terça-feira, outubro 31, 2006

O caminho é lento...

... pode-se ver aqui, ou na edição de ontem do Jornal de Negócios, contudo como nãi foi uma Univ. de Lisboa a ficar à frente a divulgação tem sido a conta-gotas.
Veja-se esta pesquisa no Sapo: "ranking universidades times":
aparece o "universia " e "AS Beiras", o resto refere-se à rankings de 2005 e 2004, nomeadamente no Diário Económico.

Triste Portugal centralista.

quarta-feira, outubro 25, 2006

A actual recuperação económica é obra... ...da evolução natural da economia...


O governo tem andado ufano sobre os resultados do crescimento do PIB.
Na tabela anterior tirada do FMI (mm com um crescimento previsto de 1.2 e não 1,4) pode-se ver na última tabela que Portugal está em divergência com a Zona Euro e com a EU25, contudo o pico da divergência deu-se em 2003 e tem vindo a diminuir desde aí.
É natural que tal suceda, pois com o choque de 2001, a subsequente guerra do golfo, parte II e o choque petrolídero diferentes economias encaixaram o choque de forma diferente, As que estavam mais bem preparadas (Espanha, Irlanda, Grécia) puderam aproveitar o momento de maior fragilidade para realizar ganhos sobre as mais fracas e incapazes de responder como foi Portugal. Se repararmos bem, o diferencial dessas economias que cresceram muito mais do que a média tem vindo a diminuir, i.e., após o choque, os impactos diferenciados em vencedores e derrotados os crescimentos económicos estão a regressar ao ponto de partida, convergindo para os valores normais. Isso passa-se em Ptg desde 2003 e pelo ritmo parece-me que nem este governo, nem o(s) anterior(es), têm qq mérito. Estes limitam-se a ser guiados por um barco, que por sorte, vai num caminho aceitável, é assim...

terça-feira, outubro 24, 2006

Tiro ao presidente da entidade reguladora do sector eléctrico

Quando confrotado com a pergunta de que se a EDP não tem lucros elevados (´prós e contras de ontem) este respondeu que a EDP é um grande grupo e nem só a distribuição é que está sobre a sua alçada.
Neste caso disse que a EDP - distribuição tinha um lucro de (+-)130 milhões de euros e que (coitadinhos) tinham visto o seu lucro descer desde que a ERSE entrou em funções.
Mas a seguir disse que a EDP produção (e a ERSE não regula esses preços) tinha lucros de mais de 300 milhões de euros.

Mas estamos parvos ou quê. A EDP até está a ser "boazinha" pois podia na distribuição apresentar prejuízos, transferindo o lucro para a produção. É que comprando e vendendo electricidade a si própria, pode simplesmente aumentar os preços na produção (aumentando o lucro) e depois qeuixar-se na distribuição que as tarifas não cobrem os custos desta e por isso tem lucros baixos.
Enfim... ...se não sabe o que é transferência de lucros entre diferentes empresas de um mesmo sector, se calhar não devia estar onde está....

PS1: Pergunta que fica... ...e se com os novos preços o consumo de electricidade diminuir e não recuperar custos antigos, vão fazer mais aumentos no futuro?

PS2: Todo o documento apresentado aqui não está a apresentar uma clara imagem do porquê dos preços aumentarem 18%, simplesmente e de forma desgarrada tenta justificar o porquê. De facto um documento deste deverá simplesmente mostrar as contas e o resultado final e não o contrário, primeiro apresenta o resultado final e depois tenta explicar... ...parece mesmo que a forma de encontrar os preços foi mesmo essa. Primeiro decidiu-se, depois procuraram-se soluções.

PS3: Passar-se-á com a EDP o mesmo do que com outras companhias? Pq mal preparada para uma liberalização tenta-se injectar capital (à custa dos contribuintes) para se reestruturar, qd o já devia ter feito há anos?

quinta-feira, outubro 19, 2006

Despenalização do aborto...

... (ou liberalização da interrupção voluntária da gravidez - IVG)...
... (ou o que se queira)...

In DN
"O Governo admite que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) já está preparado para o day after ao referendo ao aborto. Em declarações ao DN, o ministro da Saúde, Correia de Campos avança que, tecnicamente, "com certeza" que o SNS está apto a responder aos casos de interrupções voluntárias da gravidez até às dez semanas - caso vença o "sim" no referendo e depois de aprovado, ratificado e promulgado o projecto de lei do PS. O ministro garante também que não será necessária mais legislação sobre a matéria: "Não, é preciso apenas a lei geral, quanto muito alguns despachos e portarias de execução". Isto para adaptar os hospitais e serviços de saúde às novas necessidades."

O governo PS prepara-se para promover abortos ou IVG no SNS. Pois bem, o SNS é isso mesmo: um sistema de saúde. Assim, excepto nos casos já previstos na lei todos os outros (IVGs) não são um problema de saúde. Aliás contraria o que seria desejável numa sociedade, que deveria combater este fenómeno(embora a proibição tenha resultado no que resultou: não os eliminou e causa a morte de mulheres por parteiras e aborteiras de vão de escada).
Assim o Estado ao promover que as IVG se façam dentro do SNS e ainda por cima alguns reclamando que os médicos podem ser "forçados" a fazê-los ( in DN "Santos Silva responde: "A objecção de consciência dos médicos é um direito." Um direito que, para o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, não pode ser confundido "com o cumprimento da lei geral e da Constituição. Os médicos estão sujeitos às leis do País", diz.") vêm sim promover esta forma de planeamento familiar.

Na verdade o tabaco é livre e o álcool tb mas o Estado deseja combater os vícios, daí que os não forneça e aplica impostos altos sobre os mesmos. Não digo que se deva cobrar um imposto por aborto, mas que não deveriam ser feitos no SNS mas em clínicas que os queiram fazer, clínicas essas supervisionadas e sujeitas a taxação especial (por exemplo 50% de IRC).
E o argumento de que isso tornava o aborto elitista não pega, pq se agora é ilegal e consequentemente o preço é alto e pessoas de todos os extractos sociais o fazem pq não poderão fazer depois???
A IVG é um "produto" não essencial à vida das pessoas, danoso para a saúde e para a sociedade, daí que deva ser combatido, não proibindo mas desincentivando. Mas como Sócrates disse que o objectivo não é acabar com os abortos mas ´tão sómente despenalizar as mulheres (e quem os faz).

PS: Parece que o ministro da saúde quer deixar de comparticipar a pílula anti-concepcional. Assim, o estado lança um sinal: não gaste dinheiro em precaver que depois nós resolvê-mos o assunto no SNS - com um custo miserável de 20 ou 30 euros (2 ou 3 dias de internamento).

quarta-feira, outubro 18, 2006

A Universidade de Coimbra foi considerada a melhor universidade em Portugal...

ver aqui

As únicas portuguesas incluídas no top das 520 melhores mundiais são:

266 - Universidade de Coimbra
277 - Universidade Nova de Lisboa
328 - Universidade Católica de Lisboa

E na desagregação poderemos ver onde se ganha e onde se perde (nota - valor reporta à % relativamente à melhor universidade. Por exemplo Students/Faculty 35.4, significa que este rácio é 35% do melhor rácio no mundo).



266= University of Coimbra Portugal
peer review 17.7
recruiter review 17.5
Intl. Faculty 5.8
Intl. Students 9.7
Students/Faculty 35.4
Citatios/Faculty 2.5
Total 24.1

277 Universidade Nova de Lisboa Portugal 14.8 22.0 7.9 11.7 36.1 1.5 23.2
peer review 14.8
recruiter review 22.0
Intl. Faculty 7.9
Intl. Students 11.7
Students/Faculty 36.1
Citations/Faculty 1.5
Total 23.2

338= Universidade Catolica Portuguesa, Lisboa
peer review 9.3
recruiter review 19.6
Intl. Faculty 6.8
Intl. Students 9.1
Students/Faculty 39.1
Citations/Faculty 0.0
Total 20.1

Mais uma nota de centralismo: esta notícia apareceu num jornal regional de Coimbra, e nos nacionais, ainda não vi NADA...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Corrupção? Não, não é importante...

... quando o nosso PR, saiba-se lá porquê, veio falar da necessidade do combate à corrupção esta chamada de atenção não gerou grandes consensos. Já se levantam um conjunto de vozes desculpabilizando a corrupação, dizendo que esta nos está nos genes, que a culpa é do estado.
Mas a verdade é que esta tem de ser combatida, e não é só a grande corrupção (saiba-se lá porque é que a Teixeira Duarte que falhou redondamente no túnel do Terreiro do Paço ganhou a requalificação do túnel do Rossio), é também o favorecimento dos amigos e dos conhecidos que coloca entraves ao nosso desenvolvimento. E porquê? Porque este favorecimento prejudica os que mais se esforçam e são mais aptos em deterimento dos amigos e conhecidos. Assim, todos os que ganharam no passado alguma coisa com esta pequena corrupção, o chamado amiguismo ou a "cunha" estão em pé de guerra. Têm medo de ser apontados como tendo sido alvos de algum favorecimento especial. Deve ser esse medo que leva este aqui a escrever aquelas coisas.

PS: Se por acaso ler isto, reflicta se tudo o que tem, se tudo o que obteve, não teve a mão de amigos por detrás. Só se puder dizer não é que poderá argumentar como argumenta, mas nesse caso não se perceberá porque é que queira ser prejudicado.

domingo, outubro 08, 2006

Prémio Nobel da Economia - amanhã

A minha aposta arriscada:
Thomas S. Sargent.

Acordo MIT- Portugal...

... ou melhor dizendo MIT - Lisboa.
A presença das faculdades de ciências/engenharias do Minho, Porto e Coimbra não disfarça o centralismo do projecto, chegando no caso da Gestão a só incluir instituições de Lisboa e até uma privada ( se a católica quer ter uma parceria com o MIT não deve ser às custas do Estado).

Claro que seria rídicula não incluir as Univ. do Porto/Minho/Coimbra nas engenharias já que estas são as que têm projectos académicos de mais visibilidade interncional (concursos de robótica e o Shell Marathon), mas naquilo em q o markting e o interesse político podem influir o centralismo está lá. Exemplo: ISCTE, não nos podemos esquecer que numa análise de publicações internacionais por professor esta instituição ficou nos últimos lugares (já Aveiro e Algarve ficaram bem classificadas) mas isso não importa, pq o que importa é que o ISCTE não podia faltar para "comer" parte do bolo... ... e a parte de leão fica como costume em Lisboa.

Enfim, o centralismo levado ao extremo.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) passam-se coisas estranhas....

.... começando por esta notícia do DC.

Então não houve um único candidato ao regime especial de acesso para maiores de 23 anos com nota negativa? Claro se a prova de ingresso é feita através de uma combinação entre provas específicas, avaliação do currículo profissional e entrevista, é normal. Dois dos critérios são tão subjectivos e sujeitos a cunhas/corrupção que estas notas são normais.

Bem, basta ver a lista de docentes, aqui para termos uma ideia do que lá se passa, mas que é estranho que só haja uma pessoa doutorada é... ...que é estranho que os CV destas pessoas não estejam disponíveis é... ...enfim... ...será que esta escola contribui em alguma coisa para a melhoria da qualificação dos portugueses? Ou é formar Dr. no papel?