desitiu não é uma habilitação,é uma desistência)...
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
§ Médico do Internato de Especialidade de Patologia Clínica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (n.º mec. 6440);
§ Médico eventual do Hospital Distrital de Leiria;
§ Curso Avançado do INEM para VMER; (Isto é uma habilitação ganha com prática mas não é uma experiència profissional)
O resto são cargos políticos e então que EXPERIÊNCIA DE FACTO TINHA PARA SER NOMEADO PRESIDENTE DO IDT.
Alguém disso que é muito válido intelctualmenete (não tenho dúvidas), mas isso é o bom de 'boca' não de 'facto'.
Não quer dizer que não tenha sido uma aposta ganha, mas com os bens públicos não se deve andar a meter moedas na roleta, ora sai, ora não.
Ricardo Castanheira - CV não disponível mas percurso aqui, em voz própria
Mais uma vez um percurso político e com coisas MUITO ESTRANHAS, por exemplo ESTA:
'Sou também Professor Auxiliar Convidado da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa, na Licenciatura de Ciência Política '
Quer dizer, alguns para fazer a carreira académica tÊm de se matar a fazer o doutoramento (veja-se este aqui) e outros, porque deputados dão aulas em Universidades privadas?
Mais uma vez, não ponho em causa a sua capacidade, mas os cargos são todos pq bom de 'boca', não provou antes que tb era de facto.
É isto que eu digo, estes dois rapazes de facto até são válidos (não sei se tão bons como se diz mas...), chegariam longe mesmo num tradicional sistema de mérito (por isso não me custa nada usá-los como exemplos), mas quantos não o sendo ocupam cargos para os quais a sua competência , não é zero, é negativa?????
PS: Há mais jovenzinhos em cargos de destaque, mas mutios não sei se chegariam longe num sistema de mérito, abstraio-me de usá-los como exemplos.
Quem não está do nosso lado, está...
...contra nós. Doutrina de Bush e agora de Vicente Jorge Silva
Ao afirmar que o ministro dos negócios estrangeiros desculpabilizou as atitudes violentas dos muçulmanos, mas o MNE disse que a ‘guerra de religiões’ é inaceitável, criticando os dois lados.
Menoridade democrática é quem acha que só há dois lados numa contenda e um tem de estar necessariamente certo.
Ao afirmar que o ministro dos negócios estrangeiros desculpabilizou as atitudes violentas dos muçulmanos, mas o MNE disse que a ‘guerra de religiões’ é inaceitável, criticando os dois lados.
Menoridade democrática é quem acha que só há dois lados numa contenda e um tem de estar necessariamente certo.
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Só para quem ainda não reparou...
Tiro ao Abrupto...
Aqui
Aquelas fotografias do trabalho aqui e além é para quem? Para os que não sabem o que é trabalhar? Uma mensagem para os amigos do Parlamento? Ou porque é 'encantador' ver aquelas pessoas a trabalhar?
Quanto às leis, que são um ataque a quem prefere um nick, deve ser o medo de ver que existe mais matéria cinzenta no mundo do que a dele.
Uma vez que é novo nisto*, deixe-me que lhe diga: Nos inícios da internet, quando esta era um lugar relativamente respeitável, uma vez que as pessoas 'importantes' a consideravam uma coisa de miúdos, um nick, uma identidade internauta era a norma. Mas agora que os 'importantes' se aperceberam do alcance da Net querem normalizá-la, querem nomes e fotos, querem torná-la na versão virtual da realidade quando antes era, definitivamente, a alternativa da realidade.
* - (Nota para quem acha estranho o novo nisto) - Desde os inícios da Net que houve coisas parecidas com Blogs. Inicialmente não havia mensenger, mas havia o Mirc onde as pessoas conversavam (podiam fazer uma sala exclusiva) ou aberta a mais do que uma pessoa (comunidades- chats). Mas para publicar opiniões havia as 'newsletters rooms'. O acesso era comlicado, tinha de se conhecer o IP ou nome do servidor onde estavam alocadas, a apresentação era só em texto e não eram user friendly para qualquer um. Resultado: havia muito pouco de política nessas newsletters e muito de outras coisas, sobretudo de assuntos para 'nerds' que sendo minoritários têm tb gostos 'diferentes' dos da moda cultural. Abreviando a história, depois veio o Yahoo com os seus Clubs e depois transformados em groups - essencialmente colocavam-se mensagens, eram user friendly e alguns grupos de discussão política começaram a usá-los.
O que não havia era o formato blog (não o sem comentários - pq nos Yahoo Groups pode-se dar acesso a qq um para ver as mensagens mas impedir a participação), mas uma divisão clara entre as mensagens do(s) dono(s) e mensagens subsequentes, assim como a visibilidade diferente das mensagens do(s) dono(s) e dos comentários dos outros. É esta diferenciação que tanto apraz os políticos e opinion makers porque podem colocar as suas mensagens em destaque no seu site, mas de resto é apenas uma transformação gráfica/visual do que já existia, importante sem dúvida, mas que leva a que os génios (da lâmpada) pensem que é uma coisa nova e que o que era usual e comum (nicks e personalidades virtuais) seja o denominador de anónimos cobardes, quando em vez isso sempre foi a norma no espírito da Net.
Este espírito de que o anonimato das fontes é a combater é uma transformação recente da sociedade actual, sem ela o caso WaterGate jamais seria descoberto, mas hoje a necessidade de controlo da sociedade por parte da inteligentia leva a que o anónomo seja combatido em nome de uma pseudo-moralidade da coragem individual em contra posição dos valores da verdade.
Aquelas fotografias do trabalho aqui e além é para quem? Para os que não sabem o que é trabalhar? Uma mensagem para os amigos do Parlamento? Ou porque é 'encantador' ver aquelas pessoas a trabalhar?
Quanto às leis, que são um ataque a quem prefere um nick, deve ser o medo de ver que existe mais matéria cinzenta no mundo do que a dele.
Uma vez que é novo nisto*, deixe-me que lhe diga: Nos inícios da internet, quando esta era um lugar relativamente respeitável, uma vez que as pessoas 'importantes' a consideravam uma coisa de miúdos, um nick, uma identidade internauta era a norma. Mas agora que os 'importantes' se aperceberam do alcance da Net querem normalizá-la, querem nomes e fotos, querem torná-la na versão virtual da realidade quando antes era, definitivamente, a alternativa da realidade.
* - (Nota para quem acha estranho o novo nisto) - Desde os inícios da Net que houve coisas parecidas com Blogs. Inicialmente não havia mensenger, mas havia o Mirc onde as pessoas conversavam (podiam fazer uma sala exclusiva) ou aberta a mais do que uma pessoa (comunidades- chats). Mas para publicar opiniões havia as 'newsletters rooms'. O acesso era comlicado, tinha de se conhecer o IP ou nome do servidor onde estavam alocadas, a apresentação era só em texto e não eram user friendly para qualquer um. Resultado: havia muito pouco de política nessas newsletters e muito de outras coisas, sobretudo de assuntos para 'nerds' que sendo minoritários têm tb gostos 'diferentes' dos da moda cultural. Abreviando a história, depois veio o Yahoo com os seus Clubs e depois transformados em groups - essencialmente colocavam-se mensagens, eram user friendly e alguns grupos de discussão política começaram a usá-los.
O que não havia era o formato blog (não o sem comentários - pq nos Yahoo Groups pode-se dar acesso a qq um para ver as mensagens mas impedir a participação), mas uma divisão clara entre as mensagens do(s) dono(s) e mensagens subsequentes, assim como a visibilidade diferente das mensagens do(s) dono(s) e dos comentários dos outros. É esta diferenciação que tanto apraz os políticos e opinion makers porque podem colocar as suas mensagens em destaque no seu site, mas de resto é apenas uma transformação gráfica/visual do que já existia, importante sem dúvida, mas que leva a que os génios (da lâmpada) pensem que é uma coisa nova e que o que era usual e comum (nicks e personalidades virtuais) seja o denominador de anónimos cobardes, quando em vez isso sempre foi a norma no espírito da Net.
Este espírito de que o anonimato das fontes é a combater é uma transformação recente da sociedade actual, sem ela o caso WaterGate jamais seria descoberto, mas hoje a necessidade de controlo da sociedade por parte da inteligentia leva a que o anónomo seja combatido em nome de uma pseudo-moralidade da coragem individual em contra posição dos valores da verdade.
Reflexão sobre o que nos dizem...
... um editor de um livro infantil sobre a vida de Maomé não encontra UM ÚNICO desenhador...
...um editor de um jornal encontra DOZE cartoonists dispostos a não só desenhar Maomé mas, alguns, a insultar todos os que seguem o profeta.
Parece-me que há algo de errado nestas contas porque na minha terra 0 x 12 = 0, mas neste caso 0 x 12 = 12?
...um editor de um jornal encontra DOZE cartoonists dispostos a não só desenhar Maomé mas, alguns, a insultar todos os que seguem o profeta.
Parece-me que há algo de errado nestas contas porque na minha terra 0 x 12 = 0, mas neste caso 0 x 12 = 12?
Liberdade de expressão...
Davoud Kazemi, who is in charge of the contest, told Reuters that each of the 12 winners would have their cartoons published and receive two gold coins (worth about $US140 each) as a prize.
In Paris, CER President Joseph Sitruk, who is also Chief Rabbi of France, said: "The Iranian regime has plummeted to new depths if it regards the deaths of six million Jews as a matter for humour or to score cheap political points. "
aqui
ou
The United States has condemned an Iranian newspaper's plan to hold a contest for cartoons about the World War II Holocaust of Jews.
The paper announced the contest in response to Danish caricatures of the Prophet Mohammed that have outraged Muslims around the world.
State Department spokesman Sean McCormack reiterated U.S. support for freedom of expression, including in Iran, but condemned the Holocaust cartoon contest.
"Any attempt to mock or to in any way denigrate the horror that was the Holocaust is simply outrageous," McCormack said.
Aqui
PS: Por motivos de coêrencia não os colocarei aqui sem os distorcer- não o fiz com os cartoons dinamarqueses.
In Paris, CER President Joseph Sitruk, who is also Chief Rabbi of France, said: "The Iranian regime has plummeted to new depths if it regards the deaths of six million Jews as a matter for humour or to score cheap political points. "
aqui
ou
The United States has condemned an Iranian newspaper's plan to hold a contest for cartoons about the World War II Holocaust of Jews.
The paper announced the contest in response to Danish caricatures of the Prophet Mohammed that have outraged Muslims around the world.
State Department spokesman Sean McCormack reiterated U.S. support for freedom of expression, including in Iran, but condemned the Holocaust cartoon contest.
"Any attempt to mock or to in any way denigrate the horror that was the Holocaust is simply outrageous," McCormack said.
Aqui
PS: Por motivos de coêrencia não os colocarei aqui sem os distorcer- não o fiz com os cartoons dinamarqueses.
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Para quem ainda não reparou...
Um grupo de cientistas numa expedição recente a Irian Jaya (parte ocidental da ilha da Papua Nova Guiné - aquela ilha grande a Norte da austrália), descobriu inúmeras novas espécies.
Ainda há paraísos perdidos, a natureza ainda nos surpreende...
Aqui fica a foto de uma rã arbícola, desconhecida até hoje. Site aqui.
Sobre os cartoons...
Quando se expressa ideias contra todo o Islão elas derivam de um só facto: nunca contactaram com um islâmico moderado, mas a verdade é que também não contactaram com um fanático.
As opiniões advêm da ignorância, de nunca terem conversado ou ter no seu grupo de amigos um islâmico.
Assim as ideias defendidas em vários blogs contra o Islão, assim como as de vários opinion makers derivam do único conhecimento que têm do Islão e de muçulmanos: a televisão e os jornais, de afirmações de fanáticos e fundamentalistas, de actos de pessoas manietadas por líderes políticos. Esse é o único contacto que têm com o Islão. O contacto frio e distante dos jornais e da televisão, feito, tal como fazem os livros e os filmes, para chegar a alguns (e não todos) os pontos de sensibilidade ocidental.
Mas esses fundamentalistas e fanáticos que usam o povo para os seus fins estão no poder tanto por culpa Ocidental como do Islão. O Ocidente (cristão diga-se), defensor da democracia e liberdade de expressão não se levantou em protestos quando uma mulher democraticamente eleita para ser PR do Paquistão (e quantas foram em Portugal?) foi derrubada por um golpe de estado, de um ditador 'amigo'. Ditador 'amigo' que financia grupos terroristas no Índia, escolas corânicas e dava apoio financeiro, bélico e político aos Talibans. Talibans esses que quando invadiram o edifício das NU em Cabul para assassinar o ditador comunista não foram condenados pela comunidade internacional. Nessa altura EUA julgavam que estes senhores iriam acabar com a plantação de ópio no Afeganistão, reduzindo assim o drama da droga (no caso, heroína) nos EUA. Apoiaram os Talibans, pensaram que resolviam dois problemas: diminuíam o fornecimento de ópio e estabilizavam o Afeganistão (dividido entre senhores da guerra apoiados e aclamados pelo Ocidente quando se opunham ao invasor soviético). O que dizer do Kuwait ou da Arábia Saudita, ou dos Emirados Árabes Unidos (dos quais faz parte o Dubai) onde casas reais impõe das mais violentas aplicações literais do Corão com a bênção Ocidental. Essas casas mantêm a estabilidade para um preço de barril de petróleo em valores aceitáveis, hoje 60$, mas imagine-se que havia eleições, nesses países a cada uma a instabilidade que não gerava, talvez hoje o preço fosse de 200$.
Durante anos o Ocidente manteve na Indonésia um ditador que impôs regimes de medo e terror em Timor-leste, Iran-Java e em outras partes do país. A principal opositora, uma mulher! (Pois em Portugal os principais opositores forma mulheres, não? Eram estas que estavam nas posições de destaque?)
No Irão um regime fundamentalista está no poder, como reacção ao Xá da Pérsia, cruel ditador apoiado pelos amigos Ocidentais. Hoje rodeado pelos EUA, a leste no Afeganistão e a Ocidente no Iraque, sente-se cercado e reage como o animal enclausurado e ataca.
O Ocidente nunca fez nada em prol da democracia nesses países, sempre apoiou os ditadores e tentou minimizar ou por de parte os grupos democratas (no Irão uma política de re-aproximação estava a dar os seus resultados com os moderados a ganharem cada vez mais terreno, mas o Bush tinha de os cercar, dizer que faziam parte do eixo do mal, encostá-los à parede, deu força aos fanáticos e fundamentalistas e sabe-se que quando um animal está enclausurado é tarde demais quer para ele quer para quem o enclausura, a certo ponto o confronto é inevitável).
Depois de tudo o que não fizemos pela democracia e pela defesa dos direitos humanos nesses países e pelo que fizemos a incentivar ditadores também somos culpados, mas não somo humildes para o admitir. Mas somos lestos a condenar as atitudes deles, o fanatismo, a violência, a intolerância (e é de condenar com força, não há palavras que cheguem para condenar esses actos). Mas em vez de irmos às causas, do que levou nessas sociedades a que grupos moderados e democratas fossem marginalizados e fanáticos tomassem o poder e fossem uma ameaça para nós (Bin Laden, financiado pela CIA é mais um exemplo) colocamos tudo no mesmo saco: É o Islão, é o Islão que tem de ser morto, é o Islão a raiz de tudo, é o Islão o nosso inimigo (e como precisamos de inimigos!) e todos os Islâmicos são terroristas e assassinos.
Quer bloguistas, quer opinion makers não conhecem um único que seja moderado, para dizer a verdade, não conhecem um único seja moderado ou não e como em tudo, o desconhecimento do outro provoca em ambos os lados o mais primitivo dos sentimentos: MEDO.
E é esse medo que atiça a fogueira do ódio dos dois lados. Pode ser que quem hoje atiça o fogo, amanhã diga adeus aos netos que partem para a guerra e alimentam com o seu sangue a fogueira da intolerância para a qual muitos contribuíram.
Posto isto eu defendo a liberdade de expressão, eu defendo o direito à indignação contra qualquer manifestação de intolerância, mas ultimamente a liberdade de expressão tem andado sobre ataque. Ataque dos fundamentalistas islâmicos que querem censura de facto sobre qualquer texto/desenho anti-islâmico e ataque dos pretensos defensores da liberdade de expressão, que atacam qualquer um que se solidarize com os grupos alvos de expressões xenófobas e racistas como se isso fosse um ataque à liberdade de expressão.
Não é ataque à liberdade que um governo reprove um comentário, um texto, um desenho, só seria se o proibisse. Mas para os pretensos defensores da liberdade de expressão e da máxima de Voltaire: “Eu não concordo com o que dizes, mas bater-me-ei para que o digas”, transformaram-na em qualquer coisa como: “Eu não concordo com o que dizes, mas mais do que bater-me para que o digas nem o criticarei porque tenho medo que te cales”. A liberdade de expressão não pode ter medo, medo devido a ataques à integridade física ou medo de por criticar o outro calar-se, não pode andar de mão dada com uma opinião pública e governos assépticos sobre toda e qualquer mensagem transmitida pelos meios de comunicação.
As opiniões advêm da ignorância, de nunca terem conversado ou ter no seu grupo de amigos um islâmico.
Assim as ideias defendidas em vários blogs contra o Islão, assim como as de vários opinion makers derivam do único conhecimento que têm do Islão e de muçulmanos: a televisão e os jornais, de afirmações de fanáticos e fundamentalistas, de actos de pessoas manietadas por líderes políticos. Esse é o único contacto que têm com o Islão. O contacto frio e distante dos jornais e da televisão, feito, tal como fazem os livros e os filmes, para chegar a alguns (e não todos) os pontos de sensibilidade ocidental.
Mas esses fundamentalistas e fanáticos que usam o povo para os seus fins estão no poder tanto por culpa Ocidental como do Islão. O Ocidente (cristão diga-se), defensor da democracia e liberdade de expressão não se levantou em protestos quando uma mulher democraticamente eleita para ser PR do Paquistão (e quantas foram em Portugal?) foi derrubada por um golpe de estado, de um ditador 'amigo'. Ditador 'amigo' que financia grupos terroristas no Índia, escolas corânicas e dava apoio financeiro, bélico e político aos Talibans. Talibans esses que quando invadiram o edifício das NU em Cabul para assassinar o ditador comunista não foram condenados pela comunidade internacional. Nessa altura EUA julgavam que estes senhores iriam acabar com a plantação de ópio no Afeganistão, reduzindo assim o drama da droga (no caso, heroína) nos EUA. Apoiaram os Talibans, pensaram que resolviam dois problemas: diminuíam o fornecimento de ópio e estabilizavam o Afeganistão (dividido entre senhores da guerra apoiados e aclamados pelo Ocidente quando se opunham ao invasor soviético). O que dizer do Kuwait ou da Arábia Saudita, ou dos Emirados Árabes Unidos (dos quais faz parte o Dubai) onde casas reais impõe das mais violentas aplicações literais do Corão com a bênção Ocidental. Essas casas mantêm a estabilidade para um preço de barril de petróleo em valores aceitáveis, hoje 60$, mas imagine-se que havia eleições, nesses países a cada uma a instabilidade que não gerava, talvez hoje o preço fosse de 200$.
Durante anos o Ocidente manteve na Indonésia um ditador que impôs regimes de medo e terror em Timor-leste, Iran-Java e em outras partes do país. A principal opositora, uma mulher! (Pois em Portugal os principais opositores forma mulheres, não? Eram estas que estavam nas posições de destaque?)
No Irão um regime fundamentalista está no poder, como reacção ao Xá da Pérsia, cruel ditador apoiado pelos amigos Ocidentais. Hoje rodeado pelos EUA, a leste no Afeganistão e a Ocidente no Iraque, sente-se cercado e reage como o animal enclausurado e ataca.
O Ocidente nunca fez nada em prol da democracia nesses países, sempre apoiou os ditadores e tentou minimizar ou por de parte os grupos democratas (no Irão uma política de re-aproximação estava a dar os seus resultados com os moderados a ganharem cada vez mais terreno, mas o Bush tinha de os cercar, dizer que faziam parte do eixo do mal, encostá-los à parede, deu força aos fanáticos e fundamentalistas e sabe-se que quando um animal está enclausurado é tarde demais quer para ele quer para quem o enclausura, a certo ponto o confronto é inevitável).
Depois de tudo o que não fizemos pela democracia e pela defesa dos direitos humanos nesses países e pelo que fizemos a incentivar ditadores também somos culpados, mas não somo humildes para o admitir. Mas somos lestos a condenar as atitudes deles, o fanatismo, a violência, a intolerância (e é de condenar com força, não há palavras que cheguem para condenar esses actos). Mas em vez de irmos às causas, do que levou nessas sociedades a que grupos moderados e democratas fossem marginalizados e fanáticos tomassem o poder e fossem uma ameaça para nós (Bin Laden, financiado pela CIA é mais um exemplo) colocamos tudo no mesmo saco: É o Islão, é o Islão que tem de ser morto, é o Islão a raiz de tudo, é o Islão o nosso inimigo (e como precisamos de inimigos!) e todos os Islâmicos são terroristas e assassinos.
Quer bloguistas, quer opinion makers não conhecem um único que seja moderado, para dizer a verdade, não conhecem um único seja moderado ou não e como em tudo, o desconhecimento do outro provoca em ambos os lados o mais primitivo dos sentimentos: MEDO.
E é esse medo que atiça a fogueira do ódio dos dois lados. Pode ser que quem hoje atiça o fogo, amanhã diga adeus aos netos que partem para a guerra e alimentam com o seu sangue a fogueira da intolerância para a qual muitos contribuíram.
Posto isto eu defendo a liberdade de expressão, eu defendo o direito à indignação contra qualquer manifestação de intolerância, mas ultimamente a liberdade de expressão tem andado sobre ataque. Ataque dos fundamentalistas islâmicos que querem censura de facto sobre qualquer texto/desenho anti-islâmico e ataque dos pretensos defensores da liberdade de expressão, que atacam qualquer um que se solidarize com os grupos alvos de expressões xenófobas e racistas como se isso fosse um ataque à liberdade de expressão.
Não é ataque à liberdade que um governo reprove um comentário, um texto, um desenho, só seria se o proibisse. Mas para os pretensos defensores da liberdade de expressão e da máxima de Voltaire: “Eu não concordo com o que dizes, mas bater-me-ei para que o digas”, transformaram-na em qualquer coisa como: “Eu não concordo com o que dizes, mas mais do que bater-me para que o digas nem o criticarei porque tenho medo que te cales”. A liberdade de expressão não pode ter medo, medo devido a ataques à integridade física ou medo de por criticar o outro calar-se, não pode andar de mão dada com uma opinião pública e governos assépticos sobre toda e qualquer mensagem transmitida pelos meios de comunicação.
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Embaixadas portuguesas no mundo com Pagina WEb:
AUSTRÁLIA
Web-site: www.consulportugalsydney.org.au
CANADÁ
Web-site: http://www.embportugal-ottawa.org
CHINA (REPÚBLICA POPULAR DA)
Centro Cultural: ccpp@www.ccpp-rpc.org
ESPANHA (REINO DE)
Site:www.embajadaportugal-madrid.org
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Website: http://www.portugalemb.org
FRANÇA (REPÚBLICA FRANCESA)
Web-page: http://www.embaixada-portugal-fr.org
ÍNDIA (REPÚBLICA DA)
http://www.emportindia.com
http://www.institutocamoes.org (Adido Cultural)
INDONÉSIA (REPÚBLICA DA)
Home Page: http://www.embassyportugaljakarta.or.id
Embiaxadas:
JAPÃO
Webpage: www.portugal.or.jp
Webpage (serviços culturais): www.pnsnet.co.jp/users/cltembpt
NORUEGA (REINO DA)
Webpage: www.dgaccp.pt/oslo/
POLÓNIA (REPÚBLICA DA)
Webpage: http://www.ambasadaportugalii.pl/
ROMÉNIA (REPÚBLICA DA)
Webpage: www.embportugal.ro
SUÉCIA (REINO DA)
Site: www.embassyportugal.se
TIMOR-LESTE
Site: http://www.embpor.tp
Missoes premanentes:
Missão Permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas
Home Page: http://www.un.int/portugal
As outras nao a têm - gritante é a falta de informacão daqui:
Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia
Pergunta: Ter página na internet é deixado ao cuidado de quem? Do embaixador?
Só 14 embaixadas (e uma missão especial) tem site web, e como (não) se vê, alguns dos locais de destino de emigracão (Reino Unido e Alemanha) nao o têm.
Choque tecnológico, hoje?
Bib: Dados retirados daqui
Web-site: www.consulportugalsydney.org.au
CANADÁ
Web-site: http://www.embportugal-ottawa.org
CHINA (REPÚBLICA POPULAR DA)
Centro Cultural: ccpp@www.ccpp-rpc.org
ESPANHA (REINO DE)
Site:www.embajadaportugal-madrid.org
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Website: http://www.portugalemb.org
FRANÇA (REPÚBLICA FRANCESA)
Web-page: http://www.embaixada-portugal-fr.org
ÍNDIA (REPÚBLICA DA)
http://www.emportindia.com
http://www.institutocamoes.org (Adido Cultural)
INDONÉSIA (REPÚBLICA DA)
Home Page: http://www.embassyportugaljakarta.or.id
Embiaxadas:
JAPÃO
Webpage: www.portugal.or.jp
Webpage (serviços culturais): www.pnsnet.co.jp/users/cltembpt
NORUEGA (REINO DA)
Webpage: www.dgaccp.pt/oslo/
POLÓNIA (REPÚBLICA DA)
Webpage: http://www.ambasadaportugalii.pl/
ROMÉNIA (REPÚBLICA DA)
Webpage: www.embportugal.ro
SUÉCIA (REINO DA)
Site: www.embassyportugal.se
TIMOR-LESTE
Site: http://www.embpor.tp
Missoes premanentes:
Missão Permanente de Portugal junto da Organização das Nações Unidas
Home Page: http://www.un.int/portugal
As outras nao a têm - gritante é a falta de informacão daqui:
Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia
Pergunta: Ter página na internet é deixado ao cuidado de quem? Do embaixador?
Só 14 embaixadas (e uma missão especial) tem site web, e como (não) se vê, alguns dos locais de destino de emigracão (Reino Unido e Alemanha) nao o têm.
Choque tecnológico, hoje?
Bib: Dados retirados daqui
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Só há intolerantes do outro lado, ou não?
...veremos quando 'The Da Vinci Code' Film estrear.
(Os de esquerda sem dúvida que continuarão tolerantes, mas os de direita?)
....
Sidney Sheinberg, the former president of MCA-Universal, which released "The Last Temptation of Christ," the 1988 film by Martin Scorsese, was skeptical that a Web site would satisfy those who found "The Da Vinci Code" insulting to their religion.
"That suggests that people who have an opinion are going to put the opinion where you tell them to," he said.
Mr. Sheinberg spoke from bruising experience. "The Last Temptation," which depicted Jesus, while on the cross, doubting his faith and fantasizing about a more prosaic life, ignited a firestorm of protest against the studio, and Mr. Sheinberg received death threats, hate mail and even a pig's head mailed to his home at the time.
...
NYTIMES, aqui
(Os de esquerda sem dúvida que continuarão tolerantes, mas os de direita?)
....
Sidney Sheinberg, the former president of MCA-Universal, which released "The Last Temptation of Christ," the 1988 film by Martin Scorsese, was skeptical that a Web site would satisfy those who found "The Da Vinci Code" insulting to their religion.
"That suggests that people who have an opinion are going to put the opinion where you tell them to," he said.
Mr. Sheinberg spoke from bruising experience. "The Last Temptation," which depicted Jesus, while on the cross, doubting his faith and fantasizing about a more prosaic life, ignited a firestorm of protest against the studio, and Mr. Sheinberg received death threats, hate mail and even a pig's head mailed to his home at the time.
...
NYTIMES, aqui
Fomentar o ódio entre jovens...
como professor universitário sabe que influenciar+a os seus alunos, logo:
"...Seguidores de Maomé destroem as torres gémeas de Nova Iorque e uma ala do Pentágono, matando mais de três mil pessoas, enquanto nas ruas de Ramallah se celebra dançando; destroem a Embaixada americana em Nairobi, matando 250 pessoas; destroem uma composição ferroviária em Madrid, matando 200 pessoas; destroem umas quantas carruagens de metro em Londres, matando 50 pessoas; destroem uma rua turística de Bali, matando 200 pessoas; ..."
É fomentar o ódio ao Islão e com inverdades, aquando do ataque às torres g+emeas náo se dançou nas ruas de Ramallah... ...as imagens que vimos foram 2 ou 3 fanáticos a congratularem-se com enquadramentos fechados, para náo mostrar que estavam isolados.
Mas já agora... Iraq body count of civilians...
...Who did the killing?
US-led forces killed 37% of civilian victims.
Anti-occupation forces/insurgents killed 9% of civilian victims.
Post-invasion criminal violence accounted for 36% of all deaths.
Killings by anti-occupation forces, crime and unknown agents have shown a steady rise over the entire period.
Mas estamos em guerra, para quem ainda não percebeu, e os actos de demonizar o adversário começam a ganhar mais e mais adeptos.
A fase 1 está quase concluída, já o foi feita nos países islâmicos (odeiam os ocidentais), está quase feita do nosso lado (odiar o árabe).
"...Seguidores de Maomé destroem as torres gémeas de Nova Iorque e uma ala do Pentágono, matando mais de três mil pessoas, enquanto nas ruas de Ramallah se celebra dançando; destroem a Embaixada americana em Nairobi, matando 250 pessoas; destroem uma composição ferroviária em Madrid, matando 200 pessoas; destroem umas quantas carruagens de metro em Londres, matando 50 pessoas; destroem uma rua turística de Bali, matando 200 pessoas; ..."
É fomentar o ódio ao Islão e com inverdades, aquando do ataque às torres g+emeas náo se dançou nas ruas de Ramallah... ...as imagens que vimos foram 2 ou 3 fanáticos a congratularem-se com enquadramentos fechados, para náo mostrar que estavam isolados.
Mas já agora... Iraq body count of civilians...
...Who did the killing?
US-led forces killed 37% of civilian victims.
Anti-occupation forces/insurgents killed 9% of civilian victims.
Post-invasion criminal violence accounted for 36% of all deaths.
Killings by anti-occupation forces, crime and unknown agents have shown a steady rise over the entire period.
Mas estamos em guerra, para quem ainda não percebeu, e os actos de demonizar o adversário começam a ganhar mais e mais adeptos.
A fase 1 está quase concluída, já o foi feita nos países islâmicos (odeiam os ocidentais), está quase feita do nosso lado (odiar o árabe).
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Oh, gloriosos combatentes da liberdade de expressão,...
... uni-vos e combatei secção 140e 266b Código Criminal Dinamrquês. Não são mais do que a vil tentativa do Estado interferir na liberdade de expressão.
Tirado da Wikipedia:
...
Section 140 of the Criminal Code prohibits any person from publicly ridiculing or insulting the dogmas of worship of any lawfully existing religious community in Denmark. Section 266b criminalises by which a the dissemination of statements or other information group of people are threatened, insulted or degraded on account of their religion.
O 140 diz:
«"Any person, who, in public, ridicules or insults the dogmas of worship of any lawfully existing religious community in this country shall be liable to imprisonment for any term not exceeding four months or, in mitigating circumstances, to a fine.”
Leiam tb isto, de Robert Fisk.
Tirado da Wikipedia:
...
Section 140 of the Criminal Code prohibits any person from publicly ridiculing or insulting the dogmas of worship of any lawfully existing religious community in Denmark. Section 266b criminalises by which a the dissemination of statements or other information group of people are threatened, insulted or degraded on account of their religion.
O 140 diz:
«"Any person, who, in public, ridicules or insults the dogmas of worship of any lawfully existing religious community in this country shall be liable to imprisonment for any term not exceeding four months or, in mitigating circumstances, to a fine.”
Leiam tb isto, de Robert Fisk.
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Novo blog linkado
O kuarto poder:
http://okuartopoder.blogspot.com/
Ver nos links (por ordem analfabética).
http://okuartopoder.blogspot.com/
Ver nos links (por ordem analfabética).
Visão eurocêntrica:
Os dez livros que mais mudaram o mundo:
1.“A Origem das espécies”, de Charles Darwin
2.“A Bíblia”
3.“A interpretação dos sonhos”, de Sigmund Freud
4.“O Capital”, de Karl Marx
5.“D. Quixote”, de Miguel Cervantes
6.“Princípios matemáticos de filosofia natural”, de Isaac Newton
7.“Odisseia”, de Homero
8.“A Riqueza das Nações”, de Adam Smith
9.“Diálogo sobre os dois maiores sistemas do mundo”, de Galileu Galilei
10.“Teoria da relatividade”, de Albert Einstein.
in As Beiras
É assim que queremos falar de tolerância e respeito inter-cultural?
1.“A Origem das espécies”, de Charles Darwin
2.“A Bíblia”
3.“A interpretação dos sonhos”, de Sigmund Freud
4.“O Capital”, de Karl Marx
5.“D. Quixote”, de Miguel Cervantes
6.“Princípios matemáticos de filosofia natural”, de Isaac Newton
7.“Odisseia”, de Homero
8.“A Riqueza das Nações”, de Adam Smith
9.“Diálogo sobre os dois maiores sistemas do mundo”, de Galileu Galilei
10.“Teoria da relatividade”, de Albert Einstein.
in As Beiras
É assim que queremos falar de tolerância e respeito inter-cultural?
Não concordo com as ideias, a fé, a visão do mundo, mas ...
"The Western papers printed these sacrilegious cartoons on the pretext of freedom of expression, so let's see if they mean what they say and also print these Holocaust cartoons," he (Presidente do Irão democraticamente eleito) asserted.
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
INSTRUCTIONS FOR LIFE - Dalai Lama
INSTRUCTIONS FOR LIFE
- Take into account that great love and great achievements involve great risk.
- When you lose, don't lose the lesson.
- Follow the three res. Respect for self, Respect for others, and Responsibility for all your actions.
- Remember that not getting what you want is sometimes a wonderful stroke of luck.
- Learn the rules so you know how to break them properly.
- Don't let a little dispute injure a great friendship.
- When you realize you've made a mistake, take immediate steps to correct it.
- Spend some time alone every day.
- Open your arms to change, but don't let go of your values.
- Remember that silence is sometimes the best answer.
- Live a good, honorable life. Then when you get older and think back, you'll be able to enjoy it a second time.
- A loving atmosphere in your home is the foundation for your life.
- In disagreements with loved ones, deal only with the current situation. Don't bring up the past.
- Share your knowledge. It's a way to achieve immortality.
- Be gentle with the earth.
- Once a year, go someplace you've never been before.
- Remember that the best relationship is one in which your love for each other exceeds your need for each other.
- Judge your success by what you had to give up in order to get it.
- Approach love and cooking with reckless abandon.
- Take into account that great love and great achievements involve great risk.
- When you lose, don't lose the lesson.
- Follow the three res. Respect for self, Respect for others, and Responsibility for all your actions.
- Remember that not getting what you want is sometimes a wonderful stroke of luck.
- Learn the rules so you know how to break them properly.
- Don't let a little dispute injure a great friendship.
- When you realize you've made a mistake, take immediate steps to correct it.
- Spend some time alone every day.
- Open your arms to change, but don't let go of your values.
- Remember that silence is sometimes the best answer.
- Live a good, honorable life. Then when you get older and think back, you'll be able to enjoy it a second time.
- A loving atmosphere in your home is the foundation for your life.
- In disagreements with loved ones, deal only with the current situation. Don't bring up the past.
- Share your knowledge. It's a way to achieve immortality.
- Be gentle with the earth.
- Once a year, go someplace you've never been before.
- Remember that the best relationship is one in which your love for each other exceeds your need for each other.
- Judge your success by what you had to give up in order to get it.
- Approach love and cooking with reckless abandon.
Mudando de assunto... ...não ceder.
Os operadores de formação profissional e confederações empresariais reclamam incentivos fiscais para o investimento em formação.
Existe uma lei clara na Economia, as pessoas agem conforme os incentivos que se lhes colocam. Assim um incentivo fiscal levaria a que as empresas pesassem o custo da formação (preço da formação mais qq que já veremos) contra os custos de não a fazerem (neste caso benefício perdido). No caso da multa por não fazer a formação tem-se exactamente a mesma equação, i. e., as empresas pesavam o custo da formação versus o custo de a não fazerem (neste caso a multa).
Mas será que as duas medidas teriam exactamente o mesmo efeito sobre a formação?
O benefício exige mais impostos para os pagar, logo haverá aqui uma transferência social (se o mercado laboral for rígido são os detentores do capital que o recebem, se o mercado laboral for flexível são os trabalhadores que o recebem), já com a multa teríamos que os custos de formação serão repartidos da mesma forma que eram repartidos os benefícos: mercado laboral rígido são os detentores do capital que o pagam, se o mercado laboral for flexível são os trabalhadores que o pagam através de menores salários.
É aqui que está o problema, o mercado laboral é rígido na baixa dos salários logo os efeitos no caso da multa traduz-se sobre os empresários (pagam os custos de formação ou a multa e o trabalhador não tem custos alguns, os salários não baixam).
Mas não é rígido na alta de salários , assim o benefício fiscal traduzir-se-á numa trasferência fiscal de quem paga impostos para quem recebe a formação. Neste caso pagando impostos empresários e trabalhadores subsidiam aqueles trabalhadores que recebem a formação. Assim com o benefício fiscal os empresários sabem que por um lado tem um benefício fiscal por outro lado isso requererá a subida de outros impostos e logo mais custos para eles.
Só há aqui um problema de coordenação, pq se um empresário fizer formação e receber os incentivos pode esperar que os outros não façam formação e o aumento dos impostos é nulo. Mas se todos pensam assim, todos farão a formação, logo sabem que os impostos aumentarão, mesmo para quem não a fizer, logo é óptimo para todos fazer a formação. Assim sendo os impostos aumentam para subsidiar o benefício e HAVIA FORMAÇÃO, uma vez que efeito dos custos do aumento de impostos não entrava na avaliação individual.
MAS uma vez os jogadores cordenando-se em associação podem fazer o jogo em CONJUNTO e neste caso já considerarão o aumento futuro de impostos(E isto contando que a empresa dá lucros, pois se não der o benefício é nulo e os efeitos serão nulos.), e neste caso a avaliação da formação tem um custo maior do que numa avaliação individual, logo o nível de formação decidido em conjunto é MENOR do que na decisão individual.
No caso da multa não há diferenças consoante se jogue em conjunto ou não, o efeito sobre a formação será o mesmo do que no caso do benefício sem coordenação.
Concluindo ,o impacto do benefício e o da multa´e igual se os empresários não se coordenarem entre si, mas com conluio o impacto do benefício é inferior ao da multa.
Mais uma vez a vivência subsidiada dos agentes portugueses face ao Estado e as atitudes corporativas de defesa de interesses pode levar a criar um mecanismo (devido aos benefícios e conluios) que bloqueia o que antes era um boa medida: a obrigatoriedade da formação dos trabalhadores.
Daí que apelo ao governo para não ceder, e se fizer qualquer coisa é um aumento do valor das multas e da fiscalização (já que pagamos a tantos fiscais era bom que começassem a apresentar resultados).
Existe uma lei clara na Economia, as pessoas agem conforme os incentivos que se lhes colocam. Assim um incentivo fiscal levaria a que as empresas pesassem o custo da formação (preço da formação mais qq que já veremos) contra os custos de não a fazerem (neste caso benefício perdido). No caso da multa por não fazer a formação tem-se exactamente a mesma equação, i. e., as empresas pesavam o custo da formação versus o custo de a não fazerem (neste caso a multa).
Mas será que as duas medidas teriam exactamente o mesmo efeito sobre a formação?
O benefício exige mais impostos para os pagar, logo haverá aqui uma transferência social (se o mercado laboral for rígido são os detentores do capital que o recebem, se o mercado laboral for flexível são os trabalhadores que o recebem), já com a multa teríamos que os custos de formação serão repartidos da mesma forma que eram repartidos os benefícos: mercado laboral rígido são os detentores do capital que o pagam, se o mercado laboral for flexível são os trabalhadores que o pagam através de menores salários.
É aqui que está o problema, o mercado laboral é rígido na baixa dos salários logo os efeitos no caso da multa traduz-se sobre os empresários (pagam os custos de formação ou a multa e o trabalhador não tem custos alguns, os salários não baixam).
Mas não é rígido na alta de salários , assim o benefício fiscal traduzir-se-á numa trasferência fiscal de quem paga impostos para quem recebe a formação. Neste caso pagando impostos empresários e trabalhadores subsidiam aqueles trabalhadores que recebem a formação. Assim com o benefício fiscal os empresários sabem que por um lado tem um benefício fiscal por outro lado isso requererá a subida de outros impostos e logo mais custos para eles.
Só há aqui um problema de coordenação, pq se um empresário fizer formação e receber os incentivos pode esperar que os outros não façam formação e o aumento dos impostos é nulo. Mas se todos pensam assim, todos farão a formação, logo sabem que os impostos aumentarão, mesmo para quem não a fizer, logo é óptimo para todos fazer a formação. Assim sendo os impostos aumentam para subsidiar o benefício e HAVIA FORMAÇÃO, uma vez que efeito dos custos do aumento de impostos não entrava na avaliação individual.
MAS uma vez os jogadores cordenando-se em associação podem fazer o jogo em CONJUNTO e neste caso já considerarão o aumento futuro de impostos(E isto contando que a empresa dá lucros, pois se não der o benefício é nulo e os efeitos serão nulos.), e neste caso a avaliação da formação tem um custo maior do que numa avaliação individual, logo o nível de formação decidido em conjunto é MENOR do que na decisão individual.
No caso da multa não há diferenças consoante se jogue em conjunto ou não, o efeito sobre a formação será o mesmo do que no caso do benefício sem coordenação.
Concluindo ,o impacto do benefício e o da multa´e igual se os empresários não se coordenarem entre si, mas com conluio o impacto do benefício é inferior ao da multa.
Mais uma vez a vivência subsidiada dos agentes portugueses face ao Estado e as atitudes corporativas de defesa de interesses pode levar a criar um mecanismo (devido aos benefícios e conluios) que bloqueia o que antes era um boa medida: a obrigatoriedade da formação dos trabalhadores.
Daí que apelo ao governo para não ceder, e se fizer qualquer coisa é um aumento do valor das multas e da fiscalização (já que pagamos a tantos fiscais era bom que começassem a apresentar resultados).
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Os cartoons...
Também é preciso que se diga....
Nos jornais Europeus quase nunca aparecem cartoons anti-semitas, ou cartons pró-nazis ou pró-racistas.
Qd aparecem os governos apressam-se a pedir desculpas e pedir responsabilidades (basta ver as perseguições judiciais de que são alvos os «adeptos» de futebol quando exibem faixas racistas), ora isso não acontece com cartoons anti-islâmicos.Os cartoons dinamarqueses fazem uma clara associação, islão = terrorismo. Incitam ao ódio anti-islâmico, mas como não foi contra os africanos, contra os judeus falamos de liberdade de expressão... ...é por isto q o mundo islâmico (até na Indonésia) se revoltou, por este double-standard dos Europeus.
A pergunta seguinte fará sentido:
Mas a impressa árabe não tem um double standard anti-semita?
Tem, mas aí são os governos europeus a pressionarem os governos árabes a eliminar todas as manifestações anti-semitas dos jornais, neste caso para os governos europeus a liberdade de expressão não se coloca.
Claro que as reacções islâmicas pecaram por um excesso de violència (a condenar), mas não é por isso que se deve absolver quem desenhou estes cartoons, fizesse ele o mesmo com os judeus e ver-se-ia a condenação generalizada.
Finalmente, os cartoons cumpriram o objectivo, dar justificação aos radicais islâmicos para agirem violentamente e propagar o ódio anti-islâmico na Europa.
E comentários que na base da liberdade de expressão e defesa dos nossos valores condenam o Islão e defendem estas atitudes só contribuem para que o ódio seja maior.
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
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quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Os 50,6% continuam a dar que falar...
...agora em versão de vitória.
É verdade que alguma esquerda tem tentado trasnformar a vitória em derrota, contudo o PSD parece dormir mal com a magreza dos resultados (esperavam 55-60%) e sabe que esta vitória não é suficientemente ampla para pedir novas eleições (é isto que este senhor não consegue digerir).
Mas o que podemos esperar de um homem que, não desdenhando da sua capacidade de tradutor e actualizador de poesia arcaica em português moderno e de poeta, não consegue atribuir a autoria do texto e da tradução correctamente? Veja-se aqui
É óbvio que diz Divina comédia de Dante mas no topo está o seu nome, ao menos avisado poderá parecer que V.G.M. escreveu um livro sobre a vida de Dante e não que TRADUZIU o livro de Dante, mas pior aqui, em que parece que é um co-autor.
Ele deveria ter pedido às editoras para atribuir correctamente o quê a quem...
Divina Comédia de Dante Alighieri
Tradução de Vasco Graça Moura
Pode tudo parecer um detalhe de menor importância, mas revela traços de carácter (querer-se mostrar aos olhos do ignorante melhor do que é - não faltará por essas aldeias quem defenda VGM dizendo que ele até publica com um Italiano, um tal Dante)...
É verdade que alguma esquerda tem tentado trasnformar a vitória em derrota, contudo o PSD parece dormir mal com a magreza dos resultados (esperavam 55-60%) e sabe que esta vitória não é suficientemente ampla para pedir novas eleições (é isto que este senhor não consegue digerir).
Mas o que podemos esperar de um homem que, não desdenhando da sua capacidade de tradutor e actualizador de poesia arcaica em português moderno e de poeta, não consegue atribuir a autoria do texto e da tradução correctamente? Veja-se aqui
É óbvio que diz Divina comédia de Dante mas no topo está o seu nome, ao menos avisado poderá parecer que V.G.M. escreveu um livro sobre a vida de Dante e não que TRADUZIU o livro de Dante, mas pior aqui, em que parece que é um co-autor.
Ele deveria ter pedido às editoras para atribuir correctamente o quê a quem...
Divina Comédia de Dante Alighieri
Tradução de Vasco Graça Moura
Pode tudo parecer um detalhe de menor importância, mas revela traços de carácter (querer-se mostrar aos olhos do ignorante melhor do que é - não faltará por essas aldeias quem defenda VGM dizendo que ele até publica com um Italiano, um tal Dante)...
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