quarta-feira, maio 31, 2006

Eu tb quero...

In DN:
"Os cinco partidos com assento parlamentar acordaram ontem alterar a ordem de trabalhos da Assembleia da República, no próximo dia 21 de Junho, de forma a que a discussão plenária não coincida com a hora do jogo Portugal-México, a contar para o Mundial. A decisão, em conferência de líderes foi tomada por consenso, merecendo também a concordância do presidente da AR, Jaime Gama. "

E eu, e os milhões de portugueses que têm de trabalhar a essa hora? É mais um exemplo do que os políticos actuais pedem aos portugueses: sacrifícios para sair da crise? ou para eles continuarem com os bolsos cheias e as regalias intactas?
Já disse uma vez, duas, três e digo outra vez: A classe política portuguesa não tem ética, não tem capacidade de gerir o país. É necessário e urgente a substituição dos partidos do arco governamental por outros, com projectos novos, ambição e sem medo de trabalhar (mesmo que se perca o jogo Portugal-México).

domingo, maio 28, 2006

Quem estudou está sob ataque ou cópia de comment no Lodo do Cais

A popularidade do PS deve-se apenas a uma e só uma coisa: estar a atacar as classes sociais ditas privilegiadas.
A parte da população que nem o 12º ano tem (cerca de 80%) gosta de ver médicos, juristas, professores, executivos, farmacêuticos, etc. a serem atacados. Essa população que por uma razão ou outra desitiram da escola ( não me venham dizer que era por não terem oportunidades, pois tive na faculdade muitos colegas cujas famílias eram bem pobres e passaram muitos sacrifícios) tem um ódio a quem se sacrificou para obter mais qualificações - basta ver o tratamento dual dado aos médicos, de senhor doutor pela frente a filho da p+++ que vai a congressos pagos por nós por de trás.
Veja-se o recente exemplo da dar aos pais a avaliação de professores, claro que muitos em Coimbra, Lisboa e Porto, assim como noutros centros urbanos têm qualificação para tal, mas nas vilas, nas aldeias, no Portugal dos 80% que qualificação tem um pai com o 9º ano (e seria bom que o tivesse) para avaliar os professores???
A reforma da seg. social foi vendida tb ela como um ataque a quem ganha mais (como se essas pessoas fossem culpadas de terem o mérito e a capacidade de tal), logo muito popular, até porque a classe de fracos rendimentos após a reforma continua muitas vezes a trabalhar logo a reforma da seg. social quase não os afecta.

E é isto que o PS está a fazer com consequências graves para o futuro do país. Atacando quem ao longo da vida se esforça para obter qualificações dá o sinal de que estas de pouco valem, pois serão esses que pagarão a crise dos outros.
Não se admirem, pois, se o abandono escolar daqui a cinco anos aumentar, se o nível médio das qualificações descer.
Claro que para o PSD é qq outro é difícil dizer alto e bem som que os culpados da crise são os que não estudaram, não só representam 80% dos votos como são os mais pobres, mas de facto os culpados da crise portuguesa são todos aqueles entre os 16 e os 35 anos (tinham 15 em 1986) que não estudaram, preferiram abandonar a escola, seriam esses os que tb deviam ser penalizados, pois quem usou o sistema educativo sem tirar nenhuma qualificação desperdiçando os recursos do estado deveria ser sujeito a uma penalidade (mais 2% no IRS por exemplo). Mas como fazer esta oposição a um PS que tb ele odeia quem tem qualificações???
Veja-se Sócrates com um bacharel num politécnico e curso numa privada, quase por obrigação familiar e partidária, agora Seguro (nº 2???) tb ele licenciado por obrigação partidária. Estes são aqueles que tiram o curso para ter o eng. ou dr. atrás do nome mas dizem que nada aprenderam na escola, logo não é de admirar que o discurso passe bem.

sexta-feira, maio 26, 2006

É inaceitável...

In Público:

Litro de gasóleo vai ter cinco por cento de biodiesel
26.05.2006 - 15h21 Lusa
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que, a partir de Junho, cada litro de gasóleo vai passar a incorporar cinco por cento de biodiesel, uma medida prevista na legislação da União Europeia e que pretende defender o ambiente.
Em declarações aos jornalistas, no final do debate mensal na Assembleia da República, José Sócrates referiu que a medida do Governo está enquadrada "na legislação da União Europeia", que visa "incentivar a utilização deste combustível" e "proteger o ambiente".

E é inaceitével porquê, se o biodiesel reduz as emissões poluentes, se é renovável, se, no fim de contas é bom para o ambiente?... ...porque na verdade é MAIS CARO que o Diesel convencional (se não já todos tinham mudado). Adicionar 5% de biodiesel no combustível significará aumentar o preço do gasóleo.
Então como fazer para promover o ambientalismo sem ser às custas do cidadão? Na verdade um meio ambiente mais limpo implica menos gastos do estado na limpeza do mesmo (no caso do diesel, menos limpezas a monumentos, casas, edifícios e melhor ar para todos e menos gastos de saúde), assim a medida correcta seria dar uma redução fiscal no Imposto sobre produtos petrolíferos na mistura diesel + biodiesel por forma a ser mais competitiva, mas não, o governo opta pela má solução: OBRIGAR.

Eu quero ser LIVRE de escolher (embora escolhesse o biodiesel).

terça-feira, maio 23, 2006

Previsão da OCDE

Aqui

Pior do que a previsão de um crescimento de 0.7% do PIB para o ano corrente é a previsão do défice público para 2006 e 2007: 5% e 4.5% respectivamente. Ou seja começam a falhar as metas propostas, nomeadamente os 4.8% para o ano corrente.

Interessante é tb o parágrafo introdutório:

The high level of the fiscal deficit means that it is crucial to sustain on-going consolidation efforts. Besides tax increases and current measures to control the public sector wage bill in the short term, decisive action should continue to better control primary spending. Further efforts to raise
Portugal’s human capital, modernise the economy and increase competition are essential for a return to sustained economic growth.

Ou seja, mais importante do que aumentar impostos ou reduzir salários, seria importante diminuir outras despesas. Além de que tem de haver mais esforço para aumentar o capital humano da população (educação). Será que se conseguirá melhor educação pagando menos a quem educa?

sexta-feira, maio 12, 2006

O caso dos selos...

...não é a primeira vez que um caso como o dos selos acontece. No mundo financeiro várias empresas que prometem rentabilidades elevadas têm ido à falência levando à perda da poupança dos investidores que nelas acreditavam, apesar de no início o negócio parecer de confiança e, de factom rentável. E isto porquê? Será que no início era tudo um engodo? A resposta É invariavelmente , não. No início tudo funciona como deve ser, os títulos vendem-se, os investimentos fazm-se e as rentabilidades esperadas atingem-se... ...o pior vem depois, quando o sucesso é notório o número de agentes que querem investir aumenta exponencialmente e a fórmula do sucesso inicial não está preparada para alimentar rentabilidades elevadas para um tal volume de capital. Vejamos o caso dos selos, inicialmente a empresa investia em selos e estes valorizavam, contudo o aumento da procura que a empresa criou no mercado não alterou os preços e portanto tudo corria como deve ser. Quando a fórmula começou a atrair mais e mais investidores as necessidades de investimento em selos cresceram exponencialmente, como a oferta de selos é inelástica o aumento de preços destes no mercado começou a subir exponencialmente. Nesta altura a empresa estava a influir na subida do preço dos mesmos, era óbvio que mais tarde ou mais cedo o influxo de capitais parava e, portanto, a bolha especulativa iria rebentar. Quando foss necessário realizar liquidez não haveria compradores no mercado e o preço dos activos (selos) iria cair, uma vez que o grande comprador que tinha feito subir os preços tinha desaparecido e tornado-se grande vendedor. Assim as rentabilidades prometidas não eram alcançadas e a empresa falia.
Todo e qualquer investimento em activos de risco que prometam rentabilidades elevadas certas têm dentro de si a fórmula de fracasso, pois acabam por criar bolhas que rebentam. É certo que no longo prazo a rentabilidade até pode ser de 6%/ano, mas não se pode prometer atingir esta SEMPRE. Fazê-lo leva a que a mais pequena estagnação pontual do mercado leve à falência do mesmo.
Assim para futuros investidores o conselhoe é: vejam qual o activo que estão a comprar, se as taxas de rentabilidade dadas são elevadas tenham como certo riscos elevados, i.e., preparem-se para anos de grande cresicmento e anos de perdas e se vos oferecem rentabilidades elevadas como certas nem que seja num prazo fixo (5 ou 10 anos) sem risco e a todos os que quiserem entrar, então algo tem forçosamente de estar errado, pois quem gere a carteira não pode garantir que no dia de vencimento desta não tenha havido um crash nos preços cuja alta anterior ele próprio tenha alimentado. Os fundos de investimento fechados* (quantidade de capital a investir fixo à partida) são mais confiáveis pq não alimentam bolhas contudo são mais iliquidos, i.e., mais dificeis de vender. Neste caso vejam se estão cotados em bolsa ou preparem-se para ficar com o capital parado durante muito tempo.

*Atenção fechados de facto - i.e. o investidor não lança séries sucessivas de fundos fechados com a mesma fórmula, nesse caso o prorblema mantém-se.

quinta-feira, maio 11, 2006

Ministro das Finanças, a ignorância compensa...

... relativamente à questão dos títulos filatélicos, o nosso querido (gosto de dizer querido, antes de criticar, dá um ar familiar à coisa...) ministro diz que fica à espera dos relatórios e fiscalização do BP e da CMVM. Bem, aqui está o problema, nenhuma destas duas instituições tem competência para fiscalizar a instituição, facto apontado pelo governador do Banco de Portugal. O ministro revelou uma falta de CONHECIMENTO (e foi ele Presidente do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários ) da lei portuguesa e sobretudo de uma lei directamente relacionada com o SEU ministério. Ora, num país em que a opinião pública exigisse dos seus governantes um mínimo de competência este ministro seria demitido, mas em Portugal não, corrigirá o tiro e continuará como se nada tivesse acontecido. Contudo, fiquei com uma questão: Quantas leis o nosso querido ministro desconhece e age como se as conhecesse?
Eu fiquei com medo do que o querido ministro pode fazer no futuro e do que fez no passado, quando era presidente da CMVM*. E vós, confiam?

* De realçar que os títulos filatélicos foram postos à venda em Portugal era este querido ministro desde Março 2000 a Julho de 2005, presidente do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Ministro das Finanças, a ignorância compensa...

... relativamente à questão dos títulos filatélicos, o nosso querido (gosto de dizer querido, antes de criticar, dá um ar familiar à coisa...) ministro diz que fica à espera dos relatórios e fiscalização do BP e da CMVM. Bem, aqui está o problema, nenhuma destas duas instituições tem competência para fiscalizar a instituição, facto apontado pelo governador do Banco de Portugal. O ministro revelou uma falta de CONHECIMENTO (e foi ele Presidente do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários ) da lei portuguesa e sobretudo de uma lei directamente relacionada com o SEU ministério. Ora, num país em que a opinião pública exigisse dos seus governantes um mínimo de competência este ministro seria demitido, mas em Portugal não, corrigirá o tiro e continuará como se nada tivesse acontecido. Contudo, fiquei com uma questão: Quantas leis o nosso querido ministro desconhece e age como se as conhecesse?
Eu fiquei com medo do que o querido ministro pode fazer no futuro e do que fez no passado, quando era presidente da CMVM*. E vós, confiam?

* De realçar que os títulos filatélicos foram postos à venda em Portugal era este querido ministro desde Março 2000 a Julho de 2005, presidente do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

segunda-feira, maio 08, 2006

Rever política de imigração...

Tirado do DN:
"O envelhecimento da população poderá fazer de Portugal o país em toda a União Europeia com um nível de riqueza por pessoa mais baixo em 2050, apenas conseguindo igualar a Grécia, e sendo ultrapassado por todos os países do alargamento. A projecção é realizada num estudo sobre o impacto ..."

Mas o estudo é apenas baseado numa projecção demográfica baseado nos dados actuais, logo um crescimento da população activa poderá resolver o problema, mas...
... um aumento da natalidade agora terá consequências imediatas de piorar a situação. Se pensarmos que durante os próxmos anos vamos aumentar a taxa de natalidade só daqui a 20 anos a primeira corte chega à idade activa. Assim haverá uma época transitória em que o número de pessoas em idade activa será muito reduzido quando comparado com os idosos e jovens. Só daqui a 40 anos é que esse grupo terá um aumento relativo. Assim, embora necessário, o problema do crescimento para a geração actual não pode passar por aí, embora devamos criar as condições para que o problema não perdure para sempre, assim, como aumentar a população activa durante essa fase?

1 ...imigração, vamos ter que recorrer a imigrantes e deixar-mos de ser uma sociedade monocultural. Termos de aceitar asiáticos, árabes e sul americanos na nossa sociedade, de preferência com um nível de qualificação médio ou elevado. É válido para toda a Europa e mais para Portugal, só assim poderemos ultrapassar a prevísivel recessão. E contudo, não nos podemos esquecer que não é trazê-los e colocá-los num guetto mas sim integrá-los, torná-los portugueses por forma a que as tensões sociais não se tornem um problema no futuro, não como fez a França.

2 ...aumento da produtividade através da qualificação. Apesar de não ter efeitos negativos a curto prazo demorará o seu tempo e será que o temos?

quarta-feira, maio 03, 2006

Tiros aos jornais portugueses... ...menos ao Público.

... às vezes o hábito faz-me reparar em coisas interessantes.
Estava eu a consultar o site do NY Times e decidi carregar no linh para CIÊNCIA, por acaso a seguir fui ao The Economist e fiz o mesmo (sim ,sou subscritor).
Como tb gosto do meu país fui ver o DN e acto contínuo cria clicar no mesmo link (ciência) e, NÃO HÁ. Fui ao JN e não há a secção. Fui ao Público e por acaso há uma secção de ciência, embora lá no fim, e não com um canal dedicado.
Comecei a indagar, por esse mundo fora no corriere della sera a dita ligação existe, no Repubblica tb, no El Pais idem aspas, aspas, no Le Monde também. Eu sei que a amostra é reduzida, mas todos os jornais de referência por esse mundo desenvolvido têm uma secção dedicada em exclusivo à CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Em Portugal só o Público (na edição em papel do Expresso tb não me lembro de ver tal coisas). Ora um choque tecnológico tb tem que passar pelos media, que incentivem o gosto pela ciência e este gosto quer se queira quer não passa pela divulgação da mesma. Um facto curioso é que em Portugal todos têm uma secção dedicada ao lazer, boa vida, ou seja à arte de GASTAR.