quinta-feira, julho 27, 2006

Classificação destas medidas de acordo...

... com esta classificação.
Var aqui.

Assim quanto à saúde:
Não vai haver qualquer benefício para a sociedade pois os médicos investigados serão os que mais trabalham e portanto será um tiro seco. Assim não benefecia os outros.
Mas prejudica pois irá criar stress a quem trabalha e temporariamente poderá degradar o sistema de saúde.
O governate tira o benefício de parecer estar a afrontar uma classe corporativa.
Contudo o benefício próprio é inferior ao prejuízo colectivo.

Assim a medida é de um Bandido Estúpido.

Quanto ao ensino:
Degrada o ensino. Piora o ensino superior.
Poupa alguma coisa, pq não tem de contractar tantos professore sno secundário.
Contudo o saldo prejuízo/benefício ou é negativo ou nulo.
Benefício próprio - ZERO ( ou negativo pq não tem impacto na opinião pública mas as pessoas do ensino superior consideram que todo o processo foi mal gerido - há um problema de incompatibilidade com datas legais)
Logo ou a medida é neutra (Zero/zero) ou Estúpida (-/-)

Um governo desesperado e cego...

A meta do défice está difícel de atingir e assim o governo em desespero de causa começa cegamente a tomar decissões inarráveis sem preocupação para com o bom funcionamento dos serviços que são da sua competência.
Comecemos pela decisão de abrir investigações a aos médicos que mais prescrevem. Eu não sou contra investigações quando o número de prescrições é exagerado, contudo esse exagero mede-se tomando em conta vários factores: número de consultas, tamanho do ficheiro de cada médico, idade média do ficheiro, prestação de serviços em SAP, etc. Uma análise estatística disto não é difícil (mas como vimos no post anterior o governo não sabe utilizar essa ferramente essencial no mundo de hoje para fazer controlos). Assim cegamente abre inquéritos a quem mais prescreve (sob o pretexto de investigar a relação com os laboratórios médicos). Na verdade se esses médicos forem aqueles que mais brio têm na sua profissão, em que tentam atender o máximo número de pacientes, que sacrificam horas de almoço e jantar em família para ateender o máximo número de pacientes, que não dizem não a qualquer pessoa desesperada que chegue a um centro de saúde, então vai perseguir os que mais trabalham. Mesmo que no final o inquérito seja arquivado tudo isto fica na memória da pessoa alvo de inquérito e daqui para frente em vez de ver 20 a 30 doentes por manhã, antenderá o número mínimo que a lei impõe (12), sairá à hora que deve e não sacrificará o almoço. Assim o governo será feliza: gaste menos em medicamentos (embora possa ter de gastar mais em subsídios de funeral e receba menos impostos).

A segunda decisão cega prende-se com o ensino superior. Neste havia docentes do secundário destacados para leccionar aulas (a falta de doutorados levava a esta necessidade para colmatar falhas de pessoal). O governo entendeu acabar com este tipo de destacamento e na verdade bem. Dentro de uma medida de valorização da investigação é óbvio que estes pessoas não têm lugar no ensino superior e portanto a substituição destas por doutorados e pessoas que além de ensinar realizem investigação seria um passo na direcção correcta. MAS o governo não tem esta intençao, a única intenção é CORTAR nas despesas, assim além de indeferir estes destacamentos proibiu as unidades de contratar novos docentes e portanto não haverá ninguém para os substituir. Assim a única solução será de aumentar o tamanho das turmas com a óbvia redução da qualidade do ensino. Corta-se hoje na despesa, mas amnhã não se queixem que os nossos licenciados são piores, menos produtivos e geradores de menos receitas.

Assim na base de dois pretextos que para a população parecem meritórios, não há nada de meritório em tudo isto. O único objectivo é reduzir despesas, mas corta-se em quem trabalha e não em funcionários do estado que bem encostados acumulam funções em institutos, em politécnicos e na privada (e consequnetemente nunca estão em lado nenhum, lavando à necessidade de contractar mais pessoas), e pasme-se com alguns desses contractos em tempo integral.

Foi assim que começou o início do fim dos governos do Cavaco, com cortes e perseguições cegas, sem objectivo outro que não o manter o bucho cheio da élite partidária e tentando prejudicar os que não estando "encostados" trabalhavam que oerdeu as eleições, mas tb deixou o país no estado de fragilidade económica que hoje vive (Guterres poderá ter ajudado, mas não fez tudo sózinho...)

segunda-feira, julho 24, 2006

Uma ideia romântica que custa dinheiro...

A ministra de educação teve mais uma daquelas ideias româticas, tão ao estilo dos educólogos, que cheia de boas intenções não atingirá os objectivos desejados embora tenha um custo apreciável.
Decidiu ela e o seu ministério que os alunos do 4º e 6º ciclo de educação farão testes de aferição dos conhecimentos em matemática e português com o objectivo de avaliar a situação. Esses testes não terão consequências sobre os alunos, será só para medir a evolução destes (e por ventura avaliar professores).
Comecemos pela impossibilidade de atingir os objectivos. Os alunos sabendo que os testes não os afectam minimamente não irão esforçar-se ao máximo para demonstrar os seus conhecimentos (se calhar muitos poderão inclusivé entregar provas em branco poupando-se ao esforço de pensar e raciocionar durante uma hora). Desta forma os resultados obtidos não irão medir o que eles sabem, irão sim medir o grau de romantismo da sociedade portuguesa: mostrar que sei só pelo prazer do o fazer. Todos os alunos que não têm ideiais românticos, que são práticos, positivistas e orientados por objectivos não vão querer mostrar coisa nenhuma. Vão simplesmente ignorar o teste, não estudarão para este, não farão um preparação aturada para este e com o aval dos pais (para quê queimar neurónios se não conta para nada?).
Mas, não atingindo o objectivo, o que já em si fará com que o custo destes exames seja um desperdício, a ministra quer maximizar o desperdício ao fazer um exame (que para nada conta e cujos resultados serão muito dúbios) a TODOS os alunos. Para fazer uma aferição do estado de nação, não é necessário realizar o teste a todos mas apenas a uma amostra representativa (5000 alunos avaliados chegariam), é isso que o projecto de avaliação da educação da OCDE - PISA - faz. Avalia uma amostra e com métodos estatísticos intrereta os resultados. Aliás a ministra devia saber que as técnicas estatísticas foram desenvolvidas para poupar dinheiro: Muitas empresas que produzem diariamente milhares de unidades de um mesmo componente sujeitam-nos a um teste de qualidade superficial e selccionam uma amostra para um teste de qualidade em profundidade. Só se na amostra a % de falhas é elevada é que o lote é retirado ou avaliado na totalidade.

Então como avaliar com poucos custos: primeiro utiliza-se a existência de testes globais feitos em todas as escolas (q contam para a nota) para numa amostra seleccionada dar aos alunos o mesmo teste sem estes o saberem. Assim os alunos sendo avaliados farão o esfroço normal e obtém os resultados desse esforço (que é o que se quer medir), e se não sabem se fazem parte da amostra ou não retirará problemas de os resultados serem endógenos (i.e. se eles souberem que para além de estarem a ser avaliados, o teste é utilizado para aferir resultados globais podem preparar-se mais/menos do q o normal para o exame, enviesando para melhor/pior os resultados obtidos).

Conclusão: a ministra até tem a boa ideia de avaliar, mas continua presa ao romântismo da avaliação sem consequências. Assim não vamos lá. Já Almeida Garret ao descrever o que os soldados espanhóis diziam dos soldados portugueses diza: são uns românticos, bons para a poesia....

quarta-feira, julho 19, 2006

Repetição de exames...

... vamo por partes. Qual a razão de fundo para haver repetição de exames? Pelos vistos é pq as notas dos exames dos alunos do novo programa foram muito inferiores aos que leccionavam no programa antigo... ...mas? Havia dois programas? É aqui que está o problema, havia dois programas. Isto coloca os alunos de programas diferenciados em situações diferenciadas. Qd se muda, tem de se mudar para todos, só isso é que é justo e se se colocou alguns alunos num novo programa e outros não, é fazer desses alunos cobaias. Agora como a experiência falhou vêm os panos quentes, contudo a palavra chave é: "experiência ". Na educação não pode haver experimentalismo em tempo real, não se pode jogar com o futuro das pessoas. Qd as coisas mudam tem de ser para todos e com a certeza do que foi feito, pois andamos há mais de dez anos com programa novo, programa antigo, programa reformulado. Será que ainda não perceberam que o essencial do problema não é o conteúdo programático e assim sendo será o conteúdo pedagógico.
Dar condiçoes de ensino, re-avaliar a doer desde a 1ª classe (nada de passagens automáticas até ao nono ano), e considerar essencial o conhecimento CORRECTO não apenas a busca do conhecimento.

Orçamento de Estado...

... coisas que não percebo. Como é que os salários pagos pelo Estado tiveram uma redução e mesmo assim a despesa aumentou? É que se se transferiram despesas de salários para prestações de serviços ficou tudo na mesma. O futuro não é risonho para este ministro das finanças e na minha opinião a ameaça de usar a "lei" para atingir o objectivo de 4,6% significa uma só coisa: o objectivo não está a ser atingido. Esperemos por Janeiro.

quarta-feira, julho 12, 2006

Mau perder...

... Zidane foi expulso e bem. Claro que Materazzi chamou p**** }à mãe, à irmã, mas de certeza que Mr. Z tb insultou os adversários, se não neste noutros jogos. Mas agora o mau perder francês, encabeçado pelo mau perder do treinador começa a ultrapassar todos os limites. Gallas já afirmou que quer dar uns murros em Materazzi, existem acusações de racimso aos italianos por parte dos franceses e agora isto.

Mas, então não foram estes franceses que antes da semi-final disseram que os portugueses eram fiteiros, batoteiros, provacadores e tinham falta de fair-play? Isso não foi racismo? Isso não influenciou o árbitro? Isso não influenciou a própria actuação da equipa portuguesa?
De resto quanto às simulações eu vi pelo menos duas na final por parte de Zidane, mas não acho que o fossem, pois quando um jogador vai em corrida e finta um adversário tem duas soluções, ou continua a correr e embate na perna do adversário arriscando-se a lesionar-se ou tenta saltar por cima e invariavelmente cai. Ora as duas "simulaçõs" de Zidane na final foram deste tipo, as várias de Cristiano na semi-final também.
A FIFA deveria ter mais atenção a este facto, se um jogador cai para evitar uma colisão (e onde ganharia a falta) então não deveria começar a pensar em sancionar essas faltas (aqui o replay é indespensável) ou pelo menos as entradas.

sexta-feira, julho 07, 2006

Perdemos...

... e podíamos ter ganho, mas perdemos. O penalti foi penalti, o árbitro não influiu no resultado e de facto não perdemos contra toda a França, mas contra os filhos dos imigrantes em França. É curioso, como um país que coloca estes à margem da sociedade tem neles o orgulho das vitórias no mundial. Será que é necessário aumentar a exclusão social para que os poucos que vingam no desporto possam dar ao país que não trata bem os seus colegas de escola as alegrias das vitórias?
Eu por mim prefiro sair derrotado mas saber que se combate a exclusão social, a desigualdade e o racismo (e racismo não é só contra os que têm uma coloração de pele difrente, RACISMO foi a forma como a imprensa francesa tratou os portugueses, a selecção e o país nas vésperas dos jogos).

Mas... ...da próxima temos de ganhar.

terça-feira, julho 04, 2006

Eliminar um tabu...

... as reformas não podem ser um mecanismo de justiça social devido às injustiças que causam.
Uma vez que agora conta toda a vida contribuinte de um cidadão, vejamos o caso de dois cidadãos: um que descontou durante 40 anos e outro que descontou só 35 anos. Se pensarmos que aquele que descontou 45 teve a trabalhar enquanto estudou ganhando próximo do salário mínimo e que após o curso ambos ganharam o mesmo, de facto ocomo os dois tiveram uma carreira contributiva "completa" o segundo ganhará mais de reforma que o primeiro.
A conta é f+acil. Imagine-se que durante 35 anos o segundo ganhou Y euros o primeiro ganhou Y euros nos últimos 35 anos e X (X menor do que Y) nos primeiros 5.
Assim o segundo cidadão terá uma reforma de:
35*Y/35 = Y
O primeiro terá
(35*Y+5*X)/40= 35/40*Y + 5/40*X= 7/8 Y + 1/8 * X

Comparemos (2º - 1º):
Y - (7/8 Y + 1/8 * X) = 1/8 (Y-X) >0.

Logo o primeiro contribuiu mais, durante mais tempo e GANHA MENOS.

A fórmula deveria ser ajustada pelos anos trabalhados tendo em conta a esperança de vida à idade de reforma, ou seja, corrigido por um factor do tipo:
Anos trabalhados / E(vida|reforma)

Se se reforma antes então a reforma diminui, se trabahla mais tempo a reforma aumenta.
Mas as fórmulas do governo é só uma:
SACAR O MÁXIMO
RESPONSABILIZAR-SE O MÍNIMO.